quinta-feira, 6 de outubro de 2016

O SUPERSTICIOSO

Virgulino era o cão de supersticioso. Sempre levantava da cama com o pé direito e não saía de casa sem antes consultar o horóscopo. Naquela manhã caminhava pela rua do comércio quando se deparou com uma escada erguida e um gato preto debaixo dela. Não pensou duas vezes: saiu da calçada e contornou pela pista. Mas levou azar o Virgulino: foi atropelado por uma carroça puxada por um burro. No hospital, com pernas e braços quebrados, ficou pensando se não era ele quem deveria estar puxando a carroça.

NAVE ESPACIAL EXPLORATÓRIA URSA MAIOR ANO 2050-262º DIA

Relatório nº 5556
Comandante: Nervo A.F. da Pele

Realizamos hoje contato com o povo PETHISTA, que domina o Planeta P. Seu líder máximo é o Rei Molusco, conhecido por aqui como “O Grande Leitor.” Tal como em nosso planeta o povo daqui mora em edifícios, casas e barracos. Gostam de propinas e boquinhas em órgãos do governo e quando descobertos não ficam nem um pouco constrangidos. São especialistas em caluniar adversários políticos sem provas, e fazem todo tipo de maracutaias, confiando na lentidão da justiça para que os processos contra eles caduquem. Fisionomicamente são parecidos conosco, salvo pequenas diferenças. Observei que eles possuem o pescoço duro e não conseguem jamais incliná-lo para enxergar o próprio rabo. Também possuem uma língua comprida, passando de meio metro. Para poder dominar por muitos anos o planeta P, o povo PETHISTAS fez acordo com um monstro hibrido chamado de PMDB, bicho horrível de muitas cabeças, sendo a mais nociva a horrenda cabeça chamada de “Marimbondos de Fogo.”



EXEMPLAR

 Até completar trinta anos Vitor viveu por conta dos pais. Eles mortos, resolveu procurar emprego. Conseguiu de vigia diurno numa grande empresa de pneus. Trabalhou bem na primeira semana. No oitavo dia tirou folga por conta própria. No nono dia pediu um vale pela manhã e adiantamento de férias pela tarde. No décimo dia chegou à conclusão que trabalhar era cansativo. No décimo primeiro saiu do emprego e foi atrás de criar um sindicato.

“Quando acordo todas as manhãs aguardo pelo sol, não pela tempestade.” (Filosofeno)

Prole

“Crescei e multiplicai-vos. Caso contrário de onde virão os pagadores de dízimos?” (Mim)

Do Baú do Janer Cristaldo-UNIVERSIDADE PÚBLICA ASSUME VIGARICE

Em 2003, o Ministério da Educação autorizou o funcionamento em São Paulo da Faculdade de Teologia Umbandista (FTU). Da grade curricular constam Botânica Umbandista, Fundamentos de Psicologia Geral e Umbandista, Biologia Geral e Espiritual. Donde se conclui que deve também existir uma botânica católica, outra judia, outra luterana e assim por diante. As botânicas florescerão com o mesmo viço das profissões de fé. Idem no que diz respeito à psicologia. Quanto à biologia espiritual, é de perguntar-se qual será a natureza do material estudado pelos professores. Seres etéreos, evanescentes, inefáveis?

Em janeiro de 2004, a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, sancionou lei que permite a oferta, na rede de saúde, de "terapias naturais" não reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina, como aromaterapia e cromoterapia, fitoterapia (tratamento com plantas), terapia floral, geoterapia (terapia com terra, argila, barro), e até a iridiologia.

Não bastassem tais vigarices serem elevadas ao status de ciência, a Universidade de Brasília criou um curso de Astrologia, promovido pelo Núcleo de Estudos dos Fenômenos Paranormais, que se dedica ainda a outros temas do gênero, como ufologia e conscientologia, seja lá o que isto quer dizer. As lições de astrologia duram quatro meses. Os estudantes, a maioria com diploma universitário, vêm das mais diversas áreas - da psicologia à física. Os 20 alunos da sétima turma começaram os estudos na semana passada.

Que ousados executivos do Além queiram dourar seus ofícios com diploma de nível superior entende-se. Claro que em breve teremos doutores em Teologia Umbandista e - por que não? - faculdades de Teologia do Candomblé. Isso sem falar nos mestres e doutores astrólogos. Mais um pouco, e o senador comunista Artur da Távola verá seu sonho realizado, a regulamentação da profissão de astrólogo.

