quarta-feira, 8 de outubro de 2014

LIVRES!

Apenas mais alguns dias
O sonho está se materializando
Finalmente o nosso amado torrão
Poderá ficar livre da canalha.

Quem mente mais na sua cidade? O padre ou o prefeito?

“A primeira pele de um petista é de ovelha. Mas se observarmos bem veremos que desde o início a língua dele já é de lobo.” (Eriatlov)

Você se acha adulto? Então pare de acreditar na cegonha, no Papai Noel e no PT.

É isso o que os carteiros fazem quando não são coagidos pela companheirada.


“A meta dos comunistas é deixar o povo todo na merda. E os seus dirigentes bem longe.” (Eriatlov)

COMUNISMO- Nenhum dissidente norte-coreano morre de fome. Eles são fuzilados antes, quando há balas, ou enforcados, quando há cordas.

Não consigo nunca dar o troco na mesma moeda. Meu coração é moeda forte.

“A ignorância às vezes me tenta.” (Filosofeno)

“De tudo conheço nada. Mesmo sabendo muito do nada sei pouco.” (Filosofeno)

“Quem busca o conhecimento nunca estará só. A mente sempre fornecerá boa companhia.” (Filosofeno)

“Admiro os sábios que toleram os burros como eu.” (Pócrates)

Uma aliança em construção


O ESTADO DE S.PAULO
08 Outubro 2014 | 02h 05


Até onde a vista alcança, os entendimentos políticos entre os grupos de Aécio Neves e de Marina Silva para a formação de uma frente oposicionista neste segundo turno da eleição presidencial evoluem com naturalidade e de acordo com padrões republicanos. Trata-se de um admirável avanço no que diz respeito à formação de alianças político-eleitorais, especialmente na história recente. Uma novidade que abre perspectivas alvissareiras para a concretização do desejo de mudança claramente expresso nas urnas de 5 de outubro por ampla maioria de brasileiros.
Mudança, neste caso, significa não apenas a substituição dos mandatários de turno - a alternância no poder inerente ao sistema democrático. É imprescindível também mudar, radicalmente, a prática política nefasta que tem viabilizado as alianças necessárias à conquista do poder e à governabilidade.
Em 12 anos de poder, o PT conseguiu desmoralizar completamente o conceito de aliança política e a ideia de governabilidade, ao transformar essas práticas inerentes ao sistema democrático em meros instrumentos do fisiologismo a serviço de um projeto de poder. É a percepção cada vez mais clara dos efeitos dessa realidade sobre o cotidiano dos cidadãos que impulsiona e faz crescer a insatisfação difusa com o desempenho do governo e o consequente desejo de mudança.
Aécio Neves e Marina Silva, cada um a seu modo, ambos com ampla vivência da atividade política, sabem que, para fazerem jus à genuína condição de oposicionistas, precisam sinalizar claramente a disposição de mudar as práticas políticas em vigor e implementar programas de governo que Dilma Rousseff tem sido incapaz de conceber ou levar a cabo. E que devem começar pela definição das bases de um entendimento mútuo de caráter programático para a aliança eleitoral no segundo turno.
Essa aliança, no entanto, embora pareça decidida no que depender da vontade já manifestada tanto por Aécio como por Marina, terá ainda que superar dificuldades pontuais, algumas delas decorrentes do fato de que o PSB e a Rede Sustentabilidade, até agora unidos na legenda do primeiro, são, na verdade, grupos diferentes, quando não divergentes. Nada garante, portanto, que o apoio de Marina a Aécio acabará se formalizando em nome do partido que bancou a candidatura dela.
De qualquer modo, desde logo, Aécio e Marina manifestam o desejo de construir propostas de governo de comum acordo. E será, ao que tudo indica e a boa prática política recomenda, com base na explicitação de propostas convergentes que os dois candidatos - que no primeiro turno conseguiram reunir os votos de mais de 57 milhões (56,8%) dos brasileiros - deverão selar sua aliança na luta contra o lulopetismo no turno decisivo da eleição presidencial.
Mas além da questão programática, que agora terá a possibilidade de ser debatida em maior profundidade pelos candidatos, a campanha do segundo turno certamente será marcada pela intensificação dos ataques e das denúncias recíprocos.
Como ficou tristemente demonstrado no primeiro turno, a falta de escrúpulos dos propagandistas petistas poderá colocar Aécio em dificuldades, até o ponto em que a baixaria pode ser uma arma eficiente na disputa eleitoral. Para a campanha oposicionista, será um desafio difícil encontrar o desejável ponto de equilíbrio entre a necessidade de manter a disputa em nível civilizado e ao mesmo tempo dar resposta eficiente aos ataques de quem já demonstrou que, em eleição, faz-se "o diabo".
No cenário da disputa do segundo turno, alguma influência terá ainda a vulnerabilidade a que Lula se expôs ao ficar demonstrado que sua decantada infalibilidade como estrategista político está gravemente comprometida. Considerado um especialista em levar à consagração eleitoral verdadeiros "postes" que tira da manga a seu exclusivo critério, Lula amarga o vexaminoso fracasso dos três candidatos a governador que escolheu para três Estados importantes: Alexandre Padilha, terceiro colocado em São Paulo; Lindbergh Farias, quarto no Rio de Janeiro; e Gleisi Hoffman, terceira no Paraná. Pode ser um presságio do que virá no dia 26.

