segunda-feira, 15 de junho de 2015

A FRENTE SOCIALISTA DOS PALESTRANTES MILIONÁRIOS por Guilherme Fiuza. Artigo publicado em 15.06.2015

Publicado originalmente na Revista Época
Enquanto a Polícia Federal descobre R$ 4,5 milhões pagos por uma empreiteira a Lula, o PT lança a candidatura presidencial do filho do Brasil com uma "guinada à esquerda". Coerência total: o dinheiro da empreite ira; segundo o Instituto Lula, era para "erradicar a pobreza e a fome no mundo". É um projeto ambicioso, mas pode-se dizer que já está dando resultado, com a erradicação da fome da esquerda por verbas e cargos. Uma fome de cada vez.
O discurso preparado pelo PT para seu Congresso em Salvador inicia a arrancada para dar ao Brasil o que ele merece: a volta de Lula da Silva em 2018. Com sua consciência social e convicção progressista, o Partido dos Trabalhadores salta na trincheira contra o neoliberalismo, assumindo sua vocação de governo de oposição - o único no mundo. O truque é simples, e vai colar de novo: a vida piorou e o desemprego voltou por causa "da crise global do capitalismo", esse monstro que infiltrou Joaquim Levy no governo popular. Lula voltará à Presidência para enxotar novamente essa maldição capitalista (bancado pelo socialismo das empreiteiras amigas).
O gigante se remexe na cama, mas a armação dos companheiros definitivamente não atrapalha seu sono. ÉPOCA mostrou o ex-operário trabalhando duro pelo sucesso internacional da Odebrecht, a campeã de financiamentos externos do BNDES.Revelou que o Ministério Público investiga o ex-presidente por tráfico de influência. Vem a Polícia Federal e flagra as planilhas da Camargo Corrêa, investigada na Operação Lava Jato, com uma média anual superior a R$ 1 milhão em transferências para Lula (Instituto e empresa de palestras) desde que ele deixou.a Presidência. E o gigante ronca.
O Brasil não se incomoda com a dinheirama entregue a Lula. É uma ajudinha ao grande líder para que ele combata a pobreza no planeta,' qual o problema? Nenhum. A não ser para essa elite branca invejosa, que acha estranho - o dinheiro vir .de empreiteiras que têm como cliente o governo no qual Lula manda.
Os petistas, como se sabe, são exímios palestrantes e consultores. Destacam-se nessa arte estrelas como o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e o ex-ministro Antonio Palocci, ambos consagrados por suas consultorias mediúnicas milionárias. Lula deve ter passado seus oito anos no Palácio do Planalto treinando duro, porque saiu de lá em ponto de bala. Não é qualquer um que chega a Moçambique, faz uma palestra e embolsa R$ 815 mil- pagos à vista por uma empreiteira brasileira. Deve ser isso o paraíso socialista: empresários pagando fortunas a iluminados por palestras em outro continente, para a construção de um mundo melhor.
Assim fica fácil salvar o Brasil da crise global do capitalismo, conforme a plataforma do PT no seu 5º Congresso Nacional. Com a assinatura da delação premiada de Júlio Faerman, ex-representante da empresa holandesa SBM, os brasileiros entenderão ainda melhor como o capital internacional elitista e malvado escorre docemente para o bolso dos defensores do povo - através das fantásticas operações socialistas envolvendo a maior estatal do país. A Petrobras é uma mãe - e se você não está na ninhada é porque não se filiou ao partido certo.
A inflação bate 8,5%, e o milagre brasileiro (da miopia) permite que a presidente da República assegure, tranquilamente, o respeito à meta - que é de 4,5%. Quem quiser chamá-Ia de mentirosa assegurando o respeito ao que ela diz, portanto, estará dentro da margem de erro. Mas ninguém fará isso, porque o Brasil adormeceu de novo, em bloco. A recessão iminente, a escalada do desemprego e o consequente aumento da violência urbana - com tiros e facadas democraticamente distribuídos nas capitais do país - são problemas que a nova Frente Popular vai resolver em 2018,com Lula lá. Duvida? Então procure saber o tamanho do caixa que a frente de palestrantes e consultores formou nos últimos 12 anos, com o mais sórdido dos cúmplices: a opinião pública brasileira.
A reeleição de Lula após o mensalão permitiu a ascensão de Dilma. A reeleição de Dilma após o petrolão permitirá a volta de Lula. A divertida gangorra prova que o crime compensa. A não ser que... Melhor não falar, para não perturbar o sono do gigante.
 

