domingo, 30 de novembro de 2014

Roteiro programado

Minha amiga viajou em férias dizendo: “Irei visitar o Paulo em Porto Alegre; visitarei o Anselmo em Salvador; irei também visitar Maria Joana em Belém. Depois quando voltar para casa irei visitar o Serasa.”

“Quente. Tão quente que até o termômetro correu para dentro da geladeira.” (Mim)

“Sempre tive preocupação com o meu semelhante. Portanto tenho verdadeira ojeriza de obter vantagem à custa do suor alheio.” (Mim)

“Se a cada milhão mal aplicado em nosso país morresse um dirigente político, por certo estariam bilionários os fabricantes de caixões e os agentes funerários.” (Mim)

IMB-E se eu lhe disser que a democracia é uma fraude?


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E se eu lhe disser que você só pode votar porque seu voto não faz diferença?  E se eu lhe disser que, não importa em quem você vote, a mesma elite política, os mesmos lobistas, e os mesmos grupos de interesse sempre estarão no comando?  E se eu lhe disser que o conceito de uma pessoa/um voto era apenas uma ficção criada pelo governo e por esses grupos de interesse para induzir a sua complacência?

E se você descobrir que a democracia, em seu formato atual, é extremamente perigosa para as liberdades individuais?  E se você descobrir que a democracia desvirtua totalmente o conceito que as pessoas têm de direitos naturais, fazendo com que elas passem a acreditar que tomar a propriedade alheia é um "direito adquirido"?  E se você descobrir que a democracia não passa de um verniz capaz de transformar as campanhas políticas em meros concursos de beleza? 
E se você descobrir que, se o número de pessoas que for às urnas para votar a favor de uma medida criada pelo governo (como em um referendo) for maior do que o número que for votar contra, a democracia permite que o governo faça tudo o que ele quiser?
E se você descobrir que o propósito da democracia moderna é o de convencer as pessoas de que elas podem prosperar não pelo trabalho e pela criação voluntária de riqueza, mas sim pela apropriação da riqueza de terceiros? 
E se eu lhe disser que a única maneira moral de adquirir riqueza é por meio da atividade econômica voluntária?  E se eu lhe disser que o governo é capaz de persuadir as pessoas de que é perfeitamente aceitável adquirir riqueza por meio da atividade política?  E se eu lhe disser que a atividade política inclui todas as coisas parasíticas e destrutivas que o governo faz?  E se eu lhe disser que o governo jamais é capaz de criar riqueza?  E se eu lhe disser que tudo o que governo possui adveio do roubo de cidadãos produtivos?
E se você descobrir que a ideia de que precisamos de um governo para tomar conta de nós não passa de uma ficção que foi exitosamente perpetrada para aumentar o tamanho e o poder do estado?  E se você descobrir que o objetivo dos políticos e burocratas que ocupam o governo é expandir seu controle sobre a população? 
E se eu lhe disser que nossas qualidades individuais e culturais dependem não do poder do governo mas sim do quão livre somos em relação ao governo?
E se você descobrir que essa mistura de governo inchado e democracia gera dependência?  E se você descobrir que, tão logo esse tal 'governo democrático' cresce, ele começa a enfraquecer as pessoas, acabando com sua auto-suficiência?  E se eu lhe disser que um governo inchado destrói a iniciativa e a motivação das pessoas, e que a democracia as convence de que a única motivação de que precisam é 'votar certo' e aceitar os resultados?
E se eu lhe disser que o homicida Josef Stalin estava certo quando disse que a pessoa mais poderosa do mundo é aquela que conta os votos?  E se você descobrir que os votos que realmente contam ocorrem em segredo, atrás dos bastidores?
E se eu lhe disser que o problema da democracia é que a maioria se acredita apta a 'consertar o que está errado', a criar qualquer tipo de lei, a tributar qualquer tipo de atividade, a regular qualquer tipo de comportamento, e a se apossar daquilo que mais lhe aprouver?  E se o maior tirano da história estiver hoje entre nós?  E se esse tirano tiver o apoio da maioria?  E se ele chegar ao poder?  E se a maioria não reconhecer limites ao seu poder?
E se o governo for astuto o bastante para ludibriar os eleitores, de modo que estes passem a defender e justificar tudo o que o governo quiser fazer?  E se o governo comprar o apoio das pessoas por meio de benesses que ele distribui?  E se o governo der assistencialismo para os pobres, universidades para a classe média e protecionismo para os empresários ricos, de modo a manter todos dependentes dele?
E se eu lhe disser que uma república vibrante depende não do processo democrático da votação, mas sim de eleitores informados e ativos, que entendem corretamente os princípios da existência humana, dentre eles a posse inalienável de direitos naturais?
E se eu lhe disser que podemos nos libertar do jugo do estado interventor, mas que os defensores do establishment não querem isso?  E se eu lhe disser que o governo será o mesmo não importa quem vença as eleições?  E se eu lhe disser que existe apenas um grande partido político, o qual é subdividido em duas alas, social-democrática e socialista?  E se eu lhe disser que ambas as alas querem impostos, assistencialismo, protecionismo, regulamentações e crescimento contínuo do governo, diferindo apenas muito polidamente quanto aos meios para se alcançar estes objetivos?  E se eu lhe disser que este partido único criou leis eleitorais que tornam praticamente impossível o surgimento e o sucesso de uma concorrência política?
democracia.jpgE se você descobrir que o sucesso do governo depende de sua habilidade de fingir e enganar?  E se eu lhe disser que nossos ancestrais acreditavam que o rei era divino?  E se eu lhe disser que eles acreditavam que o rei era infalível?  E se eu lhe disser que eles acreditavam que a voz do rei era a voz de Deus?
E se você descobrir que o governo é bom em fazer os outros acreditarem?  E se você descobrir que o governo fez o povo acreditar que tem voz?  E se você descobrir que o governo fez o povo acreditar que os políticos eleitos são o próprio povo?  E se você descobrir que o governo fez o povo acreditar que os políticos são servidores do povo?
E se você descobrir que o governo fez o povo acreditar que a maioria democrática nunca erra?  E se eu lhe disser que a tirania da maioria é tão destrutiva para a liberdade humana quanto a tirania de um indivíduo louco? 
O que você faria?
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Veja todos os nossos artigos sobre democracia:
Andrew Napolitano é membro do Mises Institute, especialista em Direito e Jurisprudência, professor de Direito da Brooklyn Law School, analista jurídico da Fox News, e ex-juiz da Corte Suprema de Nova Jérsei.  Graduado em Princeton e na University of Notre Dame, já escreveu sete livros sobre a Constituição americana.  Contribui esporadicamente para o The New York Times, The Wall Street Journal, The Los Angeles Times, e várias outras publicações.

