terça-feira, 22 de agosto de 2017

ADOTE VOCÊ UM TERRORISTA

O monstro de ódio mal-educado e já sem freios
É tudo o que palavra demonstra
Mas o torpe grita indignado
Que ele é assim por que
Ninguém o quer
Ninguém o ama
Assim age o torpe para que você se sinta culpado e o adote
Pois ele não o quer na sua casa
Tampouco sentado à sua mesa
Muito menos aconchegado na própria cama.

VÍCIO

O trago desce pela garganta continuado
A mente se desfigura
A rotina se torna um peso
E a vida lentamente escorre pelo ralo.

“A coisa está medonha. Tenho levado mais fumo que cachimbo de desembargador.” (Climério)
“Falando sério, não acredito em nada sobrenatural. Mas saliento que satanistas não pagam dízimo.” (Pócrates)
“Os inúteis discutem o que além de coisas inúteis?” (Pócrates)
“Quando mentimos para não ferir a mentira se transforma em caridade?” (Mim)
“O melhor amigo do homem é o cão, já para nós restam poucas alternativas.” (Bilu Cão)
Vocês acham que Ilvania Ilvanete não existe? Pois é de carne e osso. Talvez até vá almoçar na sua casa qualquer dia.
“Puta eu nunca fui. Mas tenho tendência.” (Ilvania Ilvanete)
“Não tenho amigas, tenho escadas.” (Ilvania Ilvanete,a hipócrita)

TEM PREÇO

“Sair de casa bonitaço para uma entrevista de emprego, banho tomado, roupa asseada, perfume discreto, espírito alegre, cabeça boa. Aí na calçada você pisa numa bosta de cachorro. Tem, tem preço.” (Eriatlov)

NÃO SEJA INFANTIL

Alguém acha mesmo que religiosos e políticos ( de esquerda principalmente) têm interesse que povão melhore substancialmente de vida, se instrua, seja culto e questionador? O que eles adoram é o dependente, meia boca e repetidor de velhos clichês. Esse é o toupeira massa de manobra, garantidor de um estado inchado, patrocinador de boquinhas sem fim. Por outro lado o temos o crente alvoroçado devoto esperançoso de um paraíso inexistente, que sustenta as mordomias da grande irmandade da sacanagem religiosa, sanguessugas do suor alheio, peçonhentos de saliva doce. Então... (Eriatlov)

DELES

“Hoje o Brasil é um país que podemos chamar de deles. Deles, os que arrecadam e são perdulários e dos que mamam absurdamente.” (Eriatlov)

ROTINA MINHA

Anacleto gostava de rotina. Casa trabalho, trabalho casa. Sempre o mesmo caminho, o mesmo horário. Finais de semana de macarrão, churrasco e bunda no sofá. A simplicidade (ou como queiram chamar) de viver assim o agradava. Na semana do natal a esposa foi às compras e comprou um cartão da mega da virada. Deu para ele conferir no dia 2 de janeiro. Anacleto conferiu nos quadros da agência lotérica e viu que havia ganhado mais de R$ 100 milhões. Parou um pouco para pensar. Então foi no lixo da própria loteca e apanhou um cartão não premiado e o guardou no bolso. Na esquina tirou o isqueiro do bolso e meteu fogo no cartão milionário. Chegando em casa disse à mulher mostrando o cartão apanhado no lixo: “Não acertamos nenhum!”

O ANÃO DE JARDIM

Tudo via e ouvia o anão de jardim Pablo assim transformado pelo feiticeiro Dilmon por ciúmes de sua beleza e inteligência. Não sofria sede ou fome, mas penava horrivelmente por não poder fugir daquele corpo de pedra que o limitava. O feitiço duraria dez anos e ele apenas começara o quinto ano. Sob sol ou chuva ficava ele inerte observando a vida que corria ao seu redor com minúsculas e grandes criaturas; formigas e homens, grilos e lagartixas, cães e gatos, automóveis e bicicletas. Um dia um cão muito feio apareceu no jardim e fez xixi nele. Reconheceu que era Dilmon pelos olhos medonhos, transformado num cão por um adversário mais poderoso. Pablo riu tanto que sua alegria quebrou o feitiço infame e pode então sair correndo atrás do cão feioso, pois tinha intenção de lhe oferecer um belo osso ou um naco de ração.

O NOVO ANO PROMETE

Dia 31 de dezembro de 2016, dezoito horas. Arnaldo bebia cerveja uma após outra desde a hora do almoço e já babava na gravata. Quando das badaladas do novo ano eram ouvidas ele dormia no banco traseiro do carro todo urinado e vomitado, sendo lambido por dois cães vadios. Acordou sujo, roubado e pelado, pois levaram a carteira com suas calças, já que usar cuecas não era do seu feitio. Quando tentou ir para sua casa foi preso pela polícia por atentado ao pudor. O automóvel foi guinchado. Para Arnaldo o novo ano promete.

