segunda-feira, 6 de agosto de 2018

MOSCA NA SOPA


Um homem taciturno entrou no restaurante e pediu uma sopa de cebolas. Logo que a sopa foi servida uma mosca pousou na sopa ainda quente. O taciturno então chamou o atendente e mandou levar a sopa embora. Disse que iria comer apenas a mosca, mas que pagaria pelo prato todo. E passou a voltar todos os dias para pedir o mesmo. E nada falava além do essencial. O que se sabe é que em poucos dias todas as moscas que moravam no estabelecimento trataram de dar no pé, ou melhor; bateram asas para bem longe. O cliente diante da ausência delas imediatamente deixou de frequentar o estabelecimento.


O VELHO INIMIGO


Sentou-se na cadeira do barbeiro José um velho inimigo. Por certo não lembrava mais de José, afinal se passaram quarenta anos. O barbeiro afiou bem a canalha, testou o corte e chegando bem pertinho do rosto não se conteve e meteu um beijo na boca do antigo desafeto. Já o cliente refeito do susto, apresentações e pazes feitas, barba bem aparada, foram os dois até o Bar do Luiz para rir com velhas histórias de suas vidas.


UMA NOVA VIDA


Naquele dia Arnaldo estava um traste. O céu era marrom, a saliva tinha fel. Queria um abismo só para chamar de seu. Chegou em casa e foi direto para o canil. Mandou o Duque para dentro da residência e se deitou na casinha do cão. Espreguiçou-se, lambeu os beiços e passou a roer um osso. Antes da meia-noite já estava latindo para os passantes.
                                                                


“O pior inimigo é aquele que bem te conheces. ” (Filosofeno)



“Há caminhos para todos os lugares, e também existem caminhos que levam a nenhum lugar. ” (Filosofeno)



“Um relacionamento que se expressa entre tapas e beijos tem tudo para terminar em tragédia.” (Filosofeno)


“Não há humano sem segredos.” (Filosofeno)


“É bom não dar ouvidos para o que dizem os conselheiros de boteco. No mais das vezes suas vidas vão mal e porcamente.” (Filosofeno)


“Conhecendo alguns humanos como Lula e Maduro pergunto por que os porcos não são mais considerados.” (Filosofeno)