Alexandre Garcia- A mudança que teremos

A Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional aprovou, com votos dos governistas, uma mudança nas metas fiscais, para que o desequilíbrio fiscal das contas públicas não venha prejudicar os números do país e afetar nossa credibilidade de exterior. Imagine um doente com 41 graus de febre. A pretexto de tirar-lhe a febre, muda-se a graduação do termômetro, subindo a régua até que 37º alcance 41º. Pronto. Está resolvido. 

O doente morre da infecção - mas sem febre. O problema é que a realidade, os fatos, sempre são mais fortes. Nossa cultura tem permitido que enganemos a nós mesmos. Somos incapazes de responder com a verdade se alguém nos pergunta “tudo bem?”, embora vá tudo mal. No caso das contas públicas, em vez de enfrentar o desequilíbrio com corte de gastos correntes, o governo altera a meta de superávit fiscal. 

E continua tudo igual. Esse tipo de fuga nos deixa sempre no mesmo lugar, enquanto o mundo vai mudando. Daqui a pouco até o Paraguai nos ultrapassa, pois não teve preconceito em fazer acordo comercial com os Estados Unidos. Logo poderemos ter uma Singapura na vizinhança. E quem dera que ficássemos no mesmo lugar. Pois estamos afundando. Segurança, saúde, educação, vão despencando porque vamos deixando. Com Educação, poderíamos superar essa cultura atrasada. Poderíamos ganhar conhecimento para discernir, julgar e agir como cidadãos ativos. 

Mas, ao contrário, muitos jovens estão recebendo em escolas uma ideologia retrógrada, atrasada, que nunca deu certo no mundo, de socialismo marxista, em que os heróis são ditadores como Stálin, Mao, Fidel e Chavez. Ou produtos do marketing, como o assassino Guevara. Que futuro nos espera? Um futuro em que chegaremos como habitantes passivos de um país sem rumo? Coisas de América Latina? Nem tanto. 

A Costa Rica, o Chile, o Uruguai e agora o Peru e a Colômbia são exemplos de que na região se pode conquistar vida melhor. Os políticos tentam enganar os que nunca foram para o exterior, de que o mundo é assim, para que não saibam o quanto vivem mal. Nos empurram futebol e carnaval para que não reajamos à corrupção e aos péssimos serviços públicos. Mas o futuro chega inexoravelmente. Estaremos preparando que tipo de amanhã? 

