terça-feira, 11 de agosto de 2015

Você sabia que a cada cinco segundos os quadrilheiros desviaram 110 reais da Petrobras?

O balanço auditado divulgado pela Petrobras informa que foram engolidos pela corrupção 6,2 bilhões de reais entre 2004 e 2012, período em que o Brasil foi governado por Lula e Dilma Rousseff. Nove anos correspondem a 3285 dias. A cada 24 horas, portanto, foram desviados 1,9 milhão de reais. São 78.504 reais por hora. Ou 1309 reais por minuto. A cada cinco segundos, os quadrilheiros desviaram 110 reais. Nunca antes na história deste país se roubou tanto, com tanta velocidade.

Impávido Colosso

Chávez e Guevara

No inferno Chávez encontra Guevara que logo vai dizendo para ele:
-Mas tu é burro Chávez, foi se tratar logo em Cuba? Uma merda! Fidel é longevo porque tem parentesco com o chefe daqui,não por causa da medicina.

FUNCEF-Um rombo de R$ 9,4 bilhões

O déficit acumulado nos planos de previdência da Funcef alcançou a inacreditável cifra de R$ 9,4 bilhões. É praticamente um "petrolão" só no fundo de pensão dos servidores da Caixa. O valor engloba o rombo de R$ 6,5 bilhões de 2014, mais R$ 2,9 bilhões contabilizados até maio. O petista Carlos Caser, que dirige a Funcef, deve ter uma boa desculpa para esse resultado impressionante.
O Antagonista

A UNE, CUT E MST estão com Dilma. Pois nós que vamos às ruas estamos com o Brasil. Será que os reds chup-chup entenderam?

O alerta que vem da Argentina. Ou: É preciso evitar o clima de que o PT já era


O alerta que vem da Argentina. Ou: É preciso evitar o clima de que o PT já era

O PT já era. Do ponto de vista moral, é isso mesmo. Vemos ratos abandonando a canoa furada na maior cara de pau, como se não tivessem defendido o lulopetismo até ontem. Sentem os ventos de mudança e se adaptam. Mas isso não quer dizer que o PT acabou politicamente, muito menos que o governo está com seus dias contados. Reconhecer a diferença entre as duas coisas é fundamental para a sobrevivência de nossa democracia.
Já expliquei aqui porque considero o impeachment uma solução interessante do ponto de vista político, rebatendo os argumentos de quem acha melhor deixar o PT sangrando até 2018. Um dos alertas que tenho feito com frequência é lembrar dos casos argentino e venezuelano. Mesmo com toda a crise econômica e moral, esses governos autoritários bolivarianos conseguiram se manter no poder.
O Brasil não é a Argentina, nem mesmo a Venezuela. Mas a Argentina tampouco era a Argentina! Era um país com imprensa livre, com ampla classe média, e deu no que deu. Após mais de uma década de casal K no poder, as instituições foram para o espaço e os eleitores perderam as esperanças. Tanto que, como diz o editorial do GLOBO, a situação ainda está em aberto para as próximas eleições, com boas chances de dar kirchnerismo novamente:
As eleições primárias da Argentina confirmaram as previsões de analistas. O candidato kirchnerista Daniel Scioli emergiu como principal nome para suceder Cristina Kirchner nas eleições presidenciais de 25 de outubro deste ano. Segundo dados oficiais, divulgados pelo jornal “La Nación”, com 97,8% das urnas apuradas, a coalizão governista da Frente para a Vitória (FPV), liderada pelo governador da província de Buenos Aires, obteve 38,4% da votação. O percentual abaixo de 45%, no entanto, indica que haverá segundo turno pela primeira vez.
[...]
Após 12 anos de governo do chamado casal K — o ex-presidente Néstor Kirchner e sua viúva, Cristina —, a Argentina prepara um legado desalentador. Na economia, as finanças encontram-se abaladas por erros usuais de uma gestão centralizadora, intervencionista e sem transparência. O país vive uma recessão preocupante, suas agências e instituições perderam credibilidade, após intervenções do governo, e conflitos com credores geraram a suspensão de pagamentos. A crise levou o país a dar as costas ao Mercosul e voltar-se para a China.
No campo político, há sinais de truculência e violações aos direitos e liberdades civis. O caso mais gritante foi a morte do procurador Alberto Nisman este ano, às vésperas de formalizar uma denúncia contra Cristina, com relação ao atentado terrorista contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), ocorrido em 1994. O assassinato do procurador, até hoje não solucionado, indignou a opinião pública e gerou manifestações. O episódio revelou ainda várias tentativas de intimidação do trabalho do Ministério Público e da Justiça por agentes do Executivo.
O caso da Argentina é lastimável, um caso impressionante de involução, decadência. Mesmo o assassinato do procurador não foi motivo o suficiente para uma revolta articulada da população. E pensar que, depois disso tudo, o candidato governista está com boas chances de ganhar! Isso demonstra como jamais devemos subestimar o poder de compra de votos e enganação desses bolivarianos, assim como a estupidez popular. A tragédia argentina tem sido uma questão de escolha.
artigo do historiador Marco Antonio Villa hoje no GLOBO está excelente, mas deve ser lido com esse alerta bem acima na cabeça. Villa argumenta que não há mais governo, que o PT e seu projeto criminoso estão com seus dias contados. Toca na questão dos ratos que já abandonam o barco afundando como se fossem opositores do lulopetismo desde criancinhas. Mostra a reação absurda do governo diante disso tudo. E conclui que o destino do PT está traçado:
Na última quinta-feira, era esperado que o PT reconhecesse os erros e apontasse para alguma proposta de negociação, de diálogo com a oposição. E mais, que buscasse apoio dos 71% de brasileiros que consideram o governo ruim ou péssimo. Não o fez. Satanizou a oposição. Associou 1964 a 2015. Tachou a oposição de golpista. Ironizou os protestos. Conservou a política do conflito, do nós contra eles. Isso quando estão isolados e sem nenhuma perspectiva, mesmo a curto prazo, de que poderão reconstruir sua base política.
A gravidade do momento e o autismo governamental obrigaram as oposições a se mexer. A necessidade de encontrar uma rápida saída constitucional para a crise é evidente. A sociedade civil pressiona. As manifestações do próximo dia 16 vão elevar a temperatura política. Quanto mais tempo permanecer o impasse, pior para o Brasil. Se 2015 já está perdido, corremos o sério risco de perdermos 2016 e 2017.
É inegável que Lula e o PT já estão de mudança para o museu da história brasileira. Mais precisamente para a ala dos horrores — que é vasta. Será necessário reservar um espaço considerável. Afinal, nunca na nossa história um projeto político foi tão nefasto como o do lulismo.
Tudo certo. Mas recomendo cautela. O PT ainda não foi jogado para escanteio. Sim, o governo Dilma tem a maior rejeição da história. Mas ela ainda está lá. O PT ainda controla milhares de cargos e bilhões de gastos públicos. Ainda tem a máquina estatal para usar e abusar. E enquanto o inimigo do Brasil tiver tantas armas, a guerra não terá terminado. Cochilou, o cachimbo cai. Tudo que o adversário mais deseja é ser tido como morto.
Por essas e outras razões vejo qualquer saída que preserve Dilma na presidência e o PT no governo como inadequada. É negligenciar o poder dos safados com todo esse arsenal à disposição. O alerta que vem da Argentina é bastante claro: nem mesmo a mais grave crise econômica é garantia de derrota política do governo. É preciso evitar o clima de que o PT já era. Ele está morto moralmente falando. Mas continua vivo… e no poder!
Por isso mesmo, TODOS nas ruas dia 16 de agosto!
Rodrigo Constantino