A IMBECILIZAÇÃO SELETIVA por Luis Milman. Artigo publicado em 16.06.2015

Sabemos que dos anos 60 para cá, a mentalidade confessional-esquerdista no Brasil só se faz consolidar. Uma das suas consequências destacadas, ainda que indireta, é a formação de um consenso sobre a idiotia do pensamento de direita, seja ele conservador ou liberal. Na mesma proporção em que vem se propagando pelos meios cultural e político, o confessionalismo esquerdista faz crer que as alternativas a ele são meramente reacionárias, ou - o que é pior- mesmo fascistas; e, por isso, não devem sequer ser estudadas ou debatidas, pelo seu primitivismo.
A mentalidade confessional conseguiu injetar, desde o meio escolar até o meio culto, a noção segundo a qual estar ao lado da direita é defender posições torpes, como a desigualdade social, a exploração dos pobres, a discriminação dos negros e a manutenção de posições de poder econômico e político, para ficar nisso. Logo, não pode existir, neste ambiente degradado, um pensamento sofisticado e antagônico ao pensamento de esquerda. Somente este deve ser discutido, estudado e praticado. A pregação da linha justa inicia-se nas escolas, por meio de professores de história e ciências sociais; e são raríssimos os casos em que se oferece, a estudantes universitários, informação básica sobre pensadores não-marxistas, todos eles taxados de irrelevantes, menores e indecorosos.
O resultado deste fenômeno é a colonização das consciências por um esquematismo marxista, a todo momento e de todas as formas, reproduzido nos meios de comunicação e na Universidade. Você deve cultuar Marx, Lênin e Trotski, admirar Rosa de Luxemburgo, Luckás, Gramsci e Sartre. Foucault e Althusser são inexcedíveis. Adorno, Marcuse e Habermas, incontestavelmente profundos. Chomsky é inigualável. Até mesmo Tarso Genro,Frei Beto e Leonardo Boff são considerados intelectuais de respeito.
E quanto ao outro campo? Não há nada de inteligente nele e, por isso, é sequer mencionado. Ou quem discute, no ambiente culto brasileiro, Leo Strauss, Isaiah Berlin, Eric Voegelin, Raimond Aron, Roger Scruton, Fernand Broudel, Paul Johnson, Russel Kirk ou Jean Fraçois Revel, para ficar apenas em alguns nomes contemporâneos do pensamento "de direita?" Se são de direita, são certamente reprováveis in limine pelo subconsciente coletivo, abduzido por décadas de militância confessional-esquerdista, sem oposição e com a consequente imbecilização do país.

“Política no Brasil é a arte subtrair do povo trabalhador em geral para somar na conta dos eleitos.” (Mim)

E o Jô? De humorista para bajulador de inúteis. Que mala!

Dilma já foi no Programa do Jô. Quanto ela irá para os quintos dos infernos?

“O sangue está na mesa: Assista os jornais da Record.” (Filosofeno)

MODISMOS

“Há tantos modimos por aí, coisas fúteis sem pé nem cabeça que nada acrescentam para nossas vidas. É necessário filtrar informações, escolher bem o que vamos ver e ouvir, senão a vida passa e acabamos não aprendendo nada.” (Filosofeno)

“Muitos pensam que bebem, quando na verdade quem está bebendo eles é o álcool.” (Mim)

“Homens que não saem de bares não estarão colocando o Ricardo em seus lares?” (Pócrates, o filósofo dos pés sujos)

“Os úteis cursos dados nos bordéis custam caro.” (Climério)

“Um pai deve ensinar aos filhos coisas úteis e dar bons conselhos. A bagaça eles aprendem por conta.” (Climério)

“Nunca estive em outros lençóis, aonde vou sempre levo o mesmo.” (Climério)

“Carregar chifres com resignação não é para qualquer um, é preciso muita coragem.” (Climério)

TROFÉU SAFADO AO QUADRADO: Para o sujeito que leva a amante pra casa e apresenta como prima.

“O coração do povo é de Jesus. Mas o dízimo é do Santiago, do Edir, do RR. Soares...” (Limão)

“Eu não como carne na Sexta-Feira Santa, como peixe. Mas não é pelo dia santo, é pelo peixe.” (Mim)

Dois irmãos

Dois irmãos, Jarbas e Edno. Jarbas colocou uma escada na parede e subiu no telhado. Lá ficou dançando por horas, por vezes numa perna só.
Jarbas é louco.
Edno tomou todas, pegou seu automóvel e saiu em disparada. Encontrou uma árvore no caminho e se arrebentou todo.
Edno é burro.