Caio Blinder- Francis e o Petrolinho

Francis e o Petrolinho

Mr. Blinder, Paulo Francis, Lucas Mendes e Nelson Motta (a equipe original do Manhattan Connection)
Mr. Blinder, Paulo Francis, Lucas Mendes e Nelson Motta (a equipe original do Manhattan Connection)
É com honra e emoção que o Instituto Blinder & Blainder oferece o espaço dominical para o chefe, colega e amigo Lucas Mendes. Lucas escreveu o texto abaixo especialmente para a BBC Brasil e ele foi originalmente publicado no sábado. Nesta noite de domingo, no Manhattan Connection, mais conversa sobre a conexão Francis/Petrobras.
***
Lucas Mendes
Naquele outubro de 1996, no café da manhã antes da gravação, Francis estava de mau humor. Era normal. Acabava de sair da cama.
Meia hora depois ele estava de bom humor. Era normal. Nossa conversa na copa antes de gravar era fiada. Francis não falou em Petrobras. No meio do programa, ele jorrou denúncia e transcrevo a gravação:
Francis: “Os diretores da Petrobras todos põe o dinheiro lá…(Suíça) tem conta de 60 milhões de dólares…”
Lucas: “Olha que isso vai dar processo…”
Francis: “É…um amigo meu advogado almoçou com um banqueiro suíço e eles falaram que bom mesmo é brasileiro (…) que coloca 50 milhões de dólares e deixa lá”.
Lucas: “Os diretores da Petrobras tem 50 milhões de dólares?”
Francis: “Ahh é claro… imaginem… roubam… superfaturamento…é a maior quadrilha que já existiu no Brasil”.
Foi além, mas não deu nomes dos diretores. Nem citou fontes. No próprio programa, o número variou de US$ 50 milhões para 60 milhões. Preocupado, perguntei se queria que cortasse a denúncia, embora o programa, depois de gravado, só sofra cortes por tempo. Francis disse que não.
Na imprensa, numa escala de 1 a 10 em repercussão, a denúncia do Francis mal registrou uns 2 pontinhos. Saíram notas em colunas. Ninguém cobrou da Petrobras. Não sei por que o Francis nunca levou a denúncia para os poderosos Globo, Estadão e Jornal da Globo, onde trabalhava, além do Manhattan Connection, e tinham calibre muito mais grosso do que o GNT.
Seria o poder da Petrobras de silenciar a mídia com sua publicidade? Ou sua reputação na época estava acima de qualquer suspeita? A limitada audiência do canal?
Em novembro, Francis anunciou no programa, também sem aviso prévio, que estava sendo processado pelos diretores da Petrobras, que “queriam US$ 100 milhões de indenização”. Na primeira página da carta de intimação dos advogados dos diretores aparecem sete nomes, mas não há este número.
Ainda não descobri de onde saiu. Estes valores quase nunca constam da primeira comunicação entre o processador e o processado.
E pagou sete mil…
Francis entrou num inferno legal. Por sugestão do amigo Ronald Levinsohn, contratou uma advogada e pagou US$ 7 mil. Quando comentei que não era muito, o Francis ficou furioso. Disse que eu não sabia das finanças dele. Até que sabia, porque ele me contava, mas uma só defesa num processo grande poderia destruir a poupança dele. Se perdesse, ficaria arruinado por muito menos do que US$ 100 milhões.
Repercussão na imprensa sobre o processo? Mínima. Saíram notas sobre os assombrosos US$ 100 milhões.
Arrasado
Em dezembro, Francis foi passar o Ano Novo em Paris com Sonia Nolasco, Diogo e Anna Mainardi. Diogo disse que ele parecia arrasado. Poucas semanas depois, em janeiro, ligou para o Diogo animadíssimo. Tudo estava sob controle. Diogo comentou com a mulher que o Francis devia ter tomado a bolinha certa naquele dia.
É possível que Paulo Mercadante, seu advogado no Brasil e amigo desde os tempos de Pasquim, tenha informado a ele que o processo não poderia correr na Justiça americana, porque o programa não ia ao ar nos Estados Unidos. Este tipo de processo no Brasil está mais para um punhado de reais do que para os absurdos US$ 100 milhões que assombravam o Francis.
Dia 28 de fevereiro, sexta feira, Francis apareceu na gravação passando a mão no ombro esquerdo e se queixando de dor. Saiu direto para o médico, Jesus Cheda, tomar uma injeção de cortisona, como sempre fazia quando estas dores apareciam. Bursite, dizia.
Quatro dias depois, terça-feira, por volta de 5 da manhã, Francis sofreu um fulminante ataque cardíaco e caiu morto no meio da sala, onde ainda estava quando cheguei. O telefone não parava, Sonia nao atendia. Atendeu um deles, do presidente Fernando Henrique Cardoso, que deu uma bronca póstuma no Francis pela irresponsabilidade com a própria saúde.
Francis, havia muitos anos, tinha parado de tomar porres, de fumar e de comer bifões crus. O controle da Sonia deu resultado, mas o controle não resolveu o problema da saúde preventiva nem o sedentarismo. Ela não conseguia levá-lo a médicos sérios para fazer check-ups regulares.
Cheesebúrgueres
Melhorou a dieta, mas continuou chegado nos cheesebúrgeres do PJ Clarke’s na frente da Globo na hora do almoço e comida chinesa perto da casa dele, onde fez sua última ceia, no Chien. Parecia um touro de forte. Teve tumores benignos no pescoço, mas não adoecia e nunca deixava de trabalhar. Nem fazia exercício, Nunca. O máximo era uma caminhada semanal com Elio Gaspari do museu Metropolitan ao restaurante Bravo Gianni, onde repunha as calorias perdidas na caminhada cultural.
Era o dia favorito dele. As noites favoritas eram no balé, com Sonia, ou assistindo óperas e filmes antigos em casa. O último na noite da morte, foi Notorious (Interlúdio no Brasil), de Hitchcock, com Cary Grant e Ingrid Bergman. Da denúncia à morte de Francis foram quatro meses.
Os diretores da Petrobras foram atrás do espólio e da viúva Sonia Nolasco, mas, em parte, por intervenção do presidente Fernando Henrique Cardoso e do próprio advogado, Paulo Mercadante, desistiram do processo. Felizmente o Brasil não desistiu. O petrolinho do profético Francis gerou o Petrolão. A operação Lava Jato deveria ser rebatizada Operação Paulo Francis.
***

