sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Se você perguntar para Dilma quem é Deus ela imediatamente mandará você falar com Gilberto Carvalho. É assunto dele!

Dilma é a primeira atéia que conheço está fazendo força para ser converter de mentirinha. Pelo menos até outubro.

Se não querem privatizar a Petrobras tudo bem. Mas que privatizem pelo menos os seus ladrões.

Petrobras

Quando o PT assumiu o governo disseram para eles:  Aqui está a Petrobras e o petróleo é nosso. Eles entenderam 'o petróleo é vosso'. Deus no que deu!

Petrobras está tal e qual pia de água benta antes da missa. Todo mundo que passa mete a mão.

Caio Blinder- O ar de Bush (o pai)

O Obama do discurso de quarta-feira da estratégia do combate ao grupo terrorista Estado Islâmico não é mais o velho Obama que subiu na vida pontificando contra “guerras estúpidas”. Ele desceu para a realidade e como predecessores “vai estender o legado da guerra”, na expressão do New York Times. No discurso, o presidente manteve distância do caubói George W. Bush, mas ele tinha o tom, a retórica e a estratégia Bush, do Bush pai.
Marc Bassets, do jornal espanhol El País, traça um bom paralelo entre o empenho do democrata Obama para forjar uma coalizão internacional em 2014 contra o terror com o paciente trabalho do ex-presidente republicano George H.W. Bush contra Saddam Hussein em 1991, na primeira guerra do Golfo Pérsico. Bom lance de Obama. Afinal, como regressar ao Oriente Médio sem parecer George W. Bush? Inspirando-se no pai dele, que governou apenas entre 1989 e 1993, pois teve negado um segundo mandato ao ser derrotado pelo democrata Bill Clinton.
Como lembra Bassets, Bush pai costurou uma das maiores coalizões da história para enxotar Saddam Hussein do Kuwait. No entanto, ele deixou o ditador iraquiano escapar vivo. Saddam apenas encontrou a morte depois da invasão americana do Iraque, desfechada pelo filho. George W. exerceu o poder de forma mais impaciente e menos cerebral do que o pai. Ele  dividia o mundo entre amigos e inimigos e vislumbrava os EUA como capazes de mudar o eixo da história do Oriente Médio. Bush pai foi cauteloso até no processo de desmanche do comunismo soviético no final da Guerra Fria.
Bush filho era impulsionado por neoconservadores que esposavam o idealismo da política externa americana, com o uso de força para promover a democracia e os direitos humanos. Já o pai cauteloso era avesso ao aventureirismo e adepto da escola do realismo, a Realpolitik. O papel americano era zelar por seus interesses e participar de um jogo de equilíbrio de poderes. Obama fala em equilíbrio estratégico no Oriente Médio e cogita até de trazer o Irã dos aiatolás para o cenário desde que regulem o seu programa nuclear.
Bush pai não era avesso à guerra (e para ele não se tratava de algo abstrato, pois combateu na Segunda Guerra Mundial). A mesma coisa com Obama (sem experiência militar), que nunca deve ser confundido com um pacifista. Bush pai, no entanto, sempre foi mais internacionalista do que Obama, que teve a ilusão de que poderia colocar as coisas na mochila e voltar para casa, com o projeto de fazer reformas domésticas.
Nada garante que a armação de Obama funcione agora. As coisas hoje são mais incertas do que nos tempos em que Bush pai armou a sua coalizão, com o objetivo limitado de punir Saddam por sua invasão do Kuwait. O inimigo terrorista hoje em dia é mais difuso e há ambiguidades na postura dos aliados árabes que começam a cerrar fileiras. Os sauditas, por exemplo, parecem mais empenhados em enxotar o ditador Bashar Assad do poder do que, por exemplo, enviar tropas para a Síria para derrotar o Estado Islâmico. Em comum, Bush pai e Obama prezam a aliança com os sauditas.
No entanto, como observa Bassetts, a sombra de Bush filho persegue Obama. O terror islâmico agora é assumidamente seu grande inimigo  como foi no caso do seu antecessor. O presidente atual nunca escondeu sua admiração pelo estilo cerebral e realista de Bush pai. E agora existe a conveniência política de regressar ao Oriente Médio, recorrendo ao seu estilo e evocando as suas ideias. Quem diria, um filho político. E, é claro, se tudo der errado, sempre haverá um Bush para ser culpado.
***

RJ-Parece mentira, mas não é!


