terça-feira, 13 de outubro de 2015

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O relógio do Planalto Está marcando a hora de dizer adeus
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Pois o peso da sua arrogância está afundando o Brasil.

DEFENSORES DO GOVERNO E DO IMPEACHMENT - DUAS ATITUDES MORAIS por Percival Puggina. Artigo publicado em 13.10.2015

Eduardo Cunha foi um exemplo que caiu dos céus no inferno moral brasileiro. Ele está aí como um divisor de águas. Surpreso, leitor? Acalme-se, o petismo ainda não conseguiu me enlouquecer.
 Eduardo Cunha obteve seu primeiro mandato como deputado federal pelo PMDB, em 2003, ou seja, ele acompanhou como deputado da base três dos quatro mandatos presidenciais petistas. O dinheiro que está depositado em suas contas na Suíça foi conquistado com o "suor de seu rosto" nas mesmas falcatruas que enriqueceram outros parlamentares dos partidos que apoiam o governo. Participou dos mesmíssimos trambiques que custearam as campanhas presidenciais petistas. Só se afastou do governo em fins de 2013 quando percebeu que as fissuras abertas no apoio a Dilma poderiam lhe proporcionar a presidência da Câmara dos Deputados. De fato, somando as perdas do governo com os ganhos da oposição ele superou por vários corpos de vantagem, o parelheiro da comissária, o arrogante deputado Arlindo Chinaglia.
 A inimizade estabeleceu-se instantaneamente. O governo afundava em escândalos e a economia em crises. Cunha tornou-se, então, figura-chave para viabilizar um incontornável processo de impeachment. E é a partir desse exato momento que se justifica a frase inicial deste artigo: Cunha caiu dos céus no inferno moral brasileiro.
 Primeiro, e principalmente, porque foi dentro das investigações referentes à operação Lava Jato que seu nome surgiu na ribalta dos escândalos. Ora, para quem dizia que a operação era uma armação golpista, nada mais contragolpista do que desmoralizar o arqui-inimigo do governo. Acho que isso até os petistas entendem: a denúncia contra Cunha é atestado de isenção da Lava Jato. Segundo, porque o fato separa nitidamente duas atitudes morais. De um lado, a dos que defendem com unhas, dentes e os mais encardidos sofismas um governo que apodreceu sob a ação de seus "heróis do povo brasileiro". De outro, a atitude dos que colocavam esperanças na atuação de Eduardo Cunha como presidente da Câmara dos Deputados. No entanto, meteu o pé na jaca? Fez o que não se faz? Dane-se e pague a conta de seus atos! Ele não tem em seu favor senão vozes isoladas entre mais de cem milhões de brasileiros que querem ver o petismo pelas costas. Responda-me, agora, leitor amigo: isso não revela duas posições moralmente opostas - a daqueles para quem o poder vale mais do que a honra e a daqueles que não sacrificam dignidade em nome de causas políticas?
Por fim, um exemplo adicional. Os petistas militantes, os que estão para o que der e vier, em flagrante desrespeito à verdade (e este é o primeiro degrau na escada da corrupção) querem fazer de Eduardo Cunha um exemplo da corrupção oposicionista, mesmo sabendo que foi dentro dos contratos dos governos petistas, enquanto membro da base, que ele acumulou a fortuna localizada em bancos da Suíça.
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Datafolha: 60% dos brasileiros atribuem criminalidade a “maldade”, mas 74% dos parlamentares a justificam!



O Datafolha comparou uma pesquisa feita com os 289 deputados federais e 51 senadores da atualidade com os dados de outro levantamento realizado em setembro de 2014 com a população.

Destaco um ponto da matéria da Folha a respeito:

“Os contrastes mais significativos de posição aparecem quanto à criminalidade: 74% dos congressistas acreditam que a principal causa do problema seja ‘a falta de oportunidades iguais para todos’.

Dentre os brasileiros, só 36% concordam com isso – para a maioria, 60%, a maior causa é ‘a maldade das pessoas’, raciocínio endossado por 17% dos congressistas.”

Jean-Jacques Rousseau negou a hipótese da maldade no século XVIII, mas os brasileiros felizmente ignoram Rousseau. Tem mais:

“Em relação a crimes cometidos por adolescentes, outra oposição: para a maioria dos congressistas (55%) esses jovens ‘devem ser reeducados’. Dentre a população, o índice é de 22%; 76% das pessoas acreditam que os adolescentes ‘devem ser punidos como adultos’ – frase endossada por 38% dos parlamentares.”

Para o cidadão brasileiro, com frequência ele próprio desprovido de oportunidades e vítima de bandidos, é muito fácil notar que crime é coisa de gente má, que difere dele nas escolhas morais interiores.

Para o parlamentar brasileiro, cujos ganhos com “soluções” são maiores que com a prisão dos bandidos, é muito fácil alegar que faltam as oportunidades exteriores que ele oferece enquanto dura o seu mandato.

Quem representa o povo?
No Brasil, o único político reconhecido pelas massas por uma mensagem clara contra bandidos e adversários que os defendem calhou de ser Jair Bolsonaro (PP-RJ), não à toa o deputado federal mais votado do Rio de Janeiro, mas cujo índice de rejeição nacional também é alto por conta das polêmicas em que se envolveu com outros assuntos e até no meio de debates acalorados sobre este.

