quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

GUAMPA NEWS- Dilma abriu por engano um livro de gramática portuguesa. O livro passa bem.
“Político brasileiro bom você só encontra em cemitério. Não discursa, não rouba, não faz promessa.” (Eriatlov)
“Os religiosos criaram o inferno. Trata-se sem nenhuma dúvida de uma obra dos diabos.” (Mim)
“Casei-me oito vezes e fui corno em quatro. Eu e os chifres estamos empatados.” (Climério)
“Mulher feia que não é simpática não tem jeito: é carne de cobra!” (Mim)
“O nono tem pensado muito em sexo. Só pensado.” (Nono Ambrósio)
“Sou do tempo que a revista Playboy ficava escondida sob o colchão. Se a mãe pegava dava uma tunda e ainda fazia dizer o terço de trás para frente umas trezentas vezes.” (Nono Ambrósio)

Carmem Lúcia fica com Renan, que vence no STF por 6 x 3

A ministra Carmem Lúcia, presidente do STF, resolveu também votar no caso Renan Calheiros, e perante uma expressão de derrotado completamente humilhado do ministro Marco Aurélio Mello, decidiu ficar do lado do senador Renan Calheiros.

A decisão foi tomada às 18h13min

O resultado final de 6 x 3 consagra a seguinte decisão da Corte Suprema:

1) Renan permanece presidente do Senado.
2) Renan sai da linha de sucessão presidencial.

A vitória de Renan Calheiros e do Senado é acachapante e põe um freio no Judiciário.

Carmem Lúcia criticou o senador por ter virado as costas ao oficial de justiça que foi citá-lo, mas caso não tivesse feito isto, Renan não teria obrigado o STF a reunir-se esta tarde e nem a garanti-lo no cargo.

O Senado poderá chamar sessão para ainda esta noite.

Políbio Braga

INSTITUTO LIBERAL-Pane no politicamente correto: quando um deficiente físico satiriza sua própria condição Por Thiago Kistenmacher

Deficiência física, politicamente correto, vitimismo, paranoia e preconceitos criados pelos movimentos que defendem isso ou aquilo. Enfim, esta não é uma discussão nova por aqui. Já escrevi sobre o “capacitismo”, que vê preconceito até mesmo no ato de ajudar algum deficiente e Rodrigo Constantino chegou a publicarUm manifesto a favor da ofensa. Muita gente desses grupos politicamente corretos, se pudessem, proibiriam a sátira, bem como o fez o ditador norte-coreano.
O que gostaria de compartilhar por aqui é o caso de Leandro Severgnini, que publica vídeos nos quais trata de diversos assuntos, inclusive sobre sua própria deficiência, uma distrofia muscular. No vídeo A vida de um deficiente físico Leandro começa dizendo que muitas pessoas pensam que os deficientes sejam meros “coitadinhos” e, a despeito de concordar que existe dificuldade em vários aspectos, ele diz: “Para com isso”.
Interessante é que ele não só fala de sua deficiência, mas trata da questão com humor. Rir é o melhor remédio, diz uma frase clichê muito verdadeira. É isso que Leandro faz. Satiriza seu tamanho aos trinta anos, o tratamento de choque que recebia nos nervos e até mesmo sua vida amorosa como alguém que possui distrofia muscular. Conforme ele mesmo diz no vídeo, quando encontrar alguém para namorar, este será um amor puro, afinal de contas, em suas palavras “obviamente a pessoa não vai ficar comigo porque eu sou gostoso, né?!”
Gostaria de saber do que os politicamente corretos acusariam Leandro. Diriam que o homem sofre de auto aversão e, portanto, seria um preconceituoso? Acusariam Leandro de ser uma pessoa ignorante? De qual fobia, na concepção dos politicamente corretos, o autor do vídeo sofreria? Será que Leandro odeia todos os deficientes físicos e se pudesse os exterminaria num campo de concentração? Será que ele é nazista?
Evidente que há o bom senso, dessa forma, acredito firmemente que utilizar a chatice do politicamente correto para ofender deficientes inadvertidamente é outra espécie de radicalismo inverso, desnecessário. E se alguém perguntar até onde vai o bom senso respondo que vai até fazer uma pergunta insensata como esta. O bom senso não precisa ser explicado em livros, ou estou errado? Basta educação.
Mas imagine a crise que a “galera do mundo melhor” teria caso alguém sem qualquer deficiência física fizesse as piadas que Leandro Severgnini faz sobre sua própria condição.
Por fim, o que isso prova? Prova que o politicamente correto e seus adeptos pensam representar quem muitas vezes não está nem um pouco preocupado com ideologias que transformam todos em vítimas e acusam tudo e todos de preconceituosos. Não é preciso muito para notar que o culto ao vitimismo é uma estratégia pérfida que não ajuda ninguém, salvo aqueles que ganham nome, fama e dinheiro defendendo esse tipo de estupidez.

