domingo, 8 de novembro de 2015

Os melhores

Um americano está de visita à União Soviética. Ele está tomando um trem de Leningrado para Kiev e ouvindo seu rádio portátil quando um homem da União Soviética se inclina para falar com ele.
"Você sabe, nós fazemos os melhores e os mais eficientes do mundo aqui na União Soviética", diz ele.
"Oh, é mesmo? Que beleza!", Diz o americano.
"Sim", responde o homem soviético. "O que é isso?"

Apenas um camarada proletário


Dois guardas param um homem rondando o Kremlin.
"Pare! Quem vem lá? Documentos!" Eles gritam.
A pessoa assustada caoticamente vasculha os bolsos e deixa cair um papel. Um  guarda pega para lê-lo.
"Análise de urina...
"Hmm ... um estrangeiro, soa como", diz o outro guarda.
Em seguida, o primeiro guarda lê ainda: "'Proteínas: zero, Açúcares: zero, Gorduras: nenhuma ..."
"Você é livre para ir, camarada proletário", diz o segundo guarda.

Stálin e a fazenda de batatas

Um trabalhador agrícola cumprimenta Josef Stálin e fala animadamente a seu líder de sua fazenda de batatas.
"Camarada Stalin, temos tantos batatas aqui que, empilhados uma em cima da outra, elas iriam atingir o caminho até Deus."
"Mas Deus não existe", responde Stalin.
"Exatamente", diz o agricultor. "Nem as batatas."

“Tanto o meu coração como os meus bolsos sempre ficaram abertos para os meus semelhantes. Os dois estão na UTI.” (Filosofeno)

Amar é... Não trazer os amigos para jantar sem antes avisar.

“Antes ser um vivo fora de moda que um defunto elegante.” (Mim)

O doutor Ednei Freitas avisa: o transtorno que Lula tem não livra ninguém da cadeia

O psiquiatra Ednei Freitas, que analisou com exemplar precisão a cabeça de Lula, enviou à coluna a mensagem abaixo reproduzida. (AN)
Li com muita atenção todos os comentários. Sinto-me feliz por constatar que a imensa maioria gostou do que escrevi. Agradeço as manifestações de apoio. E aproveito para acrescentar um esclarecimento a alguns leitores que temem que o diagnóstico de Transtorno da Personalidade Anti-Social livre Lula da cadeia.
Tal preocupação é infundada, porque essa espécie de Transtorno não é considerada uma doença. O paciente não perde em nenhum momento a razão e o discernimento. Tem plena consciência dos atos que pratica. Portanto, um indivíduo afetado pelo Transtorno de Personalidade Anti-Social é completamente imputável.
Assim, não pode declarar-se doente para justificar seus atos. E deve responder pelo que fez ou faz.

Augusto Nunes

E por aí vai

-Mula é o filho da puta do Brasil.
-Dilma é a grande mão do PAC.
-País rico é país com brioches.
-Pátria deseducadora é cum nóis mesmo.

“A face oculta” e outras seis notas de Carlos Brickmann

CARLOS BRICKMANN
O grande acordo “Tira do Meu que Eu Tiro da Sua” está evidente: Eduardo Cunha evitou que Gilberto Carvalho, Erenice Guerra, Antônio Palocci e um dos filhos de Lula, Fábio Luís, fossem convocados pela CPI do BNDES. Foi o agrado a Lula por ter ordenado ao PT que garantisse amplo direito de defesa a Eduardo Cunha e demais alvos do procurador Rodrigo Janot. A ampla defesa inclui um relator amicíssimo de Cunha e seu antigo seguidor.
Já o processo de impeachment contra Dilma está andando, mas em ritmo de discurso de Suplicy. Cunha já podia ter tocado ou rejeitado o processo, o que seria normal, mas preferiu ralentar. E aí há feriados, recesso parlamentar, festas de fim de ano. Cunha diz que não haverá recesso, mas é mais fácil boi enlatado voar do que esperar parlamentares para votar impeachment no recesso que não haverá. No ano que vem, depois do Carnaval ─ claro! ─ o clima já será outro, de eleições municipais.
OK? Não: hoje, mais importante que o jogo do Congresso é a face oculta da crise. A greve dos petroleiros tem inesperado índice de adesão. Uma surpresa, considerando que os sindicatos do setor são mais governistas do que Collor, Sarney, Maluf e Kátia Abreu juntos. E, para amanhã, segunda, está marcada uma greve explosiva, a dos caminhoneiros. Se der certo, bloqueia estradas, suspende o abastecimento, paralisa a economia, multiplica o efeito da greve dos petroleiros. Há, entre os caminhoneiros, alguns cujo objetivo é derrubar o governo.
Agora não adianta muito olhar para Brasília: é preciso olhar para o país.

O movimento das ruas

A propósito, estão marcadas para o dia 15, domingo que vem, manifestações Fora Dilma espalhadas pelo país. Se houver desabastecimento, devem crescer. 

Ele conhece

A frase de José Guimarães, do PT cearense, líder do governo na Câmara, aquele cujo assessor foi preso no aeroporto com cem mil dólares na cueca, mostra que ninguém mais quer derrubar ninguém, que o acordo entre governo e Eduardo Cunha está fechado ─ tão fechado quanto a boca dos partidos que se dizem de oposição: “Ninguém pode ser excluído de suas funções ou condenado sem o trânsito em julgado. E isso também vale para o Conselho de Ética”.

Questão de boa-fé

Tirando o Capitão Gancho, ninguém bota a mão no fogo pelo cumprimento de um acordo entre os personagens acima citados. Mas uma eventual traição envenenará o clima de tal maneira que a crise transbordará de volta para Brasília.

Acredite se quiser

Não, não é piada: na sexta-feira, realizou-se no Hotel Othon, no Rio, o seminário “Transparência e Corrupção nos governos”, promovido pela Coordenação Socialista Latino-Americana. Quem falou em nome do PT? Mônica Valente, sua secretária de Relações Internacionais. E também esposa de Delúbio Soares. Mônica Valente criticou duramente não apenas a corrupção como o caixa dois nas campanhas eleitorais.
É a posição da família: Delúbio também era contra a caixa dois. Só aceitava, como tesoureiro do PT, o que chamava de “recursos não contabilizados”. Foi condenado no Mensalão à pena de seis anos e oito meses.

Os bons tempos passaram

O Ministério da Justiça promove meritória campanha de valorização dos imigrantes ─ uma campanha que este colunista, neto de ucranianos e romenos, genro de polonesa e romeno, só pode elogiar. O problema é que o Ministério dirigido por José Eduardo Martins Cardozo escorrega feio até quando está do lado certo. Um internauta, Heder Duarte, enviou a seguinte mensagem: “Imigrantes pacíficos são bem-vindos, já os jihadistas devem ser bloqueados de entrar no Brasil”. Correto: o imigrante pacífico enriquece a sociedade brasileira. Já os jihadistas proclamam a guerra santa muçulmana contra os infiéis, ou seja, todos os que tenham qualquer outra crença. O Estado Islâmico, por exemplo, é jihadista, como a Al-Qaeda.
A resposta oficial do Ministério da Justiça, conferida no seu próprio site: “Temos que desconstruir alguns conceitos, Heder. Os jihadistas, assim como qualquer outro povo de qualquer outra origem, vêm ao Brasil para trazer mais progresso ao nosso país e merecem respeito” (segue-se o símbolo :), que significa algo como “sorriso”).
É tanta besteira que fica difícil até rebater: primeiro, jihadistas não são um povo, mas pessoas de vários povos que partilham a crença de que todos têm de ser convertidos ao islamismo, mesmo que pela violência. Segundo, a guerra santa traz progresso para quem? O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, terá algo a dizer sobre a posição do seu Ministério?

Notícia enigmática

Nota publicada na coluna Giba Um (www.gibaum.com.br): “Muitos ─ de melhor memória ─ estão lembrando uma história de uma Ferrari que bateu na Rodovia Castelo Branco, o motorista fugiu e seus seguranças trataram de levá-lo para longe do local do acidente. Alguns investigaram e descobriram que o carro era de uma construtora de São Bernardo, cujo endereço é dentro de uma companhia de ônibus da chamada ‘rainha da catraca’. Se o arranjo for igual ao do apartamento dos Jardins, o motorista (e dono) poderia ser aquele filho famoso”. 

Governo deixa dívida explodir e condena Brasil à mediocridade



Após três anos seguidos de baixo crescimento, com aumento de desemprego, a dívida pública bruta saltará fortemente, deixando o governo mais dependente de um ajuste fiscal para evitar uma crise mais grave. O próprio governo admitiu ao Congresso que a dívida pública bruta chegará a quase 72% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016. Haverá, portanto, um salto de quase 20 pontos porcentuais da dívida pública em apenas três anos - em dezembro de 2013, ela representava 53,2% do PIB.

A combinação entre recessão e debilidade fiscal pode ser explosiva. Para o economista Luis Eduardo Assis, ex-diretor do Banco Central, o risco para o país é se aproximar da realidade de alguns países europeus, como Itália, Espanha e Portugal, que viram sua dívida pública subir muito em poucos anos e hoje convivem com baixo crescimento econômico. "A diferença é que eles já enriqueceram, nós não. O grande risco aqui não é mesmo o de uma explosão, como na Grécia, mas de uma mediocridade de crescimento por muitos anos."

Para Nelson Marconi, coordenador do curso de Economia da Fundação Getulio Vargas em São Paulo (FGV-SP), o quadro de baixo crescimento e alta do endividamento é semelhante ao de países europeus, mas, no limite, o Brasil "se salva" pelo fato de a dívida ser predominantemente lastreada em moeda nacional. "Os europeus estão presos ao euro, uma moeda comum, mas que não é controlada por cada país. Nós, no limite, desvalorizamos muito a moeda para pagar a dívida. Seria uma opção dramática, mas é uma saída limite."

Para o economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, o governo precisa, urgentemente, "arrumar sua casa". Isto é, reduzir gastos com despesas obrigatórias, em especial na Previdência Social. "O governo precisa fazer um ajuste fiscal que possa, no mais curto espaço de tempo possível, sinalizar que voltará a produzir um superávit fiscal. Isso permitirá ao menos uma estabilização do endividamento público e também a redução dos juros, o que ajuda no crescimento econômico", disse ele.

Para Schwartsman, a saída preconizada por economistas que defendem mais gastos e mais estímulo ao crédito (como sugeriu o ex-presidente Lula), não faz o menor sentido. "Se gastar fosse a saída, não haveria pobreza no mundo. Bastaria que todos os governos imprimissem dinheiro e entregassem para todas as pessoas."

Os analistas concordam que nenhuma reforma estrutural, como mudanças em aposentadorias e pensões e ajustes nas contas públicas, sairá do papel no atual contexto de crise política. "A sociedade brasileira precisa discutir o Estado que ela quer, e isso terá impacto no futuro da dívida pública. Mas esse debate hoje é absolutamente impossível. Só depois de resolvida a crise política", disse Assis.

LEIA MAIS:

Empreendedor não pode temer ser chamado de louco, diz criadora da Endeavor

Burocracia, a praga que atormenta as empresas brasileiras que mais crescem

(Com Estadão Conteúdo)

“Não posso falar todas as verdades para todos. Ainda gosto de ter amigos.” (Filosofeno)

Humor ateu

Fonte- Ateu Sem Censura

Do Baú do Janer Cristaldo- sexta-feira, agosto 31, 2012 CORRUPTOR NÃO QUER NEM OUVIR FALAR DE CORRUPÇÃO

Há bem mais de década venho denunciando a indústria estatal do livro, que chamei de indústria textil – assim mesmo, sem acento. Ou seja, a indústria do texto. Aquela mesma indústria que empurra goela abaixo para a juventude as produções intelectuais dos amigos do Rei. Como o Rei é de esquerda, leia-se as produções intelectuais das viúvas do Kremlin. Que há muito mamam nas tetas do Estado.

Em outubro de 1997 – há quinze anos, portanto – eu já denunciava esta farra obscena com o dinheiro do contribuinte, nas Jornadas Literárias de Passo Fundo. Em comunicado intitulado justamente de “A Indústria Textil”, dediquei um item aos amigos do Rei. Na época, Rubem Fonseca, Patrícia Mello, João Gilberto Noll e Chico Buarque desembarcaram em Londres, onde fizeram leituras públicas de suas obras e lançaram livros não só na capital britânica, como também na Escócia e no País de Gales. 

Em um primeiro momento, poderíamos pensar: que maravilha, o Reino Unido se interessa por nossa literatura. Nada disso. É o Ministério da Cultura brasileiro que promove tais turismos e financia as traduções dos autores brasileiros.

Uma vez amigo do Rei, para sempre amigo do Rei. Em maio passado, comentei a notícia de que Chico Buarque iria receber financiamento da Biblioteca Nacional para a tradução de seu livro Leite Derramado para o coreano. Mais uma ajuda financeira indireta do Ministério da Cultura, comandado pela mana Ana. Chico quer empurrar sua “obra” ao mercado asiático. Quem a paga a tradução da obra do vate na Coréia? Você, leitor, que é coagido a pagar e cinicamente chamado de contribuinte.

Há décadas venho também comentando duas corrupções muito nossas, a universitária e a literária, que geralmente estão entrelaçadas. Escritor que de fato é amigo do Rei tem sua obra lançada e imposta aos circuitos escolares e universitários. Mas para isso precisa ser amigo do Rei. Nada de críticas ao governo ou ao PT. Se você, escritor, ousa criticar a realeza, você comete suicídio literário.

O grande instrumento de corrupção na área da cultura e das artes é a famigerada Lei Rouanet, assim chamada por ter sido obra do diplomata, “filósofo” e membro da Academia Brasileira de Letras Sergio Paulo Rouanet. 

Ainda há pouco, comentei a fundação da editora Barléu, pelo o atual dono da Francisco Alves, Carlos Leal, especializada na edição de livros de arte, todos patrocinados por meio da Lei Rouanet. Ou seja, uma editora – empresa privada – só consegue sobreviver com auxílio estatal. Então que feche as portas, ora bolas.

Nas quebradas do século passado, tive notícias de um livreiro de Porto Alegre que, ante a perspectiva de falência, salvou-se graças à Lei Rouanet. Que história é essa? Se empresa privada só consegue sobreviver com auxílio estatal, então não é empresa privada, mas empresa estatal.

Em 2007, o governo federal autorizou a organização da Oktoberfest, festa do chope no Rio Grande do Sul, a captar R$ 1,182 milhão, via Lei Rouanet. Justificativa: o projeto "mantém e potencializa a cultura local, essencialmente germânica, contemplando a música instrumental".

Pergunta ao contribuinte que gosta de chope: se você já financiou a festa, por que terá pagar de novo pelo chope? A Lei Rouanet tem-se revelado um excelente instrumento de corrupção. Melhor ainda: corrupção perfeitamente legal.

Cinema e teatro há muito vivem do dinheiro do contribuinte. Esta farra com o bolso alheio teve seu ápice quando o Cirque du Soleil, companhia circense do Canadá, apresentou-se em São Paulo subsidiado pela famigerada lei. E deu-se ainda ao luxo de cobrar ingressos caríssimos dos contribuintes que financiavam seu espetáculo. De minha parte, não vou a espetáculo algum que seja patrocinado pela lei Rouanet. Mesmo que o espetáculo me interesse, se já paguei não vou pagar de novo. Se vierem me buscar de limusine, talvez. E mesmo assim, olhe lá!

Criou-se no Brasil, desde há muito, a cultura do livro estatal. Autores que há muito estariam mortos são ressuscitados com o empenho de instituições que as empurram aos jovens goela abaixo. O número de livros distribuídos gratuitamente aumenta cada vez mais. São editados via Lei Rouanet e não há quem os compre. No final do ano passado, a Folha de São Paulo noticiava:

“Já virou tradição de Natal: no fim de ano, grandes bancos presenteiam seus clientes com sofisticados livros de arte, viabilizados por meio da Lei Rouanet - que permite abatimentos no imposto de renda dos patrocinadores que invistam em cultura”.

O repórter pergunta-se, retoricamente: isso significaria, então, que os brindes de Natal desses bancos estariam sendo pagos pelo contribuinte? E responde, falaciosamente: sim, mas somente em parte. Mais exatamente, de acordo com a lei, o patrocinador recebe 10% da tiragem do livro, para seu uso - e, no caso, essa é a parcela destinada aos clientes.

Pode ser. Mas os outros 90% da tiragem também foram financiados pelo contribuinte. A Lei Rouanet – isto é, você - está financiando livros que ninguém compra, que são doados ao azar para quem não lê.

Não acredito nisso de distribuir livros de graça, ao azar. Até pode ser que algum encontre o leitor que dele precisa, mas esta hipótese é das mais aleatórias. Os passageiros de ônibus de São Paulo provavelmente se sentiriam mais gratificados com as memórias de Bruna Surfistinha. Que, diga-se de passagem, teve uma renúncia fiscal de dois milhões de reais aprovada pelo Ministério da Cultura para a produção da peça de teatro Doce Veneno, inspirada em sua vida exemplar de prostituta. 

Como a dita vida fácil andava muito difícil, Bruna Surfistinha preferiu optar por ofício similar e mais confortável, a literatura. E acabou estreando no teatro, graças às mordomias da Lei Rouanet.

Segunda-feira passada, o criador renegou a criatura. Em entrevista à Folha de São Paulo, Rouanet diz que a lei por ele é uma "página virada", e que ter sido secretário da Cultura do governo Collor (1990-92), durante o qual formatou a lei, foi um "equívoco".

"Do ponto de vista dos meus interesses e da minha personalidade, foi um equívoco. Não era isso que eu queria fazer. Eu aceitei o convite para o cargo. Achei que poderia dar uma contribuição, mas não sou um homem da política, e sim um homem da reflexão".

O homem da reflexão diz não gostar de ser associado a sua principal criação e rejeita entrevistas sobre o tema. Em janeiro, ao ser procurado pela Folha em razão dos 20 anos da lei, disse que falaria sobre "qualquer coisa, mas sobre a Lei Rouanet não falo, nem adianta insistir".

Depois de ter corrompido as letras, o teatro e o cinema nacional, depois de ter reduzido escritores e cineastas a esmoleiros de um governo corrupto, Rouanet diz que tudo foi um equívoco e não quer falar mais sobre o assunto. O corruptor não quer nem ouvir falar de corrupção. 

Então tá! Enquanto isso, a imprensa nacional dedica exclusivamente suas páginas à corrupção no Congresso. Na do Rouanet não vai nada.

PS - Leia A indústria textil em http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/textil.html

Tirem o sal do bebê chorão!

DEMÊNCIA INSTITUCIONAL por Percival Puggina. Artigo publicado em 08.11.2015

Se você procurar no YouTube por "Lula confessa estelionato eleitoral", vai encontrar um vídeo de pouco mais de um minuto no qual o ex-presidente afirma: "Nós tivemos um problema político sério, que nós ganhamos as eleições, sabe, com um discurso e, depois das eleições, nós tivemos, sabe, que mudar o nosso discurso e fazer aquilo que a gente dizia que não ia fazer...". Essa irretratável confissão foi proferida ao Diretório Nacional do PT, no último dia 30. Depois de haver mentido à beça, brincado de Alice no Brasil das maravilhas, raspado os cofres para sustentar farsas e feito o país regredir para indicadores de 2003 num mundo cuja economia crescerá 3% neste ano, o governo entrou em síndrome de autocomiseração. De culpado a vítima. Em deprê, só falta chorar pelos cantos.
Longe de mim apresentar o parlamentarismo como solução para a crise em curso. A razão, a racionalidade, não podem entrar pela saída de emergência para resolver crises de uma irracionalidade reiteradamente convidada pela porta dianteira. Resolvam, as instituições, essa tempestade de desgraças produzidas por um governo que tudo fez para ativá-la. Mas resolvam! Decidam até mesmo não decidir coisa alguma. Mas decidam!
Depois, por favor, desliguem os aparelhos que mantêm vivo esse modelo político moribundo e ficha suja. Ele vai na contramão de tudo que a mínima e a máxima racionalidade, em comum acordo, devem almejar. A quem serve colocar sob comando de uma só pessoa e seu partido o Estado, o governo e a administração pública? Governos partidários são normais nas democracias, mas - por favor! - partidarização do Estado? Da máquina burocrática? Graças a esse sistema ruinoso, quem comanda a política externa brasileira é a Secretaria de Relações Internacionais do PT. Faz sentido? Graças à partidarização do estamento burocrático, pela inserção de dezenas de milhares de militantes em cargos de confiança, funcionários transitórios podem inutilizar deliberações do Congresso Nacional. Podem colocar todo o material didático produzido para as escolas do país à serviço da ideologia do partido governante. Podem regulamentar para tornar má uma lei boa. Podem torcer informações, lubrificar as correias para pedaladas e podem se prestar para fins ainda mais escusos.
Quando cessar a tempestade, aconteça o que acontecer, tratemos de saber por que 95% das democracias estáveis separam Estado de governo e de administração, e têm mecanismos institucionais para substituição não traumática de maus governos. Reflitamos sobre o que o presidencialismo faz nesta pobre e autofágica América Ibérica, recordista da demência institucional.