O ENVIADO

Quando ainda um ser amorfo no ventre da mãe o danadinho nasceu de repente e surpreendeu o mundo. Recém-saído da barriga da mãe num banco de coletivo pulou sobre uma poltrona e começou seu discurso falando da mediocridade geral, das crenças em verdades absolutas feitas para idiotas, do nada imperativo nos bilhões de mentes vãs. Explodiu de emoção falando da importância da ciência e não de futilidades mágicas. E já começando a ficar sem fôlego, ficou feliz quando viu um jovem gravando suas palavras num celular. Encerrando disse: “Eu vim por pouco tempo para dizer muito, sou luz que ilumina mentes encerradas nas trevas do saber, crentes de uma vida eterna paradisíaca ou infernal, ou seja, são bestas, porque eu sei daquilo que falo, vim de onde ninguém nunca foi, nasci no amanhã e voltei pelas mãos da ciência para dizer que Deus não existe e que tudo é propaganda barata.” E caiu morto.

A ILHA

Existia no Pacífico uma ilha dividida entre homens bons e homens maus. Volta e meia os maus matavam um homem bom e a vida seguia seu curso. Porém com o tempo os bons foram todos mortos e só restaram os maus. Passaram então os maus a se matarem entre si e no fim de tudo não sobrou ninguém para apagar a luz.

A SOPA DO SEBASTIAN

Genésio apreciava o restaurante do Sebastian e toda semana aparecia lá, pois Sebastian servia a sopa de vômito que ele adorava. Mas de repente deixou de frequentar o estabelecimento. Ficamos sabendo por terceiros que ele encontrou um cabelo na sopa.

SOLITÁRIO

Rinaldo era um solitário que conversava consigo mesmo. Parou quando descobriu que seu interlocutor era surdo.

RONALDO CAÇADOR

Ronaldo foi caçar na África e seu sonho era comer carne de antílope. O azar dele foi cruzar antes com um leão que tinha o sonho de comer carne humana.

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- quinta-feira, abril 27, 2006 CORRUPÇÃO? JAMAIS! LEI ROUANET

Quem já assistiu a um espetáculo do Cirque du Soleil, seja ao vivo, seja na televisão, teve o privilégio de ver certamente o mais belo show circense atualmente produzido no mundo. A trupe canadense deve se apresentar em agosto no Brasil, com ingressos entre R$ 50 (meia-entrada) e R$ 370 (VIPs). Infelizmente, isso diz respeito a todos nós.

Por que infelizmente? - se perguntará o leitor -. Não é um sumo privilégio ver o Cirque du Soleil? De fato, é. Mas você, assista ou não assista ao espetáculo, estará com ele comprometido. A Folha de São Paulo de ontem nos conta que a empresa CIE (Companhia Interamericana de Entretenimento, de origem mexicana), que promove a vinda do espetáculo Saltimbanco ao Brasil, já descobriu os meandros da corrupção pátria institucionalizada, sendo autorizada pelo MinC (Ministério da Cultura) a ficar com R$ 9,4 milhões que o governo receberia em Imposto de Renda neste ano. O dinheiro agora deve ser usado em benefício das apresentações.

Vivemos dias em que o combate à corrupção é palavra de ordem. Mas ninguém parece ver nada demais no financiamento de shows com dinheiro público, que depois serão vendidos a altos preços ao mesmo contribuinte que os financia. Esta é a finalidade da Lei Rouanet, criada em 1991, para que empresas e pessoas físicas incentivem a cultura, destinando parte de seus impostos a projetos culturais. Como depois vai faltar dinheiro para financiar atividades essenciais, o governo volta de novo a enfiar a mão em seu bolso para financiá-las.

Você financia o Cirque du Soleil. Mas por enquanto os ingressos estão à venda só para os clientes Prime (prioritários) do Bradesco, que decidiu patrocinar o grupo no Brasil. "É desejável que marcas se associem a produções culturais, desde que o dinheiro seja privado", diz o consultor em patrocínio empresarial Yacoff Sarkovas. Segundo dados do MinC, a CIE captou R$ 7,1 milhões até agora, dos R$ 9,4 milhões autorizados.

Tudo muito simples: você paga para que uma minoria se divirta. Esta minoria, que também é contribuinte, já pagou a produção do espetáculo. E agora paga de novo para assisti-lo.

Além do patrocínio ao Cirque du Soleil - informa-nos a Folha - a CIE foi autorizada a captar R$ 5,1 milhões para a continuação da temporada paulistana do musical O Fantasma da Ópera durante o ano de 2006. E a Dialeto Latin American Documentary Ltda foi autorizada a captar R$ 197 mil para o CD Pajelança Cabocla, de Zeneida Lima, "pajé cabocla da ilha de Marajó". O projeto estipula que as 3.000 cópias do álbum deverão ser assim distribuídas: mil exemplares para os produtores, 850 para os autores, 750 para os patrocinadores, 300 para Bibliotecas Minc e 100 para a mídia.

E para mim? - estará você se perguntando. Para você nada, nadinha, exceto o sublime prazer de estar contribuindo de seu bolso para a cultura nacional. E assim se faz cultura no Brasil. Nem ouse pensar em corrupção. O gesto de enfiar a mão em seu bolso está devidamente regulamentado por lei.