O que pasma é ver o MEC endossando tais excrescências. Verdade que a coisa começou há muitos séculos. Quando, na Idade Média, surgiram os primeiros cursos universitários de Teologia, as portas estavam abertas para toda e qualquer especulação. Teologia é a ciência do conhecimento de Deus. Isto é, do conhecimento do que não existe. Se os católicos têm uma ciência do que não existe, porque umbandistas e astrólogos não a teriam?

sexta-feira, setembro 22, 2006

Doutor Alceu

“Só Deus sabe que fiz o diabo para ser amigo do nosso Tristão de Athayde. Durante cinco anos, telefonei-lhe em cada véspera de Natal: — "Sou eu, dr. Alceu. Vim desejar-lhe um maravilhoso Natal para si e para os seus" etc etc. Tudo inútil. O dr. Alceu trancou-me o coração. Até que, na última vez, disse algo que, para mim, foi uma paulada: — "Ah, Nelson! Você aí, nessa lama!". O mestre insinuara que a minha alma é um mangue, um pântano, um lamaçal. E, por certo, ao sair do telefone, foi se vacinar contra o tifo, a malária e a febre amarela que vivo a exalar. Pois é o que nos separa eternamente, a mim e ao dr. Alceu: — de um lado, a minha lama, e , de outro, a sua luz.” (Nelson Rodrigues)

A escravidão agradecida

“Outrora, o remador de Bem-Hur era um escravo, mas furioso. Remava as 24 horas por dia, porque não havia outro remédio e por causa das chicotadas. Mas, se pudesse, botaria formicida no café dos tiranos. Em nosso tempo, o socialismo inventou outra forma de escravidão: — a escravidão consentida e até agradecida.” (Nelson Rodrigues)

OS FILHOS DE BENTO MORAES


O Doutor Bento Moraes teve dois filhos com Maria Conselheira. O Prudente Moraes e o Imprudente Moraes.  Tiveram os dois educação esmerada, boas escolas, falavam francês e inglês. Prudente médico e Imprudente advogado. Prudente teve três filhos, Imprudente doze. Prudente bebia moderadamente, já Imprudente falecia uma garrafa de uísque em poucas horas. Prudente gostava de esportes, já Imprudente gostava do perigo, de caçadas na selva. Prudente faleceu aos oitenta anos cercado pela família de uma doença no coração. Imprudente morreu aos 42 anos brincando na floresta com uma cobra jararaca.

*Nossas vidas, nossas escolhas. Devemos ser livres para escolher o caminho que desejamos trilhar. Quem disse que aquele que escolheu o perigo e morreu jovem  não partiu como queria e feliz?

SUICÍDIO


O suicídio é uma saída
Que alguns escolhem para si
Fico só imaginando
O quanto pensou e sofreu o humano martelando essa ideia
Quantos dias e noites ficou remoendo dentro da própria solidão
Quando seria e como
O fechar das cortinas da própria  vida.

“Dormir, comer, dormir, comer. Não fosse pelas moscas a vida na savana seria um paraíso.” (Leão Bob)

“Com Rexona ou sem Rexona no meu bucho sempre existe lugar para mais um.” (Leão Bob)

Liberais deveriam adotar diferentes estratégias para mudar a política do país Por Rodrigo Constantino

Vários leitores perguntam qual a melhor estratégia para que o liberalismo possa finalmente nos dar o ar de sua graça, influenciar para valer os rumos de nossa política. Não acho que exista uma só resposta. Ao contrário: acredito que estamos levando uma goleada tão grande que se faz necessário ter inúmeras estratégias de reação, de vitória.
Criar um partido novo, por exemplo. Foi feito, e o Novo, de fato, conseguiu emplacar quatro vereadores em sua primeira eleição. É um caminho, sem dúvida. O partido deve ter cuidado, claro, com os falsos liberais que eventualmente se aproximam dele, aqueles “liberais” que flertam também com aberrações como a Rede, de Marina Silva. Mas com certeza o Novo tem um viés bem mais liberal do que a média, e deve ser incentivado. Começa a colher alguns frutos.
Mas seria besteira, em minha opinião, limitar a estratégia a um só partido novo e ainda pequeno, sem muita força. Acho, portanto, que a “tomada” de outros partidos já estabelecidos é fundamental nessa guerra ideológica. O PSDB pode ser um antro de esquerdistas mais civilizados, pode abrigar até uns socialistas fabianos, mas tem também vários políticos com viés mais liberal. O DEM mais ainda. Seria besteira abandoná-los aos caciques fisiológicos e/ou esquerdistas.
No caso do PSL, alguns libertários fizeram esse movimento, com o Livres, e tiveram resultados razoáveis nas urnas. Foi um começo. E no caso do PSC, mais conservador, houve também uma união e vários liberais legítimos conseguiram influenciar o programa de governo, como no caso de Flavio Bolsonaro. É outra estratégia que me parece acertada, até porque há muita convergência entre liberalismo e conservadorismo, principalmente num ambiente dominado pela hegemonia de esquerda e um relativismo moral excessivo que deveria incomodar também os liberais.
Outra estratégia que sempre gostei foi aquela usada pelo Movimento Brasil Livre (MBL), que é criar um movimento com cores liberais e, depois, usá-lo para infiltrar vários liberais em diferentes partidos. Uma reportagem sobre as vitórias do MBL hoje no GLOBO dá a entender que o grupo teria mentido ou caído em contradição por se dizer apartidário, e ter apoiado 12 partidos.
Ora, não há nada errado nisso. Seria partidário se apoiasse um partido, não é mesmo? Ao apoiar candidatos de até 12 partidos, isso quer dizer claramente que o partido não é o mais relevante, e sim os princípios e ideias que cada um desses candidatos defende. Eis uma boa ideia também, ainda mais em nosso contexto de enorme fragmentação partidária e com partidos que não possuem muita solidez programática.
Teremos assim uma “bancada liberal” nas Câmaras municipais e eventualmente no Congresso, com vereadores e deputados unidos pela causa comum, independentemente do partido, como já ocorre com a “bancada da bala” ou “bancada do boi”, nomes pejorativos dados pela esquerda, naturalmente.
Por fim, e talvez o mais importante, nada disso é viável sem uma boa base de ideias liberais, ou seja, o papel dos vários institutos que surgiram para divulgar o liberalismo é simplesmente indispensável. São eles que vão dar sustentação a esses políticos, que vão preparar o terreno no campo das ideias para que suas propostas sejam aceitas pela sociedade, que fornecerão argumentos e embasamento para os debates. Como Luan Sperandio colocou em ótimo texto pelo Instituto Liberal, é crucial investir nas ideias liberais:
Isso é essencial para que indivíduos tenham tempo para aprimoramento acadêmico, estudos fundados nas ideias da liberdade, na realização de pesquisas e publicação de artigos, espaço na produção de obras, abertura de editoras, e demais ações de toda sorte. Se não houver financiamento para tornar o movimento sustentável, corre-se o risco de todo o trabalho dos últimos anos perecer. E isso é responsabilidade individual de cada liberal.
 Quando o empresário Antony Fisher perguntou a Hayek se deveria abrir um partido, foi convencido pelo gigante liberal a abrir, ao contrário, um think tank, que iria preparar o terreno para que candidatos com viés liberal surgissem no horizonte. Nascia então o Institute of Economic Affairs, em 1955. Duas décadas depois o terreno estava fértil para que Margaret Thatcher liderasse um programa de reformas radicais em prol do liberalismo.
Em resumo, não acho que os liberais devessem adotar uma só estratégia. A esquerda sempre adotou várias, e conquistou sua hegemonia, que vem levando o Brasil cada vez mais para um modelo socializante e estatista. Se desejamos reverter esse quadro, então temos que reagir nas diferentes esferas, na política e na cultura, e de diferentes formas, sem partidarismo mesmo, pois defendemos ideias, não partidos específicos.
Se um Michel Temer apresentar propostas mais alinhadas ao liberalismo, deve ser apoiado. Se João Dória é tucano, mas tem uma pauta liberal, merece apoio. O importante é sempre caminhar na direção de mais liberdade. Com qual partido é o de menos…

