terça-feira, 14 de outubro de 2014

Lya Luft em Zero Hora: “A democracia implica não haver domínio de poder, de cargos, de ideologias"

A escritora Lya Luft, colunista do jornal Zero Hora e revista Veja, abriu seu coração nesta terça-feira declarando seu voto em José Ivo Sartori (PMDB) e Aécio Neves (PSDB), confira o texto:

"Minha posição tem sido muito clara, até porque há 10 anos sou colunista da Veja, batalhadora corajosa por uma mudança na política do país. Está na hora de mudar: não digo isso por achar importante, pois está superado o conceito estrito de direita ou de esquerda, mas porque democracia implica não haver domínio de poder, de cargos, de ideologias e, sim, de alternância para que se conceda espaço e oportunidade a todos. O que interessa é que o Brasil está estagnado. Pior do que isso, anda para trás. Tenho escrito incansavelmente sobre ameaças periódicas à liberdade de imprensa, com projetos que, obtendo clamor contrário, são retirados por algum tempo para depois voltar. Vejo o povo cansado, desesperançado, carente de segurança, escola, saúde, moradia, dignidade: não podemos querer que continue um país onde haja tantas pessoas aguardando meses ou anos por um tratamento urgente, velhos morrendo em macas em corredores de hospital, mulheres parindo no chão, crianças levadas de volta para casa sem sequer um remédio porque no posto de saúde não havia nada. Nem podemos continuar prisioneiros do medo dentro de nossas casas, com constantes assaltos nas ruas, mesmo movimentadas e em pleno dia, o narcotráfico fora de controle, a corrupção grassando.

Receio a perpetuação de uma linha ideológica, temo a cristalização de ideias e posturas, sobretudo se não estão levando a progresso, a maior bem-estar do povo, a mais integração com as nações desenvolvidas: um paulatino isolamento nos priva de grandes avanços em geral.

Por isso e muito mais, quero mudanças sérias, lúcidas, positivas. Meu voto para o governo estadual é de Sartori."
Do blog do POLÍBIO BRAGA

“Gente que fala demais acaba não tendo ouvinte.” (Eriatlov)

“Estou ficando velho. Não suporto mais o calor que faz aqui.” (Satanás)

“Domingo todo mundo nos templos e igrejas. Um mundaréu de gente reza para o ‘outro’. E eu só tomando pancada. Como não ficar deprimido?” (Satanás)

“O PT sempre adorou jogar pedras. Agora que é vitrine reclama?” (Mim)

Todos unidos contra o PT – artigo de hoje no GLOBO

Sindicalistas, evangélicos, ambientalistas, liberais, conservadores e social-democratas: há de tudo na enorme coligação unida em torno da candidatura de Aécio Neves. O tucano, seguindo os passos de seu avô Tancredo, soube costurar acordos com base programática e construir pontes para ligar diferentes grupos em torno de um objetivo comum: tirar o PT do poder, preservar nossa democracia e fazer a economia voltar a crescer.
Em pânico, o PT acusa o tucano de “reacionário”, de “neoliberal” ou de “inimigo dos pobres”. Mas o PSDB nunca foi um partido de direita, e sim de centro-esquerda. Só que uma esquerda civilizada, democrática, nos moldes da social-democracia europeia, enquanto o PT flerta com a esquerda retrógrada, autoritária, defensora dos piores regimes ditatoriais do mundo.
Que direita é essa que junta Marina Silva e Eduardo Jorge, ambientalistas que militaram na esquerda a vida toda? Sim, é verdade que o Pastor Everaldo e Jair Bolsonaro também apoiam Aécio. Mas isso só mostra como existe um gigantesco campo ideológico em torno de sua candidatura, justamente porque há uma prioridade mais urgente e comum a todos, que é impedir o Brasil de se tornar a próxima Argentina ou Venezuela.
“Chegou o momento de interromper esse caminho suicida e apostar, mais uma vez, na alternância de poder sob a batuta da sociedade, dos interesses do pais e do bem comum”, escreveu Marina Silva em sua carta de apoio ao tucano. Ela está certa: ninguém aguenta mais o PT no poder, esse modelo ultrapassado, corrupto, incompetente, que pode significar nosso suicídio coletivo se durar mais quatro anos.
Leia mais aqui.

