sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

03/07/2018- LEANDRO NARLOCH - Os artistas, os defensivos agrícolas e a máxima de Nelson Rodrigues

projeto de lei para agilizar a liberação de defensivos agrícolas no Brasil provocou revolta de artistas e ambientalistas nas últimas semanas.
Marcos Palmeira, Zezé Polessa, Gregório Duvivier, Patrícia Pillar, Caco Ciocler, Bela Gil, Astrid Fontenelle, Martnália e outros atores gravaram um manifesto contra o projeto que, segundo o ator Érico Brás, "vai colocar mais agrotóxico na comida do povo brasileiro".
Bela Gil foi à Câmara com cartazes de protesto; o Greenpeace até instalou uma bomba de mentirana audiência que discutia a questão.
Eis mais um caso de ativistas que agem contra a própria causa. Quem se preocupa com o impacto ambiental da agricultura no Brasil deveria torcer por menos entraves à inovação nessa área.
Exatamente por quererem lucrar o máximo possível, as fabricantes de defensivos agrícolas têm de responder às demandas da sociedade. É impossível lucrar de maneira contínua fabricando produtos que não atendem aos desejos dos consumidores. No passado, com efeito, a eficiência e o preço de um defensivo importavam mais que a biossegurança. Cientistas do ramo costumam dizer que os agrotóxicos eram como metralhadoras — matavam pragas e muitas outras coisas ao mesmo tempo.
E então, por exigência do ambientalismo (mais forte na Europa e nos Estados Unidos que no Brasil) e dos próprios consumidores, os defensivos passaram a funcionar cada vez mais como snipers — precisos e com pouco impacto além do alvo. Nenhuma Basf ou Bayer será louca de gastar milhões na pesquisa e desenvolvimento de um produto que será proibido por causar danos graves à saúde ou ao meio ambiente. E que poderá resultar em processos bilionários contra as empresas. Ou que irá matar milhões de pessoas. (Dica: é impossível ter lucros se você mata todos os seus consumidores).
Alguns dados confirmam essa tendência de melhora nos defensivos agrícolas. Um índice bastante utilizado para medir o impacto ambiental de agrotóxicos é o EIQ (Environmental Impact Quotient). Quanto maior o índice, maior a influência de um pesticida ao meio ambiente, ao consumidor e ao trabalhador do campo.
Por causa da inovação, o EIQ dos defensivos usados no cultivo de soja, milho, algodão e cana-de-açúcar caiu 38% que de 2002 a 2015, segundo pesquisa do agrônomo Caio Carbonari, da Unesp. E isso num período em que a produtividade por hectare aumentou. Conseguimos produzir mais comida em menos espaço e com menor impacto ambiental.
Mas a coisa fica ainda mais interessante.
Atualmente, uma lista com 36 defensivos aguarda análise para obtenção de registro no Brasil. No entanto, 28 deles já têm registros em países como EUA, Japão, Canadá, Austrália e Argentina. Isso porque o processo de avaliação e registro, que nesses países costuma levar cerca de dois anos, no Brasil dura de 8 a 10 anos, por causa da morosidade do Ministério da Agricultura, da Anvisa e do Ibama. (Fonte)
Sobre isso, o professor Edivaldo Velini, diretor da Faculdade de Agronomia da Unesp de Botucatu, comparou o EIQ dos pesticidas utilizados hoje no Brasil com o desses que estão à espera da liberação pelos burocratas. Segundo ele: "Os produtos que atualmente estão na fila aguardando liberação são, em média, cerca de 30% mais favoráveis ao meio ambiente e a saúde do que os que estão em uso".
Veja só que situação. Existem no mundo defensivos agrícolas com mais biossegurança que os usados hoje no Brasil, mas a lentidão e a burocracia do governo impedem a entrada desses produtos.
Pior ainda: pessoas que acreditam defender a natureza, como Bela Gil, Marcos Palmeira e o Greenpeace, trabalham para que esse absurdo continue, pois estão se opondo exatamente ao projeto de lei que reduz essa morosidade e acelera a liberação de defensivos mais amigáveis ao ambiente.
Na sanha de prestar lealdade aos seus apoiadores do Leblon e de se opor aos ruralistas, artistas acabam prejudicando o meio ambiente que acreditam proteger. A ânsia de querer criminalizar qualquer coisa que venha do setor rural — que, no caso, quer ter acesso mais rápido a pesticidas mais baratos e mais eficientes — garante apenas a perpetuação do uso de agrotóxicos bem menos eficientes.
Nelson Rodrigues certamente exagerava quando dizia que "o indivíduo ou é ator ou é inteligente". Mas, ao assistir aos vídeos de artistas sobre agrotóxicos, fica difícil discordar do dramaturgo.

P.S.: apenas como curiosidade, o Japão, que é o país com a maior expectativa de vida do mundo, usa oito vezes mais agroquímicos do que o Brasil. E, quando se compara a proporção de defensivos em relação à quantidade de terras cultivadas, o Brasil fica atrás de países como o próprio Japão, Alemanha, França, Itália e Reino Unido. (Fonte)

PÉS SUJOS


Fazia tempo que Noar não esfregava os pés. Preparou uma enorme bacia, sabão, água quentinha e uma boa esponja vegetal. Então Noar foi esfregando, esfregando e a sujeira saindo, saindo. Mais água quentinha, mais sabão, e esfrega, esfrega, e a sujeira saindo, saindo. Sem exagero, com o barro que saiu dos pés desse vivente, a Olaria do Zé Arnaldo fez dois mil tijolos, e o homem ficou tão leve que parecia um astronauta pulando na lua.