“Quando criança eu tinha pesadelos com o diabo. Agora quem me assombra é Dilma.” (Eriatlov)

“O esforço que Nicolás Maduro faz para pensar é tão grande que toda vez que ele pensa lhe cai um dente.” (Eriatlov)

“Sem o mérito como incentivo todos dormem até mais tarde.” (Mim)

Jeitinho venezuelano: falência do estado e o custo proibitivo da legalidade


Jeitinho venezuelano: falência do estado e o custo proibitivo da legalidade

Restaurante ilegal na Venezuela: sobrevivência não é mais viável dentro da lei. Fonte: GLOBO
O que veio primeiro, o ovo ou a galinha? O mesmo tipo de “questão filosófica” pode ser aplicado ao jeitinho. Ele é fruto da cultura, e por isso produz instituições falidas? Ou ele é o resultado de instituições legais perversas que vão empurrando as pessoas de bem para a informalidade e a ilegalidade? Provavelmente um misto das duas coisas, em eterna simbiose.
É o que podemos inferir da triste realidade venezuelana hoje. Os “socialistas do século XXI” chegaram ao poder e declararam guerra ao capitalismo, ao lucro, aos empresários, às desigualdades. Queriam criar (novamente) o “novo homem”, altruísta, abnegado. O resultado foi o único possível, esperado por todos com bom senso e conhecimento histórico: um rastro de escravidão e miséria, os únicos “produtos” socialistas.
E o que faz a população, acuada, imersa no caos econômico, na violência que resulta desse estado falido? Dá seu jeito. Se vira. Apela para a informalidade, para a ilegalidade, uma vez que o custo da legalidade é proibitivo num país desses. É o que mostra a reportagem do GLOBO:
A violência, a crise econômica e a escassez de alimentos têm tornado cada vez mais comum a existência de restaurantes clandestinos em Caracas, capital da Venezuela. Tal como aconteceu na década de 1990 em Havana, Cuba — quando foram batizados de “paladares” — com a abertura de negócios privados, os estabelecimentos ficam no fundo de casas, e os endereços não são amplamente divulgados por medo de repressão. É tudo muito escondido e a propaganda acontece no boca a boca.
Chefs e proprietários de restaurantes afirmam que é muito difícil manter um estabelecimento de maneira regular no país por causa do controle do governo, da inflação exorbitante e também pela escassez dos alimentos. E, por isso, não existem pratos fixos. A cada noite, uma opção diferente. Os valores também variam por conta da recessão econômica. Os locais são clandestinos, mas oferecem pelo menos uma vantagem ao cliente: o aumento da criminalidade tem forçado as pessoas a procurarem estabelecimentos privados e seguros.
[...]
Segundo o jovem, na tentativa de estocar alimentos para o restaurante clandestino, Emiliano passa horas visitando diferentes fornecedores, devido à escassez generalizada que atinge a economia do país há dois anos. Recentemente, ele comprou carne no valor de 1.660 bolívares o quilo. Há seis meses, custava 600. O aumento faz parte da realidade da Venezuela, onde a inflação anual oficial foi de 69 % no ano passado. E deve aumentar ainda mais. Diante desse quadro, é comum ver nos menus, os preços dos pratos rabiscados e atualizados com frequência pelos garçons.
Muitos destes novos locais cobram em dólar, desrespeitando as leis locais, mas seguindo uma tendência de que a moeda estrangeira é cada vez mais a base das operações. 
[...]
— Eu “estou” contrabandista. Trago comida da Índia, França, Indonésia, Espanha. Você não pode ser legal em um país onde tudo é ilegal — revelou Moreno.
Esse tipo de solução criativa, porém ilegal, é bastante conhecida pelos brasileiros. Nunca chegamos a adotar o socialismo aqui, como em Cuba ou na Venezuela (e não foi por falta de desejo da esquerda radical, e sim pela resistência oferecida pelos militares com o apoio dos brasileiros). Mas temos tanta intervenção estatal, tantas regras absurdas e arbitrárias, tanto poder concentrado no estado, que o efeito acaba sendo parecido.
As pessoas “dão um jeito” de burlar os obstáculos criados pela burocracia, pelos altos impostos, pelo controle minucioso por parte do governo. Se todas as regras fossem aplicadas, a maioria das empresas fechava as portas, especialmente as menores. A informalidade é o ar rarefeito que os indivíduos e empresas respiram pela asfixia causada pelo excesso de estado.
O problema é que essa reação vai se inserindo na cultura, e vice-versa: a cultura do “jeitinho” vai moldando as instituições falidas. O resultado é bem conhecido: total ausência de império das leis, um “vale tudo”, um “salve-se quem puder” que destroça qualquer confiança nas regras do jogo. O custo econômico disso é alto demais, é o que separa um país desenvolvido de outro do Terceiro Mundo.
Só há uma solução: trabalhar em conjunto para mudar a cultura, a mentalidade vigente, e ao mesmo tempo reformar as instituições, para criar regras mais claras do jogo, válidas igualmente para todos, com um custo menor para a legalidade. Ou isso, ou caminharemos na direção da Venezuela, que caminha a passos largos na direção de Cuba…
Rodrigo Constantino