PT no rádio: 'Hoje povão come carne' Sou filho de operários. Durante o regime militar eu já comia carne.Então Dilma, senta.

Para conhecer o nosso futuro com o PT no governo basta visitar a Venezuela. Vá, mas leve papel!

PT é igual Telesena: De hora em hora um rolo!

Como pode alguém se dizer inteligente e votar num governo que tem 39 ministérios?

PT, sempre em rolo

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Pesquisas internas de grandes empresas mostram Aécio à frente de Dilma. Bolsa sobe. Dólar cai. O Real tem a maior valorização entre as moedas no mundo.

Além das pesquisas publicadas, grandes empresas fazem os seus próprios levantamentos, para orientar as suas decisões estratégicas. Ontem a maioria das pesquisas de tracking indicavam que Aécio abriu uma grande vantagem sobre Dilma. Tanto é que a Vox Populi, que tem contrato com o PT, juntamente com a Rede Record, que apoia Dilma, publicaram pesquisa para não desmobilizar a militância. Para não ficarem desmoralizados, mantiveram o empate técnico entre os candidatos.


O Ibovespa experimentou a maior alta entre os principais índices acionários do mundo e o real subiu depois que uma pesquisa mostrou o candidato de oposição, Aécio Neves, à frente da presidente Dilma Rousseff no segundo turno da eleição no Brasil. A Petrobras deu a maior contribuição para o avanço do indicador devido à especulação de que o possível novo governo reduzirá as intervenções, o que inclui os controles de preços, que limitam sua lucratividade.


O Ibovespa deu um salto de 5,6 por cento, para 58.423,05, às 15h13, em São Paulo. Todos os 10 setores industriais que compõem o MSCI Brazil Index avançaram. O real registrou uma valorização de 2 por cento, para 2,3818 por dólar, marcando o melhor desempenho entre as 31 principais moedas monitoradas pela Bloomberg.


A Petrobras subiu 11 por cento, para R$ 22,25 o mais alto nível desde 5 de setembro. A Vale saltou 6,2 por cento, para R$ 24,40, a maior alta desde julho de 2010 . As oscilações entre os ganhos e os prejuízos das ações e dos mercados de câmbio brasileiros têm aumentado à medida que o segundo turno se aproxima, com a volatilidade do Ibovespa no período de 90 dias no nível mais alto desde outubro de 2013. A volatilidade implícita de um mês sobre as opções para o real, que refletem mudanças projetadas na moeda, está no nível mais alto entre os países em desenvolvimento.



Avanço semanal
No dia 10 de outubro o real registrou um aumento semanal de 1,2 por cento, em seu primeiro ganho de cinco dias desde agosto, devido à especulação de que Dilma não será reeleita. Em setembro, a moeda caiu 8,6 por cento, maior declínio dos mercados emergentes, quando as pesquisas mostraram um maior apoio à candidata à reeleição.


“O debate político tende a continuar sendo o principal impulsor da negociação cambial”, disse Deives Ribeiro, gerente de câmbio da Fair Corretora de Câmbio e Valores, em São Paulo, por telefone. “Os investidores gostaram de ver Aécio à frente de Dilma”. (Com informações da Revista Exame)
Do blog do Coronel

DIÁRIO DO BICUDO LIBERTÁRIO- Para quem vota na Dilma, lembrem-se do Evo Morales, do Maduro e do Fidel. Essa é a democracia que buscam os petistas. Mudanças urgente! (Luiz Ribamar)

O comunismo massacra a liberdade individual. Estou fora!

Dilma se encontra com movimentos sociais e expõe as suas pretensões bolivarianas se for reeleita. Ela deixa claro: o Congresso só atrapalha!



