sexta-feira, 4 de novembro de 2016

O PORCO DO MATO

O porco do mato conseguiu fugir dos caçadores, não sem antes levar um tiro. Em disparada fuga foi perdendo sangue até cair enfraquecido numa clareira. Os urubus começaram o reconhecimento de preparação para o almoço. O porquinho olhava para o céu e na mente antecipava seu final melancólico. Mas prometera para seu pai que lutaria até o fim em qualquer circunstância, foi o que fez. Antes de dar o último suspiro engoliu uma boa dose de estricnina e partiu, não sem antes dar um pequeno sorriso carregado de sarcasmo.

CÍRCULOS NOS TRIGAIS, MILHARAIS, ETC? Conheça a história de Doug & Dave: Fabricantes de Círculos

Heriberto Janosch e Alejandro Agostinelli, publicado em Dios!
Tradução gentilmente autorizada



Doug Bower, artista, nasceu em 1929 em Upham, perto de Southhampton, Inglaterra. Dave Chorley, apaixonado pela arte como Doug, nasceu no mesmo município, em 1924. Eles se conheceram em 1968, quando Bower foi a seu negócio de arte para comprar um quadro. Tornaram-se muito amigos. Anos depois, desfrutaram do prazer secreto de converter a zona rural do sul da Inglaterra – onde estamparam os estranhos marcos de seu poema épico – na maior tela do mundo depois dos "grafites cósmicos" traçados nos Pampas de Nazca.

A história seguiu seu curso até 1991, quando os autores dos primeiros ‘círculos de cereal’ confessaram, uma das travessuras ufológicas mais controversas do século XX.

Tanto foi assim que poucos acreditaram em sua confissão. Tanto que aquela diversão noturna se tornou uma forma de forma transgressora de arte contemporânea. Ao começar, Doug e Dave ignoravam que esses "círculos", viciosos por natureza, estavam predestinados a perdurar: nasceram graças àqueles que não acreditaram que eram obras de arte mas sim conseqüência da ação de uma "inteligência superior": um caminho do qual, ao crente de primeira hora, é difícil de sair.

Doug Bower, aos 77 anos, continua sendo na Inglaterra uma estrela da mídia da contracultura paranormal, como foi em 2002 na estréia de Sinais, o filme dirigido por M. Night Shyamalan que irritou os crentes imaginando as formações como "marcas de navegação" projetadas pelos extraterrestres antes de invadir a Terra. Dave Chorley também desfrutou das imprevistas repercussões culturais e de mídia da piada monumental, mas isso foi até 1997. A odisséia afetou tanto as vidas de Doug e Dave (de agora em diante, D&D) que Dave, em seu leito de morte, fez seu companheiro jurar na aventura que não recuasse em seu zelo de manter em alto a declaração de que ambos foram os precursores artísticos da saga dos agora mundialmente famosos círculos nas plantações ("crop circles").



O PRIMEIRO "NINHO"
Todas as sextas-feiras, D&D se reuniam no pub Percy Hobbs, no condado inglês de Winchester, onde eles se sentavam para tomar alguns chopes enquanto conversavam sobre o sexo dos anjos e mostravam suas mais recentes criações, em têmpera ou aquarela. Em uma noite de verão incerta pelo meio dos anos setenta, eles decidiram mudar suas existências rotineiras. Naquele dia eles se lançaram a invadir os campos de trigo e criaram o primeiro "círculo na plantação". Logo se seguiria outro, e outro e outro até se construir – com a ajuda de ufólogos, da mídia e dos fazendeiros – uma das lendas vivas mais incríveis do século de XX. Porque essa lúdica odisséia campestre iria converter os amigos nos artistas mais extravagantes que ninguém, nem eles, jamais tinham imaginado.

Naquela noite, Doug falou com Dave sobre OVNIs, um tópico que fascinava ao primeiro. De repente, se lembrou de algo que tinha lido em 1958, quando emigrou com sua esposa para Melbourne, Austrália, onde eles viveram oito anos. Naquela época, perto de Tully, no norte de Queensland, um círculo misterioso tinha aparecido em um pântano. O motorista de um trator disse ter visto um disco voador decolar, que logo formou um redemoinho na grama. No dia seguinte, os jornais especularam que a marca tinha sido causada pela aterrissagem de uma nave extraterrestre. Os ufólogos o chamaram ‘ninho de discos’ e a imagem da estampa se eternizou em livros e revistas dedicadas ao tema.