É um escárnio!

Por João Luiz Mauad, publicado noInstituto Liberal
Leio no jornal O Globo que uma mensagem enviada na última terça-feira à Assembleia Legislativa (Alerj) pela desembargadora Leila Mariano, presidente do Tribunal de Justiça (TJ), prevê a concessão de uma bolsa de até R$ 7.250 mensais para financiar a educação de filhos e dependentes de juízes e desembargadores do Rio entre oito e 24 anos de idade. Se for aprovado na íntegra, o benefício pode causar, apenas este ano, um impacto de R$ 38,773 milhões aos cofres públicos… Está previsto também o benefício para os servidores do Judiciário fluminense.
A maioria dos magistrados recebe cerca de R$ 30 mil mensais brutos de vencimentos. No caso dos servidores, o auxílio será, no máximo, igual ao valor do maior vencimento básico da categoria, R$ 3 mil. Numa tabela anexa ao projeto, o TJ mostra que, para o ano que vem, a previsão de gastos é de R$ 128,877 milhões, e chegará a R$ 175,119 milhões em 2018. Magistrados e servidores também terão direito a receber, uma vez por ano, uma ajuda no valor de 50% de seus salários básicos para fazer cursos de aperfeiçoamento.
É estupefaciente!  Essa gente perdeu qualquer senso de realidade, enquanto eu perco o senso de humor. Estamos falando de uma gente que ganha, em média, trinta mil reais por mês, enquanto a renda per capita brasileira, ANUAL, é de pouco mais de vinte mil reais.  Depois, quando os liberais dizem que a verdadeira e única luta de classes que existe é entre os nababos encastelados no poder e os pagadores de impostos, ninguém leva a sério.
Fico embasbacado com a cara-de-pau.  Reparem que uma das justificativas para o malfadado projeto de leié dar cumprimento ao artigo 227 da Constituição Federal, o qual diz que “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação...”  Para completar, Suas Excelências ainda tiveram a pacholice de estabelecer no P.L que a tal bolsa educação terá caráter indenizatório, e não remuneratório.  Traduzindo o juridiquês, estará isenta de imposto de renda.  É mole ou quer mais?
Trata-se de um verdadeiro escárnio com o cidadão pagador de impostos do Rio de Janeiro.  Esperemos que a Assembléia Legislativa recuse essa barbaridade, embora eu, particularmente, não espere isso.  Provavelmente, prevalecerá o corporativismo e a troca de favores de sempre entre as duas instâncias do poder estadual.

Reynaldo-BH: Dilma confessa que existem corruptos por toda parte, mas descobriu só agora que saqueavam até a Petrobras

