quinta-feira, 9 de julho de 2015

“Eu sei que sou um cão. Não entendo porque alguns me tratam como seu eu fosse uma criança. Você já viu alguma criança erguendo a perninha para mijar?” (Bilu Cão)

"Meu automóvel morreu por falta de pagamento. Estou esperando a financeira vir buscar o corpo." (Climério)

"Para fazer economia vale de tudo. Estamos escovando os dentes com cinzas." (Climério)

“O voto mais desgraçado é aquele dado com o bolso.” (Mim)

Quando um jovem vai procurar emprego ninguém quer saber se ele toca violão, conhece a história dos bugres ou se sabe fazer vaso de barro. Grade escolar deve ser enxuta e focar no que é essencial à sobrevivência profissional.

Não fosse pelo PT talvez já fossemos uma Coreia do Sul. Agora cada vez mais estamos ficando com jeito de Venezuela...

Nada é para sempre, mas esse PT está demorando demais para sumir...

Penso que Dilma deveria se embrenhar na floresta amazônica com os índios (qualquer tribo) e ficar por lá uns vinte anos fazendo curso de culinária aipim...

No país da Rainha das Mandiocas sobe tudo, até a mandioca...

Do baú do Janer Cristaldo- domingo, maio 04, 2008 SOBRE TURISMO

Nunca tive interesse nenhum em visitar uma favela. Não gosto de pobreza nem de pobres. Bem entendido, não é que não goste daquele ser humano que é pobre. O que não gosto é da condição de pobreza. Adoraria ver exterminados todos os pobres do mundo. Não estou falando de genocídio. É que gostaria de vê-los, não digo ricos, mas pelo menos em boas condições de vida.

Mas, em minhas viagens, observei que os europeus, e particularmente os franceses, têm um especial fascínio pela pobreza. Boa parte dos franceses que conheci, conhecem um lado do Brasil que nunca tive – nem nunca terei – interesse em conhecer, as favelas. Desde há muito se sabe que o tráfico garante a segurança de todo europeu que queira visitar os morros do Rio de Janeiro. Danielle Mitterrand, sem ir mais longe, tinha excelentes relações com os traficantes. De minha parte, sempre preferi outro tipo de favela. As da Costa Amalfitana, por exemplo. Sorrento, Positano, Amalfi, Ravello. É a mesma geografia de uma favela carioca, as casas subindo morro acima. Com uma diferença. Lá na Itália, o morro é dos ricos. Pobre não sobe. Paga-se caríssimo para visitar aquelas cidades, e muito mais caro para lá viver.

Parece que o Rio de Janeiro está descobrindo este charme que atrai turistas endinheirados. Leio na Folha de São Paulo, que uma agência nacional está oferecendo agora uma outra modalidade de pacote turístico, incluindo bate-papo com traficantes armados. Este turismo não deve ser novidade, mas pela primeira vez um jornal o noticia. Diz a Folha:

Ao chegar à Rocinha, o primeiro sinal do tráfico é a presença de olheiros, que fazem a vigilância em cima de lajes -morteiros à mão, para emitir o alerta da presença policial. No início da incursão pelos becos da favela, o guia diz ter encontrado um traficante. "Vamos lá que vou te apresentar."
É Marcos, que se diz "soldado do tráfico" e conta que já passou nove anos e oito meses na prisão. "Diversas vezes estive na cadeia. Ao todo foram três fugas e oito tentativas."
Para ele, a principal preocupação "é a polícia" e os "inimigos", a facção rival Comando Vermelho. Hoje, a ADA (Amigo dos Amigos) tem o controle da venda de drogas na Rocinha, onde Marcos, de arma na cintura, afirma ter aprendido a manejar "diversos calibres". Ao final da conversa, deixa um número de celular com o guia.
Mais acima no morro, um homem sentado tem visão privilegiada de quem sobe. Submetralhadora prateada na mão, rádio walkie-talkie pendurado no pescoço, conta que trabalha em turnos de 12 horas, com folga de 24 horas, ganha R$ 300 por semana, "pagos todas as segundas-feiras", e recebe cesta básica e remédios.