SPONHOLZ


O embrião do Leviatã: Lei holandesa quer obrigar a contracepção Por Thiago Kistenmacher

O jornal francês Le Soir publicou uma notícia digna das mais criativas distopias, no entanto, não estamos falando de um Admirável Mundo Novo, mas da Holanda. De acordo com o site do jornal, “Rotterdam deseja impor a contracepção aos pais incompetentes.”. Conforme a mesma fonte, “o projeto de lei chocou a Holanda.
Não sem razão. Tentar evitar o nascimento de crianças obrigando o uso de contraceptivo é uma tentativa autoritária, ineficaz e que tem efeito contrário. Sabemos que consciência individual não se muda por decreto, haja vista o exemplo da China, que na década de 70 iniciou uma campanha de controle de natalidade e que só resultou em temor ao governo, multas e, claro, crianças mortas.
Projetos do gênero acabam por sabotar a responsabilidade individual e transformar os cidadãos em autômatos que sempre precisarão recorrer ao Estado para que este resolva seus problemas mais íntimos. Todavia, as autoridades alegam querer “garantir os direitos da criança”. Mas quais direitos, se não puderem nem mesmo nascer?
Uma autoridade regional responde. Afirma que “Crescer saudável e em segurança é igualmente um direito que as crianças devem ter. E nós optamos pelos direitos da criança. Algumas crianças, então, têm o direito de não nascer.” Seria engraçado, se não fosse trágico.
Qual a motivação do projeto? Os idealizadores da lei dizem que alguns trabalhadores teriam dificuldades, negligenciariam seus filhos e que isso poderia levar à morte de algumas crianças. Como explica o jornal, tal exigência seria feita às mulheres dependentes químicas, que tenham problemas psiquiátricos, às deficientes, sem teto ou prostitutas.
Lembro que Adolf Hitler defendeu coisa parecida em Mein Kampf. Além do que, como exigir dessas pessoas um compromisso com o método? Quem iria regular isso? O Estado? Essa relação só pode dar origem a um filho perverso chamado Leviatã. Para completar, talvez a lei pudesse sugerir a criação de um grupo de Camisas Negras para a fiscalização. Assim os contraceptivos poderiam ser aplicados compulsoriamente. Piada.
A lei teria efeito contrário. Por medo da punição, aí sim é que as mulheres abandonariam seus filhos ou fariam abortos. Ademais, o que seria um pai incompetente? Quem decidiria o que é ou não ser incompetente? O Estado? Logo ele?
Como disse Ronald Reagan, o Estado não é a solução, o Estado é problema. Deste modo, gostaria de ressaltar que o contraceptivo mais eficaz para evitar o nascimento deste Leviatã se chama liberalismo. Particularmente não creio que o Estado possa nem deva ser abortado, por outro lado, tal sintoma exige que o contraceptivo liberal seja amplamente receitado afinal, o poder do Estado nunca é assintomático e os efeitos colaterais são catastróficos.
Por enquanto o Leviatã é um embrião, isto é, o projeto de Rotterdam ainda não foi aprovado, contudo, ler este tipo de coisa nos faz recordar o Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley. O livro foi uma ideia ou uma premonição?