REYNALDO ROCHA
A criatividade da presidente Dilma Rousseff é proporcional à inteligência que demonstra (não) ter.
Assim como o Partido Comunista Chinês teve por décadas o Livro Vermelho de Mao (uma coleção de ridículas citações) como documento dogmático, Dilma e o PT adotaram o Livro Sem Cor de Lula (e sem letras) para a mesma função.
Livro de fácil leitura. Tem somente duas orientações aos milicianos.
1 – “Eu não sabia”.
2 – “Sou, mas quem não é?”
O problema acontece quando ambas são usadas como desculpas no mesmo episódio político. Como no Mensalão 2, ou Petrolão.
Nesta sexta-feira, em mais uma sabatina no Globo, Dilma reiterou: “EU NÃO SABIA o que o diretor da Petrobras Paulo Roberto fazia”. Na tentativa de livrar-se da cumplicidade, declarou-se incompetente.
Dilma afirmou há dias que o escroque preso no Paraná era funcionário de carreira e altamente qualificado. Tenta esconder as ligações partidárias do ex-diretor que foi indicado pelo mensaleiro José Janene e nomeado por Lula. Como se a maior empresa do Brasil fosse um antro de funcionários de carreira afeitos à corrupção.
Assim, o primeiro mandamento do manual petista foi respeitado: “Eu não sabia”.
Mesmo anestesiada, a opinião pública sabe distinguir uma mentira de uma verdade. E Dilma mentiu. Paulinho de Lula foi escolhido pelos atributos que o PT e base alugada exigem dos apadrinhados: capacidade de roubar, conhecimento do caminho que leva à sala do cofre e respeito aos acertos financeiros costurados em Brasília. Fingir ignorar o que fazia Paulinho – o mesmo que se reunia constantemente com Lula – é imaginar que todos somos idiotas. Não somos.
Também na sabatina desta sexta-feira, o segundo mandamento foi obedecido: “Há corruptos EM TODOS OS partidos!”, afirmou Dilma. E o que temos com isso?
Não foi para mudar este cenário que um líder sindical sedutor de secretárias pagas com nossos impostos criou um partido? Não foram eles os fiadores da promessa do “novo”? Essa agressão a quem trabalha e sobrevive APESAR do PT equipara a seita ao PMDB e outros notórios traficantes de verbas públicas!
Sabemos que é assim. O que causa perplexidade é Dilma usar a alegação do “SOMOS TODOS IGUAIS” no mesmo episódio em que tentou esconder-se atrás do “EU NÃO SABIA”.
Não somos iguais. Nunca seremos. O Brasil decente não pode ser o mesmo que Dilma enxerga como sendo padrão do modo petista de ser, na pocilga que habitam. Nos incluam fora disto.
Por fim, diz a lógica que quem não sabe não pode admitir que FEZ, mesmo que para alegar que os outros também fazem.
Dilma admitiu que o governo dela e do amigo do Paulinho FIZERAM, pois todos são corruptos! Então, ela sabia.
Exigir lógica de quem sequer consegue balbuciar uma frase inteligível é querer demais. Peço menos: que saia de onde está no primeiro dia de janeiro de 2015. E se junte aos que existem em todos os partidos, na visão distorcida de quem USA a representação popular para jogar na lama a própria democracia.
Eu me contento com isso.

OS IDIOTAS NÃO APRENDEM - Avança projeto argentino que visa a controlar preços e lucros

JABUTI DERRUBA BOLSA- Pancadaria eleitoral derruba bolsa. Petrobras cai 12% na semana

