quarta-feira, 18 de outubro de 2017

O CONSELHO DE SÁBIOS


2.099. Os homens mais sábios do planeta se reuniram em Genebra na Suíça para decidir qual deles era o mais sábio para presidir o conselho que governaria o planeta terra dali por diante. Todos se apresentaram como candidatos e fizeram suas explanações dando mostras de suas ideias. Após um mês de árduos debates ainda não haviam encontrado um nome de consenso e quando a palavra “burros” foi dita no plenário. Acendeu-se uma chama de ira e todos se engalfinharam com sangue nos olhos usando facas e estiletes, já que armas de fogo eram proibidas. Não sobrou um só dos sábios vivo. Dona Cleusa que cuidava do cafezinho tomou posse da cadeira presidencial vazia dizendo: É cum eu!

INSIGNIFICÂNCIA

Embarquei nos meus sonhos
E fui morar na lua
Além de viver em absoluta solidão e silêncio
Visitei outros planetas
Abracei estrelas
Cavalguei em meteóricos cavalos
Conheci infinitas galáxias
Mundos tão dispersos e diferentes
Que ao acordar
Apenas reiterei a opinião da insignificância do homem diante do universo.

UM CRENTE DIFERENTE

Ele crente
Que não contente em ser apenas crente
Queria ser diferente
Então arrancou os dentes
E fez deles um rosário reluzente
Não satisfeito com o presente
Tatuou na bunda um crucifixo
E para rimar e mostrar
Fez evento com amigos e parentes.

TÉDIO

TÉDIO
Na rotina cansativa
A grande ameaça é assumir o tédio
Impondo ao ser o desalento
O não sonhar
A terrível amargura da desesperança.

UM HOMEM, UMA CADEIRA


Um homem, uma cadeira. Vinte anos se passaram. Um homem, uma cadeira, um cargo. Um homem, uma cadeira, muitos conchavos, muitas mordomias e desvios. Uma cadeira, uma bunda colada, um sindicalista. Pois foi necessária uma junta médica para destronar o sacripanta. E houve choro e ranger de dentes, também presentes algemas e um delegado. Restou uma cadeira vazia aguardada por nádegas ansiosas.

O país do molha a mão. Coluna Carlos Brickmann


A procuradora-geral Raquel Dodge disse, ao tomar posse, que o povo “não tolera a corrupção”. Sua Excelência está certa, mas na frase faltou um pedacinho que lhe daria mais precisão: o povo não tolera “a corrupção dos outros”. O problema não somos nós, mas aqueles safados que condenamos.



Uma entidade séria, a Transparência Internacional, em pesquisa agora divulgada, mostrou que 11% dos brasileiros admitiram pagar propina para ter acesso a serviços públicos como saúde, educação, segurança, emissão de documentos. Detalhe interessante: a pesquisa se realizou na época do impeachment da presidente Dilma Rousseff, com manifestações de massa contra a corrupção do Governo. Petrolão, não; mas tudo bem molhar a mão.



As respostas positivas, em que tanta gente confessa não apenas seu hábito de transgredir a lei como o desprezo pelos que protestam contra isso, são obviamente verdadeiras: ninguém mente ao confessar que age fora da lei. Portanto, se as autoridades pensam ter apoio do povo para combater os atos mais comuns de corrupção, podem ir desde logo mudando de ideia.



A pesquisa, porém, traz aspectos mais positivos. Dos brasileiros, 81% garantem que, se presenciassem um ato de corrupção, iriam denunciá-lo. Claro que até agora ninguém o fez, exceto em troca de algum tipo de perdão dos suculentos – em alguns casos, tão bons que vale a pena até assumir a culpa de um crime. Mas é um bom sinal. Quem sabe um dia?



Fica a dica


Conhecendo-se o que já se conhece, sabendo como pensa boa parte da população, acompanhando a disputa entre parlamentares e procuradores (tendo alguns ministros do Supremo, surpreendentemente, na mediação do jogo) vale a pena mergulhar um pouco na Operação Lava Jato.