Caso dispute a prefeitura do Rio em 2016, Bolsonaro poderá enfrentar notórios pregadores de oportunidades para bandidos, como o ex-petista Alessandro Molon (Rede) e o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) – ainda que a Segurança Pública seja atribuição do governo do estado.

O prefeito Eduardo Paes, sabe-se lá se por convicção ou forma de se eximir da responsabilidade, também tem dado opiniões contundentes contra as autoridades que justificam crimes, como já mostrei diversas vezes aqui, e provavelmente tentará emplacar o sucessor Pedro Paulo com o mesmo discurso, embora o tema costume ser periférico no debate municipal.

Já o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ganhou certa popularidade ao colocar em votação a PEC da redução da maioridade penal, a favor da qual se posicionou com firmeza, mas seu suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras tem abalado sua reputação.

Deputados como Laerte Bessa (o autor da PEC), Major Olímpio, Peninha e outros que atuam contra o Estatuto de Desarmamento também discursam contra o banditismo prático e teórico, embora sejam menos conhecidos do grande público brasileiro.

O fato é que o Brasil, com seus 64 mil homicídios anuais e um governo federal marcado pela criminalidade, precisa mais do que nunca de candidatos capazes de cativar esse grande público e colocar os defensores de bandidos em seus devidos lugares durante as campanhas eleitorais.

Ter o discurso alinhado com o da maioria da população nesse tema não dá ao eleitorado a certeza de que os candidatos farão jus ao seu voto. Mas o eleitorado tem de saber que votar em defensores de bandidos é garantia de que o país continuará sendo o eldorado do crime.

Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

Eutanásia e a morte de Dr. Kevorkian

MODISMOS

“Há tantos modimos por aí, coisas fúteis sem pé nem cabeça que nada acrescentam para nossas vidas. É necessário filtrar informações, escolher bem o que vamos ver e ouvir, senão a vida passa e acabamos não aprendendo nada.” (Filosofeno)

Uma classe média de apenas 11 milhões de pessoas



Lula não cansa de repetir que colocou dezenas de milhões de brasileiros na classe média. A mentira pode ser constatada também por um relatório do banco Credit Suisse, divulgado pelo Estadão. De 2014 para 2015, a renda anual dos brasileiros caiu de 23,4 mil dólares para 17,5 mil dólares, principalmente por causa da desvalorização do real (o que é, também, índice de empobrecimento).

Mas o dado que mais chama a atenção é o seguinte:

"Apenas 11 milhões dos 200 milhões de brasileiros podem ser considerados como 'classe média', um padrão que é calculado pelo banco como sendo de uma pessoa com uma renda mínima de US$ 28 mil por ano no Brasil. No total, essas 11 milhões de pessoas detém cerca de 30% do PIB nacional.

Hoje, portanto, o Brasil tem uma classe média menor que a do México, com 12,9 milhões e metade da espanhola, com mais de 20 milhões. Na China, essa classe soma 109 milhões de pessoas. O número representa apenas 8% da população brasileira, uma taxa distante dos mais de 40% na Alemanha e países escandinavos, mas também inferior a Polônia, Chile, Malásia, China e Peru."

O Antagonista

“Pedro, o povo pratica swing aqui no paraíso? Não? Então convoque as velhas e vamos nos divertir no inferno.” (Deus)

VIZINHA BOAZUDA

“Se precisar feche os olhos, mas nunca ache uma vizinha boazuda. Por esse motivo já tenho as orelhas do Dumbo´e duas costelas trincadas.” (Climério)

A GAZETA DO AVESSO- Nulidade como presidente Dilma vai tentar agora um curso de crochê.

A GAZETA DO AVESSO- Lula publica ensaio sobre obra de Kafka em chinês.

“Sem canários ou bem-te-vis, tenha acordado é com urubus na janela.” (Limão)

“A continuar o PT no governo dentro de pouco tempo não será preciso morrer para conhecer o inferno. O capeta, por exemplo, já está em Brasília.” (Mim)