Abençoado por Deus e roubado com naturalidade

ERNANDO GABEIRA - O ESTADO DE S.PAULO
12 Setembro 2014 | 02h 03

Tá lá o corpo estendido no chão. Acabou uma época imprensada entre a crise econômica e uma profunda desconfiança da política. Não quero dizer com isso que o atual governo federal, com sua gigantesca capacidade, milhões de reais e a máquina do Estado, perderá a eleição. Não o subestimo. Quando digo que acabou uma época quero dizer que algo dentro de nós se está rompendo mais decisivamente, com as denúncias sobre o assalto à Petrobrás.
De um ponto de vista externo, você continua respeitando as leis e as decisões majoritárias. Mas internamente sabe que vive uma cisão. A contrapartida do respeito à maioria é negada quando o bloco do governo se transforma num grupo de assaltantes dos cofres públicos.
Uma fantástica máquina publicitária vai jogar fumaça nos nossos olhos. Intelectuais amigos vão dizer que sempre houve corrupção. Não se trata de um esquema de dominação. Ele tem seus métodos para confundir e argumentar.
O elenco escolhido pelo diretor da Petrobrás para encenar o grande assalto na política não chega a surpreender-me. O presidente do Senado, Renan Calheiros, e o presidente da Câmara, Henrique Alves, são atores experimentados. A diferença agora é que decidiram racionalizar. Renan e Alves viveram inúmeros escândalos separadamente. Agora estão juntos na mesma peça. Quem escreve sobre escândalos deve ser grato a eles. Com a presença num mesmo caso, Renan e Alves nos economizam um parágrafo. Partimos daí: os presidentes do Senado e da Câmara brasileira são acusados de assaltar a Petrobrás.
Deixamos para trás um Congresso em ruínas e vamos analisar o governo. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, foi acusado, o tesoureiro do PT também foi denunciado. As declarações deixam claro que Lula levou o diretor para o posto e elogiava seu trabalho na Petrobrás.
Em termos íntimos, não há governo nem Congresso para respeitar. Ambos já mudaram de qualidade. Os que se defendem afirmando que sempre houve corrupção não percebem a fragilidade do argumento. É como se estivessem diante do incêndio do Rio e alguém sussurrasse: "O Nero, lembra-se? O Nero também incendiou Roma".
Grande parte dos analistas se interessa pela repercussão do escândalo na corrida presidencial. Meu foco é outro: a repercussão na sensação de ser brasileiro. Quem talvez conheça melhor essa sensação são as pessoas que vivem em favelas, dominadas pelo tráfico ou pela milícia.
Existem diferenças entre as favelas e o Brasil que as envolve. Diante de escândalos políticos somos livres para protestar, o que não é possível nos becos e vielas. E contamos com a Justiça. No caso do mensalão, o processo foi conduzido por um juiz obstinado e com dor nas costas, pouco tolerante a artifícios jurídicos. Neste caso da Petrobrás há indícios de que o juiz Sérgio Moro, competente em analisar crimes de lavagem de dinheiro, pretende avançar nas investigações. E avançar por um território que não é virgem, mas extremamente inexplorado: o universo das empreiteiras que subornam os políticos.
Lembro-me, no Parlamento, dos esforços do velho Pedro Simon para que se investigassem também as empreiteiras nos escândalos de suborno. Falar disso no Congresso é falar de corda em casa de enforcado. Ele não conseguiu. Mas Simon queria mostrar também que os políticos não se corrompem sozinhos. Desgastados, polarizam tanto a rejeição que poucos se interessam por quem deu dinheiro e com que objetivo.
Leio nos jornais que as empreiteiras fizeram um pool de excelentes advogados e, pela primeira vez na história, vão se defender de forma coordenada. Vão passar por um momento crucial. Ainda no Congresso, apresentei projeto regulando suas atividades no exterior. A presunção era de que mesmo no exterior o suborno era ilegal para uma empresa brasileira. Alguns países já adotam essa política.
Sinceramente, não sei se o caso das empreiteiras é apenas de bons advogados. Em muitos lugares do mundo, algumas empresas assumem seus erros e se comprometem com um novo tipo de relação com as leis. Isso no Brasil seria uma decisão audaciosa. Sem o suborno, devem pensar, não há chance de ter contratos com o governo.
Se, como no mensalão, a justiça for aplicada com severidade, também as empreiteiras serão punidas. Mais uma razão para pensar numa mudança de comportamento para a qual o País já está maduro. Todo esse processo de corrupção pode ser combatido, parcialmente, a partir de nova cultura empresarial. Os outros caminhos são transparência, Polícia Federal, Justiça, liberdade de imprensa e internet.
Quando afirmo que uma época acabou, repito, não excluo a vitória eleitoral das forças que assaltam a Petrobrás. Mas, neste caso, o governo sobreviverá como um fósforo frio. Maduro, na Venezuela, vê Chávez transfigurado em passarinho. Esse truque não vale aqui, pois Lula está vivo. E no meio da confusão.
Não creio que o Congresso será melhor nem que a oposição, que não soube combinar a crítica econômica com a rejeição moral, possa realizar algo radicalmente novo. O próprio Supremo não é mais o mesmo. Modestamente, podemos esperar apenas alguma melhoras e elas vão depender de como o povo interpretará o saque à Petrobrás. Na minha idade já não me posso enganar: Senado, Câmara, governo, tudo continua sendo formalmente o que é; no juízo pessoal, são um sistema que nos assalta.
O PT, via Gilberto Carvalho, acha que a corrupção é incontrolável e propõe financiamento público de campanha. Bela manobra, como se o dinheiro da Petrobrás não fosse público. Os adversários têm tudo para desconfiar da tese. Ficariam proibidos de arrecadar com empresas, enquanto dinheiro a rodo é canalizado das estatais para o PT, que se enrola na Bandeira Nacional e grita: "O petróleo é nosso!".
Na medida em que tudo fique mais claro, talvez possamos até economizar palavras, como Renan e Alves nos economizaram um parágrafo participando do mesmo escândalo. Poderíamos usar a frase do mendigo em Esperando Godot, ao ser questionado sobre quem o espancou: os mesmos de sempre.
*Fernando Gabeira é jornalista