O ministro-chefe da Casa Civil, Gilberto Carvalho, se encontrou nesta segunda com militantes dos ditos movimentos sociais em Pernambuco. A presidente-candidata Dilma Rousseff, por sua vez, fez o mesmo em Brasília. Ela falou o que se espera entre aliados: transformou o PT em monopolista de todas as coisas boas que já aconteceram no país e o PSDB em monopolista das ruins. Até aí, vá lá. Não se esperava o contrário. A coisa beirou o risível, embora seus convivas tenham achado o máximo, quando ela afirmou que, se vitorioso, o tucano Aécio Neves pretende acabar com o Mercosul e com os Brics, embora isso não tenha sido o mais preocupante do encontro. Já chego lá.
Deus do Céu! Que o Mercosul precise deixar de ser um fator de atraso para o Brasil, isso é evidente. Acabar com ele, ninguém pretende. Isso é só uma mentirinha. A tolice espantosa fica por conta dos Brics, que é só uma sigla criada pelo economista Jim O’Neill, em 2002, para designar países emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China, aos quais se incorporou depois a África do Sul. Não é um bloco econômico. “Ah, mas eles criaram um banco…” Lamento! Não tem a menor importância. Ainda que tivesse e mesmo que o Brasil quisesse pular fora, passariam a existir os Rics… De resto, Aécio, se eleito, não teria poder para acabar nem com o Mercosul. Imaginem, então, com os Brics. É só mais uma falinha terrorista. Sei lá qual é a satisfação de falar a um grupo que está lá só para aplaudir, não importa o quê.
Mas vamos ao que preocupa. O ato foi organizado para que se entregasse à presidente um manifesto com 8 milhões de assinaturas, colhidas por entidades petistas disfarçadas de movimentos sociais, em favor de um plebiscito pela reforma política.
Depois de elogiar o protoditador da Bolívia, Evo Morales, que se reelegeu presidente (já trato do assunto), Dilma resolveu tocar música para os ouvidos dos presentes: “Eu diria de forma radical: eu não acredito que a gente consiga aprovar as propostas mais importantes, como é o caso do fim do financiamento empresarial de campanha, sem que isso seja votado num plebiscito. Não basta convocar Assembleia Constituinte, tem que votar em plebiscito. Se não votar, não tem força suficiente para fazer.”
Entenderam? Se reeleita, Dilma deixa claro que pretende dar um golpe no Congresso: ela quer uma Constituinte exclusiva para fazer a reforma política, o que é um absurdo teórico, mas a quer embalada por plebiscito. Com a força que tem o Executivo no Brasil, com sua poderosa máquina publicitária, a presidente quer ir para a galera. Foi precisamente o que fizeram Hugo Chávez na Venezuela — vejam lá como está o país — e o que está fazendo Morales, o elogiado, na Bolívia. Os opositores tiveram de deixar os dois países, a corte suprema se transformou em braço do Executivo, e as oposições são perseguidas por milícias e forças policiais.
No encontro, os presentes atacaram também o jornalismo independente, que eles chamam “mídia”. Entre os valentes, estavam a CUT, o braço sindical do PT, e o MST, o braço dito campesino do partido. Até uma certa Paola Estrada, de quem nunca ouvi falar, presidente de um tal “Movimento Consulta Popular”, decidiu atacar a imprensa. Um dos pontos de honra dos petistas, caso Dilma vença a eleição, é o tal “controle social da mídia”.
Então está combinado. Se reeleita, Dilma prometeu à CUT, ao MST e a outros movimentos sociais recorrer às mesmas práticas de Hugo Chávez e Evo Morales para reformar a Constituição. Ou me provem que não. E já deixou claro que esse eventual futuro governo não pretende comprar fatias do Congresso que se instalará em 2015. Não! Se reeleita, Dilma vai querer um Congresso Constituinte só pra ela, inteirinho.
Não custa lembrar: o perfil do Congresso eleito deixa claro que a esquerda é minoritária no Brasil. Vai ver há petistas achando que já chegou a hora da guerra civil. Pelo visto, há gente querendo as coisas na lei ou na marra.
Por Reinaldo Azevedo

RolandoDeMolina- - "Las Batallas no las definen los soldados, Son los verdaderos ciudadanos quienes lo hacen"

Noticiero de Verdad- “No pidan paz, exijan Libertad, la Paz sin Libertad es Sumisión “

O PT QUER ENGANAR VOCÊ

Quando Aécio for presidente sei que não irá chover dinheiro,dependerei do meu trabalho. Quero mais saúde, segurança, mérito, menos ladrões.