A data exata em que D&D asseguram ter começado com suas aventuras não está clara: naqueles dias eles não podiam prever que alguém iria se preocupar com aquele detalhe. Em suas primeiras declarações eles a situaram em 1978, mas com a ajuda do jovem jornalista Jim Schnabel se lembraram que já em 1975 tinham desenhado seus primeiros círculos (1). "O que aconteceria aqui se nós fizéssemos um desses ninhos?", brincou Doug. "As pessoas pensariam que um disco voador pousou", Dave respondeu. Não pensaram mais: foram para a loja de quadros de Doug e de lá removeram, para ter com o que aplainar o cereal, a barra metálica que trancava a porta. No princípio, a técnica era simples: Dave parava em um fim da barra como se fosse a ponta de um compasso, e Doug girava em círculos como se fosse o braço do instrumento, derrubando as plantas com muito cuidado. O primeiro círculo, D&D contaram a Schnabel, eles fizeram ‘em quatro patas’, temendo que alguém os descobrisse. O trabalho pioneiro tinha nove metros de diâmetro e o trabalho lhes consumiu… meia hora. Durante os primeiros verões, ao longo de quatro ou cinco anos, ninguém viu as criações e eles estavam a ponto de jogar a toalha. Decidiram ao invés mudar de tática e fazê-los onde alguém veria seus trabalhos, relacionando-os com sinais de OVNIs e informando a imprensa. Primeiro, eles refinaram o procedimento: substituíram a barra por uma corda ou uma fita de agrimensor. Então, para aplainar o cereal melhor, usaram uma prancha, à qual amarraram com cordas e iam empurrando com os pés. Doug usou um boné de beisebol com um arame circular que pendia da viseira como uma mira em frente a seu olho esquerdo, dispositivo que lhe permitia se mover de forma retilínea. Para criar os então famosos "quíntuplos" (quatro círculos ao redor de um grande círculo central), eles pregaram uma cruz fixa no centro do círculo principal. Ali atavam uma corda e Doug se afastava. Quando a corda ficava situada paralela a um dos braços da cruz, Dave lhe fazia um sinal com uma lanterna vermelha a fim de que parasse. Lá Doug parava e fazia outro círculo. Eles levavam mais tempo chegando ao lugar que terminando o trabalho. Com os anos foram aperfeiçoando suas técnicas e o estilo das criações. E começaram a aparecer nas primeiras notícias na imprensa. (2)

O ENROLÃO


O avião em que estava caiu num lugar quente e deserto. Mariel estava um pouco machucado e perdido por três dias, morria de sede e desidratação, não tendo encontrado nem mesmo um pequeno arbusto para proteger-se, nem uma plantinha de onde pudesse retirar água. Já no desespero viu ao longe viu uma edificação e depois de muito esforço chegando mais perto leu a inscrição BAR DO BETO. Aliviado entrou, foi até o balcão e pediu uma água mineral bem gelada. O atendente com a preguiça assentada no lombo fuçava no celular então demorou em vir atendê-lo e quando veio solicitou pagamento adiantado. O sedento homem alcançou uma nota de cem reais e o mesmo alegou não ter troco. Mariel disse que não precisaria dar troco, iria beber toda a nota em água. O atendente começou então a verificar a nota achando que talvez fosse falsa. Pediu um tempo para ir ao banheiro, já voltaria. A sede matava o homem e o atendente se enrolando. Nisso chegou o Beto e prontamente atendeu o cliente, além de cuidar dos seus ferimentos. “Disse ele:” Não ligue para o meu funcionário. “A vida toda esteve com políticos, está aprendendo a trabalhar agora.”

EI! QUEM SOU EU?