A SICÍLIA FICA EM BRASÍLIA- Senado engaveta investigação de farsa montada na CPI da Petrobras

O POVO QUER É SE ESTREPAR! Ibope: Dilma tem 39%, Marina, 31% e Aécio, 15%

Gracinha se arrisca a ficar pobre? TSE multa presidente da Petrobras, de novo, por propaganda ilegal

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aplicou nesta quinta-feira nova multa à presidente da Petrobras, Graça Foster, por veiculação de propaganda irregular da estatal. Os ministros da corte entenderam que a publicidade institucional teve como objetivo ligar a imagem da Petrobras ao governo, e não anunciou qualquer produto com concorrência no mercado. No último dia 3, o tribunal multou a executiva em 212.000 reais pelo mesmo motivo. A multa aplicada agora é de 53.000 reais.

“O regime comunista é análogo ao sistema penitenciário. Quem não é funcionário do sistema quando tem uma chance foge.” (Mim)

“Não gosto de comer comunistas. Eles têm cheiro de ranço.” (Leão Bob)

PESQUISA DIZ- Doenças mentais encurtam a vida mais do que o tabagismo

Já sei o que fazer. Deixarei de ser louco para ser fumante.

Leão Bob e os chineses

“Se comemos turistas aqui na savana? Sim, comemos. Temos preferido os chineses, já que eles são abundantes.” (Leão Bob)

Dominação

Dominação não é amor
É dor
Ato que subtrai do ser
O direito de escolha
E atropela a dignidade.

Não desista

Quando um sonho se perde
O céu escurece
Uma tempestade desaba
O desespero bate
As raposas fogem
E a solidão mostra que é fria como a neve
Lute
Erga os braços
Derrube os escombros da vida
Acredite que transposta à escuridão das nuvens o céu é azul
E volte a sorrir e sonhar como dantes.

Você investiria no Brasil tendo no governo Dilma ou Marina.Na real, investiria? Eu não!

Não dá mais

Precisamos de um ambiente de mais liberdade. Precisamos impor mais deveres que direitos. O Brasil está no limite, o fôlego está no fim.