Para alguns estúpidos é melhor ficar esperando pelo dia final sem fazer nada. Ou seja, dando palpites e criando calos na bunda.

Detesto pessoas que generalizam tudo. Eleições é mais do mesmo. Gente diplomada, mas ignorante só atrasa quando opina. O comunismo é o mal.

DILMA ROUSSEFF, A PRESIDENTE SUJONA

Do blog do Coronel

DILMA ROUSSEFF, A PRESIDENTE SUJONA Em montagem grosseira e mentirosa, declaração de Armínio Fraga é editada em seu programa. Objetivo? Enganar o eleitor.

O programa de TV da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) fez novos ataques ao economista Armínio Fraga, anunciado ministro da Fazenda caso Aécio Neves (PSDB) vença a eleição.No programa que foi ar na noite desta segunda-feira (13), um apresentador afirma que Armínio adotará medidas impopulares a mando de Aécio: "Armínio já sabe por onde começar, esvaziando a importância dos bancos públicos, que financiam desde pequenas empresas até uma série de programas sociais". 

O programa exibe trecho de uma entrevista de Armínio de julho de 2013 a Rodrigo Constantino, presidente do Instituto Liberal. O apresentador do PT dá ênfase ao trecho: "Provavelmente vai chegar a um ponto em que vai ficar claro até, talvez, que eles [bancos públicos] não tenham assim tantas funções. Não sei muito bem o que vai sobrar no final da linha, talvez não muito". 

A íntegra da entrevista está na internet. Nela, Armínio critica a atuação de BNDES, Caixa e Banco do Brasil --a considera excessiva, pouco útil ao desenvolvimento e sem transparência. Mas não sugere acabar com esses bancos. "Eles [os bancos públicos] tendem a ser capturados por interesses públicos e privados, alocar mal o capital e, com frequência, acumular prejuízos enormes", diz. "Essa área precisa de uma correção de rumo. Não estou advogando fechar o BNDES, mas penso que os bancos públicos precisam ser administrados com padrões mais rígidos", diz Armínio no trecho anterior à frase escolhida pelo PT. Noutra parte, Armínio critica os repasses do Tesouro ao BNDES: "Não tem gerado impacto no investimento".(Folha de São Paulo)

Otávio disse: Num país onde não há atendimento digno, minimamente humano nos hospitais, não se pode votar em quem dá nosso dinheiro para ditadores

