quarta-feira, 3 de junho de 2015

“Toda cidade pequena tem o seu rei. Quando sai do seu mundinho o arrogante percebe que não é nada, que de iguais a si o mundo está repleto. Não passa de um comum.” (Pócrates)

“Há tipos que pensam que pensam ter o mundo a seus pés. Quando dão por conta estão é com os pés atolados na bosta.” (Pócrates)

“A ira causa azia e mal-estar. Tente não fazer uso dela.” (Filosofeno)

Só sei que é assim... “A melhor maneira de calar um imbecil é concordando com ele.”(Limão)

"Vagabundos do Brasil, uni-vos! Como? Desde 2002 eles já estão unidos? Estou sempre atrasado!" (Shal Amoníaco)

“Sonhei que o país estava em festa. Dilma e todos os petistas tinham fugido para Cuba.” (Mim)

O PT COLHE O QUE PLANTOU, EDITORIAL DE HOJE DO ESTADÃO

Do blog do Políbio Braga
Um recurso de retórica de que Lula lança mão desde os tempos de militância sindical é a demonização das “elites”, também referida como “eles” em suas diatribes contra os “inimigos do povo”. “Eles” são a encarnação do mal, eternamente conspirando para perpetuar seus privilégios e manter a servidão dos pobres. Há 35 anos Lula & Cia. batem nessa tecla. Como não é possível enganar a todos todo o tempo, esse discurso populista, tendo a ajuda da incompetência demonstrada por Dilma Rousseff em seu primeiro mandato, acaba se esgotando. E o PT, que sempre fez oposição e chegou ao poder disseminando o ódio, começa a colher o que plantou. Entre outras figuras destacadas do petismo, Guido Mantega, Alexandre Padilha e, no último fim de semana, Fernando Haddad, foram vaiados em lugares públicos onde se encontravam como cidadãos comuns.

É lamentável. Manifestações de protesto e repúdio, como saudável exercício democrático, têm hora e lugares apropriados, que certamente não eram aqueles em que se encontravam os referidos cidadãos. A agressão verbal pode ser tão deplorável quanto a agressão física – que, felizmente, não chegou a ocorrer em nenhum desses casos –, pois ambas atentam contra a dignidade do agredido. Mas eis que um petista de alto escalão – o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Edinho Silva – assume ares de pacificador e vem a público condenar exatamente a prática que seu partido consagrou.

Declarou o ministro em entrevista ao Globo: “Vejo amigos brigando, famílias se dividindo, não é só a intolerância contra políticos. Temo que esteja mudando a cultura brasileira, sempre apaziguadora. Há lideranças importantes se manifestando com ódio”. Sendo ele um líder petista com longa folha de serviços prestados a seu partido com a marca de um notável, digamos, aguerrimento, a atitude do chefe da Secom é, no mínimo, cínica. Poucos dias antes de se tornar ministro pacificador, Edinho Silva deu uma mostra da até então característica agressividade de seu discurso, ao tentar refutar as acusações de envolvimento do PT no escândalo daPetrobrás: “Nunca na nossa história assimilamos com tanta facilidade o discurso oportunista de uma direita golpista”.

É possível que o ex-deputado estadual paulista tenha pesadelos com o propinoduto do petrolão, porque em 2014 foi o tesoureiro da campanha reeleitoral de Dilma Rousseff. No momento, porém, a preocupação do chefe da Secom é com as ameaças que enxerga à “cultura de paz” dos brasileiros. E, para enfatizar essa percepção tardia, recorre ao surrealismo que povoa o imaginário popular: “Tem um monstro sendo alimentado dentro de uma lagoa toda vez que se dissemina o ódio. Esse monstro já colocou a cabeça para fora algumas vezes e, se sair por completo, vai ser incontrolável”. Só Deus sabe o que se passa pela cabeça do ministro quando fala em cabeças de monstros.

O fato é que, usando o poder de que dispõe, Edinho Silva determinou à Caixa e ao Banco do Brasil que promovam campanhas destinadas a “estimular a tolerância” entre os brasileiros. Explicou o ministro que campanhas institucionais com esse conteúdo não podem ser veiculadas pela Secom, que só trabalha com assuntos de utilidade pública. Por isso, “orientou” os bancos oficiais a assumirem essa tarefa. O Banco do Brasil está com uma campanha aprovada que será veiculada brevemente e a Caixa colocou no ar a sua em meados de maio, na qual aparece um menino usando uma camiseta com as cores de todos os times de futebol que a instituição patrocina, com a mensagem “todo brasileiro já nasce sabendo conviver com as diferenças”.

Assim, Edinho faz com a mão esquerda o que não pode fazer com a direita. Além dos objetivos altruístas de levar aos lares brasileiros o sentimento de paz e fraternidade que o PT sempre procurou destruir como meio de alcançar e se manter no poder, a iniciativa de Edinho Silva revela a falta de cerimônia com que os governos petistas contornam os obstáculos legais que encontram pelo caminho: se o governo não pode gastar dinheiro diretamente com propaganda que não seja de “utilidade pública”, as ricas empresas financeiras do Estado estão aí para quebrar o galho. E depois não querem que o povo fique com raiva.

