domingo, 26 de agosto de 2018

O REI PAVÃO


O REI PAVÃO

O Rei Pavão discursava.
“Eu sou o mais belo, o mais inteligente, o mais iluminado, o mais honesto dos seres do planeta.”
“...peraí, falou uma codorna o meio da multidão, cortando o discurso do rei.”
O Rei Pavão perguntou- “Alguma objeção pequena e feia ave? ”
A codorna- “Mais honesto sei não, lá no Brasil tem um tal de Lula. ”
Era uma vez uma codorna...


HUGO


HUGO

Hugo é um paraibano de trinta e seis anos, natural de João Pessoa e que nasceu com sete dedos na mão direita. Tem dois filhos pequenos e trabalha na construção civil como pedreiro. No momento está construindo sua própria casa nas horas de folga. Hugo é um exemplo de boa gente e trabalhador. Não vive de favores de compadres e escumalha, é honesto com seus sete dedos e ao contrário de certos tipos que mesmo tendo apenas quatro dedos numa das mãos se locupletam fartamente com dinheiro público sem ficar rubros.

INFARTO DO MIOCÁRDIO


Borda do Cafundó, três mil almas. No dia 15 de outubro de 2010 nasceu o primeiro filho de Jurema e Deodato. Ele escolheu o nome do menino; nome este que não saiu da sua cabeça deste que ouviu alguém falar no hospital da capital quando o pai estava lá internado: ‘Infarto do Miocárdio Costa de Oliveira’.
-Como?- Perguntou perplexo o
tabelião Amadeu.
-‘Infarto do Miocárdio Costa de Oliveira’.
-‘Infarto do Miocárdio’ não pode seu Deodato!
-Não pode, não pode por que seu Amadeu?
-Porque não é nome de gente, é um mal que acomete o coração!
-Não me interessa se é ou não é, é diferente, soa bem e eu quero!
-Mas seu Deodato, onde já se viu? Pobre do menino!
-Vai ver está com ciúme! Faça filho e meta nele o nome que quiser! O meu filho será ‘Infarto do Miocárdio Costa de Oliveira’ e o apelido dele será ‘Infartinho do Deodato’!

O tabelião andou de lá para demovê-lo da ideia e nada de conseguir. A tarde já findava e o Deodato não arredava o pé. E quando viu que o tabelião não iria mesmo registrar o Miocárdio não teve outra saída senão sacar da peixeira e do trinta e oito,  que são dois tipos de muita argumentação. O menino foi registrado e seu Amadeu ganhou mais um afilhado.

O MURO


Faz alguns anos na Vila Marta havia um terreno murado que aguçava a curiosidade dos moradores e passantes. O muro de mais de dois metros de altura todo caiado de branco era como se fosse um monumento daquele quarteirão. Uma enorme placa dizia: “Perigo! Muito cuidado! Não tente pular este muro! ” As gentes se perguntavam o que poderia existir de perigoso por detrás daqueles tijolos pintados de branco que sabiam não ter moradia. Bichos? Plantas venenosas? Canibais? Amigos falsos? Comunistas? Parentes do Lula? Então certo dia após uns goles uns gaiatos resolveram dar fim à curiosidade e pular o obstáculo. Uma escada foi colocada, e quando dois deles subiram no muro ele ruiu por completo. No chão, cheio de dores e machucados os dois observaram no meio do terreno uma pequena placa e nela escrito: “Eu avisei! ”