Tal pai, tal filho
Toni, sempre bêbado, violento e fazedor de arruaças
caiu num poço no começo da noite. Na queda arrastou o balde junto. Teve sorte em
não se machucar, mas estava quase metido n’água até o pescoço. Gritou por socorro
pela noite até se cansar; ninguém apareceu para socorrê-lo. Tentou até subir
pelos tijolos, mas após alguns fracassos desistiu. Quando amanheceu o dia a
mulher e a mãe dele surgiram na abertura. Cuspiram para baixo. Elas seguravam
com mão firme o pai de Toni que tentava desvencilhar-se das duas mulheres.
Jogaram o homem para dentro, sobre o filho. E gritaram em uníssono: “Tal pai,
tal filho. ” Após o feito pregaram
tábuas cobrindo a boca do poço e pintaram uma tabuleta: Cuidado! Poço envenenado! Feito o serviço foram à delegacia
informar o desaparecimento dos dois.