ZONA DE CONFORTO

Dora Kramer
As coisas estão difíceis, mas não impossíveis para a presidente Dilma Rousseff. Se de um lado é inegável que a atmosfera conspira a favor de Aécio Neves como conspirou a favor do avô Tancredo 29 anos atrás, na eleição do colégio eleitoral de 1985 contra Paulo Maluf, de outro o peso do voto direto insere agora um fator de relativo equilíbrio entre os candidatos.
Há um sentimento de esgotamento com o modo de agir do PT, esta é uma verdade que se expressou não apenas na surpreendente votação do tucano - um candidato que chegou a ser considerado fora do jogo - como também no volume de adesões à oposição no início da campanha do segundo turno.
Partidos tradicionalmente aliados ao PT firmaram fileira ao lado do PSDB, artistas e intelectuais saíram do imobilismo e o oposicionismo perdeu o medo de dizer seu nome. Ao sentir firmeza no respaldo social, os tucanos improvisaram a frente de oposição que deixaram de organizar no período da entressafra.
Surfam numa onda bastante favorável, mas longe de autorizar prognósticos excessivamente autoconfiantes. Pelo seguinte: com todo o cenário adverso - e vamos pôr adversidade nisso -, nele incluído uma candidata que consegue tornar ininteligível o mais simples dos raciocínios, o governo ainda tem um volume robusto de votos.
Não se pode dizer que estejam exclusivamente concentrados entre aqueles que recebem benefícios assistencialistas. Dilma recebeu 74% dos votos desse público, mas as mesmas pesquisas indicam que 6 de cada 10 eleitores da candidata do PT não são beneficiários de programas do governo.
Afora o eleitorado ideológico ou aquele diretamente interessado no aparelho de Estado, é preciso considerar a existência do contingente de pessoas que vivem uma sensação legítima de preservação dos ganhos obtidos nos últimos anos. É o eleitorado conquistado pelo consumo que pensa assim: tenho celular, carro, eletrodomésticos, confortos que nunca tive; votar contra o governo que me proporcionou tudo isso por quê?
Vai explicar a uma criatura de menos de 30 anos de idade o que são aumentos de preços diários, descrédito internacional, balbúrdia nas contas públicas, linhas telefônicas na declaração de imposto de renda e outras especificidades de um país completamente desorganizado.
Não é problema dessa imensa parcela se há 12 anos o PSDB não tratou de deixar o governo defendendo seu legado. Hoje muito poucos se lembram das razões pelas quais há telefones à vontade, a inflação não come os salários dos mais pobres que não podem se defender dela no sistema financeiro, a moeda brasileira não é produto podre e os governos subsequentes puderam desfrutar de uma economia arrumada.
Atribuem tudo aos governos do PT que, com muita habilidade e nenhum escrúpulo, se apropriaram do patrimônio fazendo dele tábula rasa sob o dístico de herança maldita. Fizeram do mérito um demérito e agora a oposição tenta recuperar terreno explicando o que imaginou ser autoexplicável, esquecida de que na política não existe vácuo.
Se o PT não tivesse cedido à tentação de construir seu projeto de poder na base do aparelhamento do Estado, das alianças com "os piores", na permissividade quanto ao uso particular da máquina pública, do autoritarismo no trato da crítica, na desqualificação dos adversários e na defesa reiterada de seus pecados, provavelmente hoje as coisas estariam mais fáceis para a presidente Dilma Rousseff.
Sonhática. Ao dizer que "voto não se transfere", a fim de desdenhar do apoio de Marina Silva a Aécio Neves, a presidente Dilma Rousseff contraria a razão da própria eleição em 2010. Ou então, nestes quatro anos, passou a acreditar que era ela a dona daqueles quase 56 milhões de votos transferidos por Lula.

Qual foi o partido que semeou a luta de classes, o ódio entre brancos e pretos e outros males? O PT está colhendo o que plantou.

DIÁRIO DO BICUDO- Do blog do Coronel: O "Lanterna", meu informante dentro da campanha do PT, me passou o tracking deles: 59 Aécio x 41 Dilma. O clima é de pânico, desespero...

Gilberto Carvalho reconhece a situação dramática de Dilma, mas acha que tudo deriva da cultura do ódio. E se refere a uma palavra que eu criei. Então vamos lá!