Uma pequena luz surgiu e ele começou a ter consciência de si. Perguntas fazia sem ter noção de como aprendeu a fazê-las... Quem sou eu? Que lugar é este? O que estou fazendo aqui? O que é mãe? Onde está a minha mãe? Tenho pai? Quem é o meu pai? Tenho um nome? Qual será o meu nome? Apertado dentro da casa queria sair correndo, mas como correr se não tinha pernas, se estava dominado por cordas? Sentiu um pulsar de um coração, bem próximo, alguém o tirando do sufoco da casa, deixando-o menos apertado e sufocado. Viajou pelo ar e quedou-se dentro de um enorme lugar escuro, de cheiro um pouco azedo e viu que lá existiam outros como ele, mas silenciosos, não faziam qualquer movimento ou barulho. Na escuridão fazia mais perguntas , queria saber...Que cheiro é este? Por que ninguém fala comigo? Deus existe? Por que este lugar é tão abafado? Quem é Madona? Estou desesperado, quero sair daqui! Impostos, o que são impostos? Jesus, cadê Jesus? Serei ateu? Por que tenho quatro furos no peito? As perguntas não cessavam e acabaram irritando um zíper de calça jeans que também estava no mesmo cesto de roupa suja. O zíper foi duro: ‘Cale-se imbecil! Você é apenas um botão de quatro furos que agora raciocina, vivendo sua vidinha miserável numa camisa de flanela xadrez! Basta!’

TEMPESTADE

O manto da noite cobriu a cidade dos que não voltam e trouxe junto vento, chuva e granizo. Flores mortas que cobriam as casas seguiram o vento; as que ficaram foram despedaçadas. Depois a lua surgiu e iluminou os destroços de metal, plástico, madeira e cimento espalhados pelos estreitos corredores e becos. Um pássaro tardio na fuga jazia sobre o brilho do mármore no berço de um ilustre filho da terra. A cruz mestre tombou sobre velas apagadas e pequenos vasos que estavam sob seus pés. Sobrou apenas um miseravelzinho do qual o limo já tomava conta. Dois mendigos que dormiam num jazigo-hotel conseguiram sair ilesos, pois o dito fora construído com material de primeira e obrado por mãos de quem sabia o que estava fazendo, sendo que não havia goteiras tampouco corrente de vento. Estiveram bem seguros durante o evento da tempestade. Já pequenas árvores também foram vítimas e se deitaram sobre túmulos com que num abraço. Logo ao lado na cidade vida, na cidade barulho, na cidade luz, nada, nem mesmo um ventinho soprou naquela noite. Muitos tentaram explicar, mas ninguém convenceu. Alguns mentirosos criativos dizem ter visto a figura do demônio soprando sobre o cemitério as nuvens da tempestade. Dizem...

RACIOCINE

RACIOCINE
Busque a clareza no pensar
Porque não há fantasmas na estrada
Tampouco existem demônios nela
Salvo aqueles que estão nos púlpitos
Lavando mentes
Prometendo que dor e miséria garantem o paraíso
Ou que o mal ronda quem fechar a mão para o dízimo.

SUICÍDIO

SUICÍDIO
O suicídio é uma saída
Que alguns escolhem para si
Fico só imaginando
O quanto pensou e sofreu o humano martelando essa ideia
Quantos dias e noites ficou remoendo dentro da própria solidão
Quando seria e como
O fechar das cortinas da própria  vida.

MARIA

Maria não queria João, queria Paulo. O pai de Maria não queria Paulo, queria João. Maria mulher objeto desejava ter amor, voz, vida, luz, liberdade. A mão pesada dos costumes desceu sobre Maria que soluçava pelas noites geladas na solidão da cama, desenhando no chão de areia pássaros livres, tentando resignar-se com seu destino e aceitar o determinado pelo pai. Porém algo dentro dela era mais forte, pois corria por suas veias o sangue da insubmissão e do desejo de todos os mortais de ser feliz. Os dias de Maria eram de tristeza, sabendo que o futuro lhe reservava a mesma vida inglória de diversas outras Marias de sua aldeia. Então quando teve certeza que nada mudaria o contrato acertado da troca de uma mulher por cabras e algum dinheiro, foi ao rio. Lá calmamente se deixou levar pelas águas, entrando num transe de paz, conquistando a liberdade tão almejada.

DECIDIDO

Antenor era um homem decidido. Saiu na sexta à noite para conseguir uma namorada. Não queria sexo pago. Quando viu que o jogo terminaria em 0x0 voltou para casa com uma boneca inflável.