Jornalismo fascina e vende

Jornalismo fascina e vende

As virtudes e as fraquezas dos jornais não são recatadas. Registram-nas fielmente os sensíveis radares dos leitores. Precisamos, por isso, derrubar inúmeros desvios que conspiram contra a credibilidade dos jornais.
Um deles, talvez o mais resistente, é o dogma da objetividade absoluta. Transmite, num solene tom de verdade, a falsa certeza da neutralidade jornalística. Só que essa separação radical entre fatos e interpretações simplesmente não existe. É uma bobagem.
Jornalismo não é ciência exata e jornalistas não são robôs. Além disso, não se faz bom jornalismo sem emoção. A frieza é anti-humana e, portanto, antijornalística. A neutralidade é uma mentira, mas a isenção é uma meta a ser perseguida. Todos os dias. A imprensa honesta e desengajada tem um compromisso com a verdade. E é isso que conta.
Mas a busca da isenção enfrenta a sabotagem da manipulação deliberada, a falta de rigor e o excesso de declarações entre aspas.
O jornalista engajado é sempre um mau repórter. Militância e jornalismo não combinam. Trata-se de uma mescla, talvez compreensível e legítima nos anos sombrios da ditadura, mas que, agora, tem a marca do atraso e o vestígio do sectarismo. O militante não sabe que o importante é saber escutar. Esquece, ofuscado pela arrogância ideológica ou pela névoa do partidarismo, que as respostas são sempre mais importantes que as perguntas.
A grande surpresa no jornalismo é descobrir que quase nunca uma história corresponde àquilo que imaginávamos. O bom repórter é um curioso essencial, um profissional que é pago para se surpreender. Pode haver algo mais fascinante? O jornalista ético esquadrinha a realidade, o profissional preconceituoso constrói a história.
A precipitação e a falta de rigor são outros vírus que ameaçam a qualidade da informação. A manchete de impacto, oposta ao fato ou fora do contexto da matéria, transmite ao leitor a sensação de uma fraude.
Mesmo assim, os jornais têm prestado um magnífico serviço no combate à corrupção. Alguém imagina que a cascata de denúncias e prisões teria ocorrido sem uma imprensa independente? Jornais de credibilidade oxigenam a democracia.
Uma imprensa ética sabe reconhecer seus erros. As palavras podem informar corretamente, denunciar situações injustas, cobrar soluções. Mas podem também esquartejar reputações, desinformar. Reconhecer o erro, limpa e abertamente, é o pré-requisito da qualidade.
O jornalismo tropeça em armadilhas. Nossa profissão enfrenta desafios, dificuldades e riscos sem fim. E é aí que mora o fascínio. . Registram-nas fielmente os sensíveis radares dos leitores. Precisamos, por isso, derrubar inúmeros desvios que conspiram contra a credibilidade dos jornais.
Um deles, talvez o mais resistente, é o dogma da objetividade absoluta. Transmite, num solene tom de verdade, a falsa certeza da neutralidade jornalística. Só que essa separação radical entre fatos e interpretações simplesmente não existe. É uma bobagem.
Jornalismo não é ciência exata e jornalistas não são robôs. Além disso, não se faz bom jornalismo sem emoção. A frieza é anti-humana e, portanto, antijornalística. A neutralidade é uma mentira, mas a isenção é uma meta a ser perseguida. Todos os dias. A imprensa honesta e desengajada tem um compromisso com a verdade. E é isso que conta.
Mas a busca da isenção enfrenta a sabotagem da manipulação deliberada, a falta de rigor e o excesso de declarações entre aspas.
O jornalista engajado é sempre um mau repórter. Militância e jornalismo não combinam. Trata-se de uma mescla, talvez compreensível e legítima nos anos sombrios da ditadura, mas que, agora, tem a marca do atraso e o vestígio do sectarismo. O militante não sabe que o importante é saber escutar. Esquece, ofuscado pela arrogância ideológica ou pela névoa do partidarismo, que as respostas são sempre mais importantes que as perguntas.
A grande surpresa no jornalismo é descobrir que quase nunca uma história corresponde àquilo que imaginávamos. O bom repórter é um curioso essencial, um profissional que é pago para se surpreender. Pode haver algo mais fascinante? O jornalista ético esquadrinha a realidade, o profissional preconceituoso constrói a história.
A precipitação e a falta de rigor são outros vírus que ameaçam a qualidade da informação. A manchete de impacto, oposta ao fato ou fora do contexto da matéria, transmite ao leitor a sensação de uma fraude.
Mesmo assim, os jornais têm prestado um magnífico serviço no combate à corrupção. Alguém imagina que a cascata de denúncias e prisões teria ocorrido sem uma imprensa independente? Jornais de credibilidade oxigenam a democracia.
Uma imprensa ética sabe reconhecer seus erros. As palavras podem informar corretamente, denunciar situações injustas, cobrar soluções. Mas podem também esquartejar reputações, desinformar. Reconhecer o erro, limpa e abertamente, é o pré-requisito da qualidade.
O jornalismo tropeça em armadilhas. Nossa profissão enfrenta desafios, dificuldades e riscos sem fim. E é aí que mora o fascínio.
Fonte: O Estado de S.Paulo, 12/10/2015.

“Quem não pensa carrega os arreios.” (Filosofeno)

IMÃ 2

Um Imã chocou sua comunidade, quando ele anunciou que estava renunciando e que iria mudar para um clima mais seco. Após a sessão, uma senhora muito aflita veio ao Imã com lágrimas nos olhos: "Oh, Imã, nós vamos perder muito. Não queremos que você saia!" O bondoso Imã disse: "Agora, agora, irmã, não continuar chorando. O Imã que tomará o meu lugar será ainda melhor que eu". "Sim ", disse ela, com um tom de desapontamento em sua voz:

"Isso é o que disseram da última vez também ..."

IMÃ

Aqui está a história de um Imã, que se levantou após as orações e anunciou ao povo: "Tenho uma boa notícia e uma má notícia. A boa notícia é que temos dinheiro suficiente para pagar a construção nova. A má notícia é que ele ainda está lá fora, em seus bolsos."