Leandro Narloch- Portal do Planalto reproduz dado falso sobre maioridade


Portal do Planalto reproduz dado falso sobre maioridade

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Portal Brasil, página oficial do governo Dilma, estampa hoje uma estatística falsa sobre a maioridade penal. A manchete do site afirma que “menores cometem 0,9% dos crimes no Brasil” e que “o percentual é ainda mais baixo quando considerados homicídios e tentativas de homicídio: 0,5%”.
Como eu já denunciei aqui, essa informação é um tremendo mito. A estatística do 0,9% ou 1% de crimes cometidos por adolescentes simplesmente não existe. O Ministério da Justiça, que a reportagem do Portal Brasil cita como fonte, nega ser a fonte da estatística – sequer coleta dados primários sobre a faixa etária de assassinos ou suspeitos.
A dificuldade existe porque mais de 90% dos crimes não são esclarecidos no Brasil. Não sabemos a identidade e muito menos a idade dos assassinos do país. Resta fazer uma estimativa com base em estatísticas internacionais. Nos Estados Unidos, menores praticaram 7% dos homicídios de 2012. No Canadá, 11%. Na Inglaterra, 18% dos crimes violentos (homicídio, tentativa de homicídio, assalto e estupro) vieram de pessoas entre 10 e 17 anos.
Não é novidade que ativistas contra ou a favor a redução da maioridade inventem argumentos e estatísticas. Bem pior é ver o site oficial do governo federal forçar a barra e mentir sem o menor pudor.
@lnarloch

A ameaça do desemprego: uma espada na cabeça do trabalhador brasileiro

A taxa de desemprego no Brasil atingiu 8% no trimestre encerrado em abril, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Trata-se do maior nível registrado para o período na série histórica iniciada em 2012. Em relação ao trimestre imediatamente anterior terminado em janeiro, quando bateu a marca de 6,8%, houve um aumento de 1,2 ponto porcentual. Segundo o instituto, 1,3 milhões de pessoas entraram na fila do desemprego entre os dois intervalos verificados.
Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, registrou-se uma alta de 0,9 ponto porcentual. No comparativo com todos os trimestres, este foi o maior porcentual verificado desde janeiro a março de 2013, quando a taxa alcançou o mesmo valor, de 8%.
Segundo o IBGE, o número total de desempregados no período somou 8 milhões de pessoas, 985.000 a mais do que o contabilizado no mesmo intervalo de 2014.
Já a taxa de ocupação caiu no trimestre encerrado em abril em comparação com o trimestre terminado em janeiro, de 56,7% para 56,3%. Isso siginifica um contingente de 511.000 trabalhadores a menos.
Especialistas avaliam que o mercado de trabalho está absorvendo os efeitos da desaceleração da economia brasileira, que encolheu 0,2% no primeiro trimestre de 2015. “Não dá para dizer que o que se vê é apenas dispensa de temporários, tem mais pessoas procurando trabalho do que em períodos anteriores. Isso é reflexo do que aconteceu no PIB. Se você não produz, não gera trabalho e não há vagas. Muitas pessoas estavam estudando e se qualificando até o ano passado. Mas com o poder de compra em queda, mais jovens e mais idosos estão voltando ao mercado de trabalho para compor renda familiar”, afirmou o coordenador do IBGE Cimar Azeredo.
Já comentei aqui algumas vezes que o desemprego iria aumentar, que era apenas questão de tempo. O baixo desemprego foi o grande trunfo político de Dilma, mas era um quadro insustentável. Em uma crise econômica como essa produzida pelo governo, a taxa de desemprego é a última variável a “acusar do golpe”. O fenômeno do baixo desemprego chegou a ser tratado como paradoxal por muitos economistas, mas não é tão difícil assim entender o que explicava o aparente paradoxo.
Com o enriquecimento da população, fruto de ventos externos favoráveis (como alta do preço das commodities que permitiram expansão do crédito), a “nova classe média” foi formada. Com mais dinheiro no bolso, essas famílias puderam colocar seus filhos na faculdade, com ajuda de financiamento estatal. Um dos membros do casal também poderia, se quisesse, trabalhar menos, ficar mais com os filhos pequenos, etc.
Como a taxa de desemprego é calculada com base apenas em quem está procurando emprego e não encontra, esse contingente que sai do mercado de trabalho acaba reduzindo a taxa final. Até mesmo a geração “nem-nem”, aquela que nem trabalha, nem estuda, surgiu nesse contexto. O Bolsa Família também pode ter sua parcela de responsabilidade, pois ninguém quer perder o benefício, e pode acabar optando pelo trabalho informal.
Por fim, as empresas deixam para o limite do insuportável a decisão de demitir, pois, no Brasil, é extremamente caro contratar, treinar e demitir. Com leis trabalhistas pouco flexíveis e com muitas regalias onerosas, o empresário se vê na delicada situação de postergar o máximo possível essa decisão. Só quando a crise severa bate à porta e não há mais saída é que as empresas demitem mesmo. É o que está começando a acontecer.
Portanto, a taxa de desemprego, que era o último pilar do discurso social petista, está agora subindo de forma mais acelerada. A “nova classe média” precisa voltar ao mercado de trabalho com mais força, pois sentiu no bolso a elevada inflação. O filho perdeu o crédito universitário. As commodities caíram de preço. Os brasileiros precisam correr atrás para compensar tudo isso, para manter o antigo padrão de vida, para enfrentar a crise criada pelo governo.
Infelizmente, essa será uma ameaça constante para muitas famílias nos próximos anos. Os trabalhadores brasileiros terão de conviver com essa espada pendurada sobre suas cabeças, cientes de que, a qualquer momento, aquela assustadora notícia poderá chegar. Não está fácil para ninguém, como dizem por aí. E vai piorar. Coloquem na conta de Dilma e do PT…
Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino- O preço das “bondades” de Lula e Dilma. Ou: Não existe PT grátis