Palavras machucam: ainda que sejam ditas em um estádio de futebol?! Por Instituto Liberal

politicamente-correto-futebol3Ricardo Bordin*
O “politicamente correto” avança feito a bolha assassina (meu lamento aos mais jovens que não viram o clássico do cinema trash) em nossa sociedade: a FIFA multou a CBF em vinte mil francos suíços como punição pelo comportamento “homofóbico” de nossa torcida no jogo com a Colômbia. Cada vez que o goleiro adversário cobrava o tiro-de-meta, era ouvido um uníssono “bicha” na arena da Amazônia. Totalmente justa a autuação, tendo em conta que todos os 36 mil torcedores pretendiam, a cada vez que repetiam a gracinha, ofender a todos os homossexuais no planeta e lembrar ao guarda-redes que, em decorrência de sua preferência sexual, ele merecia sofrer muitos gols – muito embora ninguém nem soubesse quem era o dito-cujo, mero detalhe. Que feio, Brasil. Opa, feio não, posso ser acusado de feiofobia.
Só mesmo alguém muito interessado em aparecer – e avesso à ideia de subir na mesa pelado com um abacaxi pendurado no pescoço – poderia proceder de maneira tão risível quanto os burocratas desta entidade desportiva cujos membros, nas páginas policiais de periódicos, não ficam devendo em nada para os réus da lava-jato. Ou então o problema é ignorância mesmo: essa provocação com os goleiros começou com os torcedores mexicanos, que há muito tempo gritam “puto” na reposição de bola em jogo, e, até onde se sabe, nenhum morador do entorno das canchas mexicanas já cortou os pulsos ou saltou pela janela.
Os próximos passos desta marcha rumo a esvaziar os estádios ou transformá-los em teatros ocupados pela audiência dos shows de Caetano Veloso? Fácil prever: nada de chamar jogadores pançudos (abundantes no Brasil – com o perdão do trocadilho) de gordos, pois vai que todas as pessoas com sobrepeso no mundo se ofendam; gritar impropérios para a genitora do árbitro? Claro, se quiser ser conduzido para o juizado especial por ultrajar um símbolo da libertação feminina (ou será que a prostituição é derivada do patriarcalismo? Feministas confusas nesta hora); assobiar para a bandeirinha da beira do campo? Sim, incentive bastante a cultura do estupro, fascista!
Aquela campanha de marketing de uma conhecida marca de tubos e conexões está muito próxima de deixar de ser engraçada e passar a ser vídeo institucional da CBF: “quando for ao estádio, fale palavrões fofinhos”. Aqui ó, FIFA, aqui ó!

politicamente-correto
Sobre o autor: Atua como Auditor-Fiscal do Trabalho, e no exercício da profissão constatou que, ao contrário do que poderia imaginar o senso comum, os verdadeiros exploradores da população humilde NÃO são os empreendedores. Formado na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) como Profissional do Tráfego Aéreo e Bacharel em Letras Português/Inglês pela UFPR. Também publica artigos em seu site: https://bordinburke.wordpress.com/ 

Veganos militantes: quando a defesa dos animais se torna violenta Por Thiago Kistenmacher

Há dias que um vídeo de militantes veganos circula pelas redes sociais. Trata-se de um festival de horrores organizado em Paris. É nítido que aqueles que ali se expõem provavelmente possuem problemas psicológicos. Ajudar os animais? Legal. Fazer disso um espetáculo sectário? Acho melhor não.
Logo no início do vídeo aparece uma mulher sendo aplaudida por se deixar marcar a ferro quente. Isso para protestar contra a dor que os animais sentem. Vários dos militantes estão manchados de vermelho e são levados para uma barraca como se fossem gados conduzidos ao curral.