Enquanto presos políticos fazem greve de fome na Venezuela, Dilma recebe braço-direito do ditador Maduro

Primeira notícia: O dirigente opositor venezuelano Leopoldo López, líder do partido Vontade Popular (VP), completou ontem três semanas de greve de fome, iniciada para exigir, principalmente, a liberdade dos mais de 80 presos políticos no país e a definição da data em que serão realizadas as próximas eleições legislativas, este ano, além do fim da perseguição e da censura. López está detido desde fevereiro de 2014 na prisão militar de Ramo Verde, e a deterioração de seu estado de saúde preocupa a família, a oposição venezuelana, Igreja, governos estrangeiros, movimentos sociais, organizações internacionais e até mesmo o Vaticano. As pressões internacionais e gestos de solidariedade são cada vez mais intensos.

Segundo meios de comunicação locais, pelo menos cem venezuelanos, entre eles vários presos, somaram-se à greve de fome lançada por López. Seus familiares, após três semanas de isolamento (o dirigente foi castigado por ter um celular em sua cela), foram novamente autorizados a entrar na prisão no fim de semana passado. [...] — Precisamos da ajuda internacional, principalmente de países como o Brasil, para que possa ser alcançada uma saída pacífica para esta crise. Nossas demandas são democráticas e sensatas — defendeu Vecchio. — O Brasil deve entender que esta perseguição tem um lado político e outro humanitário. Esta campanha não pode ser justa se Maduro prende opositores — enfatizou Vecchio. — Fazemos um chamado ao governo Dilma: o Brasil pode ajudar para que a saída seja pacífica. A mãe de Leopoldo endossa o chamado: — Na Cúpula das Américas, ela (Dilma Rousseff) disse que não podem existir presos políticos numa democracia. Esperamos que a presidente brasileira faça uma intermediação.

 Segunda notícia: Nos últimos dias, Adriana e Diana López, irmãs de Leopoldo López, recolheram quase 32 mil assinaturas a favor de uma inspeção internacional nas prisões venezuelanas. Ambas solicitam audiência a autoridades da Organização de Estados Americanos (OEA) e da União de Nações Sul-americanas (Unasul). Ao GLOBO, Adriana, que vive nos EUA, denunciou que “os mais de 80 presos políticos venezuelanos estão sendo tratados de forma desumana”. Um dia após a mãe, Antonieta, ter visitado López depois de três semanas de isolamento, Adriana assegurou que ele está “muito magro, perdeu musculatura, mas continua sereno e disciplinado”. Terceira notícia: A presidente Dilma Rousseff recebeu, sem registrar na agenda oficial, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, na sexta-feira (12) no Pálacio da Alvorada.

 Apesar de o Planalto ter evitado noticiar o encontro, a reunião ganhou destaque no site do Legislativo venezuelano, que exibiu neste sábado (13) imagens de Dilma ao lado do segundo nome mais importante do chavismo. Cabello esteve no Brasil comandando uma “comitiva de alto nível enviada pelo presidente Nicolás Maduro”, segundo descrição do site venezuelano. Dilma, como sabemos, recusou-se a receber as esposas dos presos políticos, que tentaram audiência com o governo. Pois é, caro leitor, fica bem claro de qual lado está o governo Dilma nessa história toda. Se fosse neutro já seria indecente, imoral. Mas nem isso é. Toma partido, e toma o partido errado, do ditador venezuelano, do tiranete que persegue opositores, que prende pessoas por criticarem seu governo fracassado.