Tráfico não brinca em serviço. Direitos trabalhistas religiosamente respeitados. O pacote turístico custa R$ 90 e dura quatro horas. Em verdade, para não dizer que nunca vi isso, visitei certa vez um terreiro de macumba no Belfort Roxo, no Rio. Não por acaso, fui levado até lá por um diplomata francês. Encantado pela religiosidade dos tópicos, ele queria conhecer a macumba. Ao ver uma negra tomada por um cavalo, acreditou piamente que uma entidade qualquer havia incorporado na mulher. Eu ria comigo mesmo, vendo um herdeiro de uma tradição cartesiana depositando fé em crendices animistas africanas. Quem nos garantia a segurança era, curiosamente, um bispo católico. Vigaristas entre si se entendem.

Em suma, narcotráfico virou atração turística no Brasil. Cada roca com seu fuso, cada povo com seu uso. Enfio minha modesta colher neste caldo e sugiro visita mais incitante, os corredores do Congresso Nacional. Se é para fazer turismo ao mundo do crime, não vejo nada mais instigante do que conversar com deputados e senadores. Brasília seria talvez mais atrativa que o submundo carioca.

Do baú do Janer Cristaldo- terça-feira, maio 27, 2008 AS RAZOES DE MEU PRANTO

Chorando, não porque estivesse voltando ao Brasil. A esta contingência já me acostumei. Concluí que no Brasil dá para viver, principalmente se se pode fugir do país uma ou duas vezes por ano.

Chorava porque estava abandonando Madri, esta cidade onde vivi dias lindos. Estava em uma tasca, as madrilenhas dançavam, havia um cheiro bom de assados no ar, tudo era música e cores. E dali a duas horas eu estaria embarcando rumo ao Sul. Eu iria embora e a festa continuaria. Chorei até o aeroporto. Soube mais tarde, através do relato de viajores, que esta reação não é lá muito original. Sao muitos os que choram ao deixar esta cidade.

Amanha, Toledo. Toledo é um teste físico para minha idade. Insisto em subir o rochedo a pé. Se ainda consigo, é porque ainda tenho fôlego para outras viagens. Em Toledo, tenho dois programas obrigatórios, uma visita ao Aurélio - onde me esperam cochinillos, corderos lechales y perdices toledanas - e uma outra visita à catedral. Como esta segunda visita ocorre sempre após um bom Rioja, a catedral assume uma estranha configuraçao. Há alguns anos, comovida com a beleza do templo, minha Baixinha adorada começou a chorar. Uma senhora achou que passava mal, quis auxiliá-la.

Nada disso. Era apenas a famosa síndrome de Stendhal.

Alexandre Garcia- Sem desfecho

Meu amigo com mais de 70 anos de experiência em política usou de sua sabedoria para me deixar sem expectativa de um desfecho para a crise brasileira. Explicou que em qualquer país um pouco mais sério e consequente, o que está ocorrendo no Brasil nesses quatro meses já teria resultado em renúncia, cadeia, impeachment, deposição, exílio, suicídio...algum desenlace. “Pois aqui não vejo sinal nenhum. Enxergo três anos e meio assim, de mesmice e falência, bem como está.” - concluiu. Outro amigo participante da conversa, igualmente experiente e sábio, foi mais fundo e ensinou-me que “o problema é que nativos não são, por definição, suscetíveis a inquietudes. Não projetam a forma das coisas que virão.

Não se antecipam. Vivem no estado natural da mão para a boca, posto que nativos. Inquietude pressupõe um certo estágio de civilização e refinamento mental, inexistente no caso.” E afirmou que “só acontecerá algum sinal mais "sério e consequente" - um "desenlace" - no instante em que o caos absoluto chegar - e nesse ritmo é de supor que ele chegará. Aí, talvez, quando começaram a sangrar na carne, leia-se, mais desemprego, mais inflação, mais choro e ranger de dentes, talvez, emitam algum "sinal." Talvez... “ Continuou afirmando que quatro meses ainda é pouco para a chegada do desfecho aí em cima. “O que temos hoje é tão somente o estágio inicial dele. O que temos hoje é apenas a desmoralização das instituições e o aumento das angústias do dia a dia da vida. Isso não mobiliza nativo nenhum.