A cura capitalista para o terrorismo

O poderio militar sozinho não vai derrotar o Estado Islâmico. Os Estados Unidos precisam promover o empoderamento econômico.
Os Estados Unidos estão se dirigindo rumo a um novo cenário da guerra ao terror e vão desperdiçar a melhor oportunidade de derrotar o Estado Islâmico e outros grupos radicais no Oriente Médio. Isso ocorrerá caso não utilizarem uma arma crucial e muito pouco aproveitada: uma agenda agressiva de empoderamento econômico. No momento, tudo que ouvimos são notícias sobre ataques aéreos e manobras militares—o que é previsível quando se confronta assassinos determinados a espalhar destruição e ruína.
No entanto, se o objetivo não for apenas desconstruir o que o presidente Barack Obama chama de “rede da morte” do Estado Islâmico, mas também tornar impossível que líderes radicais possam recrutar terroristas em primeiro lugar, o Ocidente precisa aprender uma lição simples: esperança econômica é o único caminho para vencer a batalha entre as pessoas das quais grupos terroristas se alimentam.
Eu conheço alguma coisa sobre esse assunto. Há alguns anos, a maior parte da América Latina estava em grave crise. Por volta de 1990, um grupo terrorista marxista-leninista conhecido como Sendero Luminoso, ou Caminho da Luz, tinha assumido controle da maior parte do meu país, Peru, onde eu trabalhava como consultor do presidente. A opinião popular na época era que os rebeldes eram os empobrecidos e subempregados escravos salariais da América Latina, que o capitalismo não poderia funcionar fora das potências ocidentais e que a cultura latina não entendia direito economias de mercado.
Entretanto, a sabedoria convencional provou estar errada. O Peru instituiu reformas que concederam a empreendedores indígenas e fazendeiros o controle sobre seus ativos e um novo, mais acessível, arcabouço legal através do qual poderiam gerir seus negócios, fazer contratos e tomar empréstimos—impulsionando um aumento sem precedentes no padrão de vida da população.
Entre 1980 e 1993, o Peru foi o único a vencer uma guerra contra um movimento terrorista desde a queda do comunismo sem nenhuma intervenção de tropas estrangeiras ou qualquer apoio financeiro externo para os militares. Ao longo das duas décadas seguintes, o PIB per capita do Peru cresceu duas vezes mais rápido do que a média latino-americana, com a classe média crescendo quatro vezes mais rápido.
Hoje nós ouvimos o mesmo pessimismo econômico e cultural sobre o mundo árabe que ouvíamos sobre o Peru na década de 80. Mas agora somos melhores que isso. Assim como o Sendero Luminoso foi derrotado no Peru, terroristas do Estado Islâmico também podem ser derrotados por reformas que criem uma exigência irrefreável pelo aumento no padrão de vida no Oriente Médio e Norte da África.
Para tornar esse plano de ação uma realidade, os únicos requisitos são um pouco de imaginação, uma boa dose de capital (injetado de baixo para cima) e liderança governamental para construir, direcionar e fortalecer as leis e estruturas que permitem que o capitalismo prospere. Assim como qualquer um que caminhe pelas ruas de Lima, Cairo e Túnis sabem bem, capital não é o problema—é a solução.
Brevemente, a história do Peru é a seguinte: Sendero Luminoso, conduzido por um ex-professor chamado Abimael Guzmán, tentou derrubar o governo peruano na década de 80. O grupo, no começo, tinha apelo entre fazendeiros em situação de extrema pobreza no interior, que compartilhavam sua profunda desconfiança contra as elites peruanas. Guzmán se apresentava como o salvador dos proletários que pereciam há muito tempo sob os abusivos capitalistas peruanos.
O que mudou os termos do debate, e a resposta do governo, foi a constatação de que os pobres no Peru não eram trabalhadores e fazendeiros desempregados ou subempregados, tal como a opinião convencional afirmava na época. Os pobres, na verdade, eram pequenos empreendedores que trabalhavam fora dos registros, na economia “informal” peruana. Eles constituiam 62% da população e geravam 34% do seu PIB—e tinham acumulado por volta de 70 bilhões de dólares em ativos imobiliários.
Essa nova forma de ver a realidade econômica levou a grandes mudanças legais e constitucionais. O governo Peru reduziu 75% das barreiras burocráticas de acesso à atividade econômica, proporcionou corregedorias e mecanismos pra registrar queixas contra agências do governo e reconheceu os direitos de propriedade de uma vasta maioria. Somente um único pacote legislativo deu reconhecimento oficial a 380 mil negócios informais, trazendo à tona, de 1990 a 1994, 500 mil empregados e 8 bilhões de dólares em receita de impostos.
Essas conquistas deixaram os terroristas peruanos sem apoio nas cidades. No interior, porém, eles eram implacáveis: por volta de 1990, 30 mil fazendeiros que resistiram à coletivização forçada de terras promovida por terroristas foram assassinados. De acordo com um relatório da Rand Corp., o Sendero Luminoso controlava 60% do território peruano e provavelmente assumiria o controle efetivo do país em dois anos.
O exército do Peru sabia que os pequenos fazendeiros podiam ajudá-los a identificar e derrotar o inimigo. Mas o governo resistia a fazer uma aliança com as organizações de defesa informais que os fazendeiros montavam para resistir e lutar. Nós demos um golpe de sorte em 1991, quando o vice-presidente americano na época, Dan Quayle, que vinha acompanhando nossos esforços, arranjou um encontro com o presidente George H. W. Bush na Casa Branca. “O que você está tentando me dizer”, disse o presidente, “é que aqueles que estão embaixo estão, na verdade, do nosso lado”. Ele entendeu a idéia.