Greve de fome? Isso não sensibiliza o PT quando não é algum terrorista ou bandido fazendo. Esqueceram da reação de Lula ao visitar Cuba durante a morte de um preso político que fazia greve de fome? O ex-presidente comparou o dissidente político, cujo único “crime” fora discordar do regime ditatorial de Fidel, aos bandidos comuns presos em São Paulo! É assim que o PT reage aos que lutam contra as ditaduras dos seus camaradas. E ainda tenta vender a imagem de que defende a democracia! Quem ainda consegue fingir que os petistas têm verdadeiro apreço pelo regime democrático? O que fizeram no congresso de Salvador semana passada? Ovacionaram por minutos o ex-tesoureiro do partido, preso e acusado de corrupção.

O PT oficialmente, na voz de seu presidente, e endossado pelos membros no congresso, aplaude a corrupção e cospe na democracia. Afinal, os desvios do petrolão foram para perpetuar o partido no poder, um projeto “nobre”, que tudo justifica. Sei que posso parecer repetitivo às vezes, mas é que os petistas não cansam de insistir nos mesmos pontos. Logo, preciso repetir uma vez mais: hoje em dia, diante de tudo que já veio à tona, quem ainda defende o PT sofre de sérios desvios de caráter. Não há mais explicação alternativa!

 Rodrigo Constantino

Não Rio mais… Ou: A decadência moral de um povo

Morando fora do Brasil por um tempo, toda crítica tem que ser feita com cautela redobrada. Alguns podem ficar com a impressão (errada) de que estou cuspindo em minha “cidade maravilhosa” pois não vivo mais nela, o que seria falso. Eu já cuspia antes! Na verdade, não era bem um cuspe, e sim uma onda de desabafos, de ataques desesperados, mas construtivos, como um pai faria com seu filho no caminho errado das drogas. O Rio virou uma droga!
Não vou dizer que a violência, a degeneração moral, o vandalismo e tudo mais são coisas novas. Não são! Não caio na falácia dos saudosistas, de idealizar um passado inexistente. Mas as coisas estão piorando sim, e fechar os olhos para elas não vai resolver o problema. Ao contrário: vai agravá-los. Vejamos um caso “isolado”, porém sintomático, que consta hoje na coluna de Ancelmo Gois:
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Gangue não é coisa nova, e havia briga entre elas desde os tempos do meu pai, senão antes. Mas de adolescentes com 12 anos? Da Barra e do Recreio, ou seja, de classe média ou alta? Creio que há uma deterioração aqui, fruto de uma mentalidade cada vez mais distorcida, falta de valores, limites, e com um péssimo exemplo vindo de cima. Se o país colocou na presidência da República, por quatro vezes, o PT corrupto, então como educar os filhos sobre o certo e o errado? Fica mais complicado.
Aqui na Flórida tenho conversado com alguns brasileiros, e todos eles citam essa questão moral como fator importante, quiçá decisivo, para a escolha de “abandonar” família, amigos e pátria para buscar mais civilização. A violência é fundamental nessa decisão, pois quem não deseja oferecer mais segurança para os filhos? Mas não é “apenas” isso, o direito básico de ir e vir, de parar num sinal de trânsito tranquilo. É, também, o ambiente intelectual intoxicado do Brasil em geral e do Rio em particular, capital nacional da esquerda caviar.
Essas pessoas não aguentavam mais ver artistas e “intelectuais” passando a mão na cabeça de marginais como se fossem vítimas da sociedade. Não aguentavam mais ver as letras chulas de funk serem retratadas como “alta cultura” pela mídia. Não suportavam mais ver os próprios filhos pedindo para tocar essas “músicas” nas festas, ou indo a festas que tocam essas “músicas”. Não tinham mais paciência para “professores” que eram, na verdade, militantes disfarçados, enfiando socialismo goela abaixo das crianças indefesas.
Em artigo publicado hoje no GLOBO, o jornalista Roberto Muggiati desabafa sobre o Rio que viu mudar ao longo de 50 anos de vida na cidade:
Ia-se à praia impunemente, colhia-se tatuí para comer frito com caipirinha. À meia-noite do réveillon, alguns gatos pingados iam tranquilamente à orla de roupa branca celebrar Iemanjá. Arrastão era um tipo de pesca, canção de festival ou meia feminina. Todo esse mundo ruiu estrepitosamente algumas décadas atrás no “verão do arrastão”. Aconteceu de repente, num rutilante domingo de sol, céu azul e quarenta graus à sombra, com hordas de assaltantes ferindo impiedosamente velhos, crianças e grávidas.
A partir daí, a violência só fez crescer na cidade. Frequentador do Theatro Municipal, joia arquitetônica e templo da música, hoje vejo os elegantes cultores das sinfônicas europeias e dos solos de piano de Lang Lang e Keith Jarrett, saírem correndo antes do bis e disputarem a tapa o táxi que os leve ao teto salvador. Pouco tempo atrás, até que era chique ir ao Municipal de metrô. Os recentes arrastões noturnos em estações da Zona Sul, com os passageiros à completa mercê dos bandidos, desfizeram esse sonho de primeiro mundo.
Em artigo bem ao lado, o sociólogo Carlos Alberto Rabaça fala da cultura da transgressão no país, que é bastante presente na vida dos cariocas também:
Uma sociedade que, em seus altos círculos e em seus níveis médios, é composta de uma rede de quadrilhas não produz homens de sentido moral acentuado. Uma sociedade que é apenas superficial em seu exercício democrático não produz homens de consciência. Uma sociedade que limita o sentido do “êxito” ao dinheiro grosso e que eleva os recursos públicos ao plano de um valor particular, produzirá o negocista impiedoso e o negócio escuso. É claro que pode haver homens corruptos em instituições honestas, mas quando as instituições também corrompem muitos homens que vivem e trabalham nelas, então são necessariamente corruptas.
O esgarçamento moral do nosso país é a coisa mais triste que vemos atualmente. A corrupção, a violência, o vandalismo, os adolescentes “rebeldes”, tudo isso já existia. Mas as coisas estão piorando. Ao menos é essa a sensação de boa parte da população. E isso é mortal, pois retira a esperança num futuro melhor. Algo muito preocupante…
Rodrigo Constantino

