segunda-feira, 31 de julho de 2017

VIOLÊNCIA

Sinésio era um homem revoltado com a violência, principalmente gratuita. Escrevia até artigos para um jornal local. Faz pouco se desentendeu com um vizinho por causa de duas folhas caídas no seu quintal. Matou o vizinho a tiros. Deve ter sido pela causa, ora pois.

LUTERO

Lutero era um homem muito mau. Na comunidade onde morava ninguém gostava da sua pessoa, nem cães e gatos. A família idem. Era pura bandidagem e maldade. Quando morreu somente o caixão foi ao velório. Até a mãe dele que estava manca e sofrendo com um bico de papagaio passou à tarde num bailão da terceira idade.

O PEDIDO

O sujeito entrou no bar, sentou-se num canto e chegando o garçom fez o pedido: dois pasteis de graxa de motor elétrico, um litro de ácido de bateria e uma salada mista de arruelas temperada com pólvora e gasolina azul. Diante do olhar atônito do atendente disse: sou o Super-Homem, portanto não esquente, hoje resolvi radicalizar na dieta.

FILOSOFENO

“A escuridão mais apavorante se borra toda diante da luz de uma vela.” (Filosofeno)

SERMÃO

O novo rabino estava no meio de um sermão quando ele de repente acenou para um auxiliar.
O rabino disse a ele: "Esse homem na terceira fila está dormindo. Acorde-o".
O auxiliar respondeu:  "Você o colocou para dormir. Você o acorda".

DISSEONÁRIO PEDRA

POLÍTICO BRASILEIRO- Sinônimo de mau exemplo.

DISSEONÁRIO PEDRA

REZA- Medicina alternativa.

EU FIZ NOVE PESSOAS FELIZES

Rabi Levy conversa profundamente com seu amigo Moshe.
"Devo dizer-lhe algo, Moshe", ele diz, "eu fiz nove pessoas muito, muito felizes hoje".
"Uma mitzvá, rabino, uma verdadeira mitzvá ", diz Moshe, "mas diga-me - como você conseguiu alcançar isso?"
"Eu realizei quatro cerimônias de casamento na minha sinagoga esta tarde", responde Rabbi Levy.
Moshe está intrigado. "Posso ver como você fez oito pessoas felizes, Rabi, mas e o nono?"
"Você realmente acredita que fiz tudo isso de graça?" Responde Rabi Levy

http://www.awordinyoureye.com

Os mudos falantes. Coluna Carlos Brickmann


Um dos sintomas universais de crise é a epidemia de discursos de quem tem por obrigação manter-se calado. Juiz, ensina a tradição de nosso Direito, deve falar apenas nos autos. Aqui todos seguem este princípio: falam nos autos sempre que os repórteres enfiam os microfones pela janela, e só param de falar quando o motorista enfim pisa no acelerador. Generais devem falar nas ordens do dia, e até isso muitas vezes é perigoso; aqui, estão dando entrevista. E, como o general Sérgio Etchegoyen, de primoroso currículo, respeitado dentro e fora do Exército, falam da participação militar na segurança pública. Com um detalhe: ele sentado e o ministro da Defesa atrás, de pé, na condição de papagaio de pirata.



Vazamentos de informação de documentos usados como prova na Justiça têm fontes conhecidas: promotores interessados em punir futuros réus destruindo sua imagem pública, antes mesmo que sejam levados a julgamento. A técnica (a propósito, fora do bom procedimento legal) foi usada na Itália, na Operação Mãos Limpas. E é usada há muito tempo no Brasil, alegando-se informalmente que se não for assim os acusados, “que têm dinheiro para contratar bons advogados”, escaparão ilesos após cometer ilegalidades. Elogia-se quem contrata um bom médico, um bom arquiteto, mas quem contrata um bom advogado – hummmm, aí tem!



Mudos estão falando. E quando os mudos falam a democracia se cala.



Primeiro os meus...