Um deles alega que fez tal escolha “porque os animais estão vivendo isso todos os dias antes de serem mortos.” Além disso, afirma: “Eu quero pagar um tributo a eles para mostrar minha solidariedade. Isto é só humanismo e empatia.”
Compreendo que o ser humano se comova. Ninguém – com algumas exceções – acha a morte de animais uma coisa bonita. Mas não fomos nós que criamos isso aqui, muito menos nós que escolhemos a cadeia alimentar. Esse pessoal que diz lutar pelos animais pode alegar que a espécie humana é a única capaz de plantar alface e que pode prescindir do consumo de carne. No entanto, parece esquecer que exatamente o ser humano é o único capaz de suavizar o abatimento, diferentemente do que acontece na selva, onde tudo é natural, ambiente geralmente idolatrado por esse tipo de gente.
Negar a morte é negar a vida, que tem um fim. É renegar o mundo tal como ele é. Recomendaria um pouco de Nietzsche e Darwin. De nada adianta ficar idealizando um mundo vegano. Se procurarmos por documentários sobre abatimento animal e que denunciam maus tratos e brutalidades cometidas gratuitamente, é chocante, claro. Só um louco se diverte com um animal agonizando degolado em abatedouros clandestinos e sem estrutura.
O grande problema dessas seitas é que, sem dúvida, seus integrantes se consideram moralmente superiores aos que consomem carne. Outra coisa intrigante é que geralmente pessoas do tipo são a favor do aborto independentemente do mês de gestação. Duvido muito que qualquer um deles participe de protestos contrários aos fetos abortados e arrancados aos pedaços. Querendo ou não, o sofrimento faz parte da nossa casa comum e, assim como amanhã inúmeros bebês serão despedaçados em abortos, vários bois serão mortos para servir o churrasco do final de semana.
Esses grupos também costumam se opor à sociedade de mercado, pois alegam que a vida animal se tornou mero produto. De novo esquecem que é exatamente para dar conta da demanda que os abatedouros não podem mais levar uma hora para abater cada boi, afinal, é preciso agilidade e, por conseguinte, menos agonia.
Não é de se duvidar que num futuro próximo o radicalismo desse pessoal chegue ao ponto de querer distribuir carne de soja aos leões para que eles não matem as zebras. Talvez surjam movimentos para conscientizar os animais carnívoros, ou, quem sabe tentem utilizar a biotecnologia animal para alterar a natureza carnívora substituindo-a por uma vegana. Isso até surgir o primeiro movimento a defender os sentimentos da maçã, claro. Mas é melhor não dar ideia.
Que o mundo tem violência, sabemos, mas bem que ele poderia ter menos idiotas.

ETS

Visita de ETS? Estes que nos visitam devem Ets de circo. Mas acho possível sim que existe vida inteligente em algum lugar do universo.

Parentes? Às vezes morar distante evita confusões.

Amor? Muitos. Mas um de cada vez.

UMA NOVA VIDA

Naquele dia Arnaldo estava um traste. O céu era marrom, a saliva tinha fel. Queria um abismo só para chamar de seu. Chegou em casa e foi direto para o canil. Mandou o Duque para dentro da residência e se deitou na casinha do cão. Espreguiçou-se, lambeu os beiços e passou a roer um osso. Antes da meia-noite já estava latindo para os passantes.

ENGAIOLADO


O domingo era de sol. Poucas pessoas estavam na praça naquela hora. Enquanto o pipoqueiro gritava, o guarda municipal dormia num banco sombreado. Um pombo manso catava milho pela calçada. Crianças brincavam na areia com seus baldes e pás. Era um domingo normal como outro qualquer já passado. Foi quando passou por mim um pássaro enorme com um homem engaiolado . O homem preso não gritava, não cantava. Através das grades de sua prisão vi apenas duas lágrimas caindo dos seus olhos. O pássaro proprietário parecia feliz.

A CASA ESCURA

Na minha rua há uma casa que chamamos de ‘CASA ESCURA’. Moram lá quatro seres, pais e filhos que não gostam de luz. Não são maus, apenas tolos que vivem lambendo um tal de Senhor, que por sinal nunca ninguém  viu. Faça inverno ou verão pouco se abrem as janelas e portas, e raras visitas só de alguns abençoados que também devem conhecer o tal de Senhor. Tem da vida uma visão diminuta, mal enxergam a ponta do próprio nariz. São como morcegos vivendo na escuridão, respirando um ar viciado, com medo da vida, não querendo conviver com os seres de diferentes tipos de fé. São isso sim adeptos do coitadismo explícito. Para eles os vizinhos não existem, não há cumprimentos que a boa educação confere, existe sim fuga, luzes apagadas e silêncio, salvo se o visitante de momento trouxer nas mãos alguma doação. Os moradores da CASA ESCURA são os primeiros morcegos cristãos que conheço.

Juro baixo nos países ricos só impede carro de morrer



Autor: Alexandre Schwartsman

Meu primeiro carro foi um Corcelzinho 77, apelidado Philusdrek (mistura nada elogiosa de grego e iídiche), que no fim da vida só subia ladeiras com o acelerador pregado no chão (e, ainda assim, já não encarava a temível Ministro Rocha Azevedo). Apenas quando me aproximava do topo do espigão da Paulista é que se tornava possível aliviar o acelerador. Estava tão fraquinho que trocá-lo por um Fiat 147 foi uma baita melhora…

Não me esqueço dele ao acompanhar as discussões sobre política monetária ao redor do mundo.

Vivemos um momento, se não inédito, ao menos muito raro. Taxas de juros se encontram em patamares próximos a zero (ou até negativas) nas principais economias desenvolvidas e mesmo assim o crescimento global permanece modesto, embora alguns países, notadamente os EUA, já estejam vivendo uma situação mais próxima da normalidade no mercado de trabalho.

Neste aspecto, estas economias se assemelham ao Philusdrek encarando uma pirambeira: seus BCs mantiveram o pé na tábua do acelerador monetário, mas a fraqueza dos motores não permitiu que esse impulso se traduzisse em velocidade mais alta; de maneira geral pareceu ser apenas o suficiente para evitar que —como me ocorreu certa vez— o carro morresse e ameaçasse deslizar ladeira abaixo.