Pedetistas de Aécio

Reguffe: batendo de frente no PDT
Voto tucano no segundo turno
Mais uma confusão no PDT. A turma de Carlos Lupi anda empenhada em engrossar a campanha de Dilma Rousseff. Não tem conseguido.
O racha desenhou-se. Antônio Reguffe, Pedro Taques e Cristovam Buarque estão prestes a contrariar a cúpula pedetista e anunciar publicamente apoio a Aécio Neves.
Caso oficialize o que já está posto internamente, o trio deixará claro que não assumirá cargos num eventual governo tucano.
Por Lauro Jardim

Revista Época- Aécio 54% x Dilma 46%: primeira pesquisa sobre o segundo turno

Aécio Neves (PSDB) largou na frente da presidente Dilma Rousseff (PT) neste início da campanha de segundo turno nas eleições presidenciais deste ano. É o que mostra uma pesquisa feita com exclusividade para ÉPOCA, pelo instituto Paraná Pesquisas. Se a eleição fosse hoje, Aécio teria 49% das intenções de voto contra 41% de Dilma. Não sabe ou não responderam somam 10%. Em votos válidos, Aécio tem 54%, e Dilma, 46%. Na pesquisa espontânea, em que não são apresentados os candidatos, Aécio tem 45%, e Dilma, 39%.

ENRABANDO A VENEZUELA PARA SALVAR CUBA


Aécio veio para unir e não para dividir. O nordeste é Brasil, quer educação de qualidade e geração de empregos. Ao PT interessa dar esmolas.

Tracking do ninho fecha primeiros três dias do segundo turno: Aécio 52% x 43% Dilma.