Cá entre nós, essa história do Ministério Público pedir aumento de 16% não pode passar despercebida. Tem de pegar mal. Para padrões brasileiros, um promotor ganha bem: algo como R$ 30 mil. Mas não fica por aí: com o vale-alimentação, o auxílio-moradia, o auxílio-livro, as duas férias por ano, as diárias, há promotores em São Paulo que ganham R$ 130 mil mensais (a cifra, espantosa mas de fonte oficial, foi levantada pela Agência Pública (http://apublica.org/2016/12/direito-ou-privilegio/) com base na Lei de Acesso à Informação).



Boa parte dos promotores paulistas ganha mais que o teto salarial previsto na Constituição, o salário de ministros do STF. São Paulo gasta com o Ministério Público a soma das verbas destinadas a Habitação e Agricultura. E, considerando-se a ótima (e normalmente merecida) imagem pública dos promotores, que exemplo dão à população neste momento de crise, exigindo mais salários de um Tesouro exaurido?



...e os meus também



Mas não se critique um único grupo. O Senado decidiu alugar 85 carros para Suas Excelências, gastando R$ 8,3 milhões em 30 meses. São 83 Nissan Sentra para 80 senadores, e dois Hyundai Azera para o presidente da Casa – embora não haja nos anais menção a um presidente com duas bundas. O Azera este colunista não dirigiu; o Sentra é ótimo, macio, uma tentação. Mas sempre resta uma pergunta: por que temos de pagar carro aos parlamentares? Carro, casa, passagens – não é meio muito? E o motorista, também pago por nós, mas na conta do gabinete de cada parlamentar?



Busquemos um bom exemplo: nos Estados Unidos, há três carros oficiais de representação, um para o presidente de cada poder. Digamos que um juiz do Alasca seja convidado para a Suprema Corte: ele deve viver com seu salário, sem carro oficial, sem apartamento funcional. Ponto final.



...e os nossos?



Tadinho do Governo Federal, que deve manter o enorme buraco do Orçamento do tamanho em que está, sem aumento? Calma: a verba de publicidade de 2017 foi de R$ 153 milhões, uns 30% mais que em 2016.



Um dia, talvez



Dentro de poucos dias, 2 de agosto, a Câmara decide se dá autorização para que o Supremo investigue a denúncia apresentada pelo procurador Rodrigo Janot contra o presidente Michel Temer. Temer deve ganhar de lavada: fez o que podia e o que não podia para garantir que entre 250 e 300 parlamentares o livrem da chateação. Miro Teixeira, político experiente, a favor da investigação, jogou a toalha: não há condições de ganhar a parada.



Talvez, quem sabe



Quanto à lenda de que quem votar por Temer perderá votos, continua sendo uma lenda. Temer tem só 5% de aprovação – o menor índice desde o tempo da TV a lenha. O deputado Bonifácio Andrada, velho conhecedor do jogo, diz que basta uma discreta melhora na economia para absolver quem apoiar um presidente tão mal avaliado.



A leve melhora até que está acontecendo: a taxa básica de juros caiu um ponto e deve diminuir de ponto em ponto a cada reunião do Conselho de Política Monetária, a inflação continua abaixo da previsão, há uma levíssima redução no desemprego. Mas os juros do cartão de crédito continuam perto de 500% ao ano. Bonifácio Andrada diz que o eleitor é fraco de memória e, diante de uma pequena melhora, esquece o que está errado.

Mas cadê a pequena melhora?

FOFUCHO

“Meu fígado tomou um vareio de costelinha de porco frita que agora não posso ver nem porco vivo sem sentir náuseas.” (Fofucho)

FOFUCHO

“Meus melhores amigos sempre foram o pudim e sagu.” (Fofucho)

FILOSOFENO

“Antes sofrer por compreender que ser um feliz enganado.” (Filosofeno)

FILOSOFENO

“O mundo está muito barulhento. Não se pensa bem quando há muito barulho.” (Filosofeno)

PÓCRATES

"O sol nasce para todos. A insolação também." (Pócrates)

PÓCRATES

“Depois da tempestade chegam os boletos do material de construção.” (Pócrates)