Não adianta querer estancar esse processo, pôr um fim nesse começo, e tentar recomeçar. Temos que aguardar o desfecho. É assim que a perspectiva, e com ela a possibilidade de mudança, sempre funcionou. Para povos, nações, e pessoas. Hoje não há salvação à vista. Hoje é purgação. Hoje, para quem é dotado de qualidade da imaginação, o único dever é sobreviver.” O conselho de meu segundo amigo é “retornar a poltrona à posição vertical, apertar o cinto, e esperar - confiante - que tudo apodreça ainda mais. Serão mesmo "três anos e meio de mesmice e falência." Nada de novo em Pindorama. Já vimos esse filme várias vezes. Parece ser nosso destino revê-lo pela eternidade. A grande tragédia, no caso, é que somos sempre co-participantes dele. Então, tem jeito, não: deixa sangrar!” Passivos, os nativos no máximo esperam que as elites resolvam.

Que elites? As elites econômicas querem ver o povo com poder aquisitivo, para comprar seus produtos e gastar. Já as elites econômicas apelam para as elites políticas. Essas, só encontrarão soluções que lhes dêem poder. Querem manter os nativos sem o poder do conhecimento, do discernimento, para continuar a manipular a ignorância com o populismo e a propaganda. E atribuir esse caos a inimigos externos e às elites, tentando desviar o olhar do próprio umbigo.

Maduro, tirano e ladrão

Após grande estardalhaço e duas comitivas de senadores à Venezuela, nenhum político brasileiro deu bola para a denúncia feita por Lilian Tintori, mulher de Leopoldo López, líder da oposição preso por Nicolás Maduro.
A ativista usou o Twitter ontem para afirmar que Leopoldo López não compareceu a uma audiência do processo contra ele porque “roubaram seus documentos para a defesa, tiraram suas anotações, tudo o que ele escreve para se defender. Roubaram tudo que ele tem para se defender”.
O Antagonista

“A minha família tem defeitos. Porém não temos nela dirigentes petistas, o que é um alívio.” (Climério)

“O sol nasce para todos, mas o protetor solar somente para alguns.” (Limão)

“Fosse viva Carmem Miranda cantaria na frente da Petrobras: Yes, nós temos sacanas.” (Mim)

“Uns sujeitos melhoram com o tempo. Outros entram para o PT.” (Eriatlov)

“Petista é um sujeito que tem rabo, mas não o vê.” (Mim)

“Ando mais só que porco-espinho em festa de balão.” (Climério)

Filho de bolivariano assusta o pai

-Papá, Maduro vai morrer logo?
-Que é isso menino! Por que a pergunta?
-Para ver se ele se torna algo que preste. Todo mundo que morre vira gente boa.

“Os Marx famosos são dois, um pelo riso e o outro pelo sangue e dor perpetrado pela morte do indivíduo em prol do coletivo: Groucho, comediante fantástico, e Karl, paspalho lunático.” (Eriatlov)

“O socialismo nada mais é que a preguiça patrocinada pelo estado.” (Mim)

É duro ouvir a canalha esquerdista discursando, discurso velho e requentado. Onde suas políticas são implantadas o resultado nós já sabemos. A canalha não se cansa de sugar, trabalhar e produzir, neca!

Filho de bolivariano faz cada pergunta...

-Papá, onde está Chávez?
-No céu, junto de Jesus.
-Mas o que foi que Jesus fez?

O que o Brasil deve aprender com o Paraguai?