Meu marido andou de mãos dadas com a Princesa Isabel e ainda está firme. Desconfio que em 2050 ainda estará votando.” (Eulália)

“Confessionário, que furada! De joelhos contando intimidades para um sujeito quiçá mais podre do que eu.” (Climério)

“O tempo passou, muitas coisas mudaram. Mas continuamos tendo uma rainha louca.” (Mim)

“Os portugueses começaram a estragar o Brasil quando rezaram a primeira missa. Por que não fizeram um bailão?” (Mim)

“Alguns momentos são inesquecíveis. A primeira tunda de cinta então...” (Climério)

Nicolás fazendo o que mais bem sabe

Resultado de imagem para MIERDA DE MADURO

NÃO HÁ MAIS GOVERNO

Publicado no Globo
MARCO ANTONIO VILLA
O projeto criminoso de poder está com os dias contados. Deixa como legado escândalos e mais escândalos de corrupção, uma estrutura de Estado minada pela presença de milhares de funcionários-militantes, obras super-faturadas (e inacabadas) e um país paralisado. Sem esquecer que produziram a mais grave crise econômica do último quarto de século.
Ao longo de 12 anos, conseguiram organizar um aparato de proteção nunca visto na nossa história. Quiseram transformar as mais altas Cortes de justiça em braços do partido. Os meios de comunicação de massa foram sufocados pela propaganda oficial. Os bancos e as empresas estatais foram convertidos em correias de transmissão dos marginas do poder, como bem definiu, em um dos votos da Ação Penal 470, o ministro Celso de Mello. Não houve nenhum setor da sociedade sem que a presença do projeto criminoso de poder estivesse presente. Pelo medo, poder e omissão de muitos (empresários, jornalistas, políticos, intelectuais, entre outros), conseguiram impor a ferro e fogo sua política.
Deve ser recordado que, ao terminar seu segundo mandato, Lula era avaliado positivamente pela ampla maioria dos brasileiros. Diziam que seria candidato a secretário-geral da ONU ou a presidência do Banco Mundial. Tudo graças a sua sensibilidade social, aos êxitos econômicos e à preocupação com os mais pobres. Hoje, sabemos que no mesmo período o petrolão alcançou seu ápice e bilhões de reais foram roubados do Tesouro, no maior desvio de recursos públicos da história da humanidade. Os que denunciavam a pilhagem do Estado eram considerados enragés. Não foi nada fácil remar contra a corrente e enfrentar a violência governamental e de seus asseclas. Como em outros momentos da nossa história, já está chegando o dia de o passado ser reescrito. Muitos dos que se locupletaram vão se travestir em adversários ferrenhos do lulismo. Haja hipocrisia.
Vivemos a crise mais profunda dos últimos 60 anos. Em 1954, tudo acabou sendo resolvido em menos de três semanas, entre o atentado da Rua Tonelero (5 de agosto) e o suicídio de Getúlio Vargas (24 de agosto). No ano seguinte, em novembro, o país teve três presidentes, mas a crise foi logo solucionada. Em 1961, a renúncia de Jânio Quadros — que quase arrastou o Brasil a uma guerra civil — foi solucionada em duas semanas, com a posse de João Goulart, a 7 de setembro. Três anos depois, o mesmo se repetiu, e a 11 de abril, com a eleição de Castelo Branco pelo Congresso Nacional, foi resolvido o impasse político. Em 1992, o momento de crise mais profunda ficou restrito a três meses, entre julho a setembro, quando a Câmara autorizou a abertura do processo de impeachment do presidente Fernando Collor.
A crise atual é mais complexa — e mais longa. No tempo poderia ter uma data: a vitória de Eduardo Cunha, a 1º de fevereiro. A candidatura Arlindo Chinaglia empurrou Cunha para os braços da oposição — até então muito fragilizada, mesmo após o excelente resultado obtido no segundo turno por Aécio Neves. As revelações diárias sobre a extensão do petrolão ampliaram a crise, pois estabeleceu conexão entre o escândalo, as lideranças históricas do partido e o financiamento eleitoral, inclusive da campanha presidencial de 2014, em que propina virou doação legal.
As novas delações premiadas vão complicar ainda mais o cenário. Prováveis acusados estão, preventivamente, buscando mecanismos para garantir o foro privilegiado, temendo serem presos. E a instalação das CPIs do BNDES e dos fundos de pensão vão ter de devassar as relações do projeto criminoso de poder com a burguesia petista, aquela do capital alheio, do nosso capital, entenda-se.
O aprofundamento da crise econômica — com dados que tinham sido escondidos pelo governo, especialmente durante a última campanha eleitoral —, a divisão da base política congressual — inclusive de partidos que tem presença no governo, como a PDT e PTB —, as sucessivas derrotas em votações no Congresso relacionadas ao ajuste fiscal, a impopularidade recorde de Dilma, o desespero do PT, e o esfarelamento da liderança de Lula sinalizam claramente que não há mais governo. O que é bom e ruim. Ruim, pois este projeto de poder fará de tudo para permanecer saqueando o Estado; bom, porque os brasileiros romperam o feitiço de mais de uma década e, finalmente, entenderam o mal representado pelo lulismo.
Na última quinta-feira, era esperado que o PT reconhecesse os erros e apontasse para alguma proposta de negociação, de diálogo com a oposição. E mais, que buscasse apoio dos 71% de brasileiros que consideram o governo ruim ou péssimo. Não o fez. Satanizou a oposição. Associou 1964 a 2015. Tachou a oposição de golpista. Ironizou os protestos. Conservou a política do conflito, do nós contra eles. Isso quando estão isolados e sem nenhuma perspectiva, mesmo a curto prazo, de que poderão reconstruir sua base política.
A gravidade do momento e o autismo governamental obrigaram as oposições a se mexer. A necessidade de encontrar uma rápida saída constitucional para a crise é evidente. A sociedade civil pressiona. As manifestações do próximo dia 16 vão elevar a temperatura política. Quanto mais tempo permanecer o impasse, pior para o Brasil. Se 2015 já está perdido, corremos o sério risco de perdermos 2016 e 2017.
É inegável que Lula e o PT já estão de mudança para o museu da história brasileira. Mais precisamente para a ala dos horrores — que é vasta. Será necessário reservar um espaço considerável. Afinal, nunca na nossa história um projeto político foi tão nefasto como o do lulismo.

“Precisamos evoluir. Quem sabe um dia teremos açougues nas savanas?” (Leão Bob)

“Darwin ou Deus? Ora, Darwin sempre. Não acredito no artesão do barro e costela.” (Pócrates)

O BRASIL VAI EXPLODIR por Eurico Borba. Artigo publicado em 11.08.2015

(Publicado originalmente no blog Diário do Poder, de hoje)
O grave momento político atual causa profunda desilusão e revolta na maioria silenciosa do povo brasileiro. A cada dia surgem notícias de novos escândalos, novos envolvimentos de autoridades, mentiras, violência. Os protestos nas redes sociais, na mídia e nas ruas não são considerados pelos governantes, pelos partidos e pelos políticos. O Brasil assiste, impotente e irado, o espetáculo imoral de grupelhos usando, ilegitimamente, suas posições institucionais para preservar o poder e a riqueza acumulada de forma corrupta, sem se preocuparem com o bem estar e o progresso da nação.
A solução para a crise que enfrentamos passa, necessariamente, pela solidariedade do povo ofendido para com o ideal da promoção do bem comum. No entanto Brasil está cada vez mais despossuído de sonhos, esgarçado nas suas ligações afetivas, perdidos pela desconfiança generalizada que cada cidadão nutre pelos outros. O povo só reage às freqüentes noticias de desgoverno e de corrupção ou com o deboche que a nada conduz, ou com o ódio crescente que a tudo pode vir a destruir.
Com o fracasso e o desaparecimento dos partidos políticos, restaria a esperança de lideranças esclarecedoras da situação e aglutinadoras da nação em torno de um projeto de país livre e justo, tais como fizeram os grandes nomes da nacionalidade, em um passado recente: Franco Montoro, Tancredo Neves, Juscelino Kubitheck, Getulio Vargas. Onde estão se escondendo os seus sucessores?
Na ausência de partidos, de lideranças, de idéias norteadoras de ações, estamos nos encaminhando, celeremente, para o caos.
É moralmente legitimo que um eleitorado, humilhado e enganado por um governo e um partido político, exija a imediata substituição dos que os enganaram e roubaram. Isto não é “golpe” como querem alguns – é o resultado da reflexão por parte do povo e do que resta de suas autenticas lideranças locais, dispersos no anonimato das pessoas envergonhadas e sofridas, que pretendem usar os instrumentos legítimos e legais, oferecidos pela Constituição, que prevê punição e substituição de maus governantes.
O Brasil real está parando com cada vez mais desempregados, inflação em alta, produção em baixa, investimentos insuficientes, a confiança se esvaindo pelos desvãos da nefanda prática política. Levaremos anos para recuperar a destruição praticada.
 Estamos a um passo de uma explosão de revolta radical e justo protesto de uma população que, mais dia menos dia, vai reagir. Os atuais governantes e políticos que atuam na área federal, deveriam começar a correr – todos. O povo quer uma substituição radical – saiam, pois todos são, de alguma maneira, culpados pelo estado de anarquia a que chegamos.
 É preciso pensar em opções para a crise, como é o caso prioritário de necessárias novas eleições gerais, comandadas pelo Supremo Tribunal Federal. Acossados pelo clamor popular, reunindo o que resta da dignidade que talvez ainda possuam, ou pelo medo físico de uma população furiosa, este Congresso que aí está trataria de votar, antes de se auto-extinguir, com a máxima urgência, uma decente reforma política prévia, sem financiamento privado das campanhas, com clausulas que indiquem as condições honestas para a criação de novos partidos com expressão nacional, já que os atuais deverão ser extintos.
Já se fez muitas análises, já se falou e se escreveu demais, temos as informações necessárias, possuímos mulheres e homens capacitados, patriotas, honestos, prontos para contribuírem para o soerguimento nacional – basta que lhes seja oferecida uma oportunidade. Sabemos da roubalheira, sabemos das intenções de instauração de formas de poder incompatíveis com as tradições democráticas do Brasil, sabemos dos conchavos, das meias verdades, mas poderemos conhecer, também, quem são as pessoas confiáveis, dignas e competentes, em quem se pode votar neste momento de recuperação da dignidade nacional – caras novas.
Chega de incompetência e de corrupção. Basta de canalhas dirigindo os destinos do Brasil. Não queremos e não podemos mais admitir este estado de anarquia nacional.
 
 Escritor, ex professor da PUC RIO, ex Presidente do IBGE.

RESPINGOS BÚLGAROS E DESENVOLVIMENTISTAS- MWM INTERNATIONAL QUER FECHAR FÁBRICA NO RS. 700 PODERÃO SER DEMITIDOS EM CANOAS.

EIS AÍ UM HOMEM COM MORAL - Renan: 'Discutir impeachment não resolve crise econômica'

EDITORIAL DE HOJE, ESTADÃO - TARDE DEMAIS

Dilma Rousseff parece que não está realmente entendendo nada: 7 em cada 10 brasileiros (71%) reprovam sua atuação como presidente da República; 2 em cada 3 (66%) apoiam a abertura de um processo de impeachment; no próximo domingo prevê-se que uma multidão de proporções inéditas sairá às ruas em todo o País para ilustrar com o peso de sua indignação o que contam as pesquisas de opinião. E Dilma faz uma reunião dominical de emergência no Alvorada com o vice-presidente Michel Temer, 13 ministros e líderes do PT para tratar da crise política e discutir medidas para minimizar o impacto das manifestações. Ao final, uma importante decisão foi anunciada: Dilma vai dialogar, dialogar muito, para superar a crise. Para resolver o problema da desintegração da base de apoio parlamentar, agendará encontros em palácio com os presidentes e principais lideranças dos partidos “aliados”. Para mostrar que não está sitiada pelos manifestantes antigoverno, chamará para conversar dirigentes de entidades e organizações sociais identificadas com “causas populares”. Tarde piaste, como se dizia antigamente.



É louvável que Dilma esteja disposta a dialogar para tirar o País da crise. Pena que tenha esperado sete meses para se dispor a tanto. Politicamente, começou muito mal o segundo mandato. Em vez de dialogar, dialogar muito na hora certa, mergulhou numa tentativa desastrada de garantir a hegemonia política do PT alijando seu principal aliado, o PMDB, do comando da Câmara. Está pagando um preço altíssimo pelo erro crasso. Mas, mesmo tendo feito do incontrolável Eduardo Cunha um inimigo, Dilma ainda podia contar com uma enorme base de apoio parlamentar. Era uma simples questão de dialogar para acomodar todo mundo no gigantesco aparelho estatal. Passados sete meses, está na cara que, apesar de, em desespero de causa, ter colocado o experiente Michel Temer no comando das articulações do toma lá dá cá, alguma coisa acabou não dando certo. Há quem suspeite de que tem a ver com isso a conhecida soberba petista, que sempre dificultou relações de respeito e cooperação mútua com aliados.


O fato é que, mesmo que esteja agora realmente disposta a dialogar, já que procura a qualquer custo uma tábua de salvação, Dilma dificilmente logrará um entendimento satisfatório para recompor a base aliada. E a razão é simples e óbvia: o preço a ser pago por apoio político aumentou na proporção do enfraquecimento da presidente e ela, na atual conjuntura, não tem muito a oferecer. Afinal, o momento impõe um mínimo de austeridade com os recursos públicos e os ventos gelados da crise sopram na direção do enxugamento do aparelho estatal. Além disso, o precedente do descompromisso com os acordos de aliança já está escancarado: as bancadas de partidos que comandam Ministérios têm votado repetidamente contra o governo, numa demonstração clara de que a influência política do Planalto no Congresso é inexistente. Nas mãos de Dilma, o tal “presidencialismo de coalizão” foi pelos ares.


Também no que diz respeito à questão essencial do relacionamento entre governo e sociedade, o diálogo não vai resolver nada, por outra razão simples e óbvia: Dilma Rousseff perdeu a credibilidade entre os brasileiros, entre os quais, nunca é demais repetir, 7 em cada 10 desaprovam seu governo e 2 em cada 3 são a favor da abertura do processo de impeachment. A credibilidade de Dilma é um cristal estilhaçado pela crise econômica que atinge a todos e cada um dos brasileiros e pela revelação do estelionato eleitoral de outubro. O pano de fundo de tudo isso é a Operação Lava Jato, cujas revelações provocam a revolta dos brasileiros não apenas pela grave questão ética que implica, mas também pela dolorosa constatação de que enquanto a população sofre com inflação e desemprego os donos do poder e seus cúmplices se locupletam pilhando o patrimônio nacional.


É patética a tentativa de engabelar a sociedade chamando para dialogar entidades que nos últimos 12 anos foram cooptadas pelo lulopetismo e contaminadas pela sua perda de credibilidade. A crise escapou do controle de um governo democraticamente eleito, mas que, por seus próprios erros, agoniza no pântano da impopularidade.

“Fizeram a revolução bolivariana na Venezuela, mas esqueceram de avisar o povo que a tal incluiria passar fome e ficar de bunda suja.” (Mim)

A indústria sem energia

industria
Sinal da crise na indústria
O consumo de energia na indústria brasileira caiu 4,2% quando se compara o primeiro semestre de 2015 com 2014. Em São Paulo, motor do país,  a queda foi maior: 6,6% no mesmo período.
Em resumo, tal queda é a soma explosiva da crise econômica com o tarifaço.
Por Lauro Jardim

Políbio Braga- Chegou a hora de dar um basta à doutrinação política e ideológica nas escolas

Uber é progresso. Reserva de mercado é retrocesso

O grande perigo para o consumidor é o monopólio – governamental ou privado. Sua proteção mais eficaz é a livre concorrência… O consumidor é protegido de ser explorado por um vendedor pela existência de um outro vendedor de quem ele pode comprar e que está ansioso para vender para ele. Fontes alternativas de abastecimento protegem o consumidor muito mais eficazmente do que todos os políticos do mundo.” Milton Friedman
A exemplo dos Luddistas do Século XIX, que vandalizavam as indústrias, contra a mecanização do trabalho, os taxistas estão reagindo à inovação do Uber cada dia com mais agressividade.  Já são inúmeros os casos recentes de ataques contra passageiros e motoristas daquele transporte alternativo, o que é uma lástima.
Não há como fazer vista grossa ao fato de que a crescente onda de violência dos taxistas estaria ligada à transformação destes em vítimas da concorrência desleal. Tal vitimização, por seu turno, é resultado de posturas tão oportunistas quanto equivocadas de alguns governos municipais, encarregados da regulação do setor e, como sempre, focados exclusivamente nos votos oriundos de grupos de interesses, no caso, taxistas e seus familiares.
Não por acaso, a concessão de licenças para táxis é mais uma instituição que, a pretexto de regulamentar um serviço público para proteger o consumidor, acaba se tornando uma arma do regulado para se proteger da concorrência, assim como ocorre com diversos outros serviços.
No fundo, o que está em jogo nessa celeuma é a manutenção do valor de uma licença (reserva de mercado) que o governo já inclusive transformou em ativo, passado de pai para filho, por herança.  Em outras palavras, algo que seria apenas uma autorização de funcionamento, virou um patrimônio negociado no mercado, que seus detentores enxergam como um “direito adquirido”.  No Rio de Janeiro, estima-se que ela valha entre 150 e 200 mil reais.  Em Nova York, o Medalhão, como é chamada por lá a famigerada licença, já chegou a valer um milhão e duzentos mil dólares, antes da entrada do Uber no mercado.
Feliz ou infelizmente, dependendo do ponto de vista, a desvalorização da licença é o preço a pagar pela melhoria do serviço para todos.  Ainda me lembro que, há apenas vinte e poucos anos, uma linha telefônica no Rio podia valer até cinco mil dólares, dependendo da região.  Quando me mudei para a Barra da Tijuca, no início dos anos noventa, paguei mais ou menos isso pelo telefone de casa.  A coisa era tão absurda que as pessoas informavam a titularidade da linha em suas declarações de bens e as mesmas entravam nos inventários dos mortos, para que pudessem ser rateadas pelos herdeiros.  Com a privatização do serviço de telefonia, muito rapidamente aquelas linhas, adquiridas a peso de ouro, passaram a não valer nada.  Houve um tempo também em que os registros de empresas “trading” eram fortemente regulados e emitidos em quantidades fixas, o que fazia com que as empresas detentoras desses registros fossem negociadas a preços muito acima de seu efetivo desempenho.  Com a desregulamentação do setor, esses registros simplesmente perderam o valor.
A regulamentação da atividade de taxista, embora imposta pelo estado, aqui e alhures, como forma de proteger os consumidores, quase nunca atingiu o efeito desejado.  Quem anda de táxi no Rio (ou mesmo em Nova York e outras cidades do mundo) é testemunha de quão ruim pode ser esse serviço.  Carros caindo aos pedaços, motoristas mal educados e mal ajambrados, não raro obrigando o passageiro a escutar sua rádio predileta em alto e bom som, além da falta constante de troco, são apenas algumas das muitas queixas dos usuários.  Sem contar o fato de que, em dias de chuva ou feriados, é praticamente impossível conseguir um táxi.
Não é outra, portanto, a razão da enorme aceitação do Uber pelos consumidores.  Carros novos, motoristas educados e bem trajados, ar condicionado sempre em funcionamento, sem que seja preciso implorar ao motorista, preço certo e previamente ajustado, pagamento através de cartão de crédito ou débito e pontualidade rapidamente transformaram o novo serviço numa coqueluche, pelo menos para os usuários habituais.
O bom serviço do Uber está diretamente relacionado a um detalhe simples, mas importantíssimo.  Os motoristas, caso queiram permanecer na franquia, têm necessariamente de manter um bom atendimento, pois estão permanentemente sendo avaliados pelos usuários.  É isso que faz um serviço de excelência, e não uma centena de regulamentos e prerrequisitos impostos pela prefeitura.
Por outro lado, pelo menos no Brasil, é falsa a premissa de que o Uber faria uma concorrência desleal aos taxis, pois estes últimos pagariam taxas de licenciamento e impostos muito superiores àqueles.  Como demonstrou reportagem do G1, na verdade os custos de operação para os motoristas do Uber seriam maiores que os dos taxis.
A invenção e operação do Uber são mais um exemplo fantástico daquilo que o economista Joseph Schumpeter chamou de “destruição criadora”, um mecanismo virtuoso da concorrência e do espírito empreendedor que induz indivíduos e empresas a inovar, experimentar e criar. Nesse processo, típico do capitalismo, produtos obsoletos e métodos de produção ineficientes vão sendo constantemente substituídos por novos produtos, novas fontes de matérias primas e técnicas inovadoras. Isto significa que o caminho em direção ao progresso e à melhoria das condições humanas, a longo prazo, estará repleto de perdedores e vencedores.
A sociedade não pode colher os frutos do progresso sem aceitar que alguns indivíduos acumulem perdas. Ao mesmo tempo, as tentativas (notadamente da parte dos governos) de suavizar os seus aspectos mais severos, na esperança de preservar os empregos ou proteger as rendas de uma minoria, não raro levam à estagnação e ao declínio, obstruindo a marcha do progresso. No capitalismo, nos lembra Schumpeter, perdas e ganhos são indissociáveis.
São inúmeros os exemplos de novos produtos que contribuíram de forma permanente para o progresso e bem estar humanos, mas que, por outro lado, tornaram a vida de alguns poucos perdedores pior.  Thomas Edson, ao inventar a lâmpada incandescente, certamente levou à falência muitas indústrias de candelabros, velas e afins, contribuindo ainda para o desemprego temporário de milhares de trabalhadores. Mas será que, apesar do sofrimento destas pessoas, o mundo estaria melhor sem as invenções de Edson? Será que viveremos num mundo melhor, se os governos conseguirem banir o Uber, a fim de manter o emprego e a renda dos taxistas?
Podemos dizer, portanto, sem medo de errar, que os maiores aliados do Uber na sua luta contra os cartéis de taxis espalhados mundo afora – e protegidos pela burocracia estatal – são exatamente os usuários.  Não fosse pela força deles e provavelmente o Uber já teria sido banido em praticamente todos os lugares.
Um ponto importante a destacar aqui é que a eventual causa da perda de renda e emprego dos taxistas não é propriamente o novo serviço ou a nova tecnologia, mas a escolha livre de consumidores e trabalhadores.  Os primeiros certamente insatisfeitos com o serviço anteriormente prestado, e os últimos pela possibilidade de transformar um bem de consumo (automóvel) em bem de capital, além da liberdade de auferir renda trabalhando nas horas vagas.
Aliás, como bem lembrou o economista Don Boudreaux, é extremamente paradoxal que alguns esquerdistas, principalmente os apologistas da teoria da concentração de capitais de Thomás Picketi, tenham se colocado contra o Uber e outros serviços da chamada economia de partilha, como Airbnb.
Uber e Airbnb permitem que bens de consumo duráveis (carros e imóveis) se transformem facilmente em bens de capital, no momento e pelo prazo que seus donos desejarem. Essas inovações tornam o capital mais produtivo e, last but not least, transformam pessoas comuns em empreendedores, pulverizando o capital, no lugar de concentrá-lo.  Ninguém que critique o capitalismo por conta de uma eventual concentração do capital pode, coerentemente, se colocar contra tais novidades.
Em resumo, as intervenções do governo contra Uber e outras inovações traduzem não só a defesa do capital estabelecido contra as forças da “destruição criadora”, como impõem obstáculos para que as forças de mercado melhorem o acesso dos consumidores a melhores produtos e serviços.

João Luiz Mauad

João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

“Fico pensando como seria o paraíso. Águas claras que correm ao sol, gramado limpo e verde, céu azul. Mulheres puras vestidas de branco desfilando com pés descalços. E o sexo, entra onde o sexo no paraíso?” (Pócrates)

“Um imbecil quando sobe alguns degraus na escala da vida pensa que é um pavão.” (Filosfeno)

Espião alienígena esteve estudando Dilma

Relatório final sucinto: “Estudo da dirigente indica que teremos sérios problemas para educar esse povo. Se a líder é isso aí, imagine então o resto. Esqueçam! “

A VELHA IRRESPONSABILIDADE E O "NEOLIBERALISMO" por Percival Puggina. Artigo publicado em 11.08.2015

O economista e auditor Darcy Francisco Carvalho dos Santos tem sido um apóstolo da responsabilidade fiscal no Rio Grande do Sul. Há anos vinha alertando para a crise que adviria neste horizonte de 2015 como inevitável ponto de chegada para quem se abraçasse à estupidez de crer, diante da contabilidade pública em vermelho, que "o governo tem a obrigação de dar um jeito e arrumar dinheiro". Como se o governo tivesse um real que pudesse chamar de seu! E como se todo centavo arrecadado não saísse dos nossos bolsos!
 Suas advertências caíram no vazio do mais solene desprezo. A velha irresponsabilidade não silencia sequer diante da destampada dureza de um Estado que não dispõe de recursos para pagar pontualmente seus servidores e que, a cada dia, precisa fazer a escolha de Sofia dentre as muitas e justas demandas de custeio e de seus fornecedores. "O governador tem que dar um jeito" é a frase que pretende ser expressão de sumo saber administrativo e fiscal. E ai de quem ouse propor soluções! Imediatamente recebe o rótulo de neoliberal, como vem acontecendo com o economista e auditor Darcy Francisco, autor de três livros sobre a crise fiscal do RS.
 Na resposta que enviou a um jornalista da praça que lhe pespegou o mencionado rótulo para desqualificar as propostas contidas em seus livros, ele alinhou, mais uma vez, o conjunto central de suas sugestões. Vale a pena reproduzi-las e trazê-las à reflexão da sociedade e dos líderes políticos do RS. A lista de providências, que sintetizo abaixo, é antecedida pela pergunta: "Estas propostas são 'neoliberais'?".
• Reforma da previdência, visando a corrigir o problema das aposentadorias precoces, sendo a metade com 50 anos de idade mínima e ¼ sem sequer essa exigência. Nos países ricos, sociais-democratas, as pessoas estão se aposentando com 65 ou 67 anos;
• Adotar novos critérios da pensão por morte. Hoje, uma pessoa jovem com todas as condições para trabalhar pode ficar até 50 anos ou mais, dependendo da situação, recebendo uma alta remuneração paga pelo contribuinte;
• Alterar o plano de carreira do magistério, um plano da década de 1970, o mais velho do País, anterior à vigência de LDB, que define carreiras que não existem mais e que só vai pagar um salário melhor para o professor no final de sua carreira, quando ele está deixando a sala de aula.
• Adotar plano de aposentadoria complementar, providência que o Estado mais rico do país, São Paulo, e a União, já adotaram, sendo que a União adotou essa providência em pleno governo petista.
• Alterar o acordo da dívida, visando pagar menos e zerar o saldo devedor;
• Rever os altos salários iniciais e algumas categorias, como condição para pagar melhor outras que recebem muito pouco;
• Extinguir a licença-prêmio, um privilégio vergonhoso do servidor público, já revogado na União, e que muitos órgãos de elite no RS pagam em dinheiro;
• Alterar as regras das incorporações das funções gratificadas na aposentadoria, passando para a média em vez da última. Isso é uma regra aprovada pela reforma previdenciária de 2003, do presidente Lula.
• Evitar a concessão de reajustes salariais reais. Se o Estado não está conseguindo dar nem a inflação, como vai dar aumentos reais?
• Conter o crescimento das outras despesas correntes. Para quem não sabe, isso é economizar no consumo, exatamente como fazemos na nossa casa, quando o dinheiro escasseia.
• Mudança no pacto federativo, visado melhorar a distribuição das receitas.
Ser contra isso significa ser a favor da velha irresponsabilidade e do caos fiscal porque foram essas (e outras) políticas demagógicas e populistas que levaram o RS à vexatória situação atual.
 

A MÃE ESTÁ MATANDO O FILHO A PAU!- RITMO DE OBRAS DO PAC DEVE CAIR 33% COM CORTES DE DILMA

DEVO, NÃO NEGO, PAGO QUANDO JESUS VOLTAR- INADIMPLÊNCIA DO CONSUMIDOR CRESCEU 4,47% EM JULHO

AUDITORES DO TCU APONTAM FALHA SOBRE FGTS EM DEFESA DE CONTAS DE DILMA



O governo Dilma Rousseff alegou, em sua defesa ao Tribunal de Contas da União, não poder seguir um ponto cobrado pelo TCU que ele, na prática, já segue. No meio do fogo cruzado estão o Banco Central e as "pedaladas fiscais". Esse buraco na defesa do governo já ligou o sinal de alerta dos ministros do TCU, que estão prestes a retomar o julgamento das contas federais de 2014.

Uma reprovação das contas é aguardada pela oposição no Congresso para mover um processo de impeachment da presidente. O TCU produz um parecer, mas a decisão final é dos parlamentares, que na semana passada aceleraram as votações de contas de ex-presidentes para ficarem prontos a votar as contas de 2014.

No processo de análise das contas de Dilma, os auditores do TCU apontaram, em junho, que a dívida do governo com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que antecipou recursos para o programa Minha Casa Minha Vida, deveria ser registrada pelo Banco Central na dívida líquida do setor público. Ao todo, o TCU apontou que foram deixadas fora da dívida pública um total de R$ 18,3 bilhões do governo com o FGTS no ano passado.




Políbio Braga

Compra ruim

Havia um sujeito que se achava muito esperto. Comprou um quilo de ouro por uma bagatela. Quando foi verificar não era ouro, era merda petrificada. Guardou bem o pacote e nunca admitiu que fora enganado. Assim agem os intelectuais enganados pelo PT. Apoiam o governo Dilma e não admitem que compraram merda por ouro.

Lula disse que num governo do PT nenhum brasileiro iria dormir com fome. Pois é, já tem brasileiro oito dias acordado...

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- domingo, agosto 29, 2010 VAI MAL A UNIVERSIDADE

Recebi até agora vários mails sobre a crônica de ontem, em que comento o analfabetismo de um repórter de Veja, ao grafar “a enfisema”. Aconteceu o que eu temia. Três missivistas nada viram demais no texto, apesar de o redator repetir “a enfisema” pelo menos nove vezes. Em verdade, título à parte – “Vai mal a Veja” – não fiz comentário algum. Contentei-me em reproduzir a reportagem, ciente de que o leitor identificaria a mancada. Estou superestimando a cultura vernácula das gentes. Três, pelo menos, não a identificaram. Sendo que um deles é professor universitário.

Nada de espantar. Em meus dias de universidade, cansei de ouvir expressões como uma grama, duzentas gramas, com a unidade de medida flexionada assim no feminino. Tanto por alunos como por professores. Quando eu dizia um grama, percebia um certo espanto no interlocutor. Mesmo hoje, você encontra este erro nos grandes jornais, já nem falo dos jornalecos do interior. Mas o que mais me doía no estômago era ouvir de minhas aluninhas – de Letras - a expressão “a esperma”. É coisa que só ouvi em Florianópolis. O esperma para mim nada tem demais. Mas “a esperma” soa para mim como algo emético.

O raciocínio do analfabeto não deixa de ter sua lógica. Substantivos que terminam em a só podem ser femininos. Ora, não é preciso ser etimólogo para se saber que os substantivos do português derivados de palavras gregas terminadas em “ma” vão para o masculino. Tripanossoma, cromossoma, carcinoma, teorema, eczema, enema, eritema, estoma, estroma, genoma, lipoma, mioma, protoplasma, etc. Mas quem se preocupa com etimologia? Quem sabe hoje que palavras banais como sintoma, aroma ou dilema são derivadas do grego? 

Piores que os sonetos, só foram as emendas. O professor universitário que nada viu de anormal no texto de Veja, me escreve: “Na real, tive uma boa formação básica lendo todos os autores nacionais que tu detestas (Érico Veríssimo, Machado de Assis, Jorge Amado, só para citar alguns). Foi com esta turma que eu aprendi bastante do português que eu sei hoje”. Pelo jeito, leu com muita desatenção. Ou saberia que se escreve Erico Verissimo, assim sem acentos, e não Érico Veríssimo. De qualquer forma, nenhum desses escritores escreveria "a enfisema".

Já um outro leitor, com formação em Medicina, adverte: “Ah!... Mas talvez emVeja o cultíssimo autor estivesse a exercer sutilissimamente, recorrendo à repetição como ênfase, o recurso extraordinário da eclipse? Ao dizer "a enfisema" não estaria visível, ali no entremeio, apenas para excelentes entendedores o termo "doença"? Como aliás está, afinal, também eclipsado o termo "pulmonar" -- visto que enfisema é sinal suscetível de manifestar-se em praticamente qualquer região da anatomia?”

A este, que conheço de longa data, vou conceder um crédito. Vou supor que esteja fazendo piada. Queria dizer elipse, não? Eclipse é outra coisa. Seja como for, o leitor está sendo muito leniente. Sou mais a hipótese de analfabetismo. Ninguém fala em elipse quando alguém diz "uma grama". O que é muito comum, inclusive nos jornais de boas famílias.

Não, não estou propondo que se volte a estudar grego no secundário, como se fazia há algumas décadas. Mas penso que todo universitário – e particularmente os professores universitários – deveriam ter um dicionário em suas bibliotecas. Sei, bibliotecas são raras, mesmo entre acadêmicos. Mas pelo menos um bom dicionário numa estante qualquer de casa.

Talvez o leitor se espante, mas falamos grego todos os dias. Palavras como táxi ou telefone são o mais puro grego. Ou pélago. Ou nosocômio. Se pronunciamos geologia, geografia, ictiologia, heliocêntrico, cosméticos, paleografia, bíblia, hagiografia, homossexualismo – e milhares de outras palavras – estamos de volta à antiga Grécia.

Não é preciso erudição para conhecer isto. Basta um mínimo de informação, de atenção à língua que falamos. Não vamos exigir isto de Lula e Dilma. (A propósito, a candidata está falando pior que seu criador). Mas não se pode admitir que jornalistas ou universitários falem em “a enfisema” ou “uma grama”.

Veja vai mal e a universidade também.