MIM

“O Brasil está repleto de ignorantes que acham que o estado é um ente de outro mundo do qual não fazem parte.” (Mim)

Fuga de brasileiros para Portugal diminuiu em 2016

Fuga de brasileiros para Portugal diminuiu em 2016

Em 2016, pelo sexto ano consecutivo, houve um decréscimo no número de cidadãos do Brasil autorizados a viver em Portugal. Embora os brasileiros continuem sendo, com folga, a maior comunidade estrangeira no país -20,4% do total-, nossa participação vem diminuindo. De 2010, recorde histórico, até 2016, há 38.111 brasileiros menos residindo em Portugal -uma redução de 31,9% no período. No ano passado, 81.251 brasileiros viviam em Portugal, E,2010, o número chegou a 119.363.

Leia esta reportagem da Folha que o editor copidescou:

Autoridades portuguesas e brasileiras concordam que o perfil do imigrante vem mudando, e há, entre os que chegam, cada vez mais profissionais qualificados.

A procura de brasileiros por imóveis no país é um bom indicativo deste fenômeno.

Dados da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal indicam que, em setembro, os brasileiros superaram os chineses e tornaram-se a terceira nacionalidade que mais compra imóveis no país.

No fim de 2015, Portugal já era o terceiro país onde os brasileiros mais investiram em imóveis.

A sensação de que brasileiros endinheirados invadem o país já ecoa na mídia lusa. A revista "Sábado" publicou neste mês longa reportagem de capa intitulada "O luxo dos brasileiros em Portugal".

Do blog Políbio Braga

Artigo, Marcelo Aiquel- A cegueira dos fanáticos

Artigo, Marcelo Aiquel- A cegueira dos fanáticos

           É simplesmente assombrosa a hipocrisia dos “mortadelas” com relação aos fatos recentes do nosso país.
         Eles (os “mortadelas”) seguem fielmente os passos do conhecido Decálogo de Lenin, onde o falecido ditador comunista quis ensinar como se prepara uma revolução para a tomada do poder. Lição copiada e imitada aqui na América LATRINA, pelos líderes bolivarianos.
         No Brasil, sob a batuta do mestre guerrilheiro José Dirceu, tentou-se implantar tais regras e, se não houve sucesso, o crédito é todo da direita. A mesma direita que eles (os “mortadelas”) adoram apelidar de coxinha, entre outros adjetivos menos usados.
         Tudo começou com o surrado discurso de apoio aos pobres. Uma saga que fez “apenas” 14 milhões perderem o emprego. Mas a culpa é das elites dominantes e fascistas. Claro, pois pimenta nos olhos alheios é...
         Depois, seguiu com a vitimização dos líderes (Lula da Silva e Cia), todos transformados em coitadinhos perseguidos. Que grande balela!
         Tão perseguidos foram por uma cruel e sanguinária ditadura, que puderam voltar vivos para cá, anistiados, e ainda se inscreveram para receber polpudas indenizações. E o Lula, que nem precisou fugir?...
         Descobertos com a “mão na massa”, a turma bolivariana perdeu o governo e agora tem o desplante de culpar o companheiro Temer (era vice da Dilma e foi votado por todos os “mortadelas”, sem exceção) pelo caos institucional criado nos últimos governos.
         Aliás, existe um grupelho de parlamentares que é especialista neste discurso hipócrita da “injustiça”, do “coitadismo” e da “TEMERidade”.
          E, continuam – como se não houvesse provas em contrário – que os ÚNICOS vilões das reformas que estão sendo votadas, são só os outros.
         Ora, quanta dissimulação! Estas mesmas reformas foram propostas pelo injustiçado ser mais honesto do planeta. Ah, se esqueceram disso? É lógico, pois a memória seletiva faz parte da trama diabólica dos bolivarianos, e da hipocrisia dos FALSOS CEGOS.
         Mas, a coisa não para por aí.
         Segundo os “mortadelas”, as delações realizadas só tem valor contra os outros. Pois, sempre que respinga nos nossos, se trata de deslavada mentira, é vendeta, ou perseguição. E só valem se for para manchar a reputação do pessoal que não é bolivariano. Pode?