BILU CÃO- LATIDOS FILOSÓFICOS E OUTRAS DIVAGAÇÕES

“Alguns cães acreditam que temos também o nosso Deus, para o qual encaminham orações e pedidos. É o Jeová-Dog.” (Bilu Cão)

“A menina da casa irá participar do baile de debutantes. Vai ser apresentada à sociedade. Deve ser a apresentação do umbigo pra cima, pois a região do parque já foi apresentada e precisou até de manutenção.” (Bilu Cão)

“Hoje pela primeira vez comi lasanha de frango. Que maravilha! E tem gente que ainda insiste em dizer que ração é comida.” (Bilu Cão)

“Ontem fui agraciado com um pedaço de picanha. Estes humanos sabem o que é bom. Eles que me venham com ração para ver o alarido que irei fazer.” (Bilu Cão)

“Concordo que fui um pouco mimado pelos meus pais. Sou filho único.” (Bilu Cão)

E COMO DIZ MINHA AVÓ NOVELEIRA...

E como diz minha avó noveleira: “Em casa de espeto o ferreiro sempre é de pau.”

E como diz minha avó noveleira sobre o presidente uruguaio e Lula: “ Ainda bem que a boca deste Mujica não é um túmalo!”

...E como diz a minha avó noveleira: “Pois é meu neto, a merenda ficou pior que o sorvete.”
(A emenda ficou pior que o soneto)
E como disse minha avó noveleira saindo do banho toda arrepiada: “Puxa! Tive que tomar banho frio, acho que queimou a inadimplência do chuveiro.”

Pergunta da minha avó noveleira: “ Langeri é a tal calcinha transparente com um fio que corre pela bunda?”

E como diz minha avó noveleira aos domingos pela manhã: “Quem hoje irá fazer a salada de magnésia?”

E como diz a minha avó noveleira enrolando um cigarro de palha: “Lula é um gambá sindical que agora só bebe uísque de 30 ânus.”

A GAZETA DO AVESSO

A GAZETA DO AVESSO- Kim Jong-un lançará amanhã em Nova Iorque o livro “LIBERDADE AO ALCANCE DE TODOS”. 

A GAZETA DO AVESSO- Brasília amanheceu hoje com esquinas e sem corruptos.

A GAZETA DO AVESSO: Pesquisadores confirmam a existência de São Jorge. Foi encontrada numa cratera na lua uma tonelada de esterco do cavalo do santo.

 A GAZETA DO AVESSO- Arqueólogos brasileiros acreditam ter encontrado nos arredores de Brasília o corpo do primeiro corrupto brasileiro. A evidência disso é que junto aos ossos havia uma cueca petrificada recheada de dólares.

A GAZETA DO AVESSO- Pesquisa feita, resultado sabido: Nem os ácaros do Supremo acreditam na inocência de Lula.

FILOSOFENO

“Quem não é capaz de rir de si mesmo por certo se acha o cúmulo da seriedade.” (Filosofeno)

“Penso, então duvido.”(Filosofeno)

“Algumas figuras públicas se lambuzam em vaidades e gabolices, se esquecendo de aprender a cada dia uma nova lição.” (Filosofeno)

“A felicidade é um bicho que ninguém consegue prender para sempre.” (Filosofeno)

“Não deixe reinar a escuridão em sua mente. Busque todos os dias a luz do conhecimento e o espírito da alegria.” (Filosofeno)

“Quando faz silêncio é o momento de nos ouvirmos.” (Filosofeno)

“Os homens querem matar o silêncio. Deve ser por este motivo que está tão difícil encontrá-lo.” (Filosofeno)


“A cada novo aprendizado me afasto um pouco mais do fantasma da ignorância.” (Filosofeno)

MALFEITORES

Há malfeitores de toda ordem que transitam no mundo para prejudicar outros e tentar viver na boa vida, embora às vezes percam anos da existência nos Spas dos governos. O caso é que na Rua das Américas mora a família dos Ribas Salustianos, larápios desde o ventre da santa mãe, onde irmãos gêmeos se roubavam entre si; dito então que ladrões do qual nada escapa, pavor de vizinhos e mesmo de alguns parentes. Pois conto que o vagalume Teodoro foi passear no quintal dos tais na tarefa de embelezar mais o mundo das noites junto da lua e das estrelas, porém teve o desprazer de sair de lá sem a sua lanterna de bunda. Os Ribas Salustianos são elementos da ralé e não perdoam nem mesmo bunda de vagalume. Barbaridade!

LIÇÕES

“Quem trata os erros como lições é um ser que evolui.” (Filosofeno)

ESCREVEU NA LOUSA O BODE DO PAFÚNCIO DIAS- “Ter uma justiça dúbia: tem preço.” (Mim)

PERGUNTA O ANCIÃO AMARELO DE OSAKA- Quantos no planeta seremos nós que não desejamos viver do suor dos outros? E os parasitas, quantos serão?