J. R. Guzzo: Façam a fila

Publicado na versão impressa de VEJA
J. R. GUZZO
Quando for escrita com mais calma, em algum momento do futuro, a história das horas de tormenta que vive hoje o governo Dilma Rousseff, é provável que um ou outro cronista mais atento às pequenas e grandes misérias da política brasileira chame atenção para um instante de comédia pura neste gravíssimo debate sobre o impeachment da presidente da República. A pátria, nada menos que a pátria, está vivendo uma das mais espetaculares tempestades de sua existência recente, ou pelo menos é isso que se ouve dia após dia ─ e de repente somos informados de que a deposição da presidente, antes de qualquer outra coisa, tem de passar pelo cartório.
Isso mesmo: pelo cartório, como se faz para vender um carro usado ou tirar uma licença de camelô. No caso, por instrução do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, o jurista Hélio Bicudo, autor do mais ilustre pedido de impeachment ora em circulação no território nacional, teve de levar de volta a São Paulo a papelada que tinha entregue ao Poder Legislativo, para registrá-la no 4º Tabelionato de Notas da Capital. Depor a presidente da República, neste país, exige firma reconhecida, carimbo, assinatura do tabelião. Eis aí, em toda a sua majestade, o Brasil como ele é. Não é só isso, felizmente, porque existe vida inteligente fora do cartório. Mas sem isso não se faz nada.
O futuro próximo de 200 milhões de brasileiros vai ser afetado diretamente pela imensa decisão que o Congresso Nacional tomará, de um jeito ou de outro, em relação ao mandato de Dilma. Mas aí está: ou se passa no cartório ou a coisa não anda. O presidente da Câmara, descrito como um dos homens mais poderosos da história moderna do Brasil, não pode fazer nada a respeito. O doutor Bicudo pode menos ainda. Aos 93 anos de idade, teve de ir em pessoa até o escrivão para provar que é mesmo o doutor Bicudo, e que a assinatura que colocou no seu pedido de impeachment não é falsa.
Sentimos muito, doutor, mas nesses casos, e sabe lá Deus em quantos outros mais, é indispensável a comprovação “presencial”; só com isso o documento passa a ser autêntico. É cômico, sem dúvida. Daria para dizer, também, que é um momento de estupidez em estado bruto, desses que explicam por que há tanta dificuldade na sociedade brasileira para se desfrutar por aqui uma vida mais racional, produtiva e coerente com as realidades deste século XXI. Naturalmente, parece que ninguém percebeu, mais uma vez, que estivesse acontecendo algo fora de propósito nessa história.
O país está simplesmente dopado pela burocracia ─ não é mais capaz de estranhar nenhum tipo de disparate quando é submetido a cenas explícitas de papelório demente. E, se alguém notou alguma coisa, o máximo que fez foi dizer a si mesmo: “Sim, pensando bem, talvez não faça o menor sentido o cidadão passar pelo tabelião antes de solicitar a demissão da chefe de Estado e de governo ─ mas e daí? O Brasil é assim mesmo”. O que temos então, no fim das contas, é a seguinte situação: despejar a presidente do Palácio do Planalto é obra dificílima, incerta e traumática, mas pode ser feita; fugir do cartório é impossível.
Ninguém está dizendo, claro, que os cartórios brasileiros deveriam ser extintos, como a chibata da Armada, os juízes de fora ou os títulos de visconde. O país precisa de documentos que tenham fé pública; não dá para as pessoas saírem por aí, com um pedaço de papel na mão, declarando que são donas de uma casa ou que nasceram no dia que lhes der na telha. Mas ninguém pode achar, também, que o Brasil vai ser um lugar lógico enquanto não resolver seu conflito com uma das mais agressivas, atrasadas e perversas burocracias existentes sobre a face da Terra ─ e da qual os cartórios são apenas uma parte.
A ditadura da burocracia, com Dilma ou sem Dilma, condena o Brasil a viver sempre como um país de segunda categoria. Atrasa o progresso, pune o mérito, arruína a competição. Anula os benefícios da tecnologia e hostiliza a iniciativa individual. Custa empregos, produção e renda. Treina os funcionários do Estado para agirem como idiotas. Para completar, entre outras desgraças, é um hino à desigualdade. Quem tem dinheiro sempre pode recorrer ao despachante ─ ou, no caso das empresas, sobretudo as maiores, a departamentos dedicados unicamente a defender-se do papelório oficial.
E os mais humildes, que vivem a aflição diária de estar “em ordem” com os documentos e não têm recursos para enfrentar essa penitência ─ nem tempo, pois precisam passar o dia inteiro no trabalho? Virem-se. Façam a fila.

"As fontes da ira". Por Fernando Gabeira*

PUBLICADO ORIGINALMENTE NO ESTADÃO, "OPINIÃO", E NO SITE OFICIAL DE FERNANDO GABEIRA, WWW.GABEIRA.COM.BR, 9 de outubro de 2015


Por toda parte, queixas e lamúrias: arrasaram o Brasil, estamos quebrados, tudo fechando, alugando. É uma fase pela qual temos de passar. Quanta energia, troca de insultos, amizades desfeitas. Às vezes penso que a melhor forma de abordar o novo momento é apenas deixar que os fatos se imponham.
Muitas vezes afirmei que o dinheiro roubado da Petrobras foi para os cofres do PT e usado na campanha de Dilma Rousseff. Caríssima campanha, R$ 50 mil por mês só para o blogueiro torná-la um pouco engraçada.

O primeiro fato importante foi a delação premiada do empresário Ricardo Pessoa. Ele afirmou que deu quase R$ 10 milhões à campanha para não perder seus negócios na Petrobrás. Logo depois surgiram suas anotações, estabelecendo um vínculo entre o dinheiro que destinou ao PT e os pagamentos que recebia da Petrobrás. Verdade que a empresa estava nomeada apenas como PB. Claro que ainda podem dizer que esse PB quer dizer Paraíba, ou pequena burguesia. É um jogo cansativo.