CAÇANDO PATOS

Ano 2550 DC. Romualdo e Peter saíram no domingo para caçar patos. Os bichinhos faceiros se deliciavam na grande lagoa quando os caçadores chegaram. Os bichos alçaram voo e eles meterem bala. Aí foi que aconteceu um fato novo que mudou a história de todas as caçadas de patos. Chegaram por detrás deles dois patos de terno e gravata que se apresentaram como advogados. Os eles largavam as armas ou seriam denunciados e presos. E ainda ameaçaram: E saibam vocês, o juiz do condado também é um pato. Acho que dá perpétua! Foi assim que acabaram os domingos de caçadas de patos.

UNICÓRNIO

Num sonho Dilma encontrou um unicórnio que feliz se alimentava. Inicialmente surpresa disse: Saia do meu sonho, você não existe! Não acredito em lendas!  O unicórnio replicou: E você Dilma, existe?

SEM ESTRAGO

Não sou exagerado no consumo etílico
Tenho respeito pelo monstro
Pois já o vi dominar inteligências
Destruindo suas vidas
E dessas observações da vivência
Há outra que não me escapa
Que é bom acordar no dia seguinte
Sem ter no corpo o estrago da ressaca.

VÍTIMAS

Observar a ignorância em ação
É ferir-me a carne com ferro quente
Ver o homem reduzido a um fantoche
É um deboche que machuca
Pobre do humano que não sabe pensar por si
Tendo a visão do mundo murada por fantasias sobrenaturais
Resta somente para eles
Seguir pelo caminho que lhe empurram
Os especialistas em lavagem cerebral.
“Não louvo santos nem o tal Deus imaginário. Mas aplaudo de pé os seres que fazem o bem sem esperar recompensa.” (Filosofeno)
“Entram reais no bolso e a empáfia assume o ser. Assim é o comum.” (Filosofeno)
“A tutela do estado só serve para seres menores. Passarinho sabido gosta mesmo é de voar.” (Filosofeno)
“A maldade sempre encontra seguidores; às vezes por conveniência, às vezes por gosto próprio.” (Filosofeno)