No dia 27 de junho, a seleção Brasileira de futebol foi eliminada pelo Paraguai na Copa América realizada no Chile em decisão por pênaltis.  Uma derrota marcante no futebol, por toda a tradição do Brasil no esporte, porém, o Paraguai não está só nos superando no futebol, mas também na sua condução política e econômica.
O Paraguai até o ano de 2012 era governado pelo ex-bispo ligado à teologia da libertação Fernando Lugo, do Partido Frente Guasú. Seu slogan de campanha era que o Paraguai deveria se posicionar da mesma forma que Lula e Hugo Chávez em suas eleições em Brasil e Venezuela, “jogando” seu discurso para a centro-esquerda. E como marketing do governo adotou a palavra guaraní Tekojoja, que significa “Modo de vida igual”. Lugo mantinha ligações perigosas com toda a esquerda latino-americana e mantinha alianças com o Exército do Povo Paraguaio (EPP), grupo guerrilheiro que atua na fronteira com Brasil e Argentina.
A situação para Lugo começou a ficar ruim após a descoberta do escândalo de paternidade no qual o presidente se envolveu na época em que era sacerdote da Igreja Católica. Quatro mulheres revelaram que tiveram filhos de Fernando Lugo em sua época de bispo. Lugo não resistiu a fazer os testes de DNA e foi comprovado em junho de 2012 que Lugo era o pai das quatro crianças. A ponto de o presidente paraguaio falar que “todos serão bem-vindos”, referindo-se aos filhos.
O episódio acabou manchando o governo Lugo, com a população paraguaia, que se questionou quanto a por que o presidente escondia seu passado. E poucos dias depois, militantes do Frente Guasú, membros do Exército do Povo Paraguaio e militantes sem-terra invadiram a fazenda de Blas Riquelme, senador oposicionista a Lugo. E as ações tomadas pela presidência foram de omissão, o que acabou culminando nas mortes de seis militares, que, somadas ao uso político das Forças Armadas Paraguaias, a revolta da população com índices de inflação altíssimos, baixo crescimento econômico, as alianças pouco ortodoxas via Foro de São Paulo, a censura estatal feita a jornalistas oposicionistas, a ação de militantes pró-Lugo de fecharem a Ponte da Amizade e a assinatura de termos do MERCOSUL sem passagem de votação pelo congresso nacional e pelo senado, desgastaram a presidência.
E no dia 22 de junho por 39 votos a quatro, Fernando Lugo era cassado da presidência da República do Paraguai pelo senado. E militantes favoráveis a Lugo causaram incidentes na Praça de Armas, onde fica o senado paraguaio. E como resultado da queda de Lugo, o Paraguai era expulso do MERCOSUL, com a alegação de que o impeachment de Fernando Lugo era um ataque à democracia e às garantias democráticas. E quem veio a substituir o Paraguai no grupo foi a Venezuela, o país que justamente mais atacou o governo paraguaio depois do impeachment, suspendendo o fornecimento de petróleo ao país, retirando embaixador e adidos militares de terras guaranis.
Com a queda de Fernando Lugo, assumiu seu vice, Federico Franco, do Partido Liberal Radical Autêntico, um partido criado em 1978 com o intuito de criar-se uma instituição que pudesse reunir os liberais do Paraguai (lembrando que, no Paraguai, liberal tem o mesmo sentido da palavra nos Estados Unidos) e que participou da chapa de Fernando Lugo em 2008. Franco buscou governar seu período com o lema de “governo de coalizão nacional”, reunindo diversas lideranças para driblar a crise política até as eleições de 2013.
Chegaram às eleições de 2013: O PRLA lançaria à presidência Efraín Alegre, e enfrentaria o candidato do Partido Colorado, Horácio Cartes. Cartes vinha do empresariado paraguaio, sendo dono do banco Amambay, de 25 empresas que atuam na agricultura, combustíveis e pecuária e também dono do Club Libertad, um dos clubes de futebol mais populares do Paraguai. Cartes só passou a se interessar por política em 2008, ingressando no Partido Colorado e criando a facção “Honra Colorado”, que tinha como lema “o povo do Paraguai está inquieto pelo curso político do país sob o governo esquerdista-liberal filo-chavista”.