Nem é tão necessário que a investigação defina novos vínculos entre o escândalo, o PT e a campanha de Dilma. Basta assumir as consequências do que já se descobriu. Se o tema vai ser neutralizado no Supremo, se o governo compra um punhado suficiente de deputados, tudo isso não altera minha convicção de que o escândalo desnudou um projeto político criminoso.

Ainda na semana passada o Estadão publicou reportagem sobre a Medida Provisória (MP) 471. Ao que tudo indica, foi comprada. Ela garante a isenção de R$ 1,3 bilhão em impostos. E rendeu R$ 36 milhões em propina.

Não estranho que tenha sido aprovada pela maioria. Eram estímulos para três regiões do País e as respectivas bancadas estavam satisfeitas com isso.

Também não havia, da parte das outras regiões, questionamentos sobre estímulos localizados. O único nó nesse campo, se me lembro bem, era a divisão dos royalties do petróleo.

Muito possivelmente, a emenda foi vendida com o preço da aprovação parlamentar embutido. De qualquer forma, a maioria no Congresso foi enganada e, com ela, todos os seus eleitores.

A empresa que negociou a medida provisória destinou R$ 2,4 milhões ao filho de Lula. Segundo a notícia, ele diz que o dinheiro foi pago por assessoria de marketing esportivo. O pai assina a MP, o filho recebe R$ 2,4 milhões da empresa de lobby. Se você não estabelece uma conexão entre as duas coisas, vão chamá-lo de ingênuo; se estabelece, é acusado de lançar suspeita sobre a reputação alheia.


... O PT e os intelectuais que o apoiam falam de ódio. De fato, o amor é lindo, mas como ser simpático a um partido que arrasa o País, devasta a Petrobrás e afirma que está sendo vítima de uma injustiça? Não são apenas alguns intelectuais do PT que se recusam a ver a realidade. No passado, as denúncias de violência stalinista eram guardadas numa gaveta escura do cérebro. Era impossível aceitar que o modelo dos sonhos se apoiava numa carnificina...


A maioria das pessoas consegue processar fatos e documentos já divulgados e talvez nem se escandalize mais com a venda de uma MP: é o modo de governar de um projeto. É todo um sistema de dominação. É preciso ser um Jack estripador ou um ministro do Supremo para dizer: vamos por partes.

As conexões estão feitas na cabeça da maioria e nada de novo acontece. Neste momento pós-moderno, em que as narrativas contam, mas não as evidências, o conceito de batom na cueca também se tornou mais elástico. Não é bem uma marca de batom, mas algo vermelho que esbarrou pelo caminho, uma tinta, um morango maduro.

Enquanto se vive este faz de conta nacional, a situação vai se agravar. É muito grande o número de brasileiros que se sentem governados por uma quadrilha. Apesar de não estarem organizados, ou talvez por isso, alguns vão se desesperar, ultrapassando os limites democráticos. O tom do protesto individual está subindo. Dirigentes do PT são vaiados, figuras identificadas até a medula com o partido, como o ministro Lewandowski, também não escapam mais da rejeição popular.

O PT e os intelectuais que o apoiam falam de ódio. De fato, o amor é lindo, mas como ser simpático a um partido que arrasa o País, devasta a Petrobrás e afirma que está sendo vítima de uma injustiça?

Não são apenas alguns intelectuais do PT que se recusam a ver a realidade. No passado, as denúncias de violência stalinista eram guardadas numa gaveta escura do cérebro. Era impossível aceitar que o modelo dos sonhos se apoiava numa carnificina. Agora também parece impossível admitir que o líder que os conduz tem como principal projeto tornar-se milionário. É como se admitissem ser humildes fiéis de uma religião cujo pastor acumula, secretamente, uma fortuna, enquanto teoriza sobre a futilidade dos bens materiais.

A sucessão de escândalos, demonstrando a delinquência do governo, não basta para convencer os mais letrados. E certamente não bastará para convencer os que ignoram a História e são pagos para torpedear o adversário nas redes.

Mas os fatos ainda têm grande força. Lutar contra eles, em certas circunstâncias, não é só um problema de estupidez, mas também de estreita margem de manobra.

Se o governo não pode aceitar que suas contas sejam recusadas por unanimidade no TCU, não resta outro caminho senão tentar melar o julgamento. Sabem que todos estão vendo sua jogada e talvez experimentem uma ligeira sensação de ridículo. Mas o que fazer?

A única saída decente seria renunciar. Mas, ao contrário, decidiram ficar e convencer os críticos de que estão cegos por causa de sua ideologia de direita, conservadora e elitista.

Isso radicaliza a tática de Paulo Maluf, que insiste em dizer que não tem conta na Suíça, que o dinheiro e a assinatura não são dele. Maluf apenas nega o que estamos vendo. O PT nos garante que há algo de errado com nossos olhos.

Pessoalmente, na cadeia e no Congresso, fui treinado a discordar, mas conviver com as pessoas, apesar de seus crimes. Nem todos os brasileiros pensam assim, na rua. Não é possível irritar as pessoas ao extremo e, quando reagem, classificá-las de intolerantes.

O momento é uma encruzilhada entre a ira popular e a enrolação institucional. Com todos os seus condenáveis excessos, a raiva nas ruas é que tem mais potencial transformador.

A esquerda sempre soube disso. Agora, com o traseiro na reta, o PT descobre o amor.

*** * *Fernando Gabeira*- é escritor, jornalista e ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro. Atualmente na Globo News, onde produz semanalmente reportagens sobre temas especiais, por ele próprio filmadas (no ar aos domingos, 18h30, e em reprises na programação). Foi candidato ao Governo do Rio de Janeiro nas últimas eleições. Articulista para, entre outros veículos, O Estado de S. Paulo e O Globo, onde escreve aos domingos. Seu blog é no www.gabeira.com.br

Autossuficienta, ela se basta. Coluna Carlos Brickmann

Imprensa e políticos estão mais uma vez discutindo a questão errada: o tempo necessário, depois da rejeição unânime das contas de Dilma pelo Tribunal de Contas da União, para que o Congresso se manifeste e toque o impeachment.

Besteira: Dilma não precisa de ninguém que a derrube. A presidente que distribui cargos à vontade e nem assim consegue o apoio do PMDB, que convoca três ministros para uma entrevista coletiva de emergência num domingo para dizer que não há problema nenhum, que tenta intimidar quem irá julgar suas contas, que cria problemas com os militares num momento em que as Forças Armadas queriam apenas ficar fora da crise, não precisa de oposição: cai sozinha.

Bons políticos procuram prever problemas e evitá-los. Dilma gosta de prever problemas para ser abatida por eles. Brigou com Eduardo Cunha, que controla o PMDB na Câmara, desautorizou Michel Temer, a quem tinha pedido que cuidasse da articulação política, e tomou para si as negociações com políticos - justo ela, a habilidosa. Acabou negociando com Leonardo Picciani, cuja maior ligação com o primeiro time, até hoje, era girar a maçaneta para Eduardo Cunha não ter esse trabalho. Quem paga mal paga duas vezes, diz o axioma do Direito. Dilma pagou, entregou tudo, aceitou escolher ministros piores que os que tinha - o que, convenhamos, era difícil - e não recebeu a mercadoria. Continuou apanhando no Congresso. 

Confiem em Dilma: quando tudo está calmo, ela dá uma entrevista, faz um discurso, articula uma manobra. A surpresa é que ainda esteja de pé.

Oposição? De que se trata? 

Mark Twain, grande escritor americano, disse que os EUA tinham o melhor Congresso que o dinheiro podia comprar. Millôr Fernandes, grande escritor brasileiro, disse que o Brasil tinha um Congresso eficiente. "Ele mesmo rouba, ele mesmo investiga, ele mesmo absolve". O tempo passa, pouco muda. Um banco suíço informa que o deputado Eduardo Cunha tem contas lá - o que ele sempre negou -, mostra que seu passaporte diplomático foi usado para abri-las, e o Congresso finge que não é com ele. 

Tem bons motivos: muita gente, digamos, conhece bem a questão; outros querem que Cunha comande o impeachment, então se calam. Mas qual a vantagem de derrubar a corrupção usando a corrupção?

Petezando os petizes

O alerta é do professor Renato Janine Ribeiro, ligado ao PT, ex-ministro da Educação de Dilma: o currículo brasileiro de História não atende à necessidade de "conter ensinamento crítico, mas sem descambar para a ideologia". Segundo Janine, o currículo ignora o que não é Brasil e África. "Não havia na proposta uma história do mundo (...) É direito do jovem saber o trajeto histórico do mundo. Precisa aprender sobre a Renascença, as revoluções. Mas não há uma interpretação única de nenhum desses fenômenos. E é esta diversidade que a educação democrática e de qualidade deve garantir". 

Mas quem fará a correção?

O "eu não sabia" tucano

Lembra da decisão do Governo tucano paulista de tornar secretos os documentos sobre o Metrô e os trens urbanos - sim, aqueles que aparecem em denúncia sobre formação de cartel? Pois bem: o Governo paulista reclamou desta coluna por divulgar a notícia. Segue a carta, na íntegra, assinada por Cleber Mata: 

"Lamento que você não tenha nos procurado para esclarecer um assunto tão sério como o reproduzido na sua coluna. Aqui alguns esclarecimentos. 

"A Folha de S.Paulo errou ao atribuir ao governador Geraldo Alckmin uma decisão que foi adotada por um membro da gestão passada e que não integra mais a equipe. Geraldo Alckmin não impôs nenhuma restrição. É justamente o contrário: Geraldo Alckmin, após tomar conhecimento de uma resolução pela Folha de S.Paulo, determinou imediatamente que a medida fosse revista. São Paulo é o Estado mais transparente do Brasil, segundo ranking da Controladoria Geral da União. O Estado também está entre os mais transparentes, de acordo com a ONG Contas Abertas. Geraldo Alckmin foi o responsável por colocar o salário de todos os servidores na internet. Também por decisão do governador Alckmin, os números com os indicadores criminais são publicados mensalmente no site da Secretaria da Segurança Pública. Por favor, antes de propagar informações sem consulta prévia, nos procure. Terei o maior prazer em atendê-lo".

No dia 8, a propósito, Alckmin determinou a suspensão da medida.

Não sabia, mas sabia, sim

A carta é curiosa: por que buscar "o outro lado" se a informação está publicada no Diário Oficial? Mais: quem é o responsável pelo "membro da gestão passada"? Quem o nomeou e é o responsável é o governador. E quem era o tal governador "da gestão passada"? Bingo! O mesmo Geraldo Alckmin da atual gestão. O próprio Alckmin que só mandou suspender o tal segredo depois que a imprensa o divulgou. A propósito, quem é o "membro da gestão passada e que não integra mais a equipe?" 

Seria ótimo ouvir o anônimo! Ou não seria? 

Quem comanda o Governo?

Se o governador não sabe que seu Governo anda tornando sigilosos fatos que podem ser incômodos, quem é que sabe? Quem comanda a administração?

Samuel Pessôa explica o conceito de dominância fiscal. Leia!

Samuel Pessôa explica o conceito de dominância fiscal. Leia!

*Dominância fiscal
Dominância fiscal é a situação em que o Estado não consegue gerar receita, por meio de impostos ou contribuições, suficientes para financiar seus gastos. Nesse caso, é necessário imprimir papel. A receita da impressão do papel, chamada de senhoriagem, fecha a conta.
Em um mundo com um banco central independente, o mecanismo é um pouco diferente. O BC não pode imprimir papel e entregá-lo diretamente ao Tesouro para que pague suas contas.
Os seis anos de vigência da desastrosa nova matriz econômica, de 2009 a 2014, nos levaram de volta ao passado.
Mas ocorre de forma análoga: o BC remunera a liquidez do sistema bancário a uma taxa muito mais baixa que a necessária para estabilizar a inflação (visto que a taxa necessária para estabilizar a inflação produziria crescimento explosivo da dívida pública). Dessa forma, o Tesouro consegue colocar títulos no mercado a taxas também baixinhas.
Os juros baixos têm a função de controlar o crescimento da dívida e, com ele, um importante componente do gasto público, o serviço da dívida. Ou seja, dominância fiscal é aquela situação em que não é possível controlar a inflação, pois o juro que a controla produz explosão na dívida pública.
Qualquer brasileiro mais velho sabe muito bem o que é dominância fiscal. Nós convivemos com ela desde 1950, aproximadamente, até 1998. A partir de 1999, com o forte ajuste fiscal e seguidos anos de elevados superavit primários do setor público, parecia que tínhamos passado a ser um lugar normal.
Os seis anos de vigência da desastrosa nova matriz econômica, de 2009 a 2014, nos levaram de volta ao passado.
Hoje temos uma dívida que cresce como bola de neve e uma presidente muito enfraquecida, que não terá capacidade de promover a elevação de carga tributária e/ou a redução de gastos públicos requeridas para nos distanciamos da dominância fiscal.
Possível saída temporária, defendida pela competente economista Monica de Bolle, é retornarmos aos anos de 1995 a 1998, quando seguramos nossas inconsistências fiscais no câmbio, com o protagonismo de um destemido presidente do BC, Gustavo Franco, que segurou nossa moeda com muita saliva, autoconfiança e muito juro!
O regime de câmbio fixo, ou alguma variação dele, pode ser um guia para manter a inflação em níveis civilizados até que os políticos consigam encaminhar soluções ao impasse fiscal e saiamos da armadilha da dominância fiscal?
Penso que não. Aqueles anos, de 1995 a 1998, foram um período de ganhos de termos de troca. Regime de câmbio fixo ou assemelhados funcionam muito mal em períodos de perda de termos de troca.
Adicionalmente, os fundamentos macroeconômicos eram diferentes. Os deficit primários de 1995 a 1998 foram, em percentagem do PIB, respectivamente zero, 0,1 e zero. Os deficit com os quais nos defrontaremos nos próximos anos serão por volta de 1% ou mais.
Adicionalmente a dívida pública, líquida das reservas internacionais, era bem menor, e parte dela era dolarizada. É ruim se o câmbio se desvaloriza, mas é ótimo se o câmbio não anda: os juros pagos em dívida dolarizada são bem menores do que os juros pagos na dívida em real. O repasse de subidas da taxa Selic, com vistas a defender a cotação da moeda, para o custo de rolagem da dívida, era menor. Mesmo assim, no ano de 1998, a dívida líquida saiu de 30% para mais de 50% do PIB.
Ou seja, parece-me que o enorme estoque de reservas não será suficiente para segurar a inflação no câmbio se não melhorarmos substancialmente a política fiscal. Inflação à vista.
Fonte: Folha de S.Paulo,

O SERMÃO

O ministro Batista decidiu que uma demonstração visual iria dar ênfase ao seu sermão de domingo. Quatro vermes foram colocados em quatro potes separados. O primeiro verme foi colocado em um frasco de álcool. O segundo verme foi colocado em um frasco com fumaça de cigarro. O terceiro verme foi colocado em um frasco de xarope de chocolate. O quarto verme foi colocado em um frasco de solo limpo. Na conclusão do Sermão, o ministro apresentou os seguintes resultados: O primeiro verme em álcool- morto. O segundo na fumaça do cigarro-Morto.  O Terceiro em calda de chocolate - Morto. O Verme em solo limpo bom – Vivo.
Assim, o ministro pediu à congregação: "O que você pode aprender com esta demonstração?"
Uma mulher rapidamente levantou a mão e disse: "Enquanto você beber, fumar e comer chocolate, você não terá vermes.
THE BIRD

“Dor sem fim? Suicídio sim. Cada ser sabe onde lhe aperta o calo.” (Filosofeno)

“Desprezo bajuladores. São seres menores.” (Mim)

CUBA: POBRES "RECOLHIDOS" DURANTE A VISITA DO PAPA VOLTAM ÀS RUAS por Fernando Donate Ochoa. Artigo publicado em 11.10.2015

"Estas pessoas haviam desaparecido".
Holguín, Cuba - Dentro dos preparativos para a visita do Papa Francisco a Holguín, foram realizadas obras de restauração em estradas e em fachadas de casas.
Essa melhoria na imagem da cidade também incluiu o recolhimento de pessoas que vagueiam pedindo esmola ou que ficam deitadas em papelões em qualquer lugar no centro da cidade.