Piora o ensino brasileiro, diz Pisa

O ensino brasileiro está estagnado entre os piores do mundo, de acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), maior pesquisa global de educação. Realizado a cada três anos, o Pisa avalia o desempenho de alunos de 15 anos em 70 países nas disciplinas de matemática, leitura e ciência.
A cada edição, o programa dá ênfase a uma dessas três áreas de conhecimento. Este ano, o destaque foi para ciências. Nesta disciplina, a nota do Brasil caiu de 405, em 2012, para 401, o que deixou o país em 63º lugar do ranking. Em leitura, o rendimento dos estudantes brasileiros teve queda de 410 para 407 pontos, ficando na 59º colocação. Já a nota de matemática caiu de 391 para 377, o que deixa o Brasil em 65º da lista do Pisa na disciplina.
As quedas na pontuação estão dentro da margem de erro do Pisa, segundo os próprios organizadores da avaliação. Mas deixam claro que o ensino brasileiro está parado em uma situação crítica. O Brasil simplesmente estagnou em leitura e ciências desde 2000 e 2006, respectivamente, quando o exame ressaltou pela primeira vez o conhecimento nessas disciplinas. Na matemática, a avaliação é de que o país avançou de 2003 em diante, subindo 6,2 pontos ano em média por edição do exame, mas caiu 11,4 pontos de 2012 para a nota atual.
O ranking leva em conta a nota atingida em cada área de conhecimento. Mesmo quando dois ou mais países obtiveram a mesma pontuação, foram distribuídos na listagem em posições consecutivas. Países asiáticos, como Cingapura e Japão, dividem as dez primeiras posições nas três áreas de conhecimento com nações como Finlândia, Canadá e Suíça. Divulgado nesta terça, o Pisa é promovido pela Organização de Cooperação para o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O mais assustador é observar a quantidade de estudantes brasileiros que não alcançam o mínimo de conhecimento em cada disciplina avaliada. Mais de 70% dos nossos alunos não atingiram, em matemática, o nível 2 na escala de proficiência do Pisa. De acordo com os padrões do programa, isso quer dizer que eles não detém o mínimo de conteúdo naquela área para sequer exercer sua cidadania. Em ciência, 50% dos estudantes também não alcançaram o nível 2. Já em leitura, 51% dos adolescentes também não foram capazes de chegar a esse patamar.
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Para a secretária-executiva do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães, os resultados do Pisa revelam que o Brasil parou de avançar na área desde o início do século. Ela criticou o governo petista, mas reconheceu melhorias em relação à taxa de frequência escolar no período:
— Depois de 15 anos do início do Pisa, considerando que 13 anos foram do governo anterior, o desempenho não melhorou. Tivemos melhoria do fluxo escolar, com mais alunos de 15 anos no ensino médio, o que é importante, mas estamos estagnados na qualidade — avalia.



Feito a cada três anos, o Pisa é um exame internacional que testa as habilidades e conhecimentos em matemática, leitura e ciências de estudantes de 15 anos. Em 2015, há dados para 70 países ou territórios (como Chipre e municipalidades chinesas reunidas como um só participantes), sendo que 35 Estados são membros da OCDE. A última edição do teste se concentrou em ciências, mas também traz resultados das outras duas áreas de conhecimento. No Brasil, 23.141 estudantes de 841 escolas participaram do exame, feito por computador.

Blog Políbio Braga

RODRIGO CONSTANTINO- VOCÊ SABIA QUE AS UNIVERSIDADES PÚBLICAS JÁ ESTÃO PRIVATIZADAS?

blog

Por Lucas Berlanza, publicado pelo Instituto Liberal
Calma. Não é o que você está pensando. Este não é mais um comentário conspiratório das esquerdas fanáticas enxergando as supostas “mazelas do interesse privado” em cada esquina. Não é uma reclamação destrambelhada sobre como as multinacionais poderosas e os “neoliberais malvadões” estão privatizando a educação. Na verdade, os vilões são outros.
A essa altura, todos já devem saber das “manifestações” – as aspas são muito justas – em Brasília por ocasião da votação da PEC do teto dos gastos públicos, com direito à depredação do MEC, em que houve mesmo confronto com a polícia. Pois muito bem. O que queremos chamar atenção é para a mobilização das universidades públicas, ao menos no Rio de Janeiro, em torno daquele evento e também das chamadas “ocupações” de colégios.
Através de fontes da UFRJ, recebemos a cópia de um memorando de novembro em que a Secretaria do Conselho de Ensino de Graduação informava o seguinte:
“Informamos que o Conselho de Ensino de Graduação, em Sessão Ordinária de 23 de novembro de 2016, aprovou a prorrogação do ato acadêmico abaixo mencionado, bem como as recomendações, a seguir. 1) Trancamento de disciplina até 16 de dezembro para todos os alunos da UFRJ. RECOMENDAÇÕES: 1) Que sejam abonadas as faltas referentes ao início da ocupação, 07/11/2016, até o término da mesma para todos os alunos da UFRJ. 2) Que não sejam aplicadas provas ou outras formas de avaliação nos dias 28, 29 e 30 de novembro de 2016, bem como sejam abonadas as faltas neste mesmo período a todos os alunos da UFRJ, em virtude da caravana de alunos que irá a Brasília nestes dias.”
Sabemos perfeitamente que aqueles que já enxergam a função básica da Educação como sendo a formação de uma militância adestrada não serão convencidos pelo óbvio; então nos dirigimos àqueles que ainda preservam alguma sensibilidade para os fatos: a manifestação degradante em Brasília, além das ocupações de colégios e faculdades, evidentes produtos de agitação política das esquerdas, são tratadas em caráter oficial pela universidade, a ponto de se recomendar o abono de faltas aos participantes. A quem não vê nada demais nisso, perguntamos: fosse a manifestação A FAVOR DA PEC, esse tipo de regalia seria concedido?
Frise-se: em caráter oficial, a UFRJ está subordinando as suas determinações e documentos oficiais aos interesses de um grupelho ideológico. Quem está “privatizando” a universidade pública, submetendo o seu contingente e prostituindo a sua função básica em prol de “interesses privados”: os “neoliberais malvadões” que só existem em contos da Carochinha, ou esses mesmos grupos que gritam contra eles enquanto desviam de seus propósitos o espaço de ensino?
Quem fez a analogia não fomos nós, na verdade. Um professor da UFRJ, que preferimos não identificar, publicou uma reflexão na lista de e-mails de seus colegas que nos parece resumir magistralmente o problema:
“Mais decisões bizarras do CEG. Como é que um conselho superior põe o calendário da Graduação a serviço de decisões privadas? O que vai ser considerado ‘término da ocupação’ e que conselho institucional decide sobre isso? Por que uma ‘caravana de alunos’, cujos propósitos e relação institucional com a universidade não são esclarecidos, dá direito a abono de faltas para quem dela participa ou não? A UFRJ já está privatizada. Só que não é para os interesses privados normalmente apontados.”
Quem dirá que ele não está certo? O que confere a esses grupos a autoridade para serem levados em consideração dessa forma em decisões administrativas da universidade? Por que eles e outros não?
Mas o problema está longe de ser exclusivo da UFRJ. Obtivemos informações similares da UFF, que vem convivendo com o drama das invasões chamadas de “ocupações”. Um aluno da universidade nos mostrou a mensagem enviada por e-mail de um professor, dizendo o seguinte:
“Prezados, bom dia! Respondendo a algumas mensagens que tenho recebido da turma, quero dizer que não temos tido aulas normais em apoio às ocupações. O movimento pediu que a gente interrompesse a rotina das aulas e que elas fossem substituídas por outro tipo de atividade acadêmica. Mesmo as atividades que programamos inicialmente, porém, não foram mantidas com regularidade, e este é o motivo maior deste e-mail.”
Quantas rotinas afetadas, quantos planejamentos prejudicados por submissão a esses movimentos! Se você é contrário às suas pautas, o problema é seu; do mesmo jeito, ficará sem estudar e atrasará a sua vida. Ou, no mínimo, suas aulas serão substituídas pela pregação desses salvadores da humanidade que estão invadindo os colégios, como mostra este outro e-mail enviado pelo mesmo aluno:
“Finalmente recebemos na última quarta a visita de Edu, secundarista que participou da ocupação da escola estadual André Maurois e também de um representante da ocupação da IFRJ que está acontecendo neste momento. A conversa foi bastante frutífera e traz muitas questões para pensarmos. Para a próxima segunda estou propondo uma roda de conversa em parceria com a profª X, às 18h, no pilotis do bloco D, para retomarmos algumas questões da adolescência articulando com o tema da ocupação e as questões que surgiram da conversa com os estudantes. (…) Na quarta, por indicação do movimento da ocupação, provavelmente não teremos atividades pois estaremos todos mobilizados em função da votação da PEC.”
“Por indicação do movimento…” “Por recomendação do movimento…” Quem está mandando na universidade? A quem estão dando ouvidos? A quem pertence o poder de decisão? E que futuro teremos se nossa elite pensante for formada nesse tipo de ambiência? A conferir e, sem sombra de dúvida, se preocupar.

INVASORES DESENHISTAS

Surgiram desenhos nos trigais e milharais em Tongoland. Apressados determinaram que fossem extraterrestres que vieram a brincar. Especialistas chegaram da capital do estado para dar seu parecer. Jornais estampavam manchetes, havia até gente que dizia ter vistos homenzinhos verdes nos campos. Rádios fizeram alarde; talvez uma possível invasão alienígena se aproximava? Beatas acenderam velas e realizaram novenas, crianças desenharam monstrinhos de mil tipos dando cara aos visitantes. Um tarado afirmou ter feito sexo com uma alienígena no próprio milharal, coisa de louco. O comércio faturava em cima dos motivos desenhistas invasores. Enquanto isso tudo acontecia, Anselmo e Jonas, dois velhos bem humorados e espertos, caíam na gargalhada já planejando onde iriam aprontar com seus desenhos.

CORONEL OLIVEIRO

Oito horas da manhã. O suicida subiu na torre da igreja e de lá ameaçava se jogar. O povo foi chegando, se aglomerando e comentando. Uns diziam “se jogue!” outros gritavam “Não faça isso!” O tempo foi passando e que diante da grande dificuldade ninguém conseguia subir na torre para tirar o homem. Havia risco para os policiais. Onze e meia da manhã e o homem por um fio, agarrado nos braços de Santo Antônio. O Coronel Oliveiro ia passando e foi saber a causa da balbúrdia. Inteirado dos fatos, sacou do revólver e derrubou o potencial suicida, que a chumbo foi para o outro lado. Coronel Oliveiro olhou o corpo estirado na calçada e disse- “Aí está um homem que conseguiu o que queria. Queria morrer, pois está morto!” E foi para o almoço, pois a barriga já estava roncando.

BICHO DA GOIABA

Era uma vez um bicho da goiaba que nasceu para ser bicho da goiaba, mas não queria ser bicho da goiaba. Certo dia fugiu da goiaba, apanhou um besouro táxi e foi para dentro da casa de uma senhora que fazia tricô. Andou para lá e para cá até penetrar num novelo de lã que pensou ser um enorme pêssego. Seu sonho era ser um bicho do pêssego até amadurecer, procriar, morrer e ir para o céu. Morreu de fome solitariamente o bicho da goiaba que sonhava ser um bicho do pêssego. Mas pelo menos tentou.

CRESCENDO

Ocupar o tempo enquanto é tempo
De mente sã e de pés inquietos
Trazendo para dentro do baú material de boa qualidade
E tendo no final de cada dia
A sensação de ter ficado um pouco menos ignorante.

NÃO DESISTA

Quando um sonho se perde
O céu escurece
Uma tempestade desaba
O desespero bate
As raposas fogem
E a solidão mostra que é fria como a neve
Lute
Erga os braços
Derrube os escombros da vida
Acredite que transposta à escuridão das nuvens o céu é azul
E volte a sorrir e sonhar como dantes.

CONFRONTO

Podemos fugir por um tempo
Dar desculpas esfarrapadas
Mas do confronto interno
Não há como escapar
Chega o dia
De ouvir o nosso eu
Encarar as nossas falhas
E saber que justificativas talvez possam consolar
Mas não resolverão os nossos problemas.

ORGASMOS AUDITIVOS por Percival Puggina. Artigo publicado em 06.12.2016



A estas alturas da história do Ocidente, o discurso político mais perigoso e mais prejudicial, porque produz verdadeiros orgasmos auditivos, é o que fala sobre a pobreza com intuito de gerar energia política.


Amar o próximo e dedicar zelo especial aos mais necessitados é mandamento divino e missão profundamente humana, que cada um deve cumprir segundo sua vocação, discernindo na pluralidade de meios que as circunstâncias proporcionam. Não obstante, junto a tantos e tão belos exemplos de amor e solidariedade, existem, na vida civil e, não raro, na religiosa, aparelhos políticos que vivem hipocritamente do discurso e para o discurso. São pessoas que se abastecem do poder que o discurso confere e, nos confortos da vida fácil, matraqueiam sua parolagem com vapores alcoólicos dos melhores vinhos e perdigotos da mesa farta.


Se ficassem nisso, seriam apenas hipócritas. O que os torna perigosos e prejudiciais é que sua falsa devoção inclui, para o melhor efeito político, a pregação do ressentimento e do ódio ao rico. É aí, é só aí, na construção do confronto, que efetivamente começam a fazer política e causar dano àqueles por quem dizem zelar. Não lhes basta fingir um conteúdo amoroso. A eficácia exige apresentar algo e alguém para odiar e combater. Então, o discurso arrasta consigo a luta de classes e uma retórica convenientemente estruturada para alcançar o efeito desejado.


O amor trambiqueiro ao pobre vai contra a própria ideia de riqueza. Com isso, adota mecanismos que sufocam as energias produtivas, penalizam investimentos, criam insegurança jurídica, tornam malvistos os empreendedores, põem em risco os bens individuais, elevam excessivamente a carga tributária, expandem a dívida pública e, inevitavelmente, produzem miséria e desemprego. Tudo por "amor ao pobre". Cada passo nesse malsinado caminho chuta para o acostamento as possibilidades de desenvolvimento social e econômico. E mais: os devotos do discurso, em nome dele, perdoam todos os malefícios que produziu ao longo da história. É por ele que recebem absolvição política os crimes e agressões à democracia e às liberdades cometidos por Fidel, Che Guevara, Chávez, Maduro e muitos outros. É por ele que se entrega ao silêncio o martírio de leigos e religiosos. É por ele que se desconsidera o fabuloso enriquecimento ilícito de tantos amantes infiéis da pobreza. É por ele, também, que se expõe a nação ao comando político de pessoas sobre cujo despreparo não cabem quaisquer dúvidas.


Esse orgasmo auditivo resiste, até mesmo, ao teste do fracasso e da total inutilidade do discurso. A fé que ele gera é capaz de lançar ao mar toda uma cordilheira de evidências.


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* Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

INVASORES DE ESCOLAS PAGARÃO CUSTOS DO ENEM 2

A Advocacia Geral da União (AGU) abriu processo administrativo no âmbito do Inep, órgão do MEC que organiza o Enem, para que sejam calculados e comprovados os custos da nova aplicação do exame, neste último fim de semana, estimados em mais de R$10 milhões. A AGU pretende “individualizar as condutas” e cobrar esse custo das entidades estudantis que patrocinaram as invasões às escolas.

 A FIRMA É RICA

As invasões foram patrocinadas por entidades como UNE e Ubes (estudantes secundaristas), há décadas “aparelhadas” pelo PCdoB.

 OS PREJUDICADOS

 Invasões em 404 escolas de 21 estados impediram mais de 240 mil alunos de prestar exame do Enem, nos dias 5 e 6 de novembro.

 VELHOS CONHECIDOS 

Alunos das próprias escolas raramente participam das invasões. Filmagens não são permitidas para não desmascarar os “estudantes”.

Cláudio Humberto
“Quando criança as pessoas  me achavam uma graxinha.” (Fofucho)
“Determinação não é o meu forte. Meu último regime durou duas horas.” (Fofucho)
“Não se fazem mais homens como antigamente. Nem lasanhas.” (Fofucho)
“Aqui em casa nem todo dia temos carne. Já pão com banana nunca falta.” (Climério)
“Antigamente quando me chacoalhavam caíam moedas dos bolsos. Agora caem invólucros de bala de banana e clipes achados na rua.” (Climério)
“Já fui tão pobre que o meu único prazer era tirar courinho das frieiras entremeio os dedos.” (Climério)