De duas, uma: ou a ofensiva contra a Lava Jato consegue sufocá-la, ou o cruzamento de delações premiadas, combinado com enxurradas de investigações bem-sucedidas, vai gerar tantos processos que ninguém conseguirá acompanhá-los (e, de um ou outro jeito, vamos perder o fio da meada). É hora de pegar um bom livro que sistematize o que se sabe da ladroeira geral e irrestrita. Uma sugestão: República dos Acarajés, do gaúcho Walter Soares, e-book Amazon em https://www.amazon.com.br/Rep%C3%BAblica-dos-Acaraj%C3%A9s-pa%C3%ADs-esse-ebook/dp/B01N2WYZ2W/ref=sr_1_4?ie=UTF8&qid=1503459046&sr=8-4&keywords=walter+soares



Catalunha, só lá



O movimento catalão ameaçou repercutir no Brasil, com grupos sulistas querendo separar do Brasil o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. É daquelas ideias que parecem ótimas à primeira vista, mas não resistem mais do que isso; ninguém ganha nada e os custos são fantásticos. No caso, o Sul teria de importar todo o petróleo que consome, construir nova refinaria, ou importar derivados; e não haveria nem o sal grosso, que teria de ser levado de Mossoró, para o churrasco nosso de cada dia. E, como na Catalunha, o plebiscito é ótimo, bonito, mobilizador, mas só funciona quando os sonhadores perdem.



Quando ganham, como agora na Espanha, que fazer?



O mundo gira



E essas histórias de independência não são as únicas coisas estranhas que acontecem no Brasil. Há dias, em Brasília, o ex-presidente Lula foi embora bem cedo de um churrasco na casa do deputado Paulo Pimenta, do PT gaúcho. Comeu e bebeu pela metade, não esperou o evento petista que deveria ocorrer logo após o churrasco, e disse que iria fazer acupuntura.



Não faz muito tempo, quem acreditaria que Lula iria suspender um churrasco, com todos os acompanhamentos de que gosta, seguido por um ato público, quase um comício, para fazer um tratamento médico?



Volta ao lar



Césare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios, com a extradição do Brasil aprovada pelo Supremo e suspensa pelo então presidente Lula no último dia de seu mandato, está a ponto de ser mandado de volta a seu país. Pelo que se comenta, falta pouco: só que o Governo italiano aceite reduzir a pena que vai cumprir na Itália à que ele sofreria no Brasil, 30 anos no máximo. O presidente Temer está disposto a devolvê-lo, caso os italianos cumpram as exigências da lei brasileira.



Evo, última chance



O presidente boliviano Evo Morales luta para conseguir disputar mais um mandato – seria o quarto em seguida. Morales se elegeu e logo tratou de reformar a Constituição, permitindo-se disputar o terceiro mandato. Mas as coisas, agora, estão difíceis: em nove das onze maiores cidades da Bolívia houve manifestações contra ele, exigindo que respeite o resultado da última votação a que concorreu (em fevereiro, sua proposta de disputar o quarto mandato foi derrotada). Mas Morales promete lutar até o fim.




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HÁ UM JORNALISMO QUE ACABOU por Percival Puggina. Artigo publicado em 18.10.2017



Há um jornalismo que acabou. Fala com as paredes. Irresignado ante a falta de eco, cospe no vento. Cisca no dicionário adjetivos que, de tão mascados, se tornaram rejeitos de lixo orgânico, direto ao saco preto. O vocabulário com que o "politicamente correto" se protegia entra num debate, hoje, murcho como maracujá. Quem leva a sério o adjetivo "reacionário!", ou "conservador!", ou "neoliberal!" (lembram dele?), ou ainda o "fascista!", que os próprios comunistas gastaram mundo afora contra seus adversários antes do tiro na nuca?

