segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
BRASILINO ALMEIDA
Já na meia-idade Brasilino Almeida decidiu sair de
sua vila e conhecer um novo lugar para levar a vida. Com sua enxada nas costas
caminhou por dias até chegar numa encruzilhada. Um caminho indicava Vila
PSol/PCdo B. A outra placa dizia Vila PT. Brasilino já cascudo não teve dúvida;
entre as duas placas meteu a enxada no solo e começou a cavar. Três dias depois
tinha feito um túnel enorme. Não sei exatamente o comprimento do dito, só digo
que o nome do lugar em que se desenterrou é Madison-Wisconsin. A verdade é que
para fugir de certas pragas o sujeito encontra forças que nem imagina que
possui. Está por lá, trabalhando feliz tal qual pato na lagoa.
O MAIOR MENTIROSO DE MUNDO
Faz alguns meses que o alemão Walter Von Müller
considerado o maior mentiroso do mundo de todos os tempos resolveu vir morar no
Brasil. Desembarcou no Aeroporto Internacional de Brasília, fez um tour de uma
hora pelo salão, ouviu algumas conversas, embarcou de volta sem mesmo sair do
aeroporto e até a presente data não mais abriu a boca.
O rombo de R$ 139 bilhões nas contas públicas incluído no orçamento não é a maior das preocupações do governo federal para este ano. O que tem tirado o sono da equipe econômica é o cumprimento da “regra de ouro”, que proíbe o governo de se endividar para fazer pagamento de pessoal. O cálculo no Orçamento prevê que gastos com servidores vão superar as receitas em R$ 248,9 bilhões, quase o dobro do déficit.
Coluna Cláudio Humberto
A lista dos financiamentos do BNDES no exterior, divulgada sexta-feira (18), dá sentido às relações promíscuas do ex-presidente Lula com a Odebrecht, que ele beneficiou com 80% das obras em ditaduras latino-americanas e africanas. Integrantes da Lava Jato acham que dinheiro do BNDES acabou no bolso de Lula. Emílio Odebrecht, controlador da empreiteira, confessou até mesmo que havia uma “conta corrente” de R$300 milhões para o ex-presidente presidiário gastar como quisesse.
Coluna do Cláudio Humberto
ESPERANÇA
Formigas caminham despreocupadas pela varanda, enquanto
o cão preguiçoso boceja deitado satisfeito na cerâmica fria. Nuvens passeiam
pelo céu, sem pressa. O sol vespertino é forte; o verde das árvores se destaca;
o cantar dos pássaros presos é triste. Alados libertos cruzam os ares fazendo
alarido e lamentando a má-sorte dos irmãos engaiolados. Não tem jeito, quem
está na gaiola canta de tristeza, mas os obtusos pensam que é de alegria. Quem
canta seus males espanta; eles sabem disso mais do que ninguém. Uns poucos
ainda olham para cima com esperança de um dia poder novamente voar. A
esperança, sempre ela, junto do ser até o derradeiro suspiro.
SURPRESA
Tarde amena. O homem olhava pela janela do
apartamento que visitava interessado em comprar. Estava ele no décimo andar.
Observava no prédio vizinho uma mulher que se despia em frente ao espelho. Logo
surgiu um jovem que começou a beijá-la. Cheio de curiosidade continuou olhando
para ver no que dava. O casal foi para cama, ele ainda vestido, mas já tirando
a roupa. Resolveu o ligar para sua mulher e contar o que estava vendo. Neste
momento a mulher nua largou o jovem e apanhou na bolsa o celular que tocava.
Ele então amiudou os olhos para observar melhor àquele corpo que tão bem
conhecia.
MANSO KA
Por séculos e séculos os sacerdotes mantiveram o
POVO KA de joelhos e na escuridão. O discurso do temor aos deuses era pregado
diariamente geração após geração. Todos nasciam, cresciam e morriam sob os pés
dos religiosos e cheios de medo. Diziam que quem saísse da tribo seria devorado
por monstros infernais. Assim os religiosos viviam a boa vida e eram sustentados
e bajulados pela nação inteira. O azar de deles foi ter nascido Manso Ka. Manso
nasceu surdo e com quinze anos de idade se mandou. Dez anos depois Manso voltou
ainda sem ouvir, mais cheio de brilho e conhecimento. Voltou para ver seus pais
e irmãos e mostrar ao povo que monstros infernais eram lendas alimentadas pelos
dominantes. Houve então uma grande festa e assaram os sacerdotes em fogo baixo
e os comeram com muita pimenta. Manso preferiu comer peixe.
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