Isso levou a um tratado com os Estados Unidos que encorajou o Peru a montar um exército de defesa popular contra o Sendero Luminoso, enquanto os Estados Unidos se comprometiam a apoiar o plano de reformas econômicas como uma alternativa à agenda terrorista. O Peru rapidamente armou um imenso exército voluntário composto de todas as classes—quatro vezes maior que o exército regular—e venceu a guerra em pouco tempo. Como o senhor Guzmán declarou em um documento publicado pelo Partido Comunista peruano na época, “Nós fomos desmantelados por um plano desenhado e implementado por de Soto e o imperialismo Yankee”.
Olhando em retrospectiva, o que foi crucial para essa empreitada foi nosso sucesso em persuadir líderes e planejadores americanos, assim como pessoas influentes nas Nações Unidas, a ver o interior rural do Peru de uma forma diferente:  não como um terreno fértil para uma revolução marxista-leninista, mas para uma nova, moderna, economia capitalista. Essa nova maneira de pensar nos ajudou a derrotar o terror no Peru e poder fazer o mesmo, acredito, no Oriente Médio e Norte da África. A aposta não pode ser menos ousada. A economia informal do mundo Árabe inclui uma vasta população de potenciais recrutas para o Estado Islâmico – a região acompanha a tendência deles
Todos sabem que a Primavera Árabe eclodiu quando Mohamed Bouazizi, um mercador de rua tunisino de 26 anos, tocou fogo no próprio corpo em 2011. No entanto, poucos se perguntaram o que levou Bouazizi a se matar—ou por que, dentro de 60 dias, pelo menos 63 outras pessoas na Tunisia, Algeria, Marrocos, Iêmen, Arábia Saudita e Egito também tocaram fogo no próprio corpo, enviando milhões de pessoas às ruas, derrubando quatro regimes e conduzindo o mundo Árabe às convulsões de hoje.
Para entender o porquê, meu instituto se juntou à Utica, a maior organização empresarial da Tunísia, para juntar um time de pesquisa formado por 30 árabes e peruanos, que vasculharam toda a região em busca de respostas. Ao longo de dois anos, nós entrevistamos as famílias da vítima e seus colegas, assim como mais uma dúzia de pessoas que tocaram fogo em seus corpos mas sobreviveram às queimaduras.
Nós descobrimos que esses suicídios não eram um apelo por direitos políticos, religiosos ou por subsídios salariais, como alguns afirmaram na época. Bouazizi e os outros que tocaram fogo nos próprios corpos eram empreendedores extralegais: pedreiros, empreiteiros, varejistas, vendedores de alimentos, etc. Nas suas últimas palavras antes de morrer, nenhum deles se referiu à religião ou política. A maior parte daqueles que sobreviveram às suas queimaduras e concordaram em ser entrevistados nos falaram de “exclusão econômica”. Seu principal objetiva era “ras el mel” (a palavra árabe para “capital”), e seu desespero e indignação veio da expropriação arbitrária do pouco de capital que possuiam.
O sofrimento de Bouazizi como um pequeno empreendedor representa as frustrações que milhões de árabes ainda enfrentam diariamente. O tunisino não era um simples trabalhador. Ele era um comerciante desde os 12 anos de idade. Quando completou 19 anos, tinha seu próprio box no mercado local. Com 26, vendia frutas e vegetais com vários carrinhos e pontos diferentes.
Sua mãe nos contou que ele estava se preparando pra constituir uma empresa própria e sonhava em comprar um caminhão pra distribuir produtos para outros varejos, expandindo seu negócio. Mas pra conseguir um empréstimo pra comprar o caminhão, ele precisava de colateral—e como os ativos que ele possuía não estavam registrados legalmente ou tinham títulos que não eram reconhecidos, ele não conseguia se qualificar para o crédito.
Enquanto isso, inspetores do governo destruíam a vida de Bouazizi, extorquindo-o por propinas quando ele não conseguia apresentar licenças e permissões burocráticas, que foram concebidas justamente para serem inacessíveis. Chegou um momento que ele se cansou do abuso. No dia que ele se matou, inspetores apareceram para confiscar sua mercadoria e a balança eletrônica que usava pra pesar os produtos. Uma confusão se iniciou. Um inspetor municipal, uma mulher, deu um tapa no rosto de Bouazizi. Essa humilhação, assim como o confisco de 225 dólares em mercadorias, levou-o a tirar a própria vida.
O sistema de corrupção e favorecimento da Tunísia, que exige subornos em troca da proteção de oficial a cada esquina, deixou de apoiar Bouazizi e arruinou sua vida. Ele não podia mais gerar lucros ou pagar os empréstimos que tinha feito para comprar a mercadoria confiscada. Estava falido, e o caminhão que tinha sonhado comprar agora estava completamente fora de alcance. Ele não podia vender seu negócio e começar de novo porque não possuia um título legal de propriedade que pudesse transferir. Então ele morreu em chamas – vestido no estilo ocidental, exigindo o direito de trabalhar legalmente em uma economia de mercado.
Eu perguntei ao irmão de Bouazizi, Salem, se ele acreditava que seu irmão tinha deixado um legado. “É claro”, ele disse. “Ele acreditava que o pobre tem o direito de comprar e vender”. Como Mehdi Belli, um graduado em tecnologia da informação, que trabalha como comerciante em um mercado em Túnis nos disse, “Somos todos Mohamed Bouazizi”.