Durante décadas, esses senhores foram os regentes das redações, onde desfilavam proféticos, iluminando o mundo com olhares que se derramavam sobre uma nova humanidade e um novo tempo. Eram os kaisers do quarto poder, ditando as normas técnicas para a engenharia do brilhante futuro. Perder tempo com eles, agora, é como contemplar a alvorada de um passado que se refuga. Xô! Quebraram o Brasil, acabaram com a Educação e atacaram, um a um, os valores que sustentariam moralmente a nação.

A sociedade compreendeu, por fim, que, tanto quanto ela precisa conservar valores que orientem as ações humanas para o bem (conservadorismo), a economia precisa de liberdade (liberalismo) para evoluir. Se observarmos atentamente, veremos que isso é tudo que o velho jornalismo militante, mãos dadas com os camaradas do mundo acadêmico, se dedicou a destruir; e que parcela importante do clero católico se descuidou de preservar.

Tem duas razões fundamentais para viver, esse jornalismo. A primeira é servir de memorial adulterado dos "anos de chumbo". Vivem na nostalgia daquele período, misturando a saudade da própria juventude com o tempo em que conseguiram articular um discurso cuja consequência, em tese, rimava com a causa. A segunda é combater liberais e conservadores, qualificando-os como fascistas. Mas, sem direito a tiro na nuca, tudo fica menos produtivo. Fazer o quê? Mudar-se para Cuba ou para a Coreia do Norte?

Não recordo, ao menos em passado recente, de esforços retóricos tão velhacos, tão fraudulentos, quanto os empregados nas últimas semanas por esse jornalismo para tentar convencer a sociedade de que:

• os conservadores seriam hipócritas bradando contra nudez e erotismo na arte;
• gravuras grotescas dedicadas a sujos entreveros sexuais, se expostas em ambiente cultural, deveriam merecer a mesma reverência de conhecidas obras-primas da arte universal;
• sentimentos e atitudes tão diferentes entre si como repulsa, indignação e boicote seriam "sinônimos" de censura;
• sexo não existiria, o que existe é gênero e toda criança deveria começar a aprender isso no bercinho da maternidade;
• as redes sociais seriam uma terra de ninguém tomada pela direita raivosa.

Quem faz afirmações assim não está a mudar de assunto. Está a corromper a razão, conforme mencionei em recente vídeo. Há semanas repetem isso ao país e querem credibilidade? Pretendem seguir influenciando a opinião pública? Subestimam a inteligência daqueles com quem se comunicam! Foi ao servir nacionalmente esse cardápio de falsidades que o velho jornalismo militante deu extraordinário alento aos bons conservadores e aos bons liberais. Refiro-me aos conservadores que estimam a liberdade e aos liberais que reconhecem a necessidade de preservar valores morais.

A sociedade não se escandaliza com nudez desde 22 de abril de 1500 e pouco se interessa pelo que acontece atrás das portas, desde que seja vedado o acesso a crianças. Mas entendeu, perfeitamente bem, ser isso que jogou o velho jornalismo militante na pornomilitância.
O silêncio que cai sobre ele vem por overdose de si mesmo.

MANUEL


Manuel sempre adorou fabricar brinquedos de madeira, era sua vida e alegria. Homem magro e pequeno, quando morreu aos oitenta anos foi enterrado dentro de um bilboquê.

FOI


Quando Joel completou trinta e três anos viu uma luz e dentro dela uma voz que dizia ‘vá!’. Ele foi, errou um degrau, caiu da escada e quebrou o pescoço. Foi mesmo.

IRINEU


Irineu, maduro pacas, dois anos sem tomar banho. Ontem estava na calçada quando o caminhão do lixo passou e levou ele. Não gritou, não esperneou, apenas no seu rosto viu-se um risinho de satisfação.

O DEFUNTO INDIGNADO


Morreu Inácio Gomes. Velório grande na comunidade. Coroas de flores de lotar estádio de futebol. Mas acontece que os Gomes não gostam dos Fagundes nem perto, nem longe. Pois até os Fagundes vieram prestar condolências. Pois não é que o defunto pulou do caixão e de dedo em riste disse: “Se é para ser velado até pelos Fagundes, eu não morro mais!”- E dito isso saiu porta afora esbravejando contra tudo e todos.