Por Paulo Moura, publicado noInstituto Liberal
O governo vem difundindo a ideia de que o ajuste fiscal em curso será rápido e que logo o Brasil voltará a crescer, recuperar os empregos em extinção e reverter a perda do poder de compra dos salários. Não é verdade! O que o governo chama de rápido ajuste é a passagem do ponteiro das contas públicas do vermelho para o azul, até atingir a meta de 1,2% do PIB traçada pelo ministro Joaquim Levy.
As dificuldades que o governo enfrenta para fazer passar no Congresso as medidas do ajuste que almeja da forma como concebidas e para vencer as resistências internas ao governo, especialmente do PT, indicam que dificilmente essa meta será atingida. Ao chegarem ao Congresso essas medidas são modificadas, perdendo parte do impacto necessário para produzir resultados na proporção necessária. Paralelamente, os parlamentares criam novos gastos, que comprometem as medidas aprovadas, como foi o caso da alteração recente no fator previdenciário.
Além disso, é falsa a ideia de que o ajuste da economia de que o Brasil necessita se resume a cortar gastos e aumentar impostos para recompor o equilíbrio fiscal. Basta ver o estrago que a presidente Dilma provocou com suas intervenções intempestivas na definição da taxa de juros e nas tarifas do setor elétrico e o custo que a correção desses erros está gerando para sociedade. Ninguém contraria as leis do mercado impunemente.
Outra área na qual os governos petistas provocaram distorções foi a dos salários. O salário é o preço que os contratantes pagam pelo trabalho dos contratados. Como tal, a definição desse preço deveria obedecer a lei da oferta e da procura. Em economias livres a definição desse preço é pactuada entre as partes. Mas, Lula e Dilma resolveram ser “bonzinhos” com os trabalhadores e determinaram políticas artificiais de aumento do salário mínimo acima da inflação. Essa suposta bondade produziu consequências negativas. E, os principais prejudicados são os trabalhadores.
Uma delas foi o aumento da inflação. Outra foi o impacto sobre as contas da Previdência Social, cujo rombo terá que ser coberto: a) com aumento das contribuições; ou, b) com aumento do tempo de contribuição; ou, c) com aumentos de impostos. Ou, com as três soluções.
A terceira consequência da elevação artificial dos salários foi a redução das margens de lucro das empresas e a consequente paralisia dos investimentos em tecnologia e aumento da produtividade. A maior parte (cerca de 90%) dos investimentos das empresas provém do lucro reinvestido e apenas cerca de 10% de financiamentos. Com isso, a indústria brasileira vem perdendo competitividade e mercados em todo o mundo. Para piorar, os governos petistas responderam a essa falta de competitividade com protecionismos e desonerações seletivas.
Com as margens de lucro comprimidas, em vez de gerarem mais empregos e investimentos, as empresas se acomodaram à recomposição parcial e insuficiente dos seus lucros, deixando de buscar competitividade. A competitividade deveria resultar dos investimentos em tecnologia e na educação do trabalhador, e não do protecionismo e da desvalorização cambial, essa última também induzida pela intervenção do governo na economia.
Some-se a isso a perda de receita tributária do governo e têm-se o quadro da dor sem moldura, que Lula e Dilma nos entregam após doze anos de governos petistas. O ópio do povo foi o consumo alavancado pelo crédito sem lastro, insustentável ad aeternum.
O preço mais visível dos consertos necessários à economia até o momento está sendo apresentado na forma de aumento de impostos (85% do ajuste fiscal) e corte de gastos e investimentos sociais (15% do ajuste fiscal). Mas, o preço mais doloroso para os trabalhadores, embora já esteja sendo cobrado, ainda não foi percebido em sua totalidade pelos brasileiros. Trata-se da correção da distorção patrocinada por Lula e Dilma nos salários elevados artificialmente.
Economistas sérios, ou seja, que não rezam pela cartilha na qual estudaram Guido Mantega, Aluizio Mercadante e Dilma Rousseff, avaliam que haverá uma perda da ordem de 30% na renda dos trabalhadores nos próximos anos, até que as empresas consigam recompor suas margens de lucro e possam voltar a investir. Esse processo tende a levar cerca de oito anos, pelo menos.
Se a correção de rumos geral da economia e das contas do governo acontecer dentro do previsto – e, há sobradas razões para acreditar que não está saindo como necessário – as empresas se recuperarão e retomarão os investimentos a partir desse prazo.
O crescimento da economia, se voltar nesse meio tempo, será lento e baixo, impedindo a recuperação dos níveis de emprego no curto prazo. Muita gente ficará desempregada por muito tempo. Muitos jovens em busca do primeiro emprego não encontrarão ocupação. E os trabalhadores que conseguirem voltar ao mercado de trabalho terão que aceitar remuneração mais baixa ou ficar sem emprego.
Não existe PT grátis. Ninguém atravessa doze anos de governo petista e reelege o PT para mais quatro anos sem pagar um preço alto por essa escolha. Valendo-se da retórica populista de quem se arvora defensor do social e dos trabalhadores, Lula e Dilma empurraram o povo brasileiro para o pior dos infernos.
A boa notícia é que os ex-presidentes que causaram perdas dessa magnitude aos trabalhadores (Sarney após o fracasso do Cruzado) e FHC (após a desvalorização do Real em 1999), caíram na impopularidade e na impossibilidade de vencer eleições presidenciais por longo prazo. Se o povo aprender a lição, esse poderá ser o destino do PT.
Comentário do blog: um desses economistas sérios, Alexandre Schwartsman, concluiu algo semelhante em sua coluna de hoje na Folha, mostrando como a “nova matriz macroeconômica” acabou reduzindo em vez de aumentar os investimentos que pretendia fomentar. O ex-diretor do BC conclui:
Ainda que a retração provável do PIB neste ano gere capacidade ociosa, que permitiria alguma retomada nos próximos anos, esta será necessariamente curta e pouco vigorosa, caso não haja recuperação da produtividade e do investimento.
Nesse sentido, sinais de redução da poupança não são auspiciosos. O Brasil permanece como um dos poucos países em que o consumo do governo supera, com folga, o investimento.
Sob tais circunstâncias, a elevação do investimento acaba colidindo com a necessidade de manter as contas externas em boa forma. Um ajuste fiscal que leve isso em conta deveria manter seu foco na redução do consumo público, em vez de novos aumentos de impostos. Se não resolvermos esse desafio, o crescimento pode até retornar, mas seguirá medíocre como nos últimos anos. 