Idade do Meio

“Estou na idade do meio. Meio-pobre, meio-velho- meio-estressado e meio-impotente.” (Climério)

Maquiagem

“As feias que me desculpem, porém maquiagem é fundamental.” (Mim)

Desperdício

“Desperdício é lavar a perereca por nada. O velho está morto.” (Eulália)

Trapo

“Meus sapatos estão tão velhos que basta ameaçar chuva para eles se encherem de água.” (Mim)

Bochechas ardidas

“Jamais diga para um insone que as noites foram feitas para dormir. Mas se quiser levar umas bolachas, fale!” (Mim)

Sem contar carneirinhos

“Quem toma remédio para dormir sou eu, mas quem dorme é a minha mulher.” (Mim)

Perguntar não é ofensa: Por que nossos comunas não tentam criar uma Comissão da Verdade em Cuba? É público que lá ocorreram prisões, torturas e assassinados em escala bem maior que aqui pelas nossas barrancas.

Intrigas bizantinas na Terceira Roma

Por Guilherme Dalla Costa, publicado no Instituto Liberal
A Revolução Russa é geralmente retratada como uma odisseia do povo do Império Russo para libertar-se de um governo atrasado e quase feudal que dominava praticamente todo o Norte da Eurásia. É essa imagem que é desconstruída em História Concisa da Revolução Russa, do historiador polonês Richard Pipes. Vasculhando os arquivos soviéticos, Pipes usa registros de telégrafo, cartas, relatórios e diários pessoais para reconstruir um dos eventos mais marcantes do Século XX.
A Rússia da virada do Século XIX era muito parecida com a China de hoje: um país em rápida industrialização, disposto a abraçar os métodos ocidentais, mas não suas instituições. A única monarquia absoluta da Europa era um gigante que despertava e assustava o mundo, e as projeções da época, baseada na velocidade da industrialização e o crescimento populacional do país, indicavam que em 1950 a Rússia seria mais populosa e produziria mais do que toda a Europa somada. Apesar disso, o país não era sem contradições: enquanto os âmbitos econômico e acadêmico eram cada vez mais livres, com mobilidade social, ampla entrada de capital estrangeiro, universidades e colégios técnicos, o governo czarista continuava a reprimir agremiações políticas e censurar publicações.
É desse último grupo, o acadêmico, que vieram os revolucionários russos. Esses jovens universitários, denominados intelligentsia, acreditavam que as massas, por serem alienadas, não eram capazes de liderar a revolução socialista, e por isso era necessário um núcleo duro de intelectuais dedicados à incitá-las. Há de se notar a clara contradição à teoria marxista, que diziam defender: o alemão Karl Marx deixava explícito que as massas se tornariam naturalmente conscientes da sua situação de exploração, ou seja, não poderiam ser lideradas por um grupo, quem dirá por jovens abastados e ociosos como ele mesmo fora.
Após uma competente contextualização da situação russa que culminou no Domingo Sangrento, em 1905, e em uma série de revoltas em 1915 que levaram, enfim, às sucessivas convocações da Duma (algo como os Estados Gerais franceses, um órgão legislativo). Com a marcante frase “revoltas são espontâneas, mas revoluções são fabricadas”, Richard Pipes nos mergulha nas mentes clinicamente sociopatas de Vladimir Lênin, Leon Trótski e Josef Stálin.
Os registros surpreendem: a população russa queria, sim, continuar lutando na Grande Guerra, em um surto patriótico. Vários membros da intelligentsia, Lênin em particular, foram exilados por pregarem a rendição já em 1914, e foram enviados de volta à Rússia patrocinados com dinheiro do Império Alemão, recebendo doações periódicas para a compra de armas, impressão de folhetins e a corrupção de agentes do governo. O motivo? Os alemães não queriam lutar a guerra em duas frentes e Lênin prometeu a eles que renderia a Rússia. Os sovietes, conselhos de classe muito semelhantes a sindicatos e que foram estabelecidos em 1905, foram comprados e aparelhados pelo Partido Bolchevique de Lênin – e esse nome, que significa “maioria”, ilude: ele era o menor dos partidos russos, contando no seu auge com 5 mil membros. Para comparação, o segundo menor, o Partido (e organização terrorista) Socialista Revolucionário, possuía 45 mil membros.
Após a queda do czar Nicolau II, em fevereiro de 1917, e uma sucessão de intrigas que levaram a outra em outubro do mesmo ano, a narrativa se torna repugnante. Os blocheviques representavam o proletariado industrial, que eram três milhões de russos – ou 1,25% da população do país. A única maneira de governá-lo, então, era através da força. O regime era mantido por nada mais que mercenários e bandoleiros, que não hesitavam em executar comerciantes e agricultores. Casas eram pilhadas, mulheres estupradas, cartões de racionamento distribuídos e a inflação era quase cômica. A Guerra Civil não foi ganha por apoio popular ou mérito militar, e sim por crueldade, dinheiro sujo e medo de retaliação caso resistissem.
História Concisa da Revolução Russa é uma leitura obrigatória para quem quiser entender por que a União Soviética cometeu genocídios posteriormente, e por que fracassou. Com curiosidades assustadoras, como o fato de Lênin ter tendinite por assinar listas de execução e estabelecer cotas mínimas de fuzilamento por província, e trechos de diários e discursos que exalavam ódio e rancor, logo se vê que os Expurgos de Moscou, o Holodomor e tantos outros eventos que somaram dezenas de milhões de mortes não foram parte de um processo político, mas a tentativa desesperada de algumas mentes doentias de se manter no poder. Richard Pipes nos mostra o mesmo que George Orwell expõe em 1984: apenas os piores seres humanos, quando munidos da certeza de que são moralmente superiores, podem levar em frente uma revolução socialista.