Porém, Cartes mesmo com a fama de empresário competente, tinha que driblar uma marca negativa do Partido Colorado: era a legenda à qual era filiado o ditador Antônio Stroessner, que governou o país de 1954 a 1989, somados a quase 60 anos de governos do Partido. Com isso, os Colorados ganharam a pecha de clientelistas e corruptos, e o empresário tinha que usar a sua credibilidade frente ao país para poder driblar o passado escuro do seu partido.
E as eleições de 2013 acontecem: Horácio Cartes com 45,83% derrota Efraín Alegre, que teve 36,23% dos votos. Os pontos convincentes da campanha de Cartes foram as promessas de levantar capital privado para melhorar a infraestrutura do país, de modernização das empresas de atividades públicas e de atrair investimentos internacionais para criar empregos.
Cartes toma posse logo após as eleições, e com a saída do MERCOSUL o Paraguai tinha que procurar atrair investimentos estrangeiros para a geração de empregos e diminuir a pobreza extrema. Para isso, Cartes diminuiu a carga tributária paraguaia para pessoa física e isentou empresas de impostos, sejam elas empresas nacionais ou estrangeiras. E Cartes ainda flexibilizou as leis trabalhistas paraguaias, permitindo uma negociação melhor entre patrões e empregados. Os encargos trabalhistas paraguaios são cerca de 35% menores que as do Brasil, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas.
Com a vinda de capital estrangeiro para o país e não estando mais preso pelo aparelhado MERCOSUL, o Paraguai cresceu em 2013 incríveis 14,1%, obtendo o terceiro melhor crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do planeta naquele ano.  E no ano passado, os guaranis tiveram um bom crescimento, de 5,8%, e diminuiu a pobreza extrema em 8% desde 2013. O Paraguai ainda esbarra na falta de infraestrutura, como a falta de aeroportos, rodovias, ferrovias e linhas de transmissão de energia elétrica, além do país não ter saída para o mar. Mas já é muito para o início de uma guinada verdadeira ao capitalismo no país. Paraguai e capitalismo deixaram de ser simples “amigos de chapéus”. Passaram a ser grandes amigos, com mostras de que só o capitalismo e seus mecanismos podem mudar um cenário desfavorável.
E boa parte dessas empresas que se instalam no Paraguai pela política econômica favorável infelizmente são brasileiras. Graças à política econômica malfadada, capitaneada pela presidente Dilma Rousseff e pelo ex-ministro da fazenda Guido Mantega, que via a política da “Nova Matriz Econômica” espantou tanto o capital nacional, quanto o capital estrangeiro. Nelson Hubner, vice-presidente da Federação de Indústrias do Estado do Paraná, em entrevista ao jornal “Gazeta do Povo”, afirmou que no Paraguai se tem preço para competir em nível mundial e no MERCOSUL, sentindo-se como um industrial gerando riquezas.
O Brasil precisa urgentemente aprender com o exemplo paraguaio: retirar um chefe de estado irresponsável, adotar uma política econômica que incentive a vinda de capital estrangeiro e trazer de volta também esse capital nacional que atravessou a Ponte da Amizade, flexibilizar as leis trabalhistas, reduzir a carga tributária e deixar que o mercado e seus mecanismos tratem de acabar com a pobreza extrema. Pois só com capitalismo e liberdade poderemos sonhar com um Brasil forte, com um Estado menos inchado e com mais liberdade de escolha para o cidadão.
Jefferson Viana é estudante de História da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, coordenador local da rede Estudantes Pela Liberdade, presidente da juventude do Partido Social Cristão na cidade de Niterói-RJ e membro-fundador do Movimento Universidade Livre.

Pobreza não é virtude

Talvez não exista nada mais representativo das diferenças culturais entre as sociedades brasileira e americana do que o tratamento que dispensam à riqueza e à pobreza. Enquanto os americanos costumam admirar a riqueza, os brasileiros a demonizam, como se ela fosse um pecado mortal, sinônimo de má índole ou crime pregresso.
Para Max Weber, essa diferença tem origem, provavelmente, na religião. Os protestantes, notadamente os calvinistas, enxergam a riqueza como uma prova concreta da graça de Deus. Nas sociedades puritanas, portanto, a excelência profissional seria uma dádiva divina, enquanto nas sociedades católicas a visão é inversa, já que a devoção religiosa implicaria o afastamento dos assuntos mundanos, inclusive profissionais.
Por outro lado, é também muito forte entre nós o velho paradigma ideológico da luta de classes, que, mesmo 20 anos depois da queda do Muro de Berlim, permanece presente como nunca por essas bandas.
Um amigo, que estudou por vários anos nos EUA durante a década de 70, conta que, certa vez, assistindo a uma cerimônia de fim de ano, no campus da universidade, deparou-se com algo inusitado. Havia na plateia dezenas de senhores e senhoras segurando placas com números os mais variados. Sem nada entender, perguntou a um colega o que era aquilo. Para sua surpresa, ficou sabendo que os números inscritos nas tais placas, expostas com orgulho, significavam a quantidade de milhões de dólares que cada um já havia feito, desde que deixara a faculdade (sugestivamente, em inglês costuma-se dizer que alguém “faz” dinheiro, ou melhor, que transforma trabalho em dinheiro, e não que “ganha” como se diz em português).
No Brasil, ao contrário, muita gente é levada a esconder os bens que possui, ainda que obtidos licitamente e a troco de muito trabalho, para não despertar o preconceito alheio.
Não por acaso, nossa cultura popular impregnou-se de certa estética “pobrista”. Não há um só dia em que a TV deixe de nos brindar com programas, novelas e documentários cuja proposta é a exaltação dos hábitos e costumes da chamada “periferia”. No cinema, o processo não é muito diferente. Para a maior parte dos produtores, especialmente aqueles agraciados com gordas verbas de patrocínio estatal, que não precisam se preocupar com coisas prosaicas como retorno do investimento, a estética da miséria é bela, é “tudo de bom”. Assim é também na música (vide a onda funk), na moda e em outras manifestações culturais.
Infelizmente, essa tendência não está confinada às artes, mas se encontra disseminada nas próprias instituições e estruturas sociais. Sua face mais visível é a existência de vítimas a priori. Alguns desvios de conduta das classes ditas menos favorecidas são encarados de forma complacente pelas autoridades e pela própria sociedade. A mesma opinião pública que, corretamente, brada contra o mau comportamento “no andar de cima”, frequentemente justifica as faltas “no andar de baixo”, culpando abstrações como “a desigualdade”, “o sistema injusto” ou “o neoliberalismo”.
Nos mais pobres, esse sentimento pode provocar dois sintomas diferentes, mas não excludentes: o mais grave leva o cidadão a enxergar-se como vítima impotente da sociedade, causando uma certa paralisia autocomiserativa. O outro, mais visível, porém menos comum, dissemina nesses indivíduos uma indisfarçável agressividade contra o mundo à sua volta, típica dos que se julgam credores da humanidade. Paralelamente, nas pessoas com algum poder aquisitivo, porém não necessariamente ricas, manifesta-se uma sensação absurda de culpa, reféns de um conflito de consciência muitas vezes doloroso, convencidas de que seu sucesso, ainda que obtido com trabalho duro e honesto, é a razão da miséria alheia.
Essa tendência sociológica para o “pobrismo” e o “vitimismo” ao mesmo tempo desestimula a geração de riquezas (porque encaradas pela maioria como algo pecaminoso) e induz os mais pobres à ilusão assistencialista, afastando o estudo e o trabalho árduos de seus ideais de vida, colocando em seus lugares abjetas reivindicações redistributivas, nem sempre feitas de forma civilizada – vide as ações do MST e congêneres. A questão é saber até quando uma sociedade pode sobreviver a isso.
Publicado originalmente no Jornal “O Globo” – 11/03/2010
Administrador de Empresas e Diretor do Instituto Liberal
João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

“O socialismo premia quem faz mais barulho. Aí os barulhentos recebem benesses que são pagas pelos ordeiros que trabalham.” (Eriatlov)

“O socialismo é como um sonho lindo. Neste sonho o sujeito é namorado da modelo Gisele, quando acorda pra realidade está ao lado da Graça Foster.” (Mim)

Dia 20 de agosto o famigerado Guilherme Boulos vai comandar um ato em favor da Dilma, contra o golpismo de direita, segundo ele. Se ele tivesse vergonha na cara faria um ato em favor do país, mas aí precisaria ser um sujeito pensante...

“Vocês se lembram do brinquedo de parque chamado de Chapéu Mexicano? Pois é a cabeça da Dilma. Roda, roda, roda...” (Mim)

“Sim, eu sou operário e de direita e me orgulho de nunca ter dependido do estado para viver. Boca livre nem na mesa eu aprecio,divido, é o justo e gosto.” (Filosofeno)

“Eu amo o próximo, tanto que quando posso até como ele.” (Leão Bob)

“Se a vaca não come, a teta seca.” (Pócrates)

“Caminhamos para escuridão e não temos ninguém confiável para segurar a lanterna.” (Mim)