"Ficamos surpresos, de um dia para o outro esses pobres desapareceram como que por magia", disse Enrique Dominguez, um atendente da popular cafeteria "La Cubita".

Tania Cantillo, que trabalha por conta própria, interpretou o recolhimento dos desabrigados para a visita papal como "um ato lamentável de limpeza social para dar ao Papa Francisco, e ao mundo, a falsa imagem de uma Holguín próspera e sem pobres".

O engenheiro Camilo Consuegra notou que, no dia seguinte ao da partida do Papa, tudo voltou à normalidade, e "os desabrigados invadiram as ruas de Holguín".

De acordo com Omar Quiroga, vizinho da rua Aguilera, esquina Maceo, nota-se que a cada dia aumenta a quantidade de desabrigados em Holguín.

"É vergonhoso para nós que moramos nesta cidade ver tantos pobres que te importunam pedindo dinheiro".

Um trabalhador do Departamento Provincial de Saúde, que preferiu o anonimato, confirmou que os desabrigados foram recolhidos dias antes à visita papal e "foram levados a uma instalação conhecida popularmente como ITH, onde permaneceram, contra a sua vontade, até que o Papa Francisco deixou Cuba".

"O aumento do número de indigentes em Holguín, homens, mulheres e jovens, é resultado da crise econômica do país e da incapacidade governamental de dar uma solução a este problema", disse.

 [https://www.cubanet.org/noticias/gobierno-devuelve-a-las-calles-a-menesterosos-recogidos-durante-la-visita-del-papa/].
Tradução. Bruno Braga.

Turismo funerário- “Acredito que posto morto, tudo acaba. Então não me importo de ir até mesmo nu. “ (Pócrates)

“O inconformismo com a morte fez surgir os exploradores do medo.” (Filosofeno)

PENSANDO BEM... ... nesta terça, o Tribunal de Contas deveria homenagear o ex-ministro Guido Mantega (Fazenda) pelo Dia do Maquiador.(Diário do Poder)

MEU CORRUPTO PREFERIDO- TEM AINDA QUEM TENTA JUSTIFICAR A QUADRILHA OLHANDO PARA O PASSADO

Magna fures- Grandes larápios “A corrupção no Brasil sempre existiu. Porém jamais em tamanha proporção e organizada por quadrilheiros amoitados no governo e em empresas estatais, visando o financiamento de campanhas, compra de apoio parlamentar e como ninguém é de ferro, para enriquecer familiares que agora recebem visitas da Polícia Federal.” (Eriatlov)

GOVERNO TORROU R$412 MILHÕES EM DIÁRIAS ESTE ANO

Durante o anúncio solene das medidas que chamou de “reforma administrativa”, sexta-feira (2), a presidente Dilma incluiu entre as suas declarações de intenção de tentar reduzir gastos com diárias e viagens no serviço público. Pudera. Na discussão dessas medidas, ela ficou espantada com a informação de que somente este ano, até o mês de agosto, seu governo torrou R$ 412 milhões em diárias para servidores.

 NINGUÉM VIGIA

Na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, onde não se vigia a farra, estão 14 dos 15 maiores contemplados com diárias: média de R$60mil.

 LEI AMIGA

 Segundo a lei, diárias só são concedidas para indenizar o servidor por despesas extras com “pousada, alimentação e locomoção urbana”.

 A CONTA É SUA

Se o ritmo de gastos continuar, o governo Dilma deve gastar cerca de R$ 800 milhões com diárias apenas este ano.

Cláudio Humberto

“Alguns políticos nos dão a impressão de que são bons, mas é só porque os outros são abomináveis.” (Mim)

KROLL NÃO ACHOU CONTAS DE CUNHA NA SUÍÇA

Embora tenha dito que não investigou parlamentares, a empresa de investigações Kroll não foi capaz de encontrar as contas secretas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na Suíça. Integrantes da CPI da Petrobras, que contratou a Kroll por R$ 1,2 milhão para auxiliar a CPI, estranharam a empresa de inteligência não encontrar dados de uma investigação pública, comandada pelo Ministério Público da Suíça. 

DEVER SER 

Para ter sido um trabalho útil às investigações da CPI, a Kroll tinha que investigar todas as pessoas citadas nas delações na Lava Jato. 

NÃO RESISTIU... 

Após ser pressionada pela CPI, a Kroll revelou que fuçou dados dos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque. ...

E ADMITIU 

A Kroll admitiu ter investigado o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o empreiteiro Ricardo Pessoa (UTC) e o megadoleiro Alberto Youssef. 

NO LIXO 

Após receber R$ 1,2 milhão da Câmara pelo trabalho na CPI da Petrobras, a Kroll ficou ‘sob suspeita’ e não teve o contrato renovado.

Cláudio Humberto