quinta-feira, 16 de março de 2017

HISTÓRIAS DA VELHA URSS- SATURADO DE FESTAS

Rabinovitch, por que o Sr. quer mudar para Israel? -- Estou cansado das festas. -- Que festas? -- Compro salame - é uma festa! Consigo comprar papel higiênico - outra festa!...

And-jud

HISTÓRIA DA VELHA URSS- RABINOVITCH NA LINHA DE PRODUÇÃO

Rabinovitch trabalha na linha de produção de uma fábrica de carrinhos de bebê. A esposa grávida convence-o a roubar aos poucos peças do carrinho para depois montá-lo em casa. Alguns meses depois, Rabinovitch está pronto para montá-lo. Após horas de trabalho, chama a esposa e diz: -- Não consigo entender. Qualquer jeito que eu monte -- acaba saindo uma metralhadora!

And-jud

RABINOVITCH, SARA, A KGB E AS BATATAS

II Guerra Mundial. Rabinovitch no "front" envia um telegrama para a Sara na aldeia. "Sara, chegou a primavera. Plante batatas no quintal". Sara responde: "Rabinovitch, não temos como arar o quintal". Rabinovitch envia novo telegrama: "Sara, não mexa no quintal. Tenho uma metralhadora enterrada lá.". Mais tarde, recebe telegrama da Sara: "Rabinovitch, chegaram pessoas da KGB. Reviraram o quintal, não acharam nada e foram embora". Rabinovitch responde: "Sara, agora plante as batatas."

And-jud

A VINGANÇA

Os peludos ratos entraram na despensa e começaram a fuçar. Na escuridão outros olhos estavam à espreita. Eram bichinhos brancos, outros amarelados, cheirosos e com muitos furinhos. Quando os ratos estavam prontos para comer eles atacaram sem dó, acabando com todos os dentuços em poucos segundos. A Era da Vingança havia começado; foi o primeiro ataque conhecido dos Queijos Assassinos.

O SUPER-HOMEM

Teodoro acordou naquele dia sentindo-se o Super-Homem. Meteu os pés nos chinelos, bateu no peito, respirou fundo e falou –‘vamos lá dia!” Aí foi pegar o pinico que estava sob a cama e se descadeirou todo. Não saiu do lugar sem ajuda. Teve que chamar a Super-Girl dona Jurema para colocar nele um emplasto Sabiá.

ROTINA, MINHA ROTINA

Anacleto gostava de rotina. Casa trabalho, trabalho casa. Sempre o mesmo caminho, o mesmo horário. Finais de semana de macarrão, churrasco e bunda no sofá. A simplicidade (ou como queiram chamar) de viver assim o agradava. Na semana do natal a esposa foi às compras e comprou um cartão da mega da virada. Deu para ele conferir no dia 2 de janeiro. Anacleto conferiu nos quadros da agência lotérica e viu que havia ganhado mais de R$ 100 milhões. Parou um pouco para pensar. Então foi no lixo da própria loteca e apanhou um cartão não premiado e o guardou no bolso. Na esquina tirou o isqueiro do bolso e meteu fogo no cartão milionário. Chegando em casa disse à mulher mostrando o cartão apanhado no lixo: “Não acertamos nenhum!”

FÓSFOROS

Naquela minúscula caixa havia um fósforo meio depressivo, sem cabeça. Não conversava com ninguém, abatido, triste, um inútil. Numa fria manhã ele surtou. Riscou um irmão contra o outro até a caixa explodir num fogo só. Não sobrou ninguém, até o esmalte da tampa do fogão ficou marcado. Uma vez mais ficou provado que quem não tem cabeça age por impulso e queima até mesmo os seus irmãos.

A ILHA DIVIDIDA

Existia no Pacífico uma ilha dividida entre homens bons e homens maus. Volta e meia os maus matavam um homem bom e a vida seguia seu curso. Porém com o tempo os bons foram todos mortos e só restaram os maus. Passaram então os maus a se matarem entre si e no fim de tudo não sobrou ninguém para apagar a luz.

DEUS ARON

No deserto do Saara de uma mistura de areia, restos secos de um camelo e baba de lagarto sob o apadrinhamento do deus Monu, nasceu Aron, o poderoso. Aron nasceu carregando toda sabedoria e poder do mundo. Começou transformando cactos em laranjais e todo grão de areia em grama, isso para felicidade dos povos nômades e das cabras. Inventou um bichinho devorador de grama para deixá-la sempre aparada.  Teve a feliz ideia do Minha Casa, Minha Vida e do Programa Bolsa-Família.  Fez chover todos os dias pelo menos duas horas seguidas, isso água e depois uma pequena garoa diária de pasteizinhos e brigadeiros. Como todos ficariam obesos após as guloseimas caídas do céu ele criou academias e minou o deserto de vendedores de produtos para emagrecer. Criou também bordeis e templos para diversões e enganações, não nessa mesma ordem; manicures e farmácias para vender preservativos e tratar doenças venéreas.  Mas Aron também era duro e proibiu a cobrança do dízimo assim como a reeleição para políticos. O povo saía às ruas todos os dias para ovacionar o Deus Aron, cantando louvores em pé, agradecendo por tantas maravilhas.  Aron sempre humilde proibiu que ficassem de joelhos para evitar futuros problemas de meniscos e patela. E assim ao fim de sete dias Aron terminou o seu trabalho e foi descansar em Mônaco, de onde nunca retornou, pois segundo ele tudo na vida é relativo, inclusive o saber viver.

OLAVO

Olavo sempre descontente, bufando infeliz pelos cantos, bebendo e jogando. Com trinta e cinco anos não havia ainda se encontrado; lugar algum era o seu lugar. Nada estava bom, azedume para dar e vender. Finalmente aos quarenta anos se encontrou, porém não deu certo, pois aí ele já era outro. Foi assim que Olavo morreu caduco.

Grupo alemão Fraport vence concessão do Aeroporto Salgado Filho

Grupo alemão Fraport vence concessão do Aeroporto Salgado Filho

O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, foi leiloado no final da manhã desta quinta-feira e entregue ao consórcio Fraport AG Frankfurt Airport por R$ 290 milhões.

O montante oferecido para compra do Salgado Filho foi 852% maior que os cerca de R$ 31 milhões iniciais previstos.

A Fraport administra o aeroporto de Frankfurt.

Outros três terminais, localizados em Salvador, Florianópolis e Fortaleza, também foram negociados para a iniciativa privada. Veja a seguir mais detalhes sobre cada aeroporto e o valor pago por eles:

Aeroporto Salgado Filho (Porto Alegre)
Consórcio vencedor: Fraport AG
Lance vencedor: R$ 230.512.229 (25% do lance mínimo mais ágio)
Investimento mínimo: R$ 1,902 bilhão

Aeroporto Hercílio Luz (Florianópolis)
Consórcio vencedor: Zurich International Airport AG
Lance vencedor: R$ 58.333.333 (25% do lance mínimo mais ágio)
Investimento mínimo: R$ 960,7 milhões.

Aeroporto Luís Eduardo Magalhães (Salvador)
Consórcio vencedor: Vinci Airports
Lance vencedor: R$ 660.943.107 (25% do lance mínimo mais ágio)
Investimento mínimo: R$ 2,35 bilhões.

Aeroporto Pinto Martins (Fortaleza)
Consórcio vencedor: Fraport AG
Lance vencedor: R$ 403.230.346 (25% do lance mínimo mais ágio)
Investimento mínimo: R$ 1,401 bilhão

Políbio Braga

PORQUE OS ESTADOS UNIDOS por Diego Casagrande. Artigo publicado em 16.03.2017



(Publicado originalmente no Jornal Metro)

Alguém por favor pode me explicar por que tanta gente quer ir morar legal ou ilegalmente nos EUA se lá não tem CLT e nem Justiça do Trabalho? Se lá não tem 13° e tampouco licença maternidade remunerada? Como suportar um país onde decisões sobre férias, ausências por doença ou feriados nacionais são negociadas caso a caso entre empregador e empregado? Por que tantas pessoas se arriscam a morrer no deserto, na fronteira árida do México e nas mãos dos coiotes, se lá não tem SUS e não tem INSS? Se naquele lugar os trabalhadores precisam ter seguro de saúde e poupar para uma emergência? Quero compreender como podem os Estados Unidos ser a preferência da maioria dos imigrantes do planeta se lá não existe faculdade de graça, sendo que as famílias poupam uma vida inteira para ver o sonho do diploma superior realizado?

Me ajudem a entender como pode tantos brasileiros quererem se mudar para um país onde o armamento é liberado em quase todo o lugar e onde as pessoas podem ter até fuzis em casa para se proteger? Como se sentir seguro em uma nação que não tem Estatuto do Desarmamento? Alguém me explica como pode tanta gente querer se mudar para o país onde quem bebe e dirige passa a noite na cadeia e se for reincidente pode ficar longos meses ou até anos preso? Onde corruptos quebram a cara? Me expliquem qual a lógica de alguém sair de um país que não tem prisão perpétua e nem pena de morte e querer morar em outro, no caso os Estados Unidos, onde existe tudo isso e até castração química para estupradores e pedófilos? Como morar em um território onde menores de 18 anos respondem como adultos se cometerem crimes hediondos? Me digam como é possível alguém querer viver em um local onde delegados, juízes e promotores são eleitos pela comunidade? Como morar em um país onde não existe estabilidade no emprego para os funcionários públicos? Onde qualquer um que trabalhe em uma prefeitura, no governo de um estado ou mesmo no governo federal pode ser demitido por conveniência ou mesmo razões estratégicas dos governantes?

Parece, mas não é tão difícil assim compreender por que tanta gente do mundo todo quer se mudar para os Estados Unidos. Lá existem duas palavrinhas mágicas que devem ser seguidas por todos: "liberdade" e "responsabilidade". Entendeu?

AVÓ NOVELEIRA

“ Langeri é a tal calcinha transparente com um fio que corre pela bunda?”

AVÓ NOVELEIRA

“Quem navega é marujo, por que então quem voa não é chamado de Araújo?”

FEIJÃO

“O feijão é um grande acompanhante da costelinha de porco defumada. Sozinho é um sem graça.” (Fofucho)

TENTAÇÃO

“O diabo nunca me tenta. Mas o pão quente...” (Fofucho)

GUSTAVO IOSCHPE- ÉTICA NA ESCOLA E NA VIDA



O peso histórico de um evento é determinado pelo que lhe sucede. A prisão dos mensaleiros tem tudo para ser um dos acontecimentos mais importantes da história brasileira em décadas, mas só os nossos próximos passos dirão se será um ponto de inflexão ou um ponto fora da curva. Se o mensalão for o primeiro de muitos casos em que banqueiros, congressistas e ex-ministros vão para a cadeia por seus delitos, as próximas gerações verão este ano como o ponto de virada. Se, pelo contrário, essas prisões forem apenas a exceção que confirma a regra, um caso isolado em que as instituições funcionaram, então os historiadores do futuro verão o mensalão como uma curiosidade. É difícil prever, mas confesso que não vejo muitos motivos para justificar o otimismo a curto prazo. Porque ter uma Justiça ágil e rigorosa contrariaria quatro pilares que me parecem basilares na formação do Brasil.

O primeiro é o corporativismo. Somos o país dos interesses de grupo. Não pensamos nem agimos como indivíduos, mas como categorias. Uma das corporações mais poderosas é a dos advogados. É muito numerosa (871 000 advogados no país, mais procuradores, juizes…), organizada (a OAB é tão influente que tirou do Estado o poder de decidir quem pode ou não exercer a profissão) e poderosa: dos 100 congressistas mais importantes do país segundo o Diap, dezenove são advogados. Nosso sistema penal criou intermináveis apelos, chicanas e exceções. Quanto mais longo é um julgamento e quanto maior é o número de instâncias, maiores são a remuneração de advogados e a necessidade de juízes e promotores. (“É a preservação do direito de plena defesa dos réus!”, dirão nossos causídicos, cumprindo a regra de sempre apresentar a luta pelos benefícios corporativos como uma batalha pelo bem comum.) Precisaríamos que os deputados-juristas mudassem um sistema que beneficia seus pares. É difícil. Ainda mais quando incríveis 38% dos nossos congressistas são réus no STF.

O segundo é o nosso pendor cristão-filossocialista de achar que todo criminoso é vítima de um sistema social injusto, e não um agente capaz de fazer as próprias escolhas. Alguém que merece nossa compaixão, e não punição. A ditadura durou 21 anos. mas seu rescaldo está sendo ainda mais longo: nossos legisladores ficaram com tanta (e justificada) ojeriza às prisões arbitrárias de um regime de exceção que criaram um sistema em que é improvável condenar alguém com bom advogado. (Esse é mais um dos casos em que a teoria da defesa dos despossuídos se transforma em uma prática que garante a sua danação, como em todos os populismos.)

O terceiro é a nossa secular desigualdade de renda. É mais difícil seguir o princípio básico da democracia — a igualdade perante a lei — quando na sociedade há uma clivagem tão aparente entre os que muitas vezes se comportam como se estivessem acima da lei e a grande maioria, abandonada pelo Estado e desprotegida.

O quarto e mais importante de todos: verdade seja dita, não somos um povo que prima pela ética. Basta ver os políticos que elegemos para nos representar e o que eles fazem. Para aqueles que acreditam que, mesmo em um sistema democrático, nossos eleitos são piores do que seus eleitores no quesito ética, convém ver os resultados de uma pesquisa Ibope de 2006 ( todos os dados aqui mencionados estão em twitter.com/gioschpe). Ela mostra que, apesar de a condenação à corrupção ser quase universal. 75% dos entrevistados confessam que, se eleitos para cargos públicos, cometeriam ao menos um delito de uma lista contendo treze possibilidades (coisas como mudar de partido em troca de dinheiro, contratar empresas de familiares sem licitação, pagar despesas pessoais não autorizadas etc.). 69% dos entrevistados também admitem já ter transgredido leis para levar vantagem (dar caixinha ao guarda, sonegar impostos, inflar gastos médicos para o seguro-saúde etc.). Essa falta de ética se irmana à fraqueza do nosso aparato de Justiça para dar origem a um ciclo vicioso em que há mais delinquência porque a confiança na absolvição é grande, e o fato de tantos sermos delinquentes torna improvável a criação de leis mais duras contra os delituosos.

Como romper esse ciclo? Só vejo dois caminhos. Um é o de uma ditadura benevolente, que mude as leis na marra. Rejeito-o liminarmente. O segundo é formando cidadãos melhores, que elegerão representantes melhores e mais probos, que farão melhores leis.

Essa formação pode vir de uma série de fontes. Desde a família até clubes de escoteiros, instituições religiosas etc. Mas o melhor candidato, disparado, é o sistema educacional. Porque é nele que crianças e jovens passam boa parte do seu tempo, é nele que são socializados, é nele que aprendem sobre atos virtuosos de grandes homens e mulheres (e também sobre os nefastos) e nele estão em um ambiente hierárquico e regrado, onde há figuras de autoridade capazes de punir desvios de conduta.
A escola brasileira é antiética. Em geral, há desprezo pelos alunos e seus esforços. Os professores faltam ao trabalho uma enormidade

Se um marciano chegasse ao nosso país e acompanhasse nossas discussões educacionais, acreditaria que somos o país cujo sistema educacional oferece a melhor formação ética da galáxia. O assunto é infinitamente discutido e priorizado, a ponto de uma pesquisa da Unesco que traça o perfil do professorado brasileiro mostrar que para 72% de nossos mestres a finalidade mais importante da educação deveria ser “formar cidadãos conscientes” — só 9%, por contraste, falam em “proporcionar conhecimentos básicos”. Sabemos que essa missão não está sendo cumprida. Principalmente porque um sistema educacional não tem esse poder — a pregação de um professor não vai reverter os efeitos de uma sociedade permissiva e de um Judiciário ineficazes. Mas também porque a prática de nossas escolas é o oposto de sua pregação.

A escola brasileira é antiética. Em geral, há desprezo pelos alunos e seus esforços. Os professores faltam ao trabalho uma enormidade. Fazem greves de meses, com motivações muitas vezes políticas, prejudicando gravemente o andamento dos estudos. Mesmo quando há aula, o tempo é desperdiçado. Uma pesquisa do ano passado do Banco Mundial mostrou que só 64% do tempo previsto de aula é gasto com tarefas de ensino — um terço dele é perdido em outras atividades ou sem atividade alguma. Mesmo no tempo de aula, o despreparo docente é aparente. As aulas são chatérrimas; boa parte do tempo é devotada a copiar matéria do quadro-negro — o que pode ser um ótimo exercício de caligrafia e uma maneira de um professor despreparado preencher os cinqüenta minutos de aula, mas não tem nada a ver com educação.