IMPOSTOS


“Devemos todos trabalhar pela redução de impostos, pela diminuição do tamanho do estado. Somos diariamente surrupiados por uma carga tributária insana para sustentar o paquiderme burocrático verde-amarelo. A cada compra que realizo sinto que levei uma facada nas costas.” (Mim)

Uma esposa ou marido nunca vem só. Sogra é um acessório obrigatório.


GAZETA DO TOURO DE MARANGUAPE- Urubus foram vistos sobrevoando a casa de Renan. O homem cheira mal mesmo.


DISSEONÁRIO PEDRA- ANTAVÍRUS- A Dilma com gripe.


EM BUSCA DE UM HOMEM MADURO

-E aí Maria? Solteira ainda?
-Solteira.
-Não deu certo com o Hugo?
-Pois é, não deu. Busco agora um homem maduro.
-Bem, seu Nicanor do açougue é viúvo. Está dando sopa. Que tal?
-É maduro?
-Tão maduro que tem até bicho.

Deus conheceu Maduro e Evo Morales, hoje Dilma e Lula. Já mandou chamar Noé...


A morte é o sono eterno e não há despertador que atrapalhe o sossego.


Quando ela diz ”te ligo amanhã”, porém nem pediu o seu telefone, espere deitado.


Quando a mulher pede um tempo para você é porque o seu tempo com ela já acabou.



“O dinheiro não traz felicidade, mas fazer o quê? É ele o amor da minha vida.” (Chico Melancia)

“São muitos os caminhos do senhor. Eu sei, mas todos levam até o nosso bolso.” (Climério)

“A massa de todos os nossos políticos daria um lorde?’ (Mim)



“Quem espera que o estado resolva tudo tem um nome: Parasita.” (Eriatlov)

“Povo que gosta de viver encostado em boquinha e assistencialismo jamais irá progredir. Temos então o ciclo da troca da esmola pelo voto.” (Eriatlov)

“Política no Brasil é a arte subtrair do povo trabalhador em geral para somar na conta dos eleitos e seu compadrio em ONGS e sindicatos.” (Mim)

BANDIDO BOCHECHUDO


“Pelo tamanho das bochechas quem não está mesmo passando fome na Venezuela é o Nicolás Maburro.” (Mim)

OS DONOS DO BILU


“Meus donos não praticam mais sexo. O exercício deles atualmente é conferir boletos em atraso.” (Bilu Cão)

CAPAR O BILU


“A crise me trouxe um benefício. Meus donos se esqueceram do papo de capar o Bilu.” (Bilu Cão)

VELHO


“Meu marido andou de mãos dadas com a Princesa Isabel e ainda está firme. Desconfio que em 2050 ainda estará votando.” (Eulália)

“Festival de carne canina na China? Quer saber? Tô fora!” (Bilu Cão)


“Eu sofro de inveja crônica. A minha língua está sempre disposta à maldade. ” (Ilvania Ilvanete)


“Dos amores é sempre mais saudável se lembrar dos beijos do que das guampas.” (Climério)



“A esquerda mundial ainda não meteu a viola no saco porque o povo no geral gosta de moleza e pensa que riqueza se cria com pensamento mágico.” (Mim)

“Caminhamos na escuridão e não temos ninguém confiável para segurar a lanterna.” (Mim)

Bruxonilda se olha no espelho e diz: eu sou linda! Dilma se olha no espelho e diz: eu sou competente!

“O baú do conhecimento é algo que não se consegue encher.” (Filosofeno)

“A vida é feita de múltiplas experiências, tanto pessoal quanto profissional. Portanto não fique urrando quando uma porta se fecha.” (Filosofeno)

PARQUE DE DIVERSÕES


“ A vagina como um parque de diversões. É preciso precaução para não levar para casa uns bonequinhos.” (Limão)

PLACA EM MARTE


A NASA localizou uma placa caída no árido solo marciano. Diz ela: “O PT esteve aqui.”