         É mais ou menos como aquela história sobre os tais “anos de chumbo”: NÃO ACREDITE NO SEU PAI, MAS SIM NO PROFESSOR MACONHEIRO DE 40 ANOS QUE VIVE ATÉ HOJE NA CASA DA MÃE.

Artigo, Andrei Roman, El País - O apoio ao golpe de Nicolás Maduro é a página mais vergonhosa da história do PT

Artigo, Andrei Roman, El País - O apoio ao golpe de Nicolás Maduro é a página mais vergonhosa da história do PT

Andrei Roman é doutorando em ciência política, cofundador da plataforma de transparência Atlas Político, e cofundador do Catalyst News.


A foto ao lado é de Lula Marques, mas o texto é de Andrei Roman para a edição brasileira do El País. Leia tudo:

Desde o impeachment da Dilma Rousseff, o PT vem reafirmando sistematicamente o discurso do golpe. Confesso que é um discurso que até ontem não tinha levantado em mim uma forte emoção. Concordei desde o começo em aceitar o termo como uma figura de estilo: ao final das contas, Dilma caiu “apunhalada” nas costas por antigos aliados, os crimes imputados a ela sendo somente um pretexto para tirá-la do cargo. Do mesmo jeito que alguém pode usar a palavra “apunhalar,” é então possível falar em um golpe. Mas preferi fazer abstração do argumento mais audacioso que o impeachment causou uma quebra no processo democrático. Apesar do combate legítimo em torno da constitucionalidade do processo, construído com inteligência e elegância por José Eduardo Cardozo, o impeachment da Dilma não nos levou para a instauração de uma ditadura. Os votos que levaram a atual configuração do Congresso, por mais corrupto e imoral que ele provou-se ser, não vieram de extraterrestres. Há portanto um óbvio exagero na insistência no discurso do golpe. 

Considerei desde o começo que é um daqueles exageros naturais no combate ideológico e fiz questão de não me meter neste debate em público ou em privado. Acreditei que, ao agir dessa forma, o PT está exercitando o seu papel legítimo, como o partido de maior expressão popular da história brasileira, de articular um discurso, sempre bem-vindo, na defesa da democracia.

CLIQUE AQUI para ler tudo.

Do blog do Políbio Braga

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- quinta-feira, julho 29, 2004 PORQUE CÁ ESTOU

Leitor me pergunta porque, tendo corrido tanto mundo, sempre acabei voltando para cá e aqui estou. A resposta é simples. Voltei para a mulher que adorava. Ela era funcionária pública. Se saísse, teria de largar uma carreira na qual já estava inserida. Eu não queria viver longe dela, de forma alguma. Não há país que valha uma mulher que adoramos. Havia a chance malandra, da qual muito estrangeiro se aproveita, a de casar com - ou simplesmente engravidar - uma cidadã do país. Essa chance eu a tive. Mas desonestidade não rima comigo. Além disso, não trocaria minha Baixinha nem por dez Gretas Garbos em plena adolescência. Foi feliz o dia em que aterrissei pela primeira vez em Arlanda, sob um céu plúmbeo de dezembro. Às três ou quatro da tarde já era noite cerrada e um lençol imenso de neve a iluminava. Me parecia ter descido em Plutão e isto me fazia bem. Mas feliz mesmo foi o dia em desembarquei do Eugenio C, sob o sol escaldante do Rio. Lá estava ela, chorando grudada às grades do portão do cais. Mal o portão se abriu, nos jogamos nos braços um do outro e o Brasil - de onde partira com asco - se tornou subitamente cheio de significado. 

