quarta-feira, 24 de agosto de 2016

“Quem nasceu de susto não pode ser vigia de cemitério” (Pócrates)

“O que mais existe em países socialistas/comunistas/bolivarianos são teses sobre a função social das filas.” (Cubaninho)

“O problema mesmo do Brasil é o sistema. É o sistema genético.” (Eriatlov)

“O PT é igual dor na coluna: de pé, de lado, de costas, de frente ou deitado, a gente sente a fisgada.” (Mim)

“Sempre que o Brasil vai entrar no futuro aparece um safado e rouba a chave. Agora foi o PT.” (Mim)

Quem poderá?

-Quem poderá salvar o PT? 
-Sibá Machado vestido de Chapolin.

MISES BRASIL- Questão de lógica: aumento salarial imposto por governo e sindicatos não pode estimular a economia



No infindável debate sobre reajustes salariais, alguns argumentam que um salário mínimo mais alto fornece um estímulo à economia como um todo. Igualmente, sindicatos alegam que sua política de pressionar patrões a elevar continuamente os salários é benéfica para toda a economia.

Se trabalhadores receberem salários maiores, segue a lógica, irá haver mais dinheiro para gastar, e o aumento do gasto irá turbinar todo o comércio e indústria do país, gerando mais emprego e mais renda para todos, como se fosse um moto-perpétuo.

(Ainda sobre isso, é bastante comum ouvir a imprensa hilariamente dizendo que um aumento do salário mínimo "irá injetar mais dinheiro" na economia — como se empresas e empregadores fossem um Banco Central com capacidade de criar dinheiro do nada e colocar esse dinheiro para circular na economia).

Quando não estão apelando à luta de classes, à teoria da exploração e à mais-valia, sindicalistas e sociólogos defensores de aumentos salariais forçados recorrem à simplória frase de que "Quando há mais dinheiro nas mãos do povo, isso estimula todos os setores da economia".

Já outros ao menos reconhecem que aumentos salariais forçados geram desemprego para os menos qualificados, aqueles cuja produtividade e valor gerado para o empregador são menores que o valor do novo salário estipulado ou pelo governo ou pelos sindicatos. Ainda assim, tais pessoas afirmam que "o benefício para aqueles que receberam o aumento salarial e o benefício para a economia trazido pelo aumento no consumo superam as perdas marginais de empregos".

Mas o fato é que um salário mínimo maior ou aumentos salariais impostos por sindicatos não têm como ajudar a economia. Eles representam custos adicionais à produção.

Pelo bem do debate, vamos aqui ignorar a perda de empregos gerada por aumentos salariais que superam a produtividade do empregado. Por mais óbvio que seja o fato de que você não irá pagar R$ 1.760 (salário mínimo mais encargos sociais e trabalhistas) para quem produz menos que isso, deixemos de lado esse detalhe.

Deixemos de lado também o fato de que um eventual aumento no consumo por aqueles que mantêm os seus empregos e agora recebem salários maiores será, pelo menos parcialmente, contrabalançado pela diminuição do consumo daqueles que perderam seus empregos e daqueles que deixaram de ser contratados por causa desse maior custo trabalhista.

Vamos aqui nos concentrar apenas na afirmação de que há um aumento do consumo por aqueles que agora, por imposição do governo e de sindicatos, recebem salários maiores.

O eventual aumento do consumo dessas pessoas equivale um maior consumo geral?

Não, não equivale.

Esse dinheiro adicional que essas pessoas estão recebendo tem de estar vindo de algum lugar.

Para começar, os salários mais altos que agora os empregadores são obrigados a pagar representam um custo de produção maior. Elevar custos de produção é algo que, por definição, não pode ser benéfico para uma economia. Trata-se de um dinheiro que empreendedores poderiam utilizar de outra maneira, seja na ampliação de seus investimentos, seja na reposição de seus estoques, seja na manutenção de seus equipamentos e instalações, seja na aquisição de melhore equipamentos, seja na expansão de seus negócios, seja até mesmo no salário de um trabalhador adicional.

Mais gastos salariais impostos por governo ou sindicato significam mais custos operacionais. Mais custos operacionais significam menos lucros líquidos. Menos lucros líquidos significam menos investimentos e menos contratações. Menos investimentos significam redução da oferta de bens e serviços disponíveis. Menos bens e serviços disponíveis significam aumento de preços. Aumento de preços significa que eventuais aumentos salariais de nada adiantaram.

Igualmente, menos contratações significam mais desemprego. E agora os desempregados estão em um ambiente com mais inflação de preços, pois a oferta de bens e serviços foi reduzida.

Normalmente, a réplica ao raciocínio acima é que o empregador que não concedesse aumentos salariais forçados iria apenas simplesmente embolsar os lucros, sendo ele o único privilegiado. Outro erro.

Mesmo que o empregador apenas mantivesse o dinheiro como lucro, ele não iria colocá-lo debaixo de um colchão; ele iria investir, de alguma forma, ou numa conta bancária ou em ações de uma empresa. Nesse caso, o banco normalmente iria emprestar o dinheiro a alguém que iria ou investi-lo ou gastá-lo. Igualmente, o vendedor de ações iria gastar esse dinheiro de alguma outra forma. Independentemente do que será feito, o fato é que o dinheiro seria gasto. E aumentar o gasto é exatamente o que querem os defensores de aumentos salariais forçados.

Por isso, aumentos salariais estipulados por governo e sindicatos não aumentam o consumo geral: apenas mudam quem gasta o dinheiro e no que ele é gasto.

Na melhor das hipóteses, o maior consumo se dá à custa da redução do lucro das empresas. Lucro esse que poderia ser reinvestido na compra de bens de capital modernos, que aumentariam a produtividade dos trabalhadores, e, consequentemente, seus salários.

A crença que aumentos forçados nos salários aumentam o consumo total é um claro exemplo do erro que Frédéric Bastiat aponta em seu ensaio "O que se vê e o que não se vê." O erro aqui é ver apenas o aumento no consumo pelos assalariados que recebem um salário maior, e ignorar a diminuição do consumo e do investimento dos empregadores que têm de pagar salários maiores. O ultimo fenômeno anula completamente o primeiro.

Conclusão

Mesmo que nenhum trabalhador seja demitido, aumentar forçosamente os salários ainda assim causa uma perda geral para a economia, pois se está aumentando os custos de produção. Custos de produção artificialmente maiores geram redução na produção.

Suponha, por exemplo, que um poderoso sindicato estipule uma elevação salarial. Suponha também que, quando o salário é elevado, um empregador não demita nenhum funcionário menos produtivo e capacitado. Seu agora maior custo com esses funcionários pouco produtivos ocorre em detrimento de novos investimentos que poderiam ter sido feitos. Um dinheiro que poderia ter sido gasto na troca de equipamentos e maquinários antigos agora é gasto com salários.

Embora o gasto total na economia tenha se mantido igual, a produção total irá diminuir, pois os empregados agora têm de trabalhar com equipamentos antigos em vez de novos, sendo portanto incapazes de produzir mais. O aumento do salário resultou em menos bens e serviços disponíveis para as pessoas.

Salários artificialmente maiores em conjunto com uma menor oferta de bens e serviços significam preços mais altos e, consequentemente, juros maiores.

Não existe mágica em economia. O que permite aumentos salariais é uma maior produtividade. E maior produtividade só é possível quando há bens de capital que tornam o trabalho humano mais eficiente e produtivo.

Salários maiores estipulados arbitrariamente por governos e sindicatos não têm como melhorar a economia.

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Howard Baetjer Jr. é professor de economia da Towson University e seminarista do Institute for Humane Studies. Ele é o autor de Free Our Markets: A Citizens' Guide to Essential Economics.

Leandro Roque é o editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.

A continência- Alexandre Garcia

Vi nas redes sociais críticas ao Galvão Bueno, porque ele pediu que o grupo que estava com ele no estúdio olímpico se levantasse porque começara a tocar o Hino Nacional. A crítica foi porque no grupo estavam um cadeirante e o velejador Lars Grael, que teve uma perna decepada pela hélice da lancha de um bêbedo. Pois acho que a crítica teve o alvo errado. A crítica deve ser endereçada à necessidade de ter que pedir que alguém se levante quando toca o Hino. Durante a Olimpíada, recebi um video mostrando Usain Bolt a conceder entrevista a uma repórter de língua espanhola. Quando o atleta ouve o hino dos Estados Unidos chegando, interrompe o que falava e faz sinal para a jornalista: “Vamos ouvir o hino”. 

E ficou em posição de sentido, de respeito, de frente para a origem do som, enquanto tocava um hino que nem é dele. Penso que as escolas da Jamaica nisso são melhores que as brasileiras. Aprendi cedo a fazer continência. Tenho uma foto com dois anos de idade com a mão direita espalmada sobre o canto da testa. Meu avô hasteava a Bandeira na fachada da casa no primeiro dia de setembro, abrindo a Semana da Pátria. Eu ía de bandeirinha, levado por minha mãe, ver a parada do Sete de Setembro, na primeira metade dos anos 40. No Grupo Escolar, aos sábados, abríamos a Hora Cívica festiva cantando o Hino, enquanto a bandeira era hasteada. Líamos composições nossas, declamávamos poesias, exaltando os heróis e os feitos históricos da semana e, por fim, cantávamos o Hino à Bandeira, enquanto o pavilhão era arriado.

 Imagino que, na época - anos 40 - as escolas da Jamaica já ensinavam assim, embora a ilha ainda fosse colônia britânica. Usain Bolt e eu somos dessa estirpe. Mas alguns internacionalistas - vício do passado - pensam que não se deve cultivar os valores do país. Estão perdidos, porque sua internacional afundou com o Muro de Berlim. Aí, ficam esbravejando contra as continências prestadas por sargentos das três forças, que subiram ao pódio na Olimpiada. Se equiparam, com isso, ao nazista Hitler, que ficou furioso com a continência de Jesse Owens ao hino americano, com quatro medalhas de ouro no pescoço, na Olimpíada de 1936, em Berlim. Das 19 medalhas do Brasil, 13 foram obtidas por militares - quase 70%. Dos sete ouros, quatro de sargentos. Pensei que isso fosse novidade, até que vi o cabo João do Pulo - quatro vezes ouro e recordista mundial no salto em distância e salto triplo - prestando continência, nos anos 70. Tem gente que acha isso uma bobagem; chama isso de patriotada. 

Mas se viajar à nação mais poderosa da Terra, vai ver bandeiras em toda a parte; vai sentir a vibração do americano quando toca o hino; se estiver por lá no 4 de Julho, vai ver o tamanhão da festa. Na minha casa a bandeira sempre está no ponto mais alto, nos fins-de-semana, e recebe a minha continência cheia de vibração. Vai tremular todos os dias da Semana da Pátria. Serve sempre para me lembrar que não é um time de futebol; é um país que devemos respeitar, cumprindo as leis e combatendo os fora-da-lei, pelo voto ou pela nossa força de cidadania. Porque, ao contrário do que se diz por nos enganarmos a nós mesmos, não somos um país rico. Somos um país pobre, já que o país somos nós. Mas pode se tornar rico, com cada um progredindo na vida. E o progresso começa com ordem. 

GARIMPEIRO URBANO

GARIMPEIRO URBANO

Ainda o sol não nasceu
Sopra um vento gelado pelas ruas da cidade vazia
Um solitário de casaco puído e sujo caminha de olhos  no chão
Mãos trêmulas nos bolsos
Lábios rachados e  boca seca
Procurando pequenos alentos nas calçadas e sarjetas
Pois é um garimpeiro urbano
Um garimpeiro de moedas perdidas.

“A Nona lá em casa fechou o parque de diversões faz tempo. Deve estar cheio de mofo.” (Nono Ambrósio)

“Velhice, melhor idade? Sim, para tomar remédios e mijar sobre os pés.” (Nono Ambrósio)

“Estou naquela idade de curtir catálogo de funerária.” (Nono Ambrósio)

“Eu poderia ter sido um santo não fosse pelo bordel aqui ao lado de casa.” (Chico Melancia)

Bilu Cão

“Lembrar-se do passado é o que resta. Não faz muito Bilu só tomava banho no Pet com shampoo importado. Agora meu corpinho recebe sabão de soda.” (Bilu Cão)

A HONESTIDADE DISSE À SAFADEZA: “O Brasil está ficando pequeno demais para nós dois.”

Nossos políticos, bah!

“Engraçado os nossos políticos. Ficam ofendidos com as verdades ditas na mídia geral. Para nos extorquir com impostos abusivos, fazer do estado seu quintal e usar de mão grande no trato da coisa pública não ficam nem rubros. Gentalha!” (Mim)

Pergunte no Posto Ipiranga

-Algum dirigente petista não é canalha?  
-Melhor perguntar lá no Posto Ipiranga.

Salários de juízes no Brasil superam os dos Estados Unidos e da Inglaterra Autor: Comunicação Millenium

O salário dos juízes no Brasil tem um teto. Não pode ultrapassar o salário de ministros do Supremo Tribunal Federal, o STF, hoje em R$ 33.763. Na prática, já se sabe há um tempo, não é bem assim. Um levantamento conseguido em primeira mão pelo “Estado de S. Paulo” mostra que a correlação é bem mais desproporcional. Um desembargador (como é chamado o juiz de segunda instância nos estados) em Minas Gerais ganha, em média, líquido, R$ 56 mil por mês. Em São Paulo, R$ 52 mil. No Rio de Janeiro, R$ 38 mil.
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Esses valores superam os pagos a um juiz similar no Reino Unido, que recebe cerca de R$ 29 mil, e até dos Estados Unidos, cujo salário mensal médio é de R$ 43 mil. Chega a ser superior a juízes da Suprema Corte de países da União Europeia, como Bélgica e Portugal.
Os salários básicos são engordados por adicionais legais, sustentados por interpretações da legislação. Mas formam vários andares acima do teto. Como disse a ministra Cármen Lúcia numa audiência no STF: “Além do teto, tem cobertura, puxadinho e sei mais lá o quê”, numa referência ao fato de que o limite vale mesmo apenas para os 11 ministros do Supremo.
Segundo economistas que já passaram pelo poder público e profissionais da área de direito, os salários dos juízes, acima do teto, são um alerta para o ajuste fiscal em discussão no país. Mostram que a batalha para a implementação de um limite para o crescimento dos gastos públicos, peça-chave do ajuste, tende a ser bem complexa e dura do que a simples fixação de um limite dentro de uma PEC, a Proposta de Emenda Constitucional.
Os juízes são o topo da cadeia de servidores públicos, diz o responsável pelo levantamento, Nelson Marconi, coordenador-executivo do Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas. Segundo Marconi, quando há uma demanda por qualquer tipo de benefícios no funcionalismo, os juízes costumam abrir o ciclo de negociações. Na sequência, diz, vêm Polícia Federal, Receita, advogados do Executivo, Banco Central e Tesouro Nacional, numa fila que se estende até funcionários administrativos e professores.
Este ano, o poder de mobilização do Judiciário já foi visto. Foi a primeira a defender o seu reajuste salarial, tão logo o governo interino assumiu. Na negociação do pacote de ajuda de União aos Estados, foi a primeira categoria que se opôs à contabilização dos ganhos adicionais como parte dos salários, para fins de adequação aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.
“Todas as categorias vão atuar contra o ajuste fiscal, basta ver que depois que os juízes conseguiram o reajuste as demais entraram pedindo o seu também”, diz Marconi. “O verdadeiro desafio será vencer o corporativismo de inúmeras categorias que vão se mobilizar para pressionar o Congresso e escapar da tesoura”, diz o economista Marcos Lisboa, presidente do Insper e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda.
Adicionais
Marconi explica que o teto do Judiciário é rompido por uma série de verbas adicionais. Há diferentes abonos e gratificações – por tempo de serviço, por dupla função e substituição de colegas em férias ou em licença. Também existem os auxílios – auxílio pré-escolar, auxílio-saúde, auxílio-moradia. Os ganhos adicionais são legais e uma parte deles são até eventuais – como gratificações natalinas ou por férias ou mesmo por ganhos em processos judiciais movidos pelos próprios juízes.
Os especialistas lembram que, em 1998, quando foi feita uma emenda da reforma da administração pública, o princípio era incluir todo o subsídio (termo usado para definir o salário de juízes) dentro do teto, mas auxílios, abonos e gratificações acabaram ficando de fora.
“Tudo deveria estar dentro do subsídio, mas ficou difícil conseguir aumentos no subsídio e vieram os penduricalhos”, diz Janaína Penalva, professora de direito constitucional da Universidade de Brasília. Por causa dos “penduricalhos”, diz, a transparência fica prejudicada. Mesmo os dados divulgados são “restritos” e “obscuros”. “Como o ganho depende de várias verbas sobre as quais não temos clareza, não é possível dizer, de maneira consistente, quanto os desembargadores ganham.”
Para Janaína, a fixação de um teto para os gastos públicos é uma oportunidade: “Se de fato a proposta do ajuste é cortar despesas de todos, precisamos saber quem gasta mais e como gasta. Assim, é extremamente importante que, aproveitando este momento, o Judiciário abra as suas contas.” As circunstâncias políticas, porém, em que o Judiciário é protagonista, principalmente na área criminal com a Operação Lava Jato, não são, para ela, consideradas favoráveis: “Há um desinteresse estratégico neste momento por pressionar o Judiciário.”
Fonte: “O Estado de S. Paulo”.

Um tiro que sai pela culatra Autor: José Márcio Camargo

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita o aumento dos gastos públicos à inflação do ano anterior tem despertado questionamentos importantes, principalmente da parte de analistas que se dizem preocupados em preservar os gastos públicos em educação e saúde. Segundo estes analistas, como as despesas com Previdência e assistência social vão crescer acima da inflação e o aumento do total de gastos não poderá ultrapassar a inflação do ano anterior, algum outro componente da estrutura de gastos públicos terá de ajustar-se para que a regra não seja descumprida. E os candidatos mais claros são saúde e educação.
Essas preocupações são bastante relevantes na medida em que educação e saúde deveriam ser as principais prioridades de qualquer país de renda média, como o Brasil, que pretenda se tornar um país de renda elevada no futuro. Mas elas partem da premissa de que é inexorável que os gastos com aposentadorias e pensões cresçam acima da inflação do ