quinta-feira, 19 de abril de 2018

THOMAS GREEN MORTON- NOSSA HOMENAGEM


Thomas Green Morton, o inventor da anestesia As descobertas e invenções médicas transformaram a vida de várias civilizações, tornando-a possível com menos sofrimento e por muito mais tempo. Mas nada seria possível ou suportá- vel se não fosse descoberta uma forma de vencer a dor, desafio que sempre se impôs como um objetivo para os estudiosos da ciência médica desde Hipócrates. Por isso, não é possível falar das grandes invenções de medicina sem um capítulo generoso dedicado àquele que descobriu como era possível fazer uma cirurgia com anestesia geral. Isso aconteceu em 1846, na cidade de Boston, nos Estados Unidos, quando o dentista americano Thomas Green Morton, pela primeira vez, usou o éter para realizar uma cirurgia. Isso aconteceu no anfiteatro cirúrgico do Massachusetts General Hospital e, embora Morton fosse dentista, estava ali porque tinha idealizado um aparelho inalador de éter. O artefato foi criado a partir das várias experiências de Morton com o uso do éter inalado para realizar extrações dentárias sem dor. Imaginando a possibilidade de uma cirurgia sem dor, o dentista solicitou autorização para experimentar seu aparelho numa cirurgia de maior porte. O paciente foi um jovem de 17 anos, de nome Gilbert Abbot, que tinha um tumor no pescoço. Junto ao cirurgião John Collins Warren, Thomas Green Morton, participou da cirurgia, considerada um sucesso e a primeira experiência concreta de anestesia geral. Embora o primeiro passo dado em direção à descoberta de um modo de anestesiar os pacientes tivesse sido dado por Joseph Priestley, em 1773, com a descoberta do dióxido de nitrogênio (NO2), as demais experiências feitas com o método não surtiram o efeito desejado, colocando inclusive em risco a vida dos que participam dos experimentos. Thomas Green Morton, em suas pesquisas, sempre buscou estudar formas de fazer uso de um anestésico que ajudasse no controle da dor, sem risco algum aos que o utilizavam. Consultou um professor de química, que lhe sugeriu o uso do éter sulfúrico. Os resultados foram tão profícuos quanto a certeza de que a ciência médica dava um gigantesco passo na direção da desconstrução de mais um importante paradigma.

FONTE- http://www.scielo.br

ÉRCIO


Ércio, o mais tímido dos homens da pequena cidade, desde rapaz fora apaixonado por Filomena, porém nunca teve coragem para contar-lhe. Então passados quarenta anos ela adoeceu e morreu. Ércio foi ao cemitério levar flores e declarou-se de joelhos diante da lápide. Depois já em casa pendurou-se pelo pescoço.

O PORCO DO MATO


O porco do mato conseguiu fugir dos caçadores não sem antes levar um tiro. Em disparada fuga foi perdendo sangue até cair enfraquecido numa clareira. Os urubus começaram o reconhecimento de preparação para o almoço. O porquinho olhava para o céu e na mente antecipava seu final melancólico. Mas prometera para seu pai que lutaria até o fim em qualquer circunstância e foi o que fez. Na porta do último suspiro engoliu uma boa dose de estricnina e partiu da vida, não sem antes dar um pequeno sorriso carregado de sarcasmo.

LUGAR ESTRANHO



Hoje despertei num lugar estranho; cama e móveis desconhecidos, quarto sufocante. O galo não cantou. Quando terminei de abrir os olhos, ouvi uma sirene e alguém bateu à porta: entrou por ela um jovem com aparência aborrecida, fala rouca e baixa.
-Antes que o senhor pergunte onde está eu lhe digo: no inferno! Aqui neste papel estão descritas as regras gerais do Reino do Capeta e todos os horários e compromissos. E caso falhe em alguma das obrigações o castigo será em dobro e assim por diante. E não ouse falar alguma coisa!
Fui lendo a bula do inferno:

6h- Café da manhã acompanhado de pães de aranhas secas;
7h- Momento chibata;
8h- Banho de salmoura;
9h- Gargarejo com pimenta malagueta;
10h- Vômitos induzidos ao som de Ravel;
11h- Massagem especial com urtiga;
12h- Almoço servido dentro de um cão morto;
13h- Pequena siesta no refrigerador, 10 graus negativos;
14h- Corrida de uma hora pelo deserto, 70 graus centígrados;
15h- Passeio pelo inferno no ônibus da comunidade. O guia será o patrão;
16h- Recepção aos recém-chegados, com direito aos novatos tomarem pedradas e choques da galera mais antiga, não mui diferente de certos trotes de universitários;
17h- Sauna;
18h- Culto com os padres e pastores residentes;
19h- Churrasco de bago de touro;
20h- Discurso do mais velho capeta;
23h- Recolhimento

Muito bem, com a lista em mãos fui para o café da manhã com aranhas secas. Era enorme o refeitório; apanhei minha bandeja e entrei na fila. Nela tinha café, manteiga e os tais pães de aranhas secas. Mas não eram aranhas secas e sim castanhas secas. O comprador do inferno era cego e comprou por engano toneladas de castanhas, quando o certo seriam aranhas indianas. Saciada a fome, dirigi-me ao salão da chibata para receber meu castigo. Fui jogado numa mesa fria de latão, amarrado de bruços e de boca tapada.Mas tive sorte,o cara da chibata deu apenas duas e desistiu:sofria de bursite e sentia mais dor do que eu. Fiquei de papo até terminar meu horário e saí. Com o lombo em dia, saltei na banheira de salmoura, tomando cuidado para não entrar água nos olhos. Foi tranquilo. No Departamento Gargarejo com Pimenta foi até bom. Após dois minutos de gargarejo a gente recebia uma cerveja gelada pra acompanhar. Ali o diabo não era bem um diabo. Deu 10h e lá estava eu para vomitar ao som de Ravel. Mas a especialista não compareceu, pois estava com a gripe suína. Fiz um tempo e me apresentei para a tal massagem com urtiga. Mas urtiga mesmo era um por cento, o resto era creme hidratante. Até gostei. Meio-dia, hora do almoço servido dentro de um cão morto. Entrei na fila com o meu bandejão, antevendo a catinga que iria ter que aturar. E não podia reclamar. Como não vi nada de cão morto, perguntei ao cozinheiro que fumava na ala própria:
-E o cão morto?
-Está no pastel, respondeu ele.

Não comi o pastel, então almocei tranquilo. Fiz uma pequena pausa e segui para o freezer, o tal de 10 graus negativos. Um pouco antes havia lido num pequeno quiosque: Alugam-se Casacos.  Encostei-me  ao balcão e pedi o preço do aluguel por uma hora.

-Dez tabefes nas bochechas e um puxão de orelhas - sou viciado nisso, falou para mim o diabinho que ali atendia. E tem bônus de meias de lã!

Bem, tomei meus bofetes, apanhei meu casaco e entrei no freezer. Como estava bem agasalhado não foi difícil suportar o frio por uma hora, ajudado por alguns exercícios. Ao sair do gelo fiquei sabendo que a corrida pelo deserto estava cancelada; uma chuva providencial chegou para poupar o meu corpo de tão estafante esforço. Descansei até a chegada do ônibus que faria o tour infernal.
O capeta de guia estava todo posudo de terno e gravata, livro negro debaixo do braço, barba feita e perfumado tal qual quarto de puta. Conheci todos os fornos movidos a carvão e os modernos já aparelhados com energia nuclear. Os prédios principais do recinto infernal estavam em bom estado, pelo jeito receberam uma pintura recente. Achei muito interessante o campo de treinamento para novos diabinhos. Como apanhavam e batiam! Cursos de graduação para linguarudas. Estava lotada a arena onde seriam recepcionados os recém-chegados ao inferno. Atirei apenas uma pedrinha de nada, pois tinha diabo de olho em mim. Mas vi gente arremessar pedra de quilo e pilhas Raiovac. Quando peguei os apetrechos para ir à sauna fui chamado pelo diabinho da recepção, que apavorado, analisando um formulário amarelo, me disse: “o senhor pode retornar ao mundo terreno .Foi um grande engano. Aqui no inferno, os diabos também erram.” Quando quis pedir como seria a transição, apaguei. No momento estou no hospital me recuperando de um infarto. Mas não sei se conto essa história para alguém.






COMPRIMIDOS


Hermógenes saiu de casa naquele tarde completamente intranquilo, estando seu cérebro em chamas. Repetia para si: “hoje eu mato alguém, hoje eu mato alguém.” Deixou o automóvel na garagem e seguiu em direção à cidade. Na cabeça usava um boné branco e na mão direita um revólver calibre 38, carregado com cinco projéteis. No caminho cumprimentou bodes e galinhas. Duas centenas de metros antes de chegar à cidade suas pernas travaram; sentou-se numa pedra saliente e ficou por alguns minutos pensativo, até mesmo sem cuspir e piscar. Então deu um grito pavoroso que acordou até mesmo os japoneses que já dormiam, semicerrou os olhos e atirou na própria cabeça. Em casa sua mulher sentiu o coração palpitar quando viu os comprimidos do marido doente jogados no lixo.

SENHOR BRASIL NA FARMÁCIA


O senhor Brasil pergunta ao farmacêutico, senhor Urnaldo Eletronick:

-Tem Melhoral seu Urnaldo?

-Não, senhor Brasil, só temos Pioral.


DICIONÁRIO DE HUMOR INFANTIL- PEDRO BLOCH


LEITE- É suco de vaca.


VOLTAIRE


“Os homens que procuram a felicidade são como os embriagados que não conseguem encontrar a própria casa, apesar de saberem que a têm.” (Voltaire)

VOLTAIRE


“O orgulho dos pequenos consiste em falar sempre de si próprios; o dos grandes em nunca falar de si.” (Voltaire)

INCÔMODOS


“A nossa vida é repleta de contratempos. Só quem está morto não tem incômodos.” (Filosofeno)

TALENTO



“Nem tudo é apenas querer. Às vezes faz-se necessário talento.” (Filosofeno)


RECEITA


“Receita Federal pega as pulgas, mas deixa passar os elefantes”. (Filosofeno)

ADIVINHAÇÃO


“A arte da adivinhação é a nobre arte da enrolação”. (Filosofeno)

VIDENTES


“O amanhã ninguém conhece. Videntes são falsários”. (Filosofeno)

DURO É ENCONTRAR A SAÍDA


Lá vai o pó pedido passagem pelas cavidades nasais
Entra o líquido para navegar pelas veias
É fumaça subindo ao céu
E seres descendo ao trágico
É relaxamento
Cores
Alucinações
Euforia
Tudo tem seu preço
Duras são as consequências
Dos momentos festivos
Pois quando o pobre dentro do inferno
O capeta fecha a porta e esconde a chave
Que poucos depois conseguem encontrar.

VAI BERNARDO


Vai Bernardo
Pois a tua megera não para de vociferar
Tal qual um dragão alucinado
Vai Bernardo
Pois se é como o povo diz
Tens uns belos chifres que necessitam de verniz.