Europa e EUA
Na Europa, em particular, não há indicações de fim da ladeira. Ao contrário, agora, além da periferia do continente, vemos problemas afetando o maior banco alemão, sintoma das dificuldades do sistema bancário de superar a perda de qualidade dos seus empréstimos e uma capitalização ainda inadequada. Com isto o crédito segue mais escasso e caro do que deveria dadas as taxas de juros definidas pelo BCE, sugerindo que nem todo combustível monetário tem chegado ao motor da economia europeia.

Já no caso americano a situação é bastante distinta. Tudo indica que a subida está chegando ao fim, daí o animado debate hoje travado no próprio comitê de política monetária do Federal Reserve acerca do momento de nova rodada de elevação de taxas de juros, ou, para colocar a situação em nossos termos, quando será necessário tirar um pouco mais o pé do acelerador para evitar que o carro ganhe mais velocidade do que permitido uma vez superada a ladeira.

A comunicação do Federal Reserve deixa claro que os membros do comitê preferem uma multa por excesso de velocidade à frente a deixar o carro morrer, o que explica não só a particular lentidão ao longo deste ano como sua visão de um ajuste extraordinariamente gradual da política monetária.

Taxas de juros
A maioria prevê que a taxa de juros no final de 2017 estará abaixo de 1,25% ao ano, embora alguns ainda acreditem em normalização mais rápida, mas que deixaria os juros na casa de 2% ao ano, bastante baixos para o padrão histórico.

Assim, apenas em 2018 e 2019, de acordo com a visão hoje prevalecente no Federal Reserve, veríamos taxas de juros algo mais próximas de valores “normais”. Isso nos daria um par de anos para por a casa em ordem, ou seja, face à enormidade da tarefa, já deveríamos ter começado a nos mexer no ano passado.

O risco, porém, é que, como no meu caso, o Philusdrek seja trocado por algo melhor (até mesmo por um Fiat 147!), o que não nos daria sequer dois anos de folga. Já passou a hora de adiar o encontro com a verdade.

Fonte: Folha de S.Paulo, 05/10/2016.

CARECA NÃO

Artur era funcionário antigo do banco, mais de dez anos de casa. Ninguém jamais notara algo diferente na sua aparência, foi uma surpresa. Pois boquiabertos seus colegas ficaram quando ele chegou ao trabalho na manhã de segunda-feira completamente careca. Ninguém sabia que usava peruca, escondia muito bem. Alguns engraçadinhos fizeram piadas, mas Rosineide achou que ele ficou até mais bonito. Zenaide deu até uma alisada de leve. Antes do meio- dia foi chamado pelo gerente e informado que estava demitido, pois o banco não admitia funcionário careca. Artur não ficou abalado, pois já estava de saco cheio daquela rotina, iria inventar algo para fazer. Mas não podia antes de sair perder a oportunidade de sacanear o gerente, extremoso bajulador de diretores: “Funcionário careca o banco não admite?” “De jeito nenhum!” – respondeu o gerente empinando o nariz e alisando o topete. “E gerente corno?”- Perguntou Artur enquanto saía rapidinho sem esperar pela resposta.

O VELHO JOSÉ

 O velho José já na casa dos setenta ficava em frente da casa vendo o movimento da rua. Viúvo, sem filhos, ali ficava para passar o tempo. E os dias foram se passando, os meses, os anos, e o velho José ali olhando o movimento sentado na sua cadeira de palha. Os vizinhos foram morrendo de velhice, casas demolidas e o seu José ali, observando o movimento. Com os anos chegaram os edifícios e novos vizinhos que desconheciam o idoso seu José, coisa de cidade grande e correria. Talvez por isso foi que demorou alguns anos para descobrirem o esqueleto do seu José sentado na sua cadeira, cigarro entre os dentes de sua caveira, ainda contando os automóveis que passavam pela rua.

TRIBUNA DO GAMBÁ- Teori inclui Lula no ‘quadrilhão’, o maior inquérito da Lava Jato

Atendendo a solicitação do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, o ministro Teori Zavascki, relator dos processos resultantes da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, fatiou o inquérito que apura a formação de quadrilha no esquema do petrolão – chamado pelos investigadores de “quadrilhão”. Com a decisão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passa a ser alvo de investigação, bem como diversos políticos do PT e do PMDB e o ex-ministro Jaques Wagner. O inquérito tinha 39 investigados e passa agora a ter 66.

Sogra

“A minha sogra adora me dar cordas de presente. Algumas até coloridas e já pronto o nó dos enforcados.” (Climério)

"Nem quando durmo sou uma boa companhia. Eu ronco." (Limão)

"Quem não me conhece não perde nada."(Limão)

Segunda instância para os desditados réus da Lava Jato será no duro TRF4, Porto Alegre


O desembargador João Pedro Gebran Neto é quem cuida da Lava Jato no TRF4. Ele não costuma perdoar os corruptos que Moro mete na cadeia.

A decisão de ontem do STF, convalidando sua decisão anterior de meter na prisão os condenados que tiverem sentenças confirmadas em segunda instância, enfia nas mãos do duríssimo TRF4, Porto Alegre, toda a escumalha petista julgada, condenada e presa em Curitiba pela Lava Jato.

Quando chegar a vez de Lula, dona Marisa e o filho Lulinha, também será em Porto Alegre que o caso terá desfecho.

Será o fim dos tempos para o PT e seus aliados e satélites.