Zero Hora, 04 de novembro de 2015

Uma greve política. Ou: vão acabar matando a galinha dos ovos de ouro Por João Luiz Mauad

Nada é mais característico da insanidade que representa uma empresa estatal do que a atual greve dos petroleiros.
Não é segredo para ninguém que a Petrobras vive uma crise sem precedentes, devido, principalmente, à interferência política na gestão da empresa, além, é claro, do maior escândalo de corrupção da história.  Não por acaso, a empresa se encontra às voltas com a maior dívida corporativa do planeta, que já ultrapassa os 100 bilhões de dólares e continua subindo.  Para piorar um pouco mais as coisas, quase todo o seu faturamento é realizado em reais, o que a torna totalmente vulnerável às oscilações do câmbio.
Se fosse uma empresa privada, muito provavelmente a Petrobras já teria falido, uma vez que, pelo menos no momento, a geração de caixa é insuficiente para saldar sua enorme dívida.  Para tentar salvá-la, a atual administração pretende, aos trancos e barrancos, vender alguns ativos, aumentar a produtividade e, last but not least, convencer o governo a autorizar novos reajustes nos preços internos dos combustíveis – o que não é nada fácil.
Murilo Ferreira, ex-presidente do Conselho de Administração, por exemplo, afastou-se da empresa recentemente, impressionado com o tamanho do corporativismo e do apadrinhamento vigentes naquela estatal, onde muitas vezes os funcionários se comportam e recebem benefícios mais como donos do que como empregados.
Diferentemente da maioria das empresas, o interesse prioritário da Petrobras não é auferir lucros para remunerar os acionistas.  Seu primeiro objetivo sempre foi ser a ponta de lança das políticas energéticas e industriais do governo.  Assim, os preços dos combustíveis podem ficar congelados por anos, não apenas para ajudar no controle da inflação, mas principalmente para angariar votos para os governantes da hora.  No mesmo diapasão, a empresa tem sido obrigada a conduzir uma política estúpida de conteúdo local em suas aquisições, ainda que a um custo altíssimo, apenas para agradar os nacionalistas de plantão e, claro, encher os bolsos de meia dúzia de empresários bem conectados.
Mas o descalabro não acaba aí.  Mesmo diante de uma dívida imensa e sem geração de caixa suficiente, a empresa está obrigada, por lei, a participar com, no mínimo, 30%, de qualquer investimento para prospecção no pré-sal. Junte-se a isso uma política de concessão de benefícios corporativos que, entre outras barbaridades, contempla o pagamento de bônus aos funcionários, mesmo quando o resultado é negativo, como aconteceu em 2014, quando a empresa, embora apresentando um prejuízo da ordem de 21,5 bilhões, pagou participação de 1 bilhão aos seus empregados.
Numa situação delicada como essa, seria de esperar um esforço conjunto de todos – direção, acionistas e funcionários – para tirar a empresa do buraco.  Não na Petrobras.  Mesmo diante de tantos problemas, o sindicato dos petroleiros resolveu entrar em greve, agravando um pouco mais as coisas com a redução da produção, que já chegou a 800 mil barris em uma semana.
O pior, entretanto, é que se trata de uma greve eminentemente política, o que se depreende da leitura dasreivindicações dos grevistas.  Não pensem que a turma parou porque está com salários atrasados ou por melhores condições de trabalho.  Nada disso.  Vejam o rol de propostas dos valentes:
– Manutenção da Petrobras como uma empresa integrada e indutora do desenvolvimento nacional.
– Suspensão da venda de ativos e conclusão das obras do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), da Refinaria Abreu e Lima (PE) e da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Mato Grosso do Sul (Fafen-MS).
– Preservação da política de conteúdo nacional, com construção de navios e plataformas no Brasil.
– Garantia de que as riquezas do pré-sal sejam exploradas pela Petrobras, em benefício do povo brasileiro.
– Implementação de uma nova política de saúde e segurança que garanta o direito à vida e rompa com o atual modelo de gestão que já matou 19 trabalhadores só este ano.
– Recomposição dos efetivos.
– Preservação de todos os direitos conquistados pelos trabalhadores.
Segundo comunicado do próprio sindicato, “Os petroleiros entraram em greve no [último] domingo por uma causa que é de todos os trabalhadores brasileiros: a luta contra a privatização da Petrobras, a defesa da vida e da soberania.”
Mais genérico do que isso, impossível.  Em resumo, a greve pretende manter – e ampliar – todas as políticas esdrúxulas que colocaram a empresa nessa situação.  Tirando o item referente à “implementação de uma nova política de saúde”, todo o resto é blábláblá ideológico da pior qualidade.
É claro que esses absurdos seriam impensáveis em qualquer empresa privada, ou até mesmo em estatais de países sérios.  Mas não em Pindorama.  Aqui, graças a um extemporâneo mecanismo de estabilidade no emprego, os funcionários sentem-se livres, leves e soltos para promover esse tipo de chacrinha, não raro obedecendo às ordens de algum partido de extrema esquerda que domina a direção do sindicato.
Não sei não, mas acho que esse pessoal vai acabar matando a sua galinha dos ovos de ouro…

Lutam pela escravidão



José Padilha escreveu para a Folha um artigo muito lúcido sobre a democracia. Além de esclarecer o conceito para brasileiros que ainda sentem dificuldade em entendê-lo, o diretor de Tropa de Elite criticou duramente os setores da sociedade que teimam em defender o governo Dilma:

"Defender políticos sabidamente corruptos por questões ideológicas, –ou para não dar o braço a torcer– é trabalhar contra a democracia. Aqueles que não têm a grandeza de espírito para colocar a lisura do jogo democrático à frente das preferências ideológicas lutam pela escravidão pensando estar lutando pela liberdade."

O Antagonista

Lutam pela liberdade



O kirchnerismo caminha para uma derrota na Argentina. A duas semanas do segundo turno, uma pesquisa da Management & Fit confirmou vantagem de 8% para Mauricio Macri, candidato da oposição. Na pesquisa da Gonzalez y Valladares, a vantagem sobre Daniel Scioli já passa dos 11%.

Os argentinos trabalham pela democracia.

O Antagonista

O Antagonista- Exclusivo: Roberto Teixeira, o compadre de Lula, encabeça lista de consultores da Odebrecht



O escritório de advocacia Teixeira, Martins e Advogados, que pertence a Roberto Teixeira, compadre de Lula, encabeça uma lista de 28 empresas de assessoria e consultoria consideradas, pela Polícia Federal, as maiores beneficiárias de pagamentos da Construtora Norberto Odebrecht, entre 2008 e 2014.

A descoberta foi possível após pesquisa nos dados contábeis da empreiteira. Segundo a PF, foram encontrados milhares de lançamentos relacionados a diferentes prestadores de serviços. Os investigadores resolveram filtrar a relação pelos beneficiários de pagamentos superiores a R$ 1 milhão/ano.

Na tabela, não há detalhes de quanto o escritório de Teixeira recebeu nem a natureza da consultoria prestada. O curioso é que Lula e seus familiares usam com regularidade os serviços da banca de advogados do compadre, cujos honorários não são nada baratos.

Será que é a Odebrecht que paga a conta?

MOCREIANAS- MWM Internacional demite 600 empregados e fecha fábrica de motores de Canoas

DIÁRIO DO DRAGÃO- A inflação medida pelo IPCA encostou nos dois dígitos. Ao final de outubro, o número foi a 9,93%¨.

Veja conta como foi a festa de casamento na qual confraternizaramTeori e advogados da Lava-Jato

Numa reportagem de cinco páginas e com direito a chamada (pequena) na capa, a revista Veja conta na edição deste final de semana que o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, confraternizou em uma festa no Ceará com advogados, políticos e lobistas com interesse direto em suas decisões no processo.

O repórter Rodrigo Rangel pergunta com propriedade:

- Isso o torna suspeito para continuar na relatoria ?

Veja abre o material com a reprodução de uma história que já era conhecida, mas que se encaixa na pergunta feita por Rodrigo Rangel:

- Numa reunião no escritório do advogado Eduardo Ferrão, presentes entre outros o ex-ministro Gilson Dipp, tudo para analisar como atacar a Lava-Jato, quando um dos presentes avisou: "Eu ouvi do Teori que, se ele fosse juiz do TRF, os presos já estariam todos soltos, porque as prisões são ilegais".

A revista revela esta semana que na semana passada, uma festa realizada num resort do Ceará (Veja publicou até a foto da habitação ocupada por Teori) reuniu muitos dos personagens que estiveram na reunião comandada por Eduardo Ferrão. Na festa do casamento do filho de Ferrão, estavam ele próprio, mais Nelson Jobim, tido como o substituto de Márcio Thomaz Bastos na defesa dos empreiteiros, e até José Sarney, cuja filha é investigada em Curitiba. Jobim é o principal estrategista dos adversários da Lava-Jato. Com eles também estavam o ex-ministro Cesar Asfor Rocha, que arquivou o inquérito Castelo da Areia, e a ex-ministra Ellen Gracie, contratada pela Petrobrás para acompanhar o caso da Lava-Jato.

Nos EUA, lembra Veja, um ministro que mantivesse este tipo de convivência em processo rumoroso, estaria impedido de falar no caso. Seus repórteres questionaram Teori, que mandou dizer que pagou as despesas de viagem e hospedagem e que não falaria sobre sua "vida pessoal".

A revista ouviu juristas e advogados sobre o caso e todos consideraram que no Brasil as relações pessoais entre juízes e advogados são comuns e não contaminam processos.

Há controvérsia.
Políbio Braga

Sartori monta sala de gestão para reprimir em tempo real a greve dos caminhoneiros, mas não consegue fazer isto para proteger a população gaúcha

A Sala de Gestão que o governador Ivo Sartori nunca conseguiu montar para proteger e dar segurança aos gaúchos em tempo irreal ou real, já começou a funcionar a pleno e em tempo real na Secretaria da Segurança para monitorar e reprimir a greve nacional dos caminhoneiros.

Na segunda-feira pela manhã, núcleos da Brigada Militar, Polícia Civil e Polícia Federal atuarão em conjunto na Sala de Gestão da Secretaria de Segurança Pública, com acompanhamento dos fatos em tempo real.

Políbio Braga

Agentes federais e estaduais já se deslocaram para estradas mais vulneráveis do RS

Agentes federais e estaduais já se deslocaram para estradas mais vulneráveis do RS

Agentes federais e estaduais da área da segurança pública já foram deslocados para os locais onde acredita-se que a paralisação dos caminhoneiros poderá ser mais massiva no RS.

 A prioridade é acompanhar a região de Rio Grande e as principais vias de escoamento da produção e de mercadorias, como a BR-386, BR-116, BR-392 e BR-101.

Políbio Braga

BURROS DE CARGA DE UM ESTADO INÚTIL



Os dez paises onde MENOS se trabalhou em um ano para pagar impostos em 2013:

1. Maldivas: 0 horas
2. Emirados Árabes Unidos: 12 horas
3. Bahrein: 36 horas
4. Qatar: 36 horas
5. Bahamas: 58 horas
6. Luxemburgo: 59 horas
7. Omã: 62 horas
8. Suíça: 63 horas
9. Irlanda: 76 horas
10.Seicheles: 76 horas


Os 10 países onde MAIS se trabalhou em um ano para pagar impostos em 2013:
1. Brasil: 2.600 horas ( é mais que o dobro do 2º colocado! )
2. Bolívia: 1.080 horas
3. Vietnã: 941 horas
4. Nigéria: 938 horas
5. Venezuela: 864 horas
6. Bielorrússia: 798 horas
7. Chade: 732 horas
8. Mauritânia: 696 horas
9. Senegal: 666 horas
10.Ucrânia: 657 horas


Fonte: Banco Mundial

Do blog do Percival Puggina

“Um frase para definir o governo Dilma? O Legado da Sonsa.” (Eriatlov)

“O PT? Ora, o PT é Cosa Nostra.” (Eriatlov)

“Se estamos indo para àquele lugar? Pelo cheiro, acho que estamos.” (Eriatlov)