A resposta seria simples demais se se resumisse a isso. Lá pelas tantas, na primeira viagem, chegou o momento de lavar pratos. Ora, se eu não lavava pratos nem em casa, não seria para suecos que eu iria lavá-los. Nunca tive vocação para imigrante de segunda categoria. Em Estocolmo, sempre me perguntavam em que diska eu trabalhava. (Att diska é lavar pratos). Ora, eu não lavava prato nenhum. Estava lá para conhecer o país e a língua. Buscava cultura, paisagens novas, sexo, queria conhecer o que era então tido como uma utopia realizável. Não buscava as coroas que eram pagas à mão-de-obra imigrante. 

No Exterior, por melhor que você esteja situado, mesmo tendo adquirido passaporte do país, sempre será um cidadão de segunda categoria. Se você critica o país em que vive, lá vem a pergunta: e por que não voltas para o teu? Viesse eu do Congo ou de Burkina-Fasso, a resposta seria simples: porque meu país é um fim de mundo. Não é o caso do Brasil. Até os exilados pós-69 sentiram isto. Juravam que só voltariam de metralhadora em punho e para tomar o poder. Mal Figueiredo decretou a anistia, desembarcaram chorando no Galeão ou Cumbica. 

Ultimamente, quando minha mulher estava prestes a se aposentar, voltamos a pensar na idéia de morar por lá. Chegamos a ver apartamentos em Paris e Madri. Mas o preço do metro quadrado terminou com qualquer veleidade. Em Paris, por exemplo, o espaço que tenho aqui seria reduzido a um terço, talvez um quarto. Não daria nem pra instalar a biblioteca. Mesmo a Espanha está muito cara para residir. Portugal, depois que virou Europa, também. Nórdicos e alemães, fascinados com as pechinchas imobiliárias de Portugal (pechincha para quem recebe em moeda forte), elevaram excessivamente o preço do metro quadrado. Recebesse eu em moeda forte, tudo bem. Mas não é o caso. Melhor então ficar por aqui. Volto lá como turista e não tenho os dissabores do cidadão que lá habita. Os dilemas do turista consistem em escolher o bar ou restaurante em que jantar, o filme ou espetáculo que vai curtir, a cidade onde vai flanar. Já quem lá vive tem preocupações mais chãs, tipo renovação de visto, impostos, taxas, enfim, essas coisas que nos chateiam em qualquer lugar do mundo. 

Mudar-se para o Exterior dependendo de moeda instável de Terceiro Mundo é um risco muito grande. Pode ocorrer que, do dia para a noite, você se veja sem um vintém. Em meus dias de correspondente em Paris, o cruzeiro teve duas desvalorizações de 30%. Em poucos meses, meu salário se reduziu em 60 %. Não fosse a bolsa do Ministério da Cultura francês, estaria de novo ameaçado de lavar pratos. O apedeuta que nos governa tem falado muito em auto-estima nos últimos dias. Auto-estima seria ter uma moeda nacional sólida e aceita em qualquer quadrante. O dia em que o Brasil chegar lá, até pensaria em residir naquelas cidades que adoro. Mas isto não será para meus dias. Suponho que nem mesmo para os de meus netos, se netos houver. Os patrioteiros que me desculpem, mas não pertenço à estirpe dos que imaginam que o Brasil um dia será melhor. 

Fosse milionário, há muito estaria lá. Não entendo estes senhores que compram apartamentos aqui em São Paulo por cinco milhões de dólares. Com esse patrimônio, eu estaria em Paris ou Madri e ainda comprava um chalezinho nas Ilhas Canárias e outro nas gregas para receber os amigos. Para os curtos de grana, enviaria passagens para visitar-me. Com direito a todos os vinhos, queijos e patês. Uma das vantagens de ser rico é a possibilidade de ser generoso. Infelizmente, para meus amigos, não sou rico. 

HUMOR ATEU

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HUMOR ATEU

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Fonte: http://www.julianofabricio.com/2015_05_17_archive.html

HUMOR ATEU

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Do Ateuligente

NÃO HÁ FUGA

Caio
E quando me levanto
Sinto que cresci
Pois não há crescimento
Sem dificuldade e dor
E muito se engana quem pensa em fazer voltas
Pois é sabido que podemos fugir de todos
Menos de nós mesmos.