Prestem atenção a esta fala do ministro-chefe da Casa Civil, Gilberto Carvalho:
“Atravessamos um momento delicadíssimo da nossa campanha. Plantou-se um ódio enorme em relação a nós. Eu não sei o que foi aquilo. Em São Paulo, estava muito difícil andar com o broche ou a bandeira da Dilma. Em Brasília, a cidade estava amarela, sem vermelho. O ódio tem sido construído com a gente sendo chamado de ladrão. Com frequência, a gente vem sendo chamado com desprezo. Estamos sendo chamados de um grupo de petralhas que assaltaram o governo”.
Opa! De “petralhas”, eu entendo, porque fui eu que inventei a palavra, né?, fundindo “petista” com “Irmãos Metralhas”, já lá se vão, atenção!, ONZE ANOS. Ouça bem, ministro Carvalho! Eu criei essa palavra há 11 anos, em 2003, no primeiro da gestão do seu partido à frente do governo federal. Ela já foi parar no Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa, como vocês podem ver abaixo.
Desde o primeiro dia, expliquei o sentido do vocábulo e deixei claro, o que está firmado em livro — “O País dos Petralhas I” (Editora Record) —, que nem todo petista é “petralha”, só aqueles que justificam o assalto aos cofres públicos em nome de uma causa. Apanhei que foi uma beleza! Ainda hoje, uma vasta rede de blogs, sites, revistas e publicações as mais xexelentas, todas fartamente financiadas com dinheiro público, tem, entre suas missões, tentar me desqualificar.
Quando, em passado remoto, apenas 3% dos brasileiros consideravam o governo Lula ruim ou péssimo, eles sugeriam abertamente que eu deixasse o país, que eu me mudasse pra Miami, que eu fosse para a ponta do pavio. Quando a VEJA me convidou para hospedar este blog, que já existia, em 2006, vieram os vaticínios: “Vai durar pouco! Quem vai querer ler esse cara?” Pois é. O blog recebe, em média, 350 mil visitas por dia, com picos de mais de 500 mil.
Criei o termo em 2003 porque pessoas vinham me contar coisas horripilantes sobre o que se passava nos bastidores do governo. Mas quem queria saber? “Direitista!”, gritavam. “Tucano!”, vociferavam. “Vendido!”, babavam. Fiquei na minha. No máximo, indagava se o lado vitorioso não costuma pagar sempre mais, se é que entendem a ironia. Aí veio o escândalo do mensalão. Ai veio o escândalo dos aloprados. Aí veio a primeira leva de acusações sobre desmandos na Petrobras. Aí vieram as lambanças no Dnit e assemelhados. Aí veio a compra da Refinaria de Pasadena. Aí vieram Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef e cia.
A que “ódio” se refere Gilberto Carvalho? Eu criei a palavra “petralha”, mas eu não criei “os petralhas”. Tampouco os criou a população de São Paulo. A fala de Carvalho sugere que há uma repulsa artificial ao partido, não uma reação objetiva à forma como ele governa — que, ainda assim, conta com a aprovação de milhões, a estarem certas as pesquisas de opinião.
Infelizmente, o ministro se dedica, mais uma vez, à demonização de pessoas. Em junho, Dilma ainda vencia a eleição no primeiro turno, e Alberto Cantalice, vice-presidente do PT, resolveu criar uma lista negra de nove jornalistas, articulistas e comunicadores, encabeçada por mim — os outros são Diogo Mainardi, Augusto Nunes, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiuza, Lobão, Danilo Gentilli e Marcelo Madureira —, que fariam mal ao Brasil. Não se ouviu um pio de protesto por aqui. Quem reagiu foi a organização internacional de defesa da liberdade de imprensa http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/reporteres-sem-fronteiras-a-mais-importante-entidade-internacional-de-protecao-ao-trabalho-de-jornalistas-critica-a-lista-do-pt-de-inimigos-da-patria/. Janio de Freitas, articulista da Folha, como sou, não criticou nem a lista nem o PT, mas a… Repórteres Sem Fronteiras.
O PT tenta posar de vítima de crime de intolerância — como se o partido fosse o exemplo acabado da… tolerância. É uma piada! Por que seria vítima? Já indaguei aqui: estamos diante de alguma vanguarda que desafia o statu quo? Os petistas constituem hoje os porta-vozes da luta de oprimidos que não têm outro canal para se expressar? A legenda representa algum valor de vanguarda, que uma sociedade atrasada e reacionária se negaria a abrigar? Ora, ministro Gilberto Carvalho…