NOTÍCIA DE UM VELÓRIO ANUNCIADO- GM, segunda maior montadora do país, paralisa toda a produção de veículos

PRA QUEM FOI NO LERO-LERO DE DON SAPEONE- Endividamento das famílias é o maior em dez anos, diz BC Volume de dívidas chegou a 46,3% da renda, o maior porcentual da série histórica

“Não respire. A imbecilidade está no ar.” (Mim, o filósofo dos quebrados)

O passeio de Stálin

Stálin decide um dia sair e ver como tudo realmente está. Então ele coloca um disfarce e sai do Kremlin.

Depois de um tempo ele vagueia em um cinema. Quando o filme termina, toca o hino soviético e uma enorme imagem de Stalin aparece na tela. Todo mundo se levanta e começa a cantar, com exceção de Stálin, que permanece presunçosamente sentado.

Um minuto depois, um homem atrás dele se inclina para a frente e sussurra em seu ouvido: "Olha camarada, todos nós nos sentimos exatamente da mesma maneira que você, mas confia em mim, é muito mais seguro você se levantar.”

Magna Thatcher



Hoje, a Magna Carta inglesa faz 800 anos. Os jornais escreveram extensamente sobre o documento que é a semente da garantia dos direitos individuais, base da moderna democracia. O Antagonista só gostaria de lembrar como a Magna Carta foi mencionada por Margaret Thatcher, em 1989, em entrevista ao Le Monde, pouco antes da ofuscante comemoração dos 200 anos da Revolução Francesa.

Le Monde: O que a senhora pensa da ideia segundo a qual os direitos do homem começaram com a Revolução Francesa?

Margaret Thatcher: Os direitos do homem não começaram com a Revolução Francesa. Eles remontam à tradição judaico-cristã que proclamou a importância do indivíduo e o caráter sagrado da pessoa humana e de certos direitos dos indivíduos que governo nenhum pode retirar-lhes. Nós tivemos em seguida a Magna Carta, em 1215, e a nossa Revolução Gloriosa de 1688, quando o Parlamento impôs a sua vontade à monarquia. Aliás, nós celebramos, mas discretamente, esse acontecimento no ano passado. Decerto não foi uma revolução, mas uma mudança dentro da calma, sem banho de sangue. Liberdade, Igualdade, Fraternidade! É a fraternidade que faltou durante muito tempo. Só havia sete prisioneiros quando a Bastilha foi tomada... É inacreditável que tenha havido o Terror. Certos argumentos que foram utilizados na época, como o de que os contrarrevolucionários deveriam ser exterminados, soam familiares hoje. É a linguagem dos comunistas. E, depois, vocês tiveram Napoleão, um homem notável, do qual não se celebram suficientemente as inovações administrativas e jurídicas, e que tentou unificar a Europa pela força. Só nos livramos dele em 1815. Não, os direitos do homem não começaram na França. A Revolução foi uma virada fantástica, mas também um período de terror.