O ASCENSORISTA

Naquele fim de tarde de sexta-feira o elevador dois do Edifício Gimenez estava lotado, inclusive com um padre e dois pastores evangélicos. Silêncio entre os presentes e ninguém notou o novo ascensorista que hora se apresentava. O elevador subia e descia e não parava em nenhum andar. Interpelaram o trabalhador que disse estar com um pequeno problema que logo seria resolvido. Por alguns minutos ninguém reclamou, mas depois... Após muitas indas e vindas reclamações, o elevador parou num andar não visualizado no painel, a porta se abriu e todos caíram diretamente no fogo do inferno. O ascensorista era o próprio Satanás Ferreira que resolvera começar o final de semana com uma brincadeirinha, digamos, bem quente.

NÃO SE META

A ponte, o rio veloz lá embaixo, a névoa e o desejo de saltar. O homem salta, bate n’água, um barco que passava salva o suicida. O homem balança a cabeça, xinga o pescador que o salvara, fica fora de si ,queria morrer. O pescador não se faz de rogado; sacou do revólver e o matou com dois tiros. Pegou quinze anos por matar um suicida.

MENINO OBEDIENTE

Renatinho é um menino obediente. A mãe o mandou comprar marshmallow. Não encontrou no supermercado perto de sua casa e seguiu em frente. Isso faz quinze dias. Foi visto ontem em Miami com um pacotinho na mão. Contam que está retornando ao Brasil a nado.

MULA SEM CABEÇA

Após vinte anos de pesquisas em todo o território brasileiro o professor Martin Roney chegou à conclusão que não existe mula-sem-cabeça. Mas salientou que há os socialistas, o que vem ser a mesma coisa.

FANTASMAS

Acobertados pelo manto da noite
Saem de suas moradas os fantasmas de todos os tempos
Para jogar pedras e bagunçar
A casa mente dos tolos.

CONHECIMENTO

Quando penso que estou chegando ao meu destino
Descubro que ainda não saí
Assim é a viagem pelo conhecimento.

PELANCAS

A beleza sofre a ação do tempo
E é saudável aceitar esta verdade
Pois apesar dos esforços da medicina estética
Um dia as pelancas vencem.

MEU AZAR

“Meu azar foi sempre ser o homem errado para mulheres certas.” (Limão)

SANTO BOTECO

“A turma do santo boteco de todos os dias leva para dentro de suas casas o maravilhoso bafo consagrado.” (Limão)

NA CUECA

“E saber que aqueles dólares na cueca diante do tamanho da sacanagem eram meros níqueis de cinco centavos.” (Limão)

SORTUDO

“Sortudo eu sou. Um cataclismo mata todo mundo. No planeta somente eu e uma mulher para recomeçar. Garanto que a outra alma seria a Graça Foster.” (Limão)

SEM DISTINÇÃO

“Grandes homens nascem em todos os países, sem distinção. E podemos afirmar que belas porcarias também.” (Eriatlov)

ISENTO

“Ter alma é a ferramenta necessária para pagar o dízimo. Quem não possui alma está isento.” (Eriatlov)

CONHECIMENTO

“O conhecimento é um buraco que quanto mais você cavouca mais tem vontade de se jogar dentro.” (Eriatlov)

FRASES BRASILEIRAS

"Relaxa e goza."-  Martinha
"Estupra, mas não mata." -Paulinho
"A culpa é das zelites."- Sapão
"Estocar vento é prioridade em nosso governo." -Dirminha

QUEIMADO

Irado como nunca Nicanor olhou para ele com todo o desprezo do mundo. Cuspiu e sapateou em cima dele com os sapatos sujos de barro. Humilhou-o dizendo que não servia para nada, um inútil. Jogou-o na churrasqueira, deu-lhe um banho de gasolina e colocou nele fogo. Foi abraçado pelas chamas e rapidamente desapareceu, virou cinzas. Tão importante e mal utilizado de quatro em quatro anos, vilipendiado, assim morreu em nosso país mais um título de eleitor.

LENO

Leno sempre teimoso, birrento, quebrando regras. Há dez anos passou próximo de um lago e na borda dele havia uma placa- “LAGO CONTAMINADO. PROBIDO BANHO.” Prato cheio para ele que tirou as roupas e se jogou n’água. Depois disso perdeu o emprego, todos os amigos e amigas, até parentes próximos. Somente os pais o suportam com galhardia. Faz dez anos que Leno cheira a merda.

ROBERTO

O vento forte, o mar revolto, sentado na ponta do trapiche, Roberto sem forças. Suas lágrimas misturadas ao sal, o frio que doía bem menos que o tridente cravado em seu coração. Sem rumo, sem foco, sem nada, esperando o tempo ficar velho. Então acobertada por uma chuva formidável, veio navegando sobre uma onda brava uma bela sereia. Toda cheia de encanto e ternura carregou Roberto em seus braços mar adentro no caminho da mansidão.