A dignidade da classe “média”… americana!

Alguns leitores me pedem mais textos sobre o cotidiano aqui nos Estados Unidos, comparando com nossa (triste) realidade no Brasil. Calma. Com o tempo, sem dúvida terei muitas pautas sobre o assunto. Mas é preciso ir com cautela, para administrar bem a revolta do leitor brasileiro, preso às amarras nacionais. Pelo incrível que isso possa parecer, muitos não sabem como é a vida da classe média por aqui, pois sofreram décadas de lavagem cerebral da esquerda caviar antiamericana e passaram a desmerecer essa grande nação, vista sempre com desconfiança ou desdém.
Os Estados Unidos são um país muito rico, com muitos milionários, mas essencialmente são um país de classe média. E a vida é feita para essa gente. Tudo é prático, tudo é feito para funcionar dando o menor trabalho possível para casais atarefados demais com a profissão, a criação dos filhos e o lazer, sem ter as mordomias as quais nossa classe “média” se acostumou, incluindo uma empregada doméstica mesmo em lares mais humildes. Aqui, preciso cozinhar, lavar minhas roupas e dar uma geral na casa: mas como tudo isso é mais fácil por aqui!
O arroz, por exemplo, basta colocar numa panela moderna que ela faz tudo por você, e fica uma delícia. Várias são as opções de comida saudável congelada ou semi-pronta (nem venham me falar daqueles congelados da Sadia, por favor!). Camisas “iron free” já saem da máquina de lavar “passadas”. Há os robôzinhos aspiradores que, programados, saem da “toca” e limpam o chão, e depois retornam à “toca”. E por aí vai.
iRobot: a “empregada doméstica” de muita família americana, a partir de $ 300
Mas o assunto aqui nem seria esse, e sim a dignidade dessa classe média, ou mesmo baixa. Como é a vida das empregadas domésticas no Brasil? Agora que a Lei da Doméstica foi regulamentada, muitos acham que a situação vai melhorar. Ledo engano! Se bastasse um decreto estatal para resolver as coisas, o Brasil seria um lugar bem melhor do que os Estados Unidos para os mais pobres. No entanto, o que vemos é justamente o contrário.
Já comentei sobre isso aqui, mostrando inclusive o carro da faxineira diarista que chegou aqui para fazer a primeira grande limpeza da casa. Pois bem, eis o carro:
Mas essa não é a exceção, e sim a regra. Saía eu da minha academia ontem quando vi o professor entrando em seu carro. Era um Volksvagen sedan, tipo um Passat alemão daqueles bem grandes e suntuosos. Não era novinho em folha, mas era relativamente novo e bem cuidado. Professor de musculação e ginástica, repito, com um carrão desses, de “bacana” no Brasil, como diria Ancelmo Gois. Vamos comparar com a realidade dos nossos professores de academia?
Vamos continuar com o carro como parâmetro. Outro dia, chegando na Ikea, deparei-me com isso que vai abaixo:
Employee of the month
Caso o leitor não esteja vendo muito bem do que se trata, eis um zoom da placa na vaga:
IMG_3558

A vaga é reservada para o empregado do mês da Ikea (nada como o capitalismo para premiar a competência), e o carrão nela estacionado era um Toyota Camry, carro de luxo no Brasil (por acaso era o meu) e carro de classe média por aqui. Salvo em caso de o motorista ser um espertalhão no pior estilo carioca e ter parado na vaga dando uma de “malandro”, estamos diante de um funcionário vendedor da Ikea que dirige um belo possante japonês, que aqui se vê aos montes nas ruas. O “bacana” no Brasil é o comum por aqui…
A esquerda caviar, ela mesma consumidora do luxo que só o capitalismo pode oferecer, poderá dizer que tudo isso é pouco, que é materialista demais, que se trata de um povo prisioneiro do consumo e tudo mais. Enfim, essas baboseiras que “intelectuais” adoram repetir, sempre longe da pobreza que enxergam como cool e descolada, inspirados em Rousseau. Mas o fato é que esse conforto material, que sem dúvida não preenche uma vida, significa dignidade ao trabalhador.
É essa a essência que vejo por aqui: há dignidade no trabalho honesto. O sujeito pode ser humilde, pode não ter riqueza, mas ele tem uma casa razoável, um carro decente na garagem, e o básico em segurança. Ele não é, como no caso brasileiro, vítima de insegurança constante, ou obrigado a enfrentar verdadeiro calvário no transporte público medonho para chegar todo dia ao trabalho. Ele sai de sua casa arrumada, por mais simples que seja, trafega por ruas bem asfaltadas em seu carro confortável, e pode executar suas funções com dignidade, numa cultura em que o trabalho é valorizado, não a vitimização e as esmolas.
É pouco? Só para quem toma como garantida a vida confortável fruto do capitalismo que gosta de criticar, normalmente esses “intelectuais” que já nasceram em berço de ouro e nunca tiveram que encarar duas horas no “buzão” ou no trem lotado só para chegar ao destino final, trabalhar, e depois ter que enfrentar a tortura uma vez mais, chegando em casa moído, destruído, casa esta sem a devida segurança. Para os demais, fica claro que essa é uma conquista e tanto, um verdadeiro “milagre” do capitalismo: oferecer à imensa maioria, especialmente àqueles que realmente querem trabalhar, uma vida digna.
Rodrigo Constantino

Boticário bate Malafaia

malafaia
Internautas reagiram a Malafaia
O tiro de Silas Malafaia contra o Boticário (leia mais aqui), pelo que indicam as redes sociais, saiu pela culatra.
O vídeo da perfumaria, em que casais hétero e homossexuais comemoram o Dia dos Namorados, fechou o dia de ontem com 1,4 milhão de visualizações no YouTube, número que chegou a 1,9 milhão hoje.
Quem esperava uma enxurrada de críticas evangélicas, no entanto, viu que o vídeo foi curtido 247 317 vezes e teve 161 768 desaprovações, de acordo com a Bites Consultoria.
O placar no Twitter foi dez vezes mais favorável ao Boticário: 60 542 menções, contra 5 905 de Malafaia.
Em número de impressões, ou seja, no número de vezes em que os usuários foram expostos a postagens sobre estes temas, o Boticário também goleou o pastor: 180 milhões contra 17 milhões.
Por Lauro Jardim

IRMANDADE EXITOSA- Dilma nomeia irmão de Requião e Roberto Amaral para Itaipu

RUMINÂNCIAS DE UM RUMINANTE DESCONFIADO- Filho de Jérôme Valcke trabalha na CBF

Sébastien Valcke, filho do secretário-geral da Fifa Jérôme Valcke, trabalha na CBF desde o ano passado. O jovem de 27 anos foi contratado pelo então presidente José Maria Marin - que segue preso na Suíça, acusado de corrupção -, para ser diretor internacional da área de marketing da entidade. A contratação teve aval do atual presidente, Marco Polo Del Nero. Sébastien mudou para o Rio de Janeiro antes da Copa do Mundo de 2014.

O MUTRETA- Brasil não deve cumprir meta fiscal, indica relatório da agência Moody's

A agência de classificação de risco Moody's divulgou nesta quarta-feira um relatório no qual afirma que o Brasil não deve atingir a meta fiscal estabelecida pela equipe econômica para 2015 e 2016. "A administração Dilma estabeleceu uma meta de superávit de 1,2% do PIB este ano e 2% em 2016, como uma forma de reconquistar credibilidade das políticas (econômicas), mas provavelmente não deve atingir essas metas", diz no relatório o vice-presidente da Moody's Mauro Leos. Segundo ele, mesmo que as metas de superávit primário sejam atingidas, o aumento nas taxas de juros fará com que os gastos com o pagamento de juros continuem elevados até 2016. Apesar dos esforços de consolidação fiscal do governo, a Moody's aponta que as receitas têm caído mais rápido do que as despesas e que o contínuo corte de gastos só vai compensar parcialmente essa frustração na arrecadação.

Venezuela-...Se está tudo bem, então por que está tudo mal? -- É que aqui entra em ação a lei dialética da unidade dos opostos.(Tripod)

Desemprego aumentou 18,7%

Os dados do IBGE explicam por que apenas 7% dos brasileiros toleram Dilma Rousseff. O número de desempregados, em abril, chegou a 8 milhões, 1,3 milhão a mais do que no trimestre encerrado em janeiro, um aumento de espantosos 18,7%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento foi de 14%, ou 985 mil pessoas desempregadas a mais.

O Antagonista

“Um bestunto quer fazer a sua igreja demolindo a do outro. Aquele que pensa diferente é um infiel. Ora, cada ser deve saber o que lhe convém, o resto é ignorância pura.” (Mim)

FALTAM ESCOLAS MESMO? Talvez em alguns lugares, mas acho que o problema seja outro.