NA FILA

Estou na fila 
Uma multidão comigo
Do lado de dentro do balcão
Está uma tartaruga tomando cafezinho
Em conversas  de comadre
Com a preguiça companheira.

DEPUTADO ARNALDO COMISSÃO

“Meus filhos sabem que têm um pai ladrão. Sou um desonesto assumido, não fico contando lorotas por aí como muitos.” (Dep. Arnaldo Comissão)

CUBANINHO

“O governo cubano é o maior mendigo do mundo. Vive do dinheiro expropriado de outros povos por governos amigos.” (Cubaninho)

CLIMÉRIO

“Com tantos filhos da puta no poder como não ser o Brasil uma grande zona?” (Climério)

CHICO MELANCIA

“Ainda na minha juventude meu pai quando viu em mim grande interesse pelo trabalho na horizontal. Então me comprou uma rede.” (Chico Melancia)

BILU CÃO

“Eu sei que sou um cão. Não entendo porque alguns me tratam como se eu fosse uma criança. Você já viu alguma criança erguendo a perninha para mijar?” (Bilu Cão)

AVÓ NOVELEIRA

E como diz a minha avó noveleira enrolando um cigarro de palha: “Lula é um gambá sindical que agora só bebe uísque de 30 ânus.”

ASSOMBRAÇÃO

“Estou uma mulher mais feia do que eu. Ao acordarmos não sei quem se assusta mais.” (Assombração)

A GAZETA DO AVESSO

A GAZETA DO AVESSO- Nicolás Maburro entra para a Ordem das Irmãs Carmelitas.

O PREGADOR

Renato tinha apenas dezoito anos quando saiu a pregar pelo mundo. Pregou em muitos lugares. Nos campos e cidades ele pregava. Pouco descansava, o trabalho de pregar lhe dava enorme satisfação. Mas infelizmente deixou de pregar por força maior antes mesmo dos trinta anos. Aconteceu que acabaram os pregos e também o dinheiro para comprar mais.

CONTANDO

Desde cedo da manhã o velho seu Zacarias sentado na porta da igreja contava um, dois, um, dois, um, dois. Passou Antenor e perguntou: Por que um, dois? Seu Zacarias olhou para ele e: Um, dois, três... Um, dois, três...Um, dois, três...Aí veio Dona Cleusa e também o interpelou. E Zacarias: Um, dois, três, quatro...Já são as quatro pessoas que não tem o que fazer além de encher o saco de um velho sentado na porta da igreja.

SOPA DE LETRINHAS

Nestor, sujeito mala, politicamente correto, foi tomar uma sopa de letrinhas. Blábláblá interminável. Perdigotos atiravam-se solenes sobre a mesa. Até que as letrinhas não suportaram o papo e as ideias do babão e revoltadas formaram dentro do prato uma corriqueira expressão nacional: “ Calado! Vá tomar nas pregas!”

BARRAS

Linha azul e agulha, agulha e linha, uma calça jeans sobre a mesa. Gritos pedindo anestésicos e “socorro vão me matar!” “estão me furando as minhas pernas!” Alguns minutos dessa ladainha chorosa tudo se acalma. Linha e agulha voltam para seus lugares e a calça suada depois de todo o sofrimento para fazer suas barras repousa em silêncio debruçada no cabideiro.

BEATA

Sempre vestida de preto, um urubu de saias. O sangue irriga seu cérebro não sei por que, pois vive prostrada maltratando os joelhos. Do alto espera castigo e prêmios, o resultado não aparece, mas junta as mãos muito mais que toma banho. É uma juíza, julga todos, porém se perguntada sobre algo coerente e real é uma toupeira que não sabe nem quando é dia ou noite. Uma beata, inerte no pensar como uma batata dentro de um saco na carroceria de um caminhão.

SUJEITO FRIO

Lá dentro de sua casa hermética e quase sempre apertada é um sujeito frio e seco como todos os seus familiares. Quando sai muda de personalidade e se torna um feliz derretido. Seu nome: gelo.