O povo desses países quer encontrar um lugar na moderna economia capitalista. Contudo, centenas de milhões deles têm sido impedidos de encontrar esse lugar por causa de restrições legais que líderes locais e elites ocidentais não enxergam. Eles vivem como refugiados econômicos em seus próprios países.
Para sobreviver, essas pessoas reuniram centenas de arranjos discretos, anárquicos, frequentemente chamados de “economia informal”. Infelizmente, o setor é visto com desprezo por muitos especialistas em desenvolvimento, tanto árabes quanto ocidentais, que preferem projetos de caridade bem intencionados como doações de mosquiteiros e suplementos alimentares.
Porém, os planejadores estão ignorando o verdadeiro risco: se as pessoas comuns no Oriente Médio e Norte da África não puderem jogar o jogo legalmente—apesar dos seus sacrifícios heróicos—eles vão se tornar muito menos capazes de resistir a uma ofensiva terrorista, e os mais desesperados entre eles podem até serem recrutados para uma causa jihadista.
Especialistas ocidentais podem não conseguir enxergar a realidade econômica, mas vivendo por um tempo na região, aprendi que ela está se tornando cada vez mais clara no próprio mundo Árabe. Eu apresentei nossa pesquisa em conferências por toda região durante o ano passado, mostrando a líderes empresariais, a burocratas e à imprensa como milhões de pequenos empreendedores extralegais como Bouazizi podem mudar economias nacionais.
Por exemplo, quando o novo presidente do Egito, Abdel Fattah Al Sisi, nos pediu pra atualizar nossos números sobre seu país, nós descobrimos que o pobre no Egito obtém sua renda de retornos sobre capital tanto quanto de salários. Em 2013, o Egito tinha 24 milhões de cidadãos assalariados classificados como “trabalhadores”. Eles ganhavam uma soma total de 21 bilhões de dólares por ano, mas também possuíam aproximadamente 360 bilhões de capital “morto”—quer dizer, capital que não pode ser usado efetivamente porque existe nas sombras, sem reconhecimento legal.
Para colocar em perspectiva, isso equivale a cem vezes o montante que o Ocidente vai doar ao Egito esse ano em assistência financeira, militar e voltada ao desenvolvimento—e oito vezes o montante de investimento externo direto feito no Egito desde a invasão de Napoleão mais de 200 anos atrás.
É claro que países Árabes têm leis que permitem que ativos possam ser alavancados e convertidos em capital, podendo ser investido e poupado. Mas os procedimentos para fazer isso são extremamente difíceis, especialmente para aqueles que não tem educação formal e conexões. Para os pobres em muitos países árabes, validar algo simples, como um título de propriedade imobiliária, pode levar anos.
Recentemente, em uma conferência na Tunísia, eu falei para líderes políticos e empresariais, “Vocês não tem uma infraestrutura que permita que os pobres participem do sistema”
“Você não precisa nos dizer isso”, disse um empresário. “Nós sempre lutamos pelos empreendedores. Seu profeta expulsou os mercadores do templo. Nosso profeta era um mercador!”
Diversos grupos empresariais árabes estão preparados para uma nova era de reforma legal. No discurso extremamente debatido do presidente Obama no Cairo, em 2009, ele falou de um profundo comprometimento dos Estados Unidos ao “Estado de Direito e administração igualitária da justiça”. No entanto, os Estados Unidos ainda não ofereceram amplo suporte à agenda de ampla reforma legal e constitucional no mundo árabe, e se os Estados Unidos hesitarem, potências menores também irão hesitar.
Washington deve dar apoio a líderes árabes, que não só resistem ao extremismo dos jihadistas, mas também escutam o apelo de Bouazizi e outros que deram suas vidas para protestar contra o roubo de seu capital. Bouazizi e aqueles que estão na mesma situação não são figurantes no drama dessa região, eles são os protagonistas.
Frequentemente, a forma com que ocidentais pensam sobre os pobres ignora completamente a realidade das coisas na base da pirâmide. No Oriente Médio e Norte da África, como foi demonstrado, legiões de empreendedores aspirantes estão fazendo tudo que podem para, contra todas as adversidades, escalar até a classe média. E isso se repete em todo o mundo, independente dos povos e religiões. Aspirações econômicas passam por cima de qualquer uma das superestimadas “diferenças culturais” frequentemente citadas para racionalizar a falta de ação.
Países como China, Peru e Botswana provaram recentemente que a população pobre se adapta rapidamente quando podem desfrutar de um arcabouço legal moderno protetor do capital e da propriedade. O segredo é começar. Nós devemos nos lembrar que, ao longo da história, o capitalismo foi criado por aqueles que um dia foram pobres.
Eu posso lhes dizer com conhecimento de causa que os líderes terroristas são muito diferentes de seus recrutas. Os líderes radicais que eu encontrei no Peru eram, em geral, assassinos, planejadores de sangue frio com ambições implacáveis de assumir o controle do governo. A maioria dos seus simpatizantes e potenciais recrutas, por outro lado, poderiam ser agentes econômicos legais, empenhados em criar uma vida melhor para si e para suas famílias.
A melhor maneira de acabar com a violência do terrorismo é garantir que o chamado perverso dos seus líderes encontre ouvidos moucos.
// Traduzido por Leonardo Tavares Brown. Revisado por Russ da Silva| Artigo original.