 "As bibliotecas andam vazias, os bares cheios. A cultura é pouca, também a qualidade do ensino declina. A ordem que emana é não pensar muito, usar viseira. Hoje ensinam música, filosofia, história dos africanos e índios. Quando o jovem vai para o mercado de trabalho isso ajuda muito. Não sabe escrever direito e nem as operações matemáticas, mas toca flauta e violão, e sabe como ninguém discorrer sobre a escravidão negra e índia. Vai que cola! ”(Mim)

“Clara foi uma namorada muito gentil e educada. Até para colocar chifres ela pedia licença.” (Mim)

E o Maduro? Acordou bem? Já calçou suas ferraduras de prata, comeu alfafa e estercou?

“Não é pelo tamanho das orelhas que se conhece um bom ouvinte.” (Mim)

“A salvação do Brasil está na cachaça. Estamos esperando que ela leve para o além alguns tralhas.” (Pócrates)

Qual a diferença entre o pessimista e o otimista? -- O pessimista é um otimista bem informado. Já o otimista é um pessimista bem instruído.(Tripod)

“O PT deve ser o Partido dos Trabalhadores Rurais, pois o que tem de terneiro!!! “ (Mim)

“A fase é ruim. Não tenho feito sexo nem comigo mesmo.” (Nono Ambrósio)

O mais cínico


Quem é mais cínico: Luciano Coutinho ou Edinho Silva?

Coutinho e Edinho
“Tenho absoluta certeza de que o BNDES é hoje o mais transparente do mundo entre seus pares.”
(Luciano Coutinho, presidente do banco estatal cujos financiamentos à JBS/Friboi só estão vindo à tona porque o TCU recorreu ao STF para conseguir o acesso na marra.)
“Tem um monstro sendo alimentado dentro de uma lagoa, toda vez que se dissemina o ódio. Esse monstro já colocou a cabeça para fora algumas vezes e, se sair por completo, vai ser incontrolável.”
(Edinho Silva - ministro da Propaganda de um governo que dissemina o ódio na internet por meio de blogs sujos e ex-tesoureiro da campanha de Dilma que alimentou com R$ 27,9 milhões a gráfica fantasma VTPB -, justificando a sua instrução a empresas públicas, sobretudo Caixa e Banco do Brasil, a fazerem propagandas incentivando a “cultura de paz”.)

Rodrigo Constantino- Cristovam Buarque e o Escola Sem Partido: ignorância ou cinismo?