Dirijo, então, ao chefão petista as perguntas que fiz em minha coluna. Responda, ministro, por favor:
“É preciso assaltar os cofres públicos para conceder Bolsa Família? É preciso usar de forma escancaradamente ilegal os Correios para implementar o ProUni? É preciso transformar a gestão pública na casa-da-mãe-Dilma (como Lula, o pai, já a chamou) para financiar o Minha Casa, Minha Vida? Pouco importa o juízo que se faça sobre esses programas, a resposta, obviamente, é “não”. A matemática elementar nos diz que, com menos roubalheira, sobraria mais dinheiro para os pobres.”
A fala de Carvalho faz parte de uma ação coordenada do comando político do PT. O partido quer despertar o poder sempre forte — e violento — das falsas vitimas. Ódio, ministro Gilberto Carvalho, foi aquele destilado contra Marina Silva no horário eleitoral do seu partido, acusando-a, e o senhor sabe se tratar de uma mentira, de tentar retirar R$ 1,3 trilhão da educação. Ódio, ministro Gilberto Carvalho, foi aquele destilado no programa de Marina Silva, acusando-a de querer tirar a comida do prato dos brasileiros, e o senhor sabe se tratar de uma mentira, porque ela defendia a independência do Banco Central. E quem escreve aqui não é um admirador da líder da Rede, como sabem todos. Ódio é a pregação terrorista que se vê hoje na TV, agora contra Aécio Neves e FHC, fraudando números, mentindo de forma descarada, massacrando a história, distorcendo os fatos.
O PT inventou a corrupção?Não! Eu nunca escrevi que o PT inventou a corrupção, até porque seria falso. É claro que não! Já havia antes. Está na Bíblia. Existia antes dela. A questão relevante, desde sempre, não está em ser ou não corrupto — em sendo, que o sujeito seja expelido da vida pública. A criação detestável e exclusiva do PT — e foi nesse contexto que surgiu a palavra “petralha” — é a suposta “corrupção do bem”, a suposta “corrupção necessária”, a suposta “corrupção libertadora”. Esse relativismo, diga-se, está absolutamente adequado ao amoralismo das esquerdas históricas. Stálin, por exemplo, era, a seu modo, incorruptível. Ele só não se importava em matar inocentes — inclusive ex-camaradas de jornada — para consolidar o seu poder.
Se parte considerável da população alimenta hoje um sentimento de repulsa em relação ao PT, isso não se deve a suas qualidades. Não conheço ninguém, e acho que ninguém conhece, que deixe de votar no partido por causa dos ditos “programas sociais” — que eu, no meu rigor, chamo de medidas compensatórias; se eu fosse de esquerda, diria até que são contrarrevolucionárias, como devem achar o PSOL, o PCO e o PSTU. Segundo a lógica perturbada das esquerdas, eles têm razão, não é mesmo?
Se o PT expulsasse da legenda os condenados por corrupção ativa, entre outros crimes, em vez de chamá-los de “heróis do povo brasileiro”, talvez a reação da população fosse outra.
E ainda lhe dou um conselho, senhor Carvalho: não sei se sua candidata ganha ou perde a eleição. Como o senhor sabe, torço para que ela perca. Mas, caso vença — certamente seria por margem bem estreita —, pense que será preciso governar depois. E chegar ao fim do mandato. Vocês perderam a mão e a leitura da realidade.
Ah, sim: Carvalho estava em Pernambuco, num encontro com ditos “movimentos sociais”, que divulgaram em seguida um manifesto em favor de Dilma. Muitos dos signatários são grupamentos fartamente financiados com… verbas federais. Carvalho ainda não percebeu que é crescente o número de pessoas que já não suportam esse procedimento. Justo ele, o encarregado de “falar com a sociedade”. É que Carvalho integra aquele grupo de homens que não entende que possa existir uma “sociedade” fora dos interesses do petismo.
E há!
As pessoas estão se opondo ao PT, senhor ministro, porque, de fato, não aguentam mais os “petralhas”. Sim, eu criei o termo, mas vocês criaram a espécie.
Espalhem este artigo. Vamos fazer o debate.
Por Reinaldo Azevedo