ESTULTICE


“Quando a estultice está dormindo surge do nada um petista para acordá-la com sua verborragia alucinada.” (Limão)

ÚNICO CAMINHO


Penso que só há um caminho para a ciência ou para a filosofia: encontrar um problema, ver a sua beleza e apaixonar-se por ele; casar e viver feliz com ele até que a morte vos separe — a não ser que encontrem outro problema ainda mais fascinante, ou, evidentemente, a não ser que obtenham uma solução. Mas, mesmo que obtenham uma solução, poderão então descobrir, para vosso deleite, a existência de toda uma família de problemas-filhos, encantadores ainda que talvez difíceis, para cujo bem-estar poderão trabalhar, com um sentido, até ao fim dos vossos dias.

 Karl Popper

PRINCÍPIOS ABSOLUTOS E ABSTRATOS


O problema mais gritante de sistemas absolutistas, como os Dez Mandamentos, é que, quando há mais de uma regra absoluta, torna-se possível o surgimento de conflitos entre elas. Assim, poderíamos perguntar se é algo apropriado assassinar para prevenir um roubo. É permitido roubar para prevenir um assassinato? Deveríamos mentir se tivéssemos uma boa razão para acreditar que a verdade faria com que o indivíduo morresse de ataque cardíaco? É apropriado mentir para evitar ser assassinado? É lícito quebrar o sábado santo para salvar a vida de alguém? Seria correto roubarmos um carro se soubéssemos que isso evitaria que seu dono trabalhasse no sábado santo ou matasse alguém? Deveríamos honrar a vontade de nossos pais se eles nos pedissem para quebrar algum dos outros mandamentos? Deveríamos roubar nossos pais se, ao fazê-lo, talvez estivéssemos prevenindo um assassinato? Todos os tipos de dilema como esses são possíveis. (…) Isso demonstra que não podemos viver baseados em princípios absolutos e abstratos. Precisamos relacioná-los à vida e às necessidades humanas.


 Frederick Edwords

PELA LUZ


A humanidade só saiu da barbárie mental primitiva quando se evadiu do caos das suas velhas lendas e não temeu mais o poder dos taumaturgos, dos oráculos e dos feiticeiros. Os ocultistas de todos os séculos não descobriram nenhuma verdade ignorada, ao passo que os métodos científicos fizeram surgir do nada um mundo de maravilhas. Abandonemos às imaginações mórbidas essa legião de larvas, de espíritos, de fantasmas e de filhos da noite — e que, no futuro, uma luz suficiente os dissipe para sempre.

 Gustave Le Bon

“Abertura em Cuba? Só de pernas.” (Cubaninho)


Já procuraram o Battisti em Porto Alegre?  Lugar de muitos amigos do peito.         
                 

Do vocabulário de Odorico Paraguaçu, o momento...

“Dos semvergonhamentos políticos que tive o prazer de ver e praticar, jamais ocorreu-me presenciar a desfaçatez do dito moluscoso sindicalista político e seus apodrecidos pares, que estando encarcerado devidamente na sempre belamente formosa capital das araucárias, de ainda querer candidatar-se à presidência tendo sido premiado por suas sujidades infinitas no tocante a propinas e outros arregos.  Digo que esperançosamente espero por outras condenações e que finde seus dias atrás das grades como todo safado político faz por merecer. “ (Eriatlov)


COMUNISTAS

Stálin satisfeito passa para Beria, chefe da NKVD, mais uma lista das pessoas que deverão ser mortas pelo regime comunista.  Na saída Beria encontra Malenkov, Molotov, Khrushchov. Conversam um pouco sobre amenidades. Malenkov pergunta para Beria:
-Estou um pouco tonto com tudo isso. Não consigo memorizar todos os nomes. Você poderia me passar uma lista dos camaradas do primeiro time do partido que Stálin ainda não mandou matar? Sabe como é, caso eu tenha uma vaga e precise promover alguém.


RECEITA CALMANTE PARA PETISTA MAGOADINHO
Perdeu, chorou? Deu Bolsonaro, perdeu nenê. Compre um quadro do Trump e outro do Bolsonaro e coloque  na sala; pegue um pacote de batatinha da Elma Chips, abra um Coca-Cola bem gelada e curta tudo isso assistindo a um filme do Rambo.


Pessoas revoltadas com tanta hipocrisia ofereceram Dilma e Gleisi para uma tribo de canibais da Guiné. Eles recusaram.
-Carne ruim ,não!


Numa pequena cidade do Rio Grande do Sul vi uma placa que dizia:
“ESTACIONAMENTO PARA AUTOMÓVEIS, MOTOS E JUMENTOS”
Observei dentro e vi estacionados dois automóveis, cinco motos e amarrados na sombra de uma figueira o Paulo Pimenta e a Gleisi Hoffmann.