Políbio Braga

Brasil terá menos investimentos em energia por falta de linhas de transmissão


O atraso em obras de transmissão e a falta de apetite do investidor nos últimos leilões de concessão começam a barrar investimentos bilionários na área de geração de energia elétrica.


Nesta semana, uma nota técnica do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) revelou que, em alguns estados do país, a rede de transmissão não tem mais capacidade para escoar eletricidade de novos projetos. Ou seja, investimentos previstos para esses locais terão de ser adiados até que novas linhas sejam licitadas.


A restrição atinge Bahia, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul – consideradas regiões de grande potencial eólico e solar. Diante da constatação da nota técnica, 758 projetos nos três estados ficarão de fora do leilão de geração previsto para dezembro. No total, esses empreendimentos somam mais de 7 mil megawatts (MW) de energia (eólica e solar), impedidos de sair do papel.


O potencial comprometido com a falta de capacidade do sistema de transmissão pode ser ainda maior. Isso porque, mesmo nos estados onde o ONS mostra alguma folga na rede, há gargalos que vão restringir os investimentos.


Políbio Braga

FERNANDO MELIGENI- Minha carta de repúdio a Nuzman e a cada um que votou nele

Minha carta de repúdio a Nuzman e a cada um que votou nele

outubro 6, 2016
A nuzmania e os hermidas


Por FERNANDO MELIGENI

Tenho vergonha de representar o esporte de um país que elege um dirigente pela sexta vez e seu mandato dura mais de 25 anos. Pode estar dentro da lei, pode ser que a pessoa faça até um bom trabalho, pode ser o que quiserem. Não é certo.

Não é bom para o esporte, e ele, ou seja quem for, não é tão bom, inteligente ou importante para se achar no direito de ser o dono do esporte no nosso país, ficar para sempre mandando e decidindo.

Venho nesta carta mostrar meu repúdio a cada presidente que votou nele. “Ah, mas tinha chapa única”? Todos que votassem nulo, que nenhum fosse.

Cada um que foi e votou mostra que compactua com o continuísmo, compactua com esse método arcaico e devastado do nosso esporte.

Quando digo que não respeito, não quero nem apertar a mão desses dirigentes.

E eu falo sério. Simples, vocês não pensam na evolução do esporte, não pensam no profissionalismo dele, não pensam grande. E de pessoas assim eu prefiro distância.

O esporte brasileiro tem resultados porque temos atletas com caráter, com trabalho, não porque ajudam nossos atletas. Todos os dias vemos um escândalo. Todo dia falo com um esportista que pouco tem, pouco recebe, pouca chance vê.

“Ah, mas Fernando, Você vai ser boicotado”. Caguei.

“Você terá portas fechadas”. Caguei duas vezes.

“Você será persona non grata”. Caguei mais ainda.

Dessa política esportiva eu não compactuo. Dessa vergonha eu não participo. Não me liguem, não peçam ajuda, deletem meu número.

Ah! E você atleta, que está quietinho esperando que algo sobre pra você, por isso você não opina, comenta, curte e se posiciona, saiba que eu também não te respeito.

Hoje é um dia muito triste para nosso esporte.

DANÇOU TANSA!-Deputada da “dança da pizza” dançou nas eleições municipais

A ex-deputada federal Angela Guadagnin (PT-SP), que ficou conhecida pela “dança da pizza”, acabou dançando também nas eleições municipais do último domingo. A petista teve apenas 2.291 votos, equivalente a 0,66% do total, e não foi eleita ao cargo de vereadora – ela se tornou segunda suplente da coligação composta pelos partidos PP e PSDC. Angela tentava a reeleição em São José dos Campos, no interior de São Paulo. A dança feita pela então deputada no ano de 2006 foi uma comemoração a absolvição do deputado João Magno (PT-MG) no processo do mensalão e ficou conhecida como símbolo de impunidade. Nas urnas, a petista adotou o nome Dr. Angela – ela é pediatra – ocultando o sobrenome


.