Fizemos antes e melhor, frogs

O Antagonista

A culpa deve ser da imprensa- Mercado eleva projeção da inflação para 8,79%

“Meu fígado tomou um vareio de costelinha de porco frita que agora não posso ver nem porco vivo sem sentir náuseas.” (Fofucho)

“Resultado do meu exame de colesterol: Bacon 10 x Coração 1.” (Fofucho)

“Nunca fui muito competitivo. O único título que ganhei da infância foi o de Maior Comedor de Sorvete Seco da Vila Sapo.” (Fofucho)

A LENTA AGONIA DO POPANÇUDO- Rendimento da poupança nos últimos 12 meses é o pior desde 2003

“Ria, aproveite que ainda é de graça.”(Climério)

“Não pense encontrar a paz no álcool ou nas drogas. Será apenas um momento de ilusão antes de cair no abismo.” (Filosofeno)

Corrigindo

Quando Lenin interpelou Stalin

-Camarada Stalin, o Sr. fuzilaria 10 pessoas em nome da revolução?

-- Mas é claro que sim, camarada Lenin!

-- E diga-me, meu filho. Pela mesma causa fuzilaria 10.000 pessoas?

-- Sem dúvida, camarada Lenin!

-- Pois bem. E se, pela causa revolucionária, fosse necessário fuzilar 10 milhões de pessoas? O Sr. o faria? -- perguntou Lenin encarando rapidamente o interlocutor com um malicioso sorriso no rosto.

-- Faria camarada Lenin!

-- Calma, meu filho. É exatamente nesse ponto que preciso corrigi-lo.


“Não gosto de andar no meio da multidão. A multidão é um monstro sem cabeça que pode sofrer convulsões.” (Filosofeno)

“Se os estúpidos não fossem maioria precisaríamos de tantas campanhas de educação para o trânsito? (Climério)

As próximas sextas-feiras de Jô Soares



A entrevista de Jô Soares com Dilma Rousseff, informa Lauro Jardim, "rendeu sete pontos de audiência à Globo, de acordo com dados prévios do Ibope para a Grande São Paulo. Nas duas sextas-feiras anteriores, o programa alcançou cinco pontos".

A questão é saber qual será a audiência de Jô Soares nas próximas sextas-feiras, depois que seu programa foi contaminado por Dilma Rousseff. Quatro pontos? Três? Dois?

O Antagonista

Michel Temer presidente



A Folha de S. Paulo diz que "Eduardo Cunha avisou a aliados que vai reforçar 'cada vez mais' suas críticas ao PT, rumo a um rompimento entre as duas siglas, considerado 'quase inevitável'”.


O plano - quase inevitável - é: Michel Temer presidente.


O Antagonista

“Meu marido é muito antigo, mas muito! Ontem me mostrou uma carta que recebeu da Princesa Leopoldina.” (Eulália)

“O Estado é o maior cafetão do mundo.” (Eriatlov)

LULA DESDENHA DE EVENTUAL BUSCA E APREENSÃO

O ex-presidente Lula disparou telefonemas a aliados no Congresso para afirmar que “não vai passar disso” a descoberta de que, por meio da sua ONG Instituto Lula e da sua empresa Lils (iniciais de Luiz Inácio Lula da Silva), recebeu R$ 4,5 milhões da empreiteira Camargo Corrêa, acusada de roubar a Petrobras, fraudando licitações e contratos e subornando autoridades. Parece confiante que nada lhe acontecerá.Lula deu risada quando um senador do PMDB lembrou a que poderia ser alvo de mandado de busca e apreensão em sua casa e empresas.

CH

“Dilma é a única pessoa no mundo que consegue ler livros sem abri-los. Uma pessoa que lesse tanto não teria o português tão sofrível. Marketing!” (Mim)

A GAZETA DO AVESSO- Novo ranking da educação mundial coloca o Brasil em 1º lugar e Venezuela em 2º.