Por Lucas Berlanza, publicado no Instituto Liberal
A presença invasiva e criminosa da doutrinação ideológica desavergonhada nas escolas e universidades é, dentre todos os graves problemas que assolam a sociedade brasileira, daqueles que mais nos tocam diretamente. Observamos, desde a atuação individual de “professores” – se tal identificação merecerem – até o próprio programa estabelecido pelos órgãos governamentais vinculados ao setor e os materiais “didáticos” utilizados, o sagrado exercício do ensino ser instrumentalizado por militâncias cuja única intenção é lobotomizar consciências em formação para a esquerda. Diante de tal absurdo, iniciativas como a do Escola Sem Partido, antes um movimento informal e independente coordenado pelo advogado Miguel Nagib, agora tendo sua principal reivindicação estabelecida em Projeto de Lei do deputado tucano Izalci (o PL 867/2015), são muito bem-vindas para todos aqueles desejosos de que o Brasil tenha um sistema educacional verdadeiro, preocupado em formar indivíduos preparados para – sim, ainda que protestem os “iluminados” do “ensino crítico e contestador” – o mercado de trabalho.  Surpreendentemente ou não, não foi assim que o conhecido senador Cristovam Buarque (PDT) se manifestou a respeito.
Confesso que já tive simpatias injustificadas pelo senador, em uma época em que, sem maiores informações sobre o quadro ideológico-partidário brasileiro e sobre a trajetória pregressa do político pernambucano – porque jamais fui esquerdista -, ainda me permiti impressionar positivamente por aparências e pela repetição de slogans que, quase sempre, se provam sem alicerces reais. Ter uma longa carreira em cujo currículo constava ser um dos fundadores do PT e ter integrado os quadros ministeriais do governo Lula já deveria depor contra o senador Buarque. No entanto, sua postura e trejeitos “mansos”, extravasando uma candura que, se verdadeira for, pouco diz sobre o valor de seus princípios e competências, o senador “bonzinho” que fala o tempo inteiro em “educação” como sua grande prioridade conseguiu mesmo, e ainda consegue, provocar encantamento em muita gente desavisada. Pois esta semana ele se manifestou contrário ao Projeto de Lei da Escola Sem Partido. Os argumentos? Em seu perfil na rede social Facebook – não por acaso duramente bombardeado pelos cidadãos de bem que não podem aprovar sua posição -, o senador alegou que o projeto “Escola sem Política” – atenção para a mudança no termo; volto já a ela – era uma afronta às liberdades do educador, e geraria um sistema de animosidade e censura dentro dos colégios, transformando alunos em acusadores. Suas palavras desenham uma atmosfera aterradora de terrorismo que beira à ditadura, numa interpretação tragicômica do projeto. Cristovam consegue fazer uma comparação inacreditável com a ideia de proibir líderes religiosos de falarem sobre política em seus templos ou instituições de culto.
Em primeiro lugar, cumpre destacar o que o “Escola Sem Partido” engloba em sua sustentação da “neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado” e a importância do “pluralismo de ideias no ambiente acadêmico”. O projeto defende que, entre as obrigações dos professores, devem constar: a de não se aproveitarem “da audiência cativa dos alunos, com o objetivo de cooptá-los para esta ou aquela corrente política, ideológica ou partidária”; não favorecerem nem prejudicarem os alunos “em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas, ou a falta delas”; não fazerem propaganda político-partidária ou incitarem alunos a participar de manifestações, atos públicos ou passeatas; apresentarem aos alunos, “de forma justa, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito” de uma questão POLÍTICA (destaque proposital), sociocultural ou econômica, e demonstrarem respeito ao direito dos pais de que seus filhos recebam “a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções” – o que consta da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, vigente no Brasil, em seu artigo 12. O projeto não infirma, em momento algum, a laicidade do Estado ou qualquer outro elemento fundamental de nossa Constituição.
Onde está o absurdo? Não é conhecido de todos que tenham saído há pouco dos colégios e universidades, ou que tenham seus filhos matriculados, o constrangimento insuportável a que muitos alunos se veem submetidos, impedidos de sustentar suas posições em um ambiente hostil em que o professor, superior hierárquico – que não nos entendam mal, nada contra hierarquias -, dita as regras e impõe um pensamento único e coletivista? Não é evidente o absurdo de a educação ser violentada pela submissão a um padrão monolítico e único de pensamento, vitimando infantes indefesos, que não tem instrumentação lógico-cognitiva para resistir? Não é um problema sério a existência de ideólogos criminosos que ocupam o tempo em que deveriam lecionar o conteúdo de suas disciplinas com sessões de pregação fanática, exortando à subversão e à revolução social? Tamanho estrago “paulofreirista” precisa ser combatido com urgência se quisermos atingir índices saudáveis e razoáveis de resultados nesse campo tão essencial. Começa por aí a solução de nossos desempenhos pífios, muito mais do que pelo montante de verbas públicas que se deseja direcionar para as instituições públicas de ensino – cujo aumento é demandado histrionicamente pelos mesmos meliantes de que ora falamos, responsáveis diretos pelos nossos insucessos.
Comparar essa situação com a de lideranças em templos religiosos, a que se vai por livre vontade, por opção inteiramente própria, é um argumento tão estúpido, que nos vemos obrigados a lançar ao senador Cristovam Buarque a seguinte questão: o que motiva sua postura? Será a ignorância mais aterradora ou o puro cinismo mau caráter? A adulteração do próprio vocábulo “partido” por “política”, infelizmente, parece apontar para a segunda opção. Não é possível que o senador Buarque não perceba a diferença. O texto do projeto de lei é objetivo ao considerar circunstâncias em que questões políticas e sociais sejam comentadas em sala de aula. Ora, evidentemente é impossível abordar eventos históricos, por exemplo, sem mencionar aspectos políticos – o que implicará, então, apresentar, o máximo possível, as diferentes versões teóricas de explicação dos fatores e agentes envolvidos.
Senador Cristovam, não se quer impedir que essas questões sejam manifestadas oportunamente no espaço educativo. O que se quer, senador, é que a pluralidade e a liberdade sejam respeitadas. Liberdade que o senhor, esquerdista, deseja ensinar a liberais e conservadores, como que a ensinar o padre a rezar a missa. Em nome da “liberdade dos professores”, o senador parece nos querer fazer entender que eles não podem ser submetidos a nenhum tipo de controle de qualidade, a nenhum tipo de vigilância. Genial! Eles são profissionais, de quem se costuma exigir resultados efetivos, imbuídos da responsabilidade ímpar de dividir longos momentos com nossas crianças e jovens e fazê-los apropriarem-se de conceitos e informações úteis para sua futura inserção na sociedade civil de mercado. Mas não, não é preciso vigiá-los! Não é preciso observar se estão cumprindo a lei, se estão sendo fiéis aos necessários princípios de tolerância à diversidade!
Não estamos surpresos, mas o senador Cristovam Buarque poderia não ter descido tão baixo em sua demonstração de rejeição ao que de mais urgente há por resolver na “pátria educadora” da “sonhática” Dilma Rousseff. Miguel Nagib, oportunamente, o desafiou para um debate. Honestamente, diante de tal nível de argumentação, parecem nulas as chances de o “senador da educação” apresentar performance superior – e parecem pequenas, portanto, as chances de aceitar o repto.
Comentário do blog: confesso que nunca me deixei enganar pela fala mansa e a “obsessão” do senador pelo tema da educação. Já o escutei na rádio elogiando até mesmo o regime ditatorial chinês, e um petista (ou ex-petista) deve ser sempre observado com maior atenção. O que o Escola Sem Partido quer, como diz o texto do Lucas, não é censurar ninguém, e sim impedir que o militante disfarçado de professor use sua função para, em vez de ensinar e oferecer aos alunos o direito ao contraditório e à pluralidade de ideias, tente “fazer mentes e corações” com sua ideologia partidária, ou escancarada propaganda ideológica. Nenhum professor sério pode temer algo tão básico. Já aqueles que adoram enxergar a sala de aula como uma extensão do diretório do partido, esses devem temer as mudanças sim. Ainda bem!