SEM ESTRAGO

SEM ESTRAGO

Não sou exagerado no consumo etílico
Tenho respeito pelo monstro
Pois já o vi dominar inteligências
Destruindo suas vidas
E dessas observações da vivência
Há outra que não me escapa
Que é bom acordar no dia seguinte
Sem ter no corpo o estrago da ressaca.

AH, O TESTAMENTO

O defunto no caixão sendo velado. Estavam ao lado do esquife a viúva e outras seis ex-amantes chorosas. Foi corno de todas, inclusive da viúva, e bem corno, mas todas estavam ali derramando lágrimas e demonstrando sentimento, esperando constar no graúdo testamento do Elmerenciano, certas do bom coração do falecido e de que chifres não guardam memórias.

Tunda-lá. Coluna Carlos Brickmann

Foi uma surra memorável. Não varreu o PT do mapa (se o Mensalão e o Petrolão não o fizeram, não será uma derrota eleitoral, mesmo essa tunda de criar bicho, que o fará), mas o deixou em décimo lugar, ele que era o maior dos partidos. Nas últimas eleições municipais, em 2012, as cidades governadas pelo PT tinham 38 milhões de habitantes. Agora, restaram-lhe seis milhões, ou pouco menos - uma queda de 85%. O PSDB cresceu 89% e deve governar, no total, 48,7 milhões de habitantes.

Nordeste, reduto do PT? Não é mais. ABCD paulista, berço do PT? Mudou de lado. Na São Bernardo de Lula e seu aliado inseparável, Luiz Marinho, o PT nem foi para o segundo turno (fazendo com que Lula deixasse de votar - ou escolhia um petista ou não votava em ninguém). O PT perdeu mesmo quando era representado por outra legenda: o PSOL do Rio, com maciço apoio de artistas, intelectuais e imprensa, entregou ao senador Marcelo Crivella, do PRB, sua primeira vitória em cinco eleições majoritárias. O governador petista mineiro Fernando Pimentel teve o prazer de assistir à derrota do PSDB e de Aécio Neves em Belo Horizonte - mas não para o PT, e sim para o PHS de Alexandre Kalil, ex-dirigente do Clube Atlético Mineiro que diz não ser aliado de nenhum grande partido: "acabou coxinha, acabou mortadela, o papo agora é quibe". Aliás, o PT de Belo Horizonte não chegou nem a 8% dos votos e ficou fora do segundo turno.

A próxima...

Mas não se deve imaginar que a derrota, por pesada que seja, vai acabar com o PT ou com o futuro político de Lula. Política é como nuvem, ensinava o sábio governador mineiro Magalhães Pinto: a gente olha está de um jeito, olha de novo está de outro. O PT não vai acabar porque há muita gente que acredita em suas ideias, muita gente que encara o petismo como religião. O partido pode até mudar de nome, mas continua existindo. E Lula pode aparecer como candidato forte em 2018. Lembremos Richard Nixon: perdeu a presidência para Kennedy, perdeu o Governo da Califórnia para Pat Brown, ficou com fama de perdedor. Em 1968 chegou à Presidência, batendo Hubert Humphrey.

James Reston, lendário jornalista do New York Times, comentou: "Foi a maior ressurreição desde Lázaro".

...eleição...

Frase de Nixon sobre sua passagem de perdedor a vencedor: "Um homem não está acabado quando perde. Ele está acabado quando desiste."

Alguém acredita que Lula vai desistir?

...é a próxima

Há um único Poder capaz de evitar que Lula, carismático, hábil, bom político, volte à campanha, com a possibilidade de fascinar multidões: o Poder Judiciário. Lula só estará fora se for julgado e condenado, impedido legalmente de concorrer. Se for absolvido, volta por cima. Aí é Lula 2018.

La garantía del futuro

Enquanto se discute o Brasil depois da eleição municipal, o cerco a Lula continua firme. De acordo com a revista IstoÉ, a Operação Lava Jato investiga desde agosto se uma bela casa muito bem localizada em Punta Del Este, balneário mais luxuoso e caro do Uruguai, é um daqueles imóveis que não são de Lula, mas nos quais, como os donos são seus amigos e o autorizaram a fazer o que quiser, ele faz o que quiser. No caso uruguaio, a mansão seria de uma empresa off-shore que seria controlada pelo empresário Alexandre Grendene, sócio do grande grupo calçadista Grendene e dono de vários imóveis no pais.