Sobre o autor

hdesoto
Hernando de Soto Polar é fundador do Instituto pela Liberdade e Democracia em Lima, Peru, autor de “O Mistério do Capital” e apresentador do documentário “Heróis improváveis da Primavera Árabe”.

“Penso que devemos evitar todos os excessos. Mas curtir a vida, sem paranóia, afinal ninguém vive para sempre.” (Filosofeno)

O Condor e o com dor



 O Condor e o com dor

Nos céu dos Andes desfila o Condor
Maior ave voadora do mundo
Magistral caçador alado
Enquanto isso pelas largas avenidas da minha Chapecó
Manquitola um velho reumático
Amaldiçoado também com dores nas juntas
E um danado bico de papagaio
Agarrado ao lombo como cria esfomeada ao bico da teta
A visão é de um belo Condor nos Andes
E de um velho com dor por aqui.


Vocês acham que Ilvania Ilvanete não existe? Pois é de carne e osso. Talvez até vá almoçar na sua casa hoje.

“Não tenho amigas, tenho escadas.” (Ilvania Ilvanete,a hipócrita)

“Adoro minha irmã Benaudete. Mas só porque ela me empresta dinheiro que sabe não irá mais receber.” (Ilvania Ilvanete)

“Puta eu nunca fui. Mas tenho tendência.” (Ilvania Ilvanete)

“Minha mãe queria que eu fosse padre. E eu saí um podre.” (Climério)

“Perguntam-me seguidamente se não tenho vergonha na cara. Respondo que já tive, mas perdi.” (Climério, o impossível.”