INSTITUTO LIBERAL- Por que existem leis tão absurdas? Por Diego Vieira

leis-absurdas-01
Você já refletiu sobre a quantidade de leis absurdas propostas  e colocadas em prática no Brasil?
Da proibição do sal na mesa até a obrigação de kit de primeiros socorros nos carros (se você lembra disso, assim como eu, já cruzou a linha dos trinta…). Da proibição de abertura de mercados aos domingos em Belo Horizonte à proposta de um deputado paulista de proibir a importação de livros estrangeiros por órgãos públicos.
Por que raramente vemos políticos com propostas alinhadas com a liberdade? Por que, em geral, as respostas dos políticos aos problemas da sociedade são sempre no sentido de aumentar a ingerência do Estado na vida privada?
Nesse breve artigo quero apresentar três conceitos clássicos de escolha pública que acredito valer a pena conhecermos ou relembrarmos. Por fim acredito que chegaremos à mesma conclusão.
Rent-seeking
Existem situações em que uma determinada política pode beneficiar um pequeno e organizado grupo disseminando seus custos por toda sociedade. Nesses casos, esse pequeno (pode nem ser tão pequeno assim…) e organizado grupo possui motivações e incentivos suficientes para tentar influenciar a tomada de decisão política.
Esse movimento chama-se rent-seeking. Em outras palavras, rent-seeking é o uso do governo para obter retornos excedentes, ou seja, que não seriam obtidos sem a ingerência governamental. Subsídios, tarifas alfandegárias e barreiras de importação são exemplos dessas atividades. O benefício da indústria nacional de eletrônicos face um subsídio, por exemplo, é extremamente centralizado, ao passo que os custos são pulverizados, difíceis de serem computados ou considerados irrelevantes quando pensados per capita.
Observe que, longe de ser uma escolha moral, o rent-seeking é uma escolha econômica derivada da possibilidade de manipulação das forças do mercado por parte do Estado.
Dinheiro dos outrosO economista Milton Friedman sintetizou (genialmente diga-se de passagem…) a forma como as pessoas gastam dinheiro: eu posso gastar o meu dinheiro em benefício próprio, para benefício de terceiros, dinheiro de terceiros para meu benefício ou dinheiro de terceiros para benefícios de terceiros. No primeiro caso eu vou procurar o melhor custo-benefício possível. No segundo estou apenas preocupado com o preço e não com a qualidade. No terceiro só me preocupo com a qualidade e ignoro o preço. No quarto caso não estou preocupado nem com preço e nem com a qualidade.
E é exatamente nesse último quadrante que se encontram a maioria dos gastos públicos. Quando um político gasta dinheiro na reforma de uma escola, por exemplo, ele não está preocupado com a qualidade nem com o preço da obra. A única preocupação reside na realização, a tempo, do projeto. Você pode me interromper aqui e arguir que nem todas as pessoas são tão maquiavélicas assim, pois alguns irão sim se preocupar com a qualidade ou com o preço da obra. De qualquer forma, eles não gastarão o dinheiro tão bem quanto você gastaria o seu. Preocupar-se com o preço e com a qualidade ocorrerá quase sempre quando a obra for sua.
Janela de Overton
Joseph P. Overton foi um executivo da Mackinac Center for Public Policy em Michigan, EUA. Ele desenvolveu um conceito que veio a ser conhecido como Janela de Overton que é um modo simples, intuitivo e poderoso para apresentar o que é politicamente possível de ser proposto (no sentido de serem propostas que atraiam o eleitorado) e, consequentemente, o que é politicamente provável de ser colocado em voga.
A ideia é que para todo problema de política pública, existe um leque de soluções teóricas, variando de abordagens mais coletivistas e estadistas até soluções mais alinhadas às ideias de liberdade individual. Os políticos então somente consideram um pequeno intervalo de soluções como politicamente viáveis de serem apresentadas1.
O Instituto Liberal atua exatamente nessa fronteira, gerando demanda por políticas públicas alinhadas com a liberdade, deslocando assim a Janela para que soluções liberais deixem de ser “politicamente impossíveis e se tornem politicamente inevitáveis”, nas palavras de Milton Friedman.
Por fim…
Acredito que a percepção do alcance da ingerência governamental na vida privada é o ponto crucial das distorções apontadas nos parágrafos anteriores. Portanto, melhor do que procurar pelos anjos altruístas que irão nos levar ao paraíso, faz-se necessário diminuir o escopo de atuação do poder do Estado, fazendo com que a Lei seja limitada novamente aos seus aspectos essenciais: a proteção do indivíduo, de sua liberdade e de suas propriedades.

O politicamente viável também leva em consideração o nicho para o qual se fala. No Brasil atual, por exemplo, é impossível se falar em privatização total da saúde, pelo menos para cargos do executivo, a não ser que o discurso tenha como objetivo claro não a eleição mas sim a simpatia de um grupo específico.

Faltou pouco

“Como diria o Leopoldo Brecha: “O PT quase foi coveiro do Brasi! E zefini! E zefini!”

“O Brasil é o país do futuro de alguns.” (Eriatlov)

Lula vomita quem é

Cada um mostra o que tem de melhor. A chama do recalque de alguns não se extingue, é alimentada todos os dias pelo álcool e também pela insuficiência intelectual causada pelo horror aos livros.

Ruim de nota

“Hoje tirei a mesa do café e arrumei as camas. Fiz o almoço. Mesmo assim a minha mulher só me deu nota 5.” (Climério)

Marido lindo

“A minha mulher conta que sempre sonhou em ter um marido lindo. Disse para ela que pode procurar outro.” (Climério)

“Após a terceira dose de Bourbon caem todas as barreiras e limites. O animal fica nu.” (Mim)

“Não tenho tido tempo para ser outro. Só me resta ser eu mesmo.” (Limão)

Não poderia ser diferente- ONU DESDENHA RECURSO DE LULA



Lula recorreu à ONU para protestar contra a Lava Jato.

E a ONU mandou-o plantar batatas.

Jamil Chade, do Estadão, disse:

“A ONU não considera o caso aberto pelos advogados de Luiz Inácio Lula da Silva na entidade como ‘urgente’ e deixou sua avaliação para 2017”.

E também:

“O Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos confirmou ao Estado que o caso do ex-presidente brasileiro não entrará na agenda de reuniões do Comitê de Direitos Humanos, que passa a se reunir a partir do dia 18 de outubro em Genebra”.


O Antagonista