Finalmente, quando todo esse processo é avaliado, as fraudes são constantes: não me recordo de uma única prova em toda a minha vida de estudante em que não houvesse cola. Em alguns casos, gritante. A grande maioria dos professores faz que não vê. No máximo dá uma indireta. Que diferença do ambiente nas universidades americanas que cursei, em que a primeira página de cada prova continha uma declaração de aderência ao código de ética da universidade, cuja assinatura era obrigatória para todos os alunos, e que especificava a punição para os coladores: expulsão. Nunca vi sequer um aluno colando. Há suporte empírico para essa observação casual: um estudo de dois acadêmicos portugueses em 21 países mostrou o aluno brasileiro em quinto lugar no ranking da cola em universidades.

Aqui há uma discussão conceitual importante. Muita gente verá esses dados e dirá que a escola é apenas um reflexo da sociedade. Se a sociedade brasileira é desonesta, é normal que a escola também o seja. O problema é que, para avançarmos, precisaremos que as instituições sejam melhores do que a média nacional. Enquanto nossa escola for um retrato do país, o país não mudará. Temos de exigir das escolas um desempenho ético superior. Não é fácil. Todas as forças e incentivos existentes conduzem à inércia. Mas são indispensáveis. A melhora educacional precisa vir antes da melhora social. Foi assim nos países de sucesso. Espero que seja assim aqui também. São os meus votos para 2014.

Fonte: Veja

DURANTE O REGIME COMUNISTA NA POLÔNIA...



Dois poloneses estão presos numa cela.

-- E a culpa é dos judeus!

-- Mas, por que? Na Polônia praticamente não há judeus!

-- É por isso! Se tivesse, eram eles que estariam presos e não nós!

And-jud

QUEM É ELE?

"Rabinovitch" é o personagem principal da versão russa de "piadas de judeu". Todas as anedotas são da época da URSS.

And-Jud

RABINOVITCH LÊ JORNAIS



Rabinovitch, o Sr. lê jornais?

-- Claro que leio. Senão, como iria saber que temos uma vida feliz?



RABINOVITCH E OS COMUNAS



Rabinovitch comenta: -- Haviam os faraós e os judeus. Os faraós foram extintos, os judeus ficaram. Houve a Inquisição e os judeus. A Inquisição acabou, os judeus ficaram. Haviam os nazistas e os judeus. Os nazistas desapareceram, os judeus ficaram. Agora temos os comunistas e os judeus.

-- O que você está querendo insinuar?

-- Nada, não. Os judeus chegaram às finais...


And-jud

POMBINHAS

Mesmo que o mundo só fosse habitado por pombinhas brancas,
Não seria um lugar perfeito,
Pois todos hão de convir
Que alguém teria que limpar o cocô das donzelas.

O ABRAÇO DO FALSO

O abraço do falso
Não vem montado numa carranca,
É todo riso e amabilidade.
Inspira o amigo de fé para que distenda os músculos,
Para que possam os punhais do crápula
Penetrar a carne sem muito esforço.


TRANCAFIADO

A chave que não prende o mau,
Prende o bom em sua casa.
Impossibilitado diante da maldade crua
De sair em paz à rua,
Fica o bom ausente de livre admirar o céu,
Aborrecido por não poder namorar a lua.

O URUBU E A GALINHA

Uma galinha viu-se só num lugar ermo e seco e por falta d’água e alimento foi definhando. Estando quase desfalecida ainda lutava para viver quando percebeu que um urubu aguardava sua morte. Gritou com todas as forças restantes:
“Irmão de cor, ajude-me!”
“Irei ajudar-te irmãzinha!”- disse o urubu.
“Que fareis irmãozinho?”
“Irei te comer vestida.”- E atracou-se nela sem tirar as penas.

DESMARCANDO

Homem entra num consultório médico e lá encontra dois dirigentes petistas bem conhecidos. Diz à recepcionista:
- Favor desmarcar a minha consulta.
-Por que senhor?
-Achei que o doutor fosse neurocirurgião, mas pelo que vejo é de outra área e estuda desvios de comportamento.