“Na verdade o inferno não de todo ruim. Depende de que lado do forno você está; do lado de dentro ou do lado de fora.” (Satanás Ferreira)

“O mundo vegetal entrou definitivamente na política. Nossa contribuição é uma abóbora-presidente.” (Mim)

“O PT não inventou a corrupção, é certo. Mas deu uma aprimorada!” (Mim)

“Os bolivarianos tem outro por dentro. É esse outro que é culpado pelos malfeitos que eles cometem.” (Mim)

Aos poucos, os tucanos vão aprendendo finalmente o que é o PT



Samuel Pessôa. Fonte: Época
Primeiro fato: o PSDB é um partido social-democrata, portanto, de centro-esquerda. Segundo fato: o PSDB, por inúmeros motivos, sempre deu muita trela para o PT, sempre foi condescendente demais com os petistas, achando que, só por serem ambos de esquerda, haveria a possibilidade de um debate civilizado em prol do país. Essa ingenuidade está, aos poucos e finalmente, dissipando-se. Os tucanos estão, depois de muito tempo, acordando para o que é o PT. Querem um exemplo?
O economista Samuel Pessôa, que sempre escreveu textos técnicos e com profundo respeito aos adversários ideológicos, jogou a toalha e reconheceu que não é possível dialogar com petistas. Ele chegava a rebater com argumentos as baboseiras de Andre Singer na Folha, o que, para mim, sempre foi um espanto. Será que não percebia que o lado de lá está blindado contra argumentos, que dispensa a razão, que é cínico, desonesto e fanático? Agora abriu os olhos:
Filiado ao PSDB, o economista Samuel Pessoa costumava fazer elogios públicos a programas dos governos do PT. Era uma voz a favor da distensão política e tentava abrir espaços de interlocução com economistas heterodoxos, com linha de pensamento diferente da dele. Samuel mudou. Um dos autores do estudo que diz que o problema da solvência das contas públicas do país só será resolvido com reformas estruturais, ele se tornou um cético quanto à possibilidade de um pacto nacional para enfrentar essa agenda. “Sou o efeito de uma campanha eleitoral sórdida e suja”, diz ele.
O problema de ser “moderado” demais é que você acaba dando corda para os radicais, que passam a ser vistos e aceitos como interlocutores razoáveis. Sempre foi meu problema com muitos tucanos e jornalistas simpáticos ao PSDB. Eles acham que nós, liberais e conservadores, somos os verdadeiros radicais, e pensavam que era possível manter um debate amistoso e construtivo com a ala retrógrada da esquerda.
Hoje estão vendo que não é possível, e que o debate certo, numa democracia que se pretende avançada, deve ser travado entre eles, a esquerda social-democrata mais moderna, e nós, liberais e conservadores da direita democrática. O PT não tem espaço nessa equação, assim como certos grupos radicais de direita, que desprezam o processo democrático republicano, também não.
Já disse e repito: o ideal é a disputa política e o debate intelectual ocorrerem entre a social-democracia, o liberalismo e o conservadorismo. O problema é que, no Brasil, o PSDB social-democrata já é visto como parte da direita (absurdo), enquanto os xiitas e desonestos do PT são tratados como moderados. Passou da hora de a esquerda decente (sim, ela existe) acordar e parar de fazer tantas concessões aos revolucionários e golpistas do PT.
Rodrigo Constantino

Um caso que dá referência circular e um nó górdio na cabeça dos esquerdistas



Vincent Uzomah, professor que foi esfaqueado em Bradford (The Guardian/Reprodução)
A esquerda “progressista” defende sempre as “minorias”, certo? Também inclui nesse grupo, por algum motivo obscuro, os bandidos, especialmente os jovens, vistos como “vítimas da sociedade”. Mas essas bandeiras podem gerar uma tremenda confusão na cabeça de um esquerdista típico, pois são muitas vezes contraditórias.
A feminista, por exemplo, deve elogiar os homens brancos ocidentais, que tratam as mulheres com respeito, ou os muçulmanos, outra “minoria” que não tem muito apreço pelo feminismo? Os homossexuais devem defender os países capitalistas liberais, onde gozam de ampla liberdade, ou as “minorias” africanas, que costumam vetar por lei o homossexualismo?
E como esses podemos pensar em vários outros casos. Mas um episódio ocorrido na Inglaterra é particularmente cruel com os “progressistas”. Ele, sozinho, é capaz de expor toda a hipocrisia da esquerda. Um adolescente esfaqueou uma pessoa. Até aqui, os “progressistas” estão na linha do “vítima da sociedade” e pregando que o ECA seja adotado na Inglaterra, para os ingleses aprenderem como se trata uma pobre criança de 14 anos que meteu a faca na vítima por falta de escola e oportunidade.
Mas aí começam os problemas. O garoto era aluno e a vítima foi seu professor. Já cai por terra a primeira grande ladainha da esquerda. Mas tem mais: o professor era negro, e o aluno teria cometido o crime por motivos racistas. E agora, José? Professor, da “elite opressora”, negro, e marginal, o “pobre sem oportunidades”, um estudante racista. Ainda querem aplicar o bondoso ECA?
Outro problema para os “progressistas”, claro, é a arma do crime: uma faca de cozinha. Esqueça o desarmamento, a desculpa de que “armas matam”, em vez de pessoas. O moleque usou uma faca de cozinha para ferir com risco de morte seu professor. A esquerda nada tem a dizer sobre isso, a menos que queira defender o desarmamento das facas…
Mas calma, leitor, que a confusão mental da esquerda continua: o professor, negro, também é cristão, e decidiu perdoar o delinquente racista. Direito dele, como cristão, algo que a esquerda “tolerante” não aceita, pois no fundo só quer perdoar bandidos das “minorias”, não os que atacam as “minorias”: esses merecem a morte, de preferência pela guilhotina em praça pública que é para dar o exemplo.
Só que, para fechar com chave de ouro, o professor, negro e cristão, reconheceu que seu perdão pessoal era uma coisa, mas a lei era outra, bem diferente, e que era importante o cumprimento da lei para passar a outros jovens de perfis similares “uma forte mensagem” que a violência é inaceitável. Ou seja, o homem pede a punição da lei para não incentivar novos crimes.
E agora, Maria? O que tirar disso tudo? O professor é da “elite golpista opressora” ou membro das “minorias oprimidas”? O estudante adolescente racista é “vítima da sociedade” ou um “marginal doente que merece a forca”? Já vejo a cabecinha oca de muito esquerdista dando aquela mensagem das planilhas de Excel: “referência circular”. Como desatar esse nó górdio, meus caros “progressistas”?
PS: O adolescente passará seis anos em regime fechado em um centro de recuperação de menores e os outros cinco sob vigilância em regime aberto. Lembrando que a vítima sequer foi fatal. Alguém ainda fica espantado com a criminalidade no Brasil, praticada de forma escancarada e ousada, pela certeza da impunidade? Será que os “progressistas” brasileiros acham que temos muito a ensinar aos “otários” ingleses sobre como tratar marginais?
Rodrigo Constantino