É a estupidez das massas ou a das elites?

Em artigo publicado na Folha, Sérgio Malberger levanta uma questão interessante: há como construir um país melhor diante de tanta ignorância – ou estupidez mesmo, para usar o termo politicamente incorreto – de grande parte dos eleitores? É possível evitar a exploração populista dessa gente manipulável? Diz ele:
O fator mais influente desta eleição presidencial é a ignorância do eleitorado. As campanhas miram na ignorância das massas e nela investem suas forças. Não para esclarecê-las, mas para eleger seus candidatos. Isso não é ilegal e é muito eficiente. Mas para onde vai nos levar? E para onde não vai nos levar?
Em seguida, o autor nos compara com outros países, europeus, que sofreram com a crise de 2008 e derrubaram seus governantes após ouvirem e concordarem com as propostas da oposição, incluindo a da necessária austeridade fiscal.
Acho ele otimista demais com a racionalidade dos eleitores europeus, mas o ponto é válido: nesses países, como Inglaterra e Espanha, houve debates voltados para propostas, o que surtiu efeito positivo. Já por aqui:
Corta para o Brasil. Quem ousa propor austeridade pública, um princípio no mínimo defensável em qualquer momento e especialmente aqui e agora, é acusado imediata e intensamente de insensibilidade com o povo, antipobre, pró-demissões, vendido aos banqueiros, capitalista desalmado etc.
Qualquer debate minimamente propositivo e esclarecedor é transformado deliberadamente numa lama que deixa tudo no chão. O cinismo adiciona insulto à injúria.
Assim como no resto da América Latina, o Estado é visto no Brasil como provedor natural de benesses à população tão sofrida e maltratada. O problema da solução populista é que, além de ineficaz, é sempre irracional e emotiva.
Como negar? Os fatos, por aqui, são menos importantes do que a propaganda enganosa, as emoções, o discurso eleitoral. Apostar na ignorância do povo, portanto, seria uma tática vencedora na política nacional, segundo essa visão pessimista (ou realista?).
Confesso não ter muito como refutá-la. Hoje mesmo desabafei, afirmei que bate um desânimo enorme quando um escândalo como o da Petrobras vem à tona e Dilma sobe nas pesquisas. Mas tenho para mim que a culpa maior não é exatamente das tais massas. Afinal, o “povão”, até por definição, não é quem lidera uma nação.
São as elites. Eis o fardo das elites: liderar. Quando a qualidade dessas elites é ruim, quando elas só querem saber de pilhar, de participar do butim, de explorar os outros com foco no curto prazo, pois o país não tem jeito mesmo, aí fica complicado mudar o quadro.
Quem dissemina socialismo país afora por décadas, nas escolas, nas universidades, nas novelas, nas artes, não é o “povão”, mas sim as elites. Quem endossa o nacional-desenvolvimentismo fracassado não é a massa, mas a turma da Unicamp. Quem flerta com a “democracia direta” e elogia o modelo venezuelano não é o operário, mas o “intelectual”. Quem demoniza o conceito de elite é a própria elite, não o homem do povo.