Reynaldo Rocha: ‘O pastor, a igreja, o psicopata e a escolha’


REYNALDO ROCHA
De antemão, é preciso esclarecer que não se trata de um ataque a religiões. Sou movido por sentimentos humanos: indignação, revolta e desejo de justiça. Uma mulher de 30 anos – brilhante, íntegra, honesta – está sendo destroçada em redes sociais. Isso, infelizmente, não é incomum.
Absurdo é constatar que esse ato covarte é apoiado pela Igreja da Lagoinha, ramificação evangélica baseada em Belo Horizonte e liderada pelo pastor Márcio Valadão. O alvo é Paula, mais uma vítima do psicopata Guilherme de Pádua, assassino confesso de Daniela Perez. Por triste coincidência, tem o mesmo nome da coautora do homicídio célebre.
Para sorte do criminoso, o assassinato foi cometido no Brasil. Se fosse nos EUA, por exemplo, Guilherme de Pádua não escaparia da prisão perpetua ou da pena de morte. No Brasil, está livre, sem tratamento psiquiátrico.
Convencida de que poderia resgatar um ser sem cura, movida por razões que não me cabe julgar, Paula casou-se com ele. Sofreu, e muito. E enfim resolveu seguir seu caminho sem viver com o inimigo.
Até aí, nada que não possa ser explicado pela condição humana. As diferenças angustiantes começam na escolha feita pela Igreja frequentada por Paula e Guilherme. O pastor optou pelo algoz e segregou a vítima.
Consumada a opção, Paula passou a ser humilhada, difamada em redes sociais e, com a anuência do líder Valadão, foi empurrada para o inferno. Para preservar a imagem do “resgatado”, o pastor propôs a Paula que reatasse a união com o assassino. E ofereceu ao casal um “período de férias” patrocinado pela Igreja. Em nenhum momento Valadão s animou a ouvir o que a vítima tinha a dizer.
Internada num hospital, Paula é hoje uma mulher profundamente deprimida. Ela entende que cometeu erros. Mas não compreende a ofensiva concebida para destruir-lhe a fé, os valores morais e a vida. Ela dedicou 10 anos de vida a uma comunidade que retribuiu com a expulsão.
O que une um psicopata a um pastor? Até que ponto tal ligação é condicionada pela busca de poder e dinheiro?
Prefiro ateus a falsos profetas, E sempre vou preferir seres humanos decentes a psicopatas.
Força, Paula!


“Semelhança de Dilma e Blatter? Por enquanto, mas só por enquanto, a qualidade da companheirada.” (Mim)

Viva a delação premiada

O New York Times publicou que Joseph Blatter, ex-presidente da Fifa, está sendo investigado pelo FBI. A polícia americana espera que os dirigentes já indiciados façam delação premiada contra o suíço. Agora está claro por que Blatter pediu para sair rapidinho.

O Antagonista

O Antagonista- Silas Malafaia é um idiota



O pastor Silas Malafaia está contra O Boticário porque a empresa incluiu casais gays na sua campanha publicitária para o Dia dos Namorados. Diz ele num vídeo: "Quero conclamar as pessoas de bem a boicotar os produtos dessas empresas como o Boticário. Vai vender perfume para gay!"

Silas Malafaia é um idiota.

O HOMEM DA COPA

O Planalto aposta no escândalo do futebol para a Lava Jato sumir do noticiário, mas corre o risco de expor Ricardo Trade, secretário de Esportes de Alto Rendimento do Ministério do Esporte. Ele chefiou o comitê organizador da Copa de 2014, nomeado por Ricardo Teixeira.

Cláudio Humberto- Diário do Poder

PETROLÃO CITA FILHO DE PRESIDENTE DO TCU PELA 3ª VEZ

Filho de Aroldo Cedraz, presidente do Tribunal de Contas da União, o advogado Tiago Cedraz foi denunciado por Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, que o acusou de vender informações privilegiadas do TCU. A delação foi revelada ontem na edição online do jornal O Globo. É a terceira referência a Tiago Cedraz na Lava Jato. Ele também foi delatado, em 18 de novembro passado, pelo policial federal Jayme Alves Filho, o “Careca”, que trabalhava para o doleiro Alberto Youssef.“Careca” contou à força-tarefa da Lava Jato que levou dinheiro ao escritório de Tiago Cedraz, em Brasília, “duas vezes”.Uma terceira referência a Tiago Cedraz, na Lava Jato, o envolveu na suspeita venda da refinaria da Petrobras em San Lorenzo, Argentina.Requerimento do deputado Izalci (PSDB-DF) pediu a convocação do ministro Aroldo Cedraz a depor na CPI da Petrobras.

Cláudio Humberto

“Já começo a desconfiar que o hobby mais comum no Brasil seja o de ser corrupto.” (Eriatlov)

A fila

A fila ultrapassava cinco quarteirões. O passante curioso perguntou para o último dos esperançosos:
-Fila para emprego?
-Não. Estamos pegando senha para no futuro entrarmos no paraíso.
O passante ficou atônito.
- É grátis?
-Não! Duzentos reais!
-Bem caro- falou o passante. - Acho que irei aguardar pela fila do purgatório. Espero que seja mais em conta.

“A vida de qualquer um daria um livro. É claro que alguns seriam indicados como sonífero.” (Mim)

“No meu caminho havia um padre. Havia um padre no meio do meu caminho e depois na minha cama.” (Josefina Prestes)