Com tantos condicionais, verdade ou mentira? Depende: que a Operação Lava Jato investiga o caso, deve ser verdade, já que o repórter Germano Oliveira é sério e competente. Que a casa é de Lula, só haverá resposta precisa no final das investigações.

A segurança

De qualquer forma, o Uruguai é um excelente lugar pra investir, com boa segurança jurídica e tratamento fiscal favorável. Para Lula, caso prefira afastar-se dos aborrecimentos dos interrogatórios do juiz Sérgio Moro de uma eventual prisão, o Uruguai é ideal: um país agradável, perto do Brasil, e cujo presidente, Tabaré Vasquez, é seu amigo e compartilha suas ideias. Nada de aborrecimentos com a Interpol; a garantia total de que não será extraditado; e, ao contrário de outros países onde seria recebido como herói, como Venezuela e Cuba, a vida uruguaia corre mansa, sem desabastecimentos nem a necessidade de ouvir discursos quilométricos.

Caso queira aposentar-se ou descansar algum tempo, o lugar é perfeito.

Questão religiosa

Boa parte das críticas ao prefeito eleito do Rio, Marcelo Crivella, é causada por sua religião (evangélico, membro da Igreja Universal e sobrinho do bispo Edir Macedo).

No Brasil, questiona-se a religião do candidato? Tivemos presidentes católicos, um ateu, um protestante. E daí?

URINANDO NO PARQUE

Calixto, embriagado entrou no parque em plena tarde e foi urinar sobre flores, sem importar-se com os passantes, sendo que havia um banheiro no local. Com todos os documentos ao vento, sentia-se em casa. Duas vespas não gostaram do banho de urina e foram aos testículos do mal-educado mostrando a força da natureza. Pois ele ficou com o antes murcho maior que a própria cabeça, não conseguindo caminhar. Estirou-se ao chão gritando de dor, maldizendo a mãe das vespas.  O SAMU foi acionado para atendê-lo, enquanto esperava o desavergonhado foi rodeado por populares que gritavam ‘bem feito!’ Fez cara feia, mas a dor o impediu de reagir. Enquanto era medicado, a outra parte da força natureza chegou e meteu-lhe quatro picadas no entre nádegas como parte das suas lembranças eternas. 

PERGUNTA NA PORTA DA ESCOLA

Os invasores concordariam em deixar as escolas “ocupadas” caso acertem ao menos de 50% das provas do Enem?

CH

INDÚSTRIA E SEGUROS GANHAM COM FURTO DE CARROS

O descumprimento da Lei Complementar 121/2007 gerou a explosão do crime de furto de carros, apontada no Anuário Brasileiro de Segurança Pública: em 2015, um veículo foi furtado a cada minuto no Brasil. O lobby da indústria atuou fortemente contra a lei alegando que o carro ficaria “mais caro”. Lorota. É que o “mercado” não abre mão da fabricação e venda de meio milhão de carros que são furtados

SÓ PIORA 

Segundo o Anuário de Segurança Pública, em 2014 foram roubados um carro a cada 3 minutos. Em 2015, um carro por minuto.

 QUEM GANHA 

Ganham com o furto de veículos, além dos ladrões, quem vende carro (repondo no mercado) e vendedores de seguros, cada vez mais caros, anualmente.

 EXPERIÊNCIA 

A VW chegou a incluir chip como item de série do Golf, o mais furtado, derrubando o valor do seguro, o mais caro. Desistiu um ano depois. 

 NINGUÉM MERECE

Lobistas da indústria alegam, inclusive a esta coluna, que o “dispositivo eletrônico de segurança”, previsto na lei 121, é “chave de ignição”.

Cláudio Humberto

VEJA REBAIXADA

A revista Veja depois que tomou novos rumos para pegar a publicidade do governo do PT (ou para não perder ainda mais) está descendo a ladeira. Vai acabar sendo um jornalão, superficial, esquerdista, feita na medida certa para analfabetos funcionais, assim como o Jornal Nacional e outros do famoso grupo do galho em galho.

“Já fui um objeto sexual. Hoje sou um paquiderme com fome.” (Fofucho)

“Eu saio com mulher feia para parecer mais bonito.” (Chico Melancia)

“Altos impostos e morte. Sem retorno.” (Eriatlov)