O Brasil é um país no qual banqueiros financiam o PT! Ou onde empresários pedem apenas mais privilégios, subsídios do BNDES, barreiras protecionistas, tudo para impedir a livre concorrência e se beneficiar no curto prazo, alimentando um monstrengo que depois irá devorá-los com tanto poder arbitrário concentrado.
Freud, que é visto como “subversivo” por muitos e aplaudido pelos “progressistas”, tinha uma visão conservadora de mundo, bastante aristocrática e cética quando à natureza humana. Ele entendia bem o preço da civilização, e sabia que os instintos, deixados livres e sem freios, tendiam à destruição. Em uma passagem de O futuro de uma ilusão, ele chega a defender um modelo coercitivo contra a utopia da “liberdade plena”:
Acho que se tem de levar em conta o fato de estarem presentes em todos os homens tendências destrutivas e, portanto, anti-sociais e anticulturais, e que, num grande número de pessoas, essas tendências são suficientemente fortes para determinar o comportamento delas na sociedade humana.
[...] É tão impossível passar sem o controle da massa por uma minoria, quanto dispensar a coerção no trabalho da civilização. Já que as massas são preguiçosas e pouco inteligentes; não têm amor à renúncia instintiva e não podem ser convencidas pelo argumento de sua inevitabilidade; os indivíduos que as compõem apóiam-se uns aos outros em dar rédea livre a sua indisciplina.
Uma passagem sem dúvida elitista, e até “autoritária”, eu diria. Mas tem alguma mentira? Sabemos que é uma mensagem politicamente incorreta e que seria suicídio eleitoral na boca de algum político. Felizmente não sou político. Quero apenas buscar a verdade. E acredito que ela não deva ser substituída pela busca de conforto, regozijo pessoal ou aplausos da plateia.
Se as massas são como “bóias à deriva”, como dizia Ortega y Gasset, e as elites são formadas por aqueles que assumem as rédeas da própria vida e aceitam o fardo de liderar, de renunciar a esse “instinto” que pode ser pura “pulsão de morte”, então nosso problema está mesmo na qualidade das elites.
São essas, afinal, que têm dado o pior exemplo possível aos demais, propagando o hedonismo inconsequente, deturpando os valores morais, banalizando os “malfeitos”, ridicularizando as velhas virtudes, adotando uma visão extremamente míope, que não permite vislumbrar um horizonte maior do que alguns poucos anos à frente.
Nossa elite, em geral, é formada por populistas, não estadistas. Basta dizer que Dilma e Aécio Neves estão empatados na faixa de eleitores com curso superior. Acho injusto, portanto, responsabilizar apenas ou principalmente as massas pela pobreza do debate político em nosso país…
PS: Tenho dois conhecidos muito inteligentes, irmãos, que passaram em concursos públicos, e que em 2010 resolveram “debater” política comigo, alegando que Dilma era melhor do que Serra e que faria um bom governo. Racionalização para justificar suas escolhas profissionais, talvez? Não sei. O fato é que tenho muito mais raiva ou desprezo de gente assim do que de dona Nalvinha, aquela que idolatra Dilma porque ganhou uma dentadura nova. Acho que isso resume bem o espírito desse texto.
Rodrigo Constantino