IMB-A esquerda progressista e a consagração da culpa

No início do século XX, o movimento progressista — à época, liderado pela esquerda americana — entrou em cena pregando o fascinante e sedutor evangelho da Libertação da Culpa.  Os indivíduos — proclamavam audaciosamente os progressistas — estavam reprimidos, inibidos e repletos de um massacrante sentimento de culpa pelo simples fato de estarem constantemente cedendo aos seus desejos e impulsos naturais.  A função autoproclamada dos progressistas era a de efetuar uma jubilosa remoção de todo e qualquer sentimento de culpa, sentimento esse que havia sido forçadamente incutido nas pessoas pela 'opressora moral religiosa', por padres e pastores. 
O hedonismo, a entrega irreprimível aos desejos e o fim de toda e qualquer sensação de culpa passaram a ser o comportamento preconizado.  Colocando em uma típica e repugnante frase da Revolução Sexual da década de 1960, "Se algo se move, acaricie e demonstre afeto".  O sexo, por fim, seria "apenas um gole d'água", algo natural e inofensivo.
No entanto, essa era da inocência e da ausência de culpa propugnada pelos progressistas durou, pelo que me lembro, aproximadamente seis meses.  Logo depois, as coisas se inverteram totalmente.  
Atualmente, toda a cultura progressista é caracterizada por um maciço sentimento de culpa coletiva.  Aquele cidadão que não rezar pela cartilha politicamente correta e não professar (nem que seja apenas da boca para fora) uma longa lista de culpabilidades solenemente declaradas é automaticamente rotulado de 'reacionário' e será naturalmente tido como um pária em sua vida pública. 
O sentimento de culpa é hoje onipresente, a tudo permeia e está difuso em todas as culturas e classes sociais.  E o que é ainda mais irônico: tudo isso foi imposto a nós pelos mesmos marotos que outrora prometiam uma fácil e irrestrita libertação de toda e qualquer sensação de culpa.  
Um breve resumo dos sentimentos que um indivíduo tem a obrigação de ter: sentimento de culpa pelo assaltante de rua, sentimento de culpa por séculos de escravidão, sentimento de culpa pela opressão e estupro de mulheres, sentimento de culpa pelo Holocausto, sentimento de culpa pela existência de aleijados, de cegos, de anões e de deficientes mentais, sentimento de culpa por comer animais, sentimento de culpa por estar gordo, sentimento de culpa por fumar, sentimento de culpa por não reciclar o lixo, sentimento de culpa por se locomover de carro e gerar poluição, sentimento de culpa por não usar bicicleta, sentimento de culpa por haver pessoas negras com renda menor que a sua, sentimento de culpa por estar "violando a santidade da Mãe Terra" e por aí vai.
Observe que esta culpa jamais é confinada a indivíduos específicos — por exemplo, aqueles que realmente escravizaram ou assassinaram ou estupraram pessoas.  A eficácia em se induzir culpabilidade nas pessoas advém justamente do fato de que a culpa não é específica, mas sim coletiva, podendo ser expandida e ampliada por todo o planeta e, aparentemente, ao longo de várias épocas, de modo incessante.
Antigamente, desprezávamos os nazistas por causa da sua doutrina de coletivização da culpa (a qual eles impuseram a judeus e ciganos); hoje, abraçamos esse mesmo conceito nazista como se ele fosse uma característica vital do nosso sistema ético.  Confinar a culpa apenas a criminosos específicos seria uma atitude que não geraria o efeito desejado justamente porque não caberia na nossa vigente doutrina do "vitimismo credenciado". 
Alguns grupos já adquiriram o status de "vítimas oficiais" — são aqueles que têm direito a tudo, principalmente ao bolso dos outros cidadãos, os quais, justamente por não estarem no grupo oficial das vítimas, estão consequentemente no grupo dos criminosos, e são os "vitimadores oficiais", normalmente homens brancos, heterossexuais e bem-sucedidos.
Destes vitimadores exige-se que sintam culpa e remorso pelas vítimas, e consequentemente — uma vez que não faz sentido se sentir culpado sem pagar por isso — assumam vários deveres e concedam infindáveis privilégios às "vítimas credenciadas", seja sendo pacificamente assaltado na rua, seja fornecendo vagas de trabalho ou em universidades por meio de cotas, seja concedendo salários sem nenhuma relação com a produtividade.
Simplesmente não há maneiras de um determinado indivíduo deixar de ser culpado.  E foi isso que nossos libertadores progressistas nos impuseram.  
Para piorar, toda essa vitimologia fez com que até mesmo o sexo deixasse de ser visto como algo livre de culpa: com a implacável diatribe feminista de que "o sexo explora as mulheres", e a furiosa mania do "deve-se usar preservativos em nome do sexo seguro", seria melhor simplesmente abolir todos esses modernismos e voltarmos para a boa e velha culpa cristã em relação ao sexo.  Certamente seria algo mais simples e pacífico.
Grande parte da atual onda politicamente correta não passa de uma demente tentativa de justificar e dar continuidade a um comportamento repugnante ao mesmo tempo em que se tenta substituir o comportamento decente por uma cornucópia de regras formais ditadas por progressistas.  O problema é que essas regras formais são o inverso das boas maneiras, pois são usadas como porretes para impor o desejo de alguns poucos sobre todos os outros — e tudo em nome da "sensibilidade". 
Mas uma hiper-sensibilidade é uma das maiores barreiras que podem ser impostas ao discurso civilizado e às relações sociais, e servem apenas para fazer com que as relações humanas voluntárias e francas sejam virtualmente impossíveis. 
Como em todos os outros aspectos da nossa pútrida cultura, a única maneira de remediar a situação é oferecer resistência e partir para o ataque frontal e total contra esses progressistas de esquerda indutores de culpa.  É nesse ataque que jaz a única esperança de reassumirmos o controle de nossas vidas e retomarmos nossa cultura do controle destes tiranos maliciosos.

Murray N. Rothbard (1926-1995) foi um decano da Escola Austríaca e o fundador do moderno libertarianismo. Também foi o vice-presidente acadêmico do Ludwig von Mises Institute e do Center for Libertarian Studies. 

Chapecoense permanecerá na A em 2015. Valeu diretoria!

Nossa Chapecoense permanecerá em 2015 na Série A do Brasileiro. A diretoria está de parabéns. Manteve os pés no chão, sem fazer loucuras trabalhou muito para que isso fosse possível. Muitas vezes criticados, não extrapolaram as finanças do clube. O Verdão segue enxuto para 2015.

“Parece que ninguém mais quer ser infeliz sozinho, sempre arranja um jeito para infelicitar outros.” (Filosofeno)

“A melhor amiga do cachorro-quente é a salsicha.” (Pócrates)

“O melhor amigo do homem é o cão, já para nós restam poucas alternativas.” (Bilu Cão)

“Na juventude vivi a fase do romantismo. Agora estou curtindo o momento do reumatismo.” (Nono Ambrósio)

“Há sonhos tão bons que é frustrante acordar.” (Mim)

Crise

“Antigamente quando me chacoalhavam caíam moedas. Hoje nem isso.” (Climério)

"Não pretendo morrer perguntando se a minha vida valeu a pena." (Filosofeno)

"Nossos grandes erros são cometidos quando pensamos que não somos mais tolos." (Filosofeno)