Os milagres econômicos da incompetência

ROLF KUNTZ - O ESTADO DE S.PAULO
04 Outubro 2014 | 02h 04

É preciso acreditar em milagres. Só uma incompetência milagrosa poderia produzir estragos tão prodigiosos na indústria brasileira, no comércio exterior e nos fundamentos econômicos do País em tão pouco tempo.
A soma de exportações e importações ficou em US$ 347,96 bilhões entre janeiro e setembro, valor 2% menor que o de um ano antes, pela média dos dias úteis. Diminuíram tanto as vendas quanto as compras internacionais e mais uma vez o Brasil mostrou ao mundo uma perversa originalidade. Recessão, em outros países, tem normalmente um efeito corretivo. No país da presidente Dilma Rousseff, a inflação anual continua acima de 6%. A balança de mercadorias acumula um déficit de US$ 690 milhões em nove meses. O governo central, segundo os números do Tesouro, só conseguiu de janeiro a agosto um superávit primário de R$ 4,67 bilhões, 87,8% menor que o de igual período de 2013. Para atingir a meta, R$ 80,8 bilhões, a administração central terá de obter em quatro meses um saldo superior a R$ 76 bilhões, 16 vezes o alcançado no dobro desse tempo.
Em outros países, governados de acordo com padrões mais normais, políticas de austeridade, às vezes com efeito recessivo, são usadas para corrigir desajustes. O caso brasileiro é muito diferente. Não houve nenhum esforço de ajuste. A recessão foi apenas mais um produto de uma incompetência de raras proporções, assim como o fiasco econômico dos três anos anteriores.
A condição precária do comércio exterior é um espelho dos erros cometidos pela administração petista a partir de 2003. A política industrial nunca foi mais que um arremedo, com tinturas nacionalistas e desenvolvimentistas, de estratégias típicas de outras eras. Nunca se cuidou de fato da eficiência econômica e do poder de competição. A política foi sempre, nos últimos 12 anos, muito mais voltada para o protecionismo do que para a inovação e a produtividade. A isso se acrescentaram estímulos ao consumo bem maiores que os incentivos ao investimento.
No primeiro trimestre deste ano, o coeficiente de exportação da indústria - proporção entre o valor exportado e o produzido - ficou em 19,8%. Nos primeiros três meses de 2007 ainda estava em 22%. Ao mesmo tempo, a participação dos importados no consumo de bens industriais passou de 17% para 22,5%, embora o Brasil tenha permanecido uma das economias mais fechadas do mundo. Os dados são da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Na virada do século os manufaturados ainda representavam mais de 50% do valor exportado. A proporção caiu pouco a pouco e de janeiro a setembro deste ano ficou em 34,8%. No mesmo período de 2013 estava em 36,9%, com peso um pouco maior, mas também muito baixo para uma economia com a base industrial do Brasil,
O governo tem uma desculpa também para isso, como para uma porção de outros problemas. A explicação, agora, é a crise da Argentina, principal mercado de exportação para os produtores brasileiros de manufaturados. Essa versão foi amplamente reproduzida, quando a imprensa divulgou, na quinta-feira, os números do comércio exterior de setembro. Mas ninguém deveria levar muito a sério essa conversa. A crise argentina até serve para esclarecer uma pequena parte da história - só uma pequena parte.
A indústria brasileira vem perdendo capacidade de exportação há muitos anos. As vendas cresceram durante alguns anos, nesse período, mas os produtores tiveram dificuldades crescentes até para preservar sua participação nos mercados. A valorização do real atrapalhou as vendas. Mas uma parte do desajuste cambial é atribuível à inflação, quase sempre maior que a dos concorrentes.
Empresários sempre reclamaram do câmbio valorizado, mas nunca, ou quase nunca, pediram medidas mais sérias para a estabilização dos preços e, portanto, dos custos internos. Acumulada em três anos, uma diferença anual de três pontos porcentuais de inflação pode virar um desastre cambial. A maior parte das pessoas parece desprezar esse detalhe.
Além disso, há o velho e nunca resolvido problema do custo Brasil, formado por uma enorme coleção de ineficiências de origem estritamente nacional. Não dá para culpar o mundo malvado, nem a perversidade das grandes potências, pelo péssimo sistema tributário, pela escassez de mão de obra eficiente, pelas más condições de transporte ou pela incapacidade gerencial do governo - para citar só um pedaço da lista.
Mas pode-se culpar o governo tanto pela incompetência administrativa quanto por erros graves de estratégia. Durante anos, a administração petista aproveitou a onda internacional de crescimento - e especialmente a expansão chinesa - para aproveitar sem trabalho as vantagens do crescimento econômico e do aumento das exportações. Internamente, a transferência de renda alimentou a expansão do mercado consumidor, mas os formuladores da política se esqueceram de cuidar também do aumento da capacidade de oferta.
Sem atenção a outras oportunidades, o governo aceitou também a transformação do Brasil em fornecedor de matérias-primas para a China e de manufaturados para economias em desenvolvimento, especialmente da vizinhança sul-americana. Foi uma escolha ideológica, apresentada como estratégia inovadora pelos formuladores da diplomacia petista.
Isso explica a vulnerabilidade do País à crise argentina. Ao renegar a política de inserção nos mercados desenvolvidos, o governo deixou à indústria brasileira, até por falta de uma estratégia modernizadora, poucas opções além de jogar na segunda divisão. Mas potências mais competitivas, como a China, podem invadir esse mercado e atropelar os competidores menos eficientes. A indústria brasileira tem perdido espaço também na vizinhança. De milagre em milagre, o Brasil recua à condição de colônia dependente de uma metrópole importadora de matérias-primas.
JORNALISTA

Um soco na onipotência e um plebiscito entre “mais PT” e “chega de PT”



Em sua coluna de hoje, Roberto DaMatta ataca a arrogância petista de rejeitar todas as conquistas anteriores e tratar o Brasil como um país recém-descoberto e liberto pelo PT. O antropólogo reconhece que esta é a postura típica dos radicais e fanáticos, aqueles que se negam a enxergar o mundo como um processo contínuo, preferindo a visão de um messias salvador. Diz ele:

Aécio Neves, com sua tranquilidade, batalhou, enfrentou e virou o jogo. Foi o único que, no famoso debate da Globo, falou que todos os candidatos a presidente e, por implicação, a qualquer cargo eletivo — cargos que implicam não em grana e poder, mas em servir ao Brasil — se somavam. Todos os presidenciáveis, disse ele, continuavam projetos e planos que foram inventados e instituídos por seus antecessores. O único partido que negou isso foi o PT, que realizou sistematicamente o discurso lulista do “nunca antes neste país” — exceto com ele e com o PT e que, no governo Dilma, usa o onipotente “nós” como a chave em todos os seus confusos discursos. O lulopetismo está convencido (como ocorre com todo radical) que o Brasil e o mundo começam com eles. Aécio foi o único que falou numa continuidade de projetos como os de distribuição de renda que, em vez de separar, juntam posições do PT com as do governo de PSDB.

De fato, Aécio cobrou de Dilma o tempo todo mais humildade, alegando que ela deveria reconhecer os méritos de FHC e que não fazê-lo era muito feio. O tucano também não teve problema em reconhecer alguns “acertos” do PT, em sua opinião, como o próprio Bolsa Família.

O programa precisa de ajustes, como uma porta de saída mais clara e sua transformação em política de estado, justamente para impedir seu uso eleitoral. Mas Aécio não precisa vender uma ideia de que o país começará do zero com ele, o que seria patético – e a cara do PT. É o que se espera de quem pretende ser um estadista e governar para todos os brasileiros.

Já o PT, como lembra DaMatta, prefere o tom messiânico e personalista, que carrega no viés autoritário. É típico dos regimes fascistas, com culto à personalidade e mensagem escatológica. Diz o autor:




Cabe finalizar que, com essas eleições, iremos controlar os personalismos lulistas de índole malandra e neofascista. Todos os resultados pedem mais honestidade e seriedade com o governo da coisa pública. Tenho a esperança de liquidar com esses donos espúrios de um Brasil que é de todos nós. Esse é o pleito que nocauteou a onipotência e, com ela, a demagogia, a roubalheira, o aparelhamento do estado pelo governo, a corrupção deslavada, os dois pesos duas medidas no plano jurídico e econômico e, por último, mas não por fim, a autoridade absoluta de um partido cujo objetivo era muito mais o de trabalhar para um projeto de poder do que para o poder do Brasil.


São palavras duras, mas totalmente verídicas. O jornalista Elio Gaspari, em sua coluna, fala que o segundo turno será um plebiscito: de um lado o “Mais PT”, do outro o “Chega de PT”. Em parte, será isso mesmo.

Quem deseja continuar com esse modelo arrogante, personalista, autoritário e corrupto, deve votar em Dilma. Mas quem cansou disso tudo e deseja mudança, mais democracia, mais liberdade e mais prosperidade, tem que votar em Aécio Neves.

Um lado se julga onipotente e segregou o Brasil em dois grupos; o outro pretende superar essa fase e criar um modelo de gestão para todos os brasileiros, com mais humildade em uma grande sociedade aberta. Com a palavra, o eleitor.

Rodrigo Constantino

A duas semanas da eleição, Dilma dá um "presente" para o Brasil: preço da comida explode e inflação chega a 6,75% ao ano

O povo está cansado da política do PT. Basta observar o índice de rejeição da Dilma. Não acredito que Marina irá embarcar nesta furada.

A GAZETA DO BICUDO- Inflação acelera em setembro e supera teto em 0,25%

Oito notas de Carlos Brickmann

Publicado na coluna de Carlos Brickmann
CARLOS BRICKMANN
Acertando os pontos
O PPS, que apoiou Marina, fecha com Aécio. O PV de Eduardo Jorge decide hoje – a dificuldade é que, nos vários Estados, o PV adotou posições diferentes, ora ao lado do PT, ora contra o PT. O PSOL, ao que tudo indica, vai com Dilma.
Primeiras pesquisas
Amanhã, quinta, no Jornal Nacional, saem as pesquisas Ibope e Datafolha. É a primeira oportunidade para saber quem sai na frente – ou não, ou talvez sim. Aplicando-se a margem de erro, talvez saiam os números da eleição na Bolívia.

Há controvérsias
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, PMDB, segundo colocado na disputa pelo Governo paulista, vê a possibilidade de disputar a Prefeitura paulistana em 2016. Só há um problema: Michel Temer, que comanda o PMDB, quer vê-lo longe.
A hora… 
Há agora 28 partidos representados na Câmara Federal. No total, as legendas aliadas a Dilma têm 304 parlamentares; os adversários, 128. Mas não se impressione: se Dilma ganhar, os 304 se transformam em 404 de um dia para outro. Se Aécio ganhar, os 128 pulam para 328 antes da meia-noite do dia da apuração.
Dúvida: se é assim, para que tantos deputados? E para que tantos partidos? Teremos tantas correntes políticas nesse país que necessitem de partidos para organizar-se? A resposta, claro, é não: os partidos proliferam porque recebem bom dinheiro do Fundo Partidário (o PRTB de Levy Fidelix, por exemplo, tem pouco mais de R$ 100 mil mensais). Têm um determinado tempo na propaganda de TV, muito valioso.
Em outras palavras, vale a pena montar um partido.
…do limite
O Supremo derrubou uma vez a cláusula de barreira, que exigia 5% do eleitorado, dividido em nove Estados, para que um partido recebesse benefícios. Mas já se pensa nisso de novo. Mais um pouco, não haverá orçamento que chegue.
Coisa estranha
Está num vídeo amplamente divulgado: uma manifestação de agentes da Polícia Federal, no Rio, por aumento de salários. Críticas pesadas ao Governo Federal. E alguém, no carro de som, proclamando que, no dia em que os agentes federais contarem à imprensa o que sabem, acaba o Governo.
OK: ou eles mentem ou falam a verdade. Se mentem, é o fim da picada. Se não mentem, estarão prevaricando: um agente público não pode silenciar a respeito de irregularidades.
Dinheiro sobrando
Há 263 carros dos Correios abandonados há quase dois anos num terreno de Vila Matias, em Santos. Por que estão ali? Não se sabe. Por que estão ao ar livre, deteriorando-se, sujeitos a depredação e furtos? Não se sabe. A direção dos Correios não sabe? Sabe: em abril, há mais de seis meses, o Ministério Público Federal cobrou providências dos Correios. Talvez a carta não tenha chegado – e o fato é que até hoje os carros, comprados com o dinheiro do caro leitor, continuam abandonados.
O Ministério Público determinou que os Correios, em 30 dias, guardem os veículos em lugar adequado, em que não se deteriorem; elimine focos de mosquitos nos carros abandonados; faça o inventário dos carros, mande consertar os que forem aproveitáveis e venda os que não forem.
Simples, não? Mas há quase dois anos os carros estão lá, sem que a estatal federal se mexa.
O cargo e a surra
O senador Vital do Rego, do PMDB paraibano, lutou e conseguiu ser presidente das duas CPIs sobre a Petrobras. A notoriedade não lhe valeu muito: ficou em terceiro lugar na disputa do Governo da Paraíba, com 5,2% dos votos.

Mantega, um ministro que dia após dia se derrete à sombra.

O silêncio de Lula - Marco Antonio Villa

Na história republicana brasileira, não houve político mais influente do que Luiz Inácio Lula da Silva. Sua exitosa carreira percorreu o regime militar, passando da distensão à abertura. Esteve presente na Campanha das Diretas. Negou apoio a Tancredo Neves, que sepultou o regime militar, e participou, desde 1989, de todas as campanhas presidenciais.

 Quando, no futuro, um pesquisador se debruçar sobre a história política do Brasil dos últimos 40 anos, lá encontrará como participante mais ativo o ex-presidente Lula. E poderá ter a difícil tarefa de explicar as razões desta presença, seu significado histórico e de como o país perdeu lideranças políticas sem conseguir renová-las.


Lula, com seu estilo peculiar de fazer política, por onde passou deixou um rastro de destruição. No sindicalismo acabou sufocando a emergência de autênticas lideranças. Ou elas se submetiam ao seu comando ou seriam destruídas. E este método foi utilizado contra adversários no mundo sindical e também aos que se submeteram ao seu jugo na Central Única dos Trabalhadores. O objetivo era impedir que florescessem lideranças independentes da sua vontade pessoal. Todos os líderes da CUT acabaram tendo de aceitar seu comando para sobreviver no mundo sindical, receberam prebendas e caminharam para o ocaso. Hoje não há na CUT — e em nenhuma outra central sindical — sindicalista algum com vida própria

No Partido dos Trabalhadores — e que para os padrões partidários brasileiros já tem uma longa existência —, após três decênios, não há nenhum quadro que possa se transformar em referência para os petistas. Todos aqueles que se opuseram ao domínio lulista acabaram tendo de sair do partido ou se sujeitaram a meros estafetas.

Lula humilhou diversas lideranças históricas do PT. Quando iniciou o processo de escolher candidatos sem nenhuma consulta à direção partidária, os chamados “postes”, transformou o partido em instrumento da sua vontade pessoal, imperial, absolutista. Não era um meio de renovar lideranças. Não. Era uma estratégia de impedir que outras lideranças pudessem ter vida própria, o que, para ele, era inadmissível.


Os “postes” foram um fracasso administrativo. Como não lembrar Fernando Haddad, o “prefeito suvinil”, aquele que descobriu uma nova forma de solucionar os graves problemas de mobilidade urbana: basta pintar o asfalto que tudo estará magicamente resolvido. Sem talento, disposição para o trabalho e conhecimento da função, o prefeito já é um dos piores da história da cidade, rivalizando em impopularidade com o finado Celso Pitta.


 Mas o símbolo maior do fracasso dos “postes” é a presidente Dilma Rousseff. Seu quadriênio presidencial está entre os piores da nossa história. Não deixou marca positiva em nenhum setor. Paralisou o país. Desmoralizou ainda mais a gestão pública com ministros indicados por partidos da base congressual — e aceitos por ela —, muitos deles acusados de graves irregularidades. Não conseguiu dar viabilidade a nenhum programa governamental e desacelerou o crescimento econômico por absoluta incompetência gerencial.


 Lula poderia ter reconhecido o erro da indicação de Dilma e lançado à sucessão um novo quadro petista. Mas quem? Qual líder partidário de destacou nos últimos 12 anos? Qual ministro fez uma administração que pudesse servir de referência? Sem Dilma só havia uma opção: ele próprio. Contudo, impedir a presidente de ser novamente candidata seria admitir que a “sua” escolha tinha sido equivocada. E o oráculo de São Bernardo do Campo não erra.


 A pobreza política brasileira deu um protagonismo a Lula que ele nunca mereceu. Importantes líderes políticos optaram pela subserviência ou discreta colaboração com ele, sem ter a coragem de enfrentá-lo. Seus aliados receberam generosas compensações. Seus opositores, a maioria deles, buscaram algum tipo de composição, evitando a todo custo o enfrentamento. Desta forma, foram diluindo as contradições e destruindo o mundo da política.


 Na campanha presidencial de 2010, com todos os seus equívocos, 44% dos eleitores sufragaram, no segundo turno, o candidato oposicionista. Havia possibilidade de vencer mas a opção foi pela zona de conforto, trocando o Palácio do Planalto pelo controle de alguns governos estaduais.


Se em 2010 Lula teve um papel central na eleição de Dilma, agora o que assistimos é uma discreta participação, silenciosa, evitando exposição pública, contato com os jornalistas e — principalmente — associar sua figura à da presidente. Espertamente identificou a possibilidade de uma derrota e não deseja ser responsabilizado. Mais ainda: em caso de fracasso, a culpa deve ser atribuída a Dilma e, especialmente, à sua equipe econômica.


Lula já começa a preparar o novo figurino: o do criador que, apesar de todos os esforços, não conseguiu orientar devidamente a criatura, resistente aos seus conselhos. A derrota de Lula será atribuída a Dilma, que, obedientemente, aceitará a fúria do seu criador. Afinal, se não fosse ele, que papel ela teria na política brasileira?


O PT caminha para a derrota. Mais ainda: caminha para o ocaso. Não conseguirá sobreviver sem estar no aparelho de Estado. Foram 12 anos se locupletando. A derrota petista — e, mais ainda, a derrota de Lula — poderá permitir que o país retome seu rumo. E no futuro os historiadores vão ter muito trabalho para explicar um fato sem paralelo na nossa história: como o Brasil se submeteu durante tantos anos à vontade pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva.

“Comunistas detestam pessoas bem-humoradas. Será que eles acham que cara feia tem alguma outra utilidade que não seja assustar?” (Mim)

Não precisam me chamar. Para votar contra a canalha eu irei por conta.

O partido do ódio, da ideia de dividir para reinar finalmente vai dançar. Muita luz, muito sol sobre esse nosso Brasil!

Por um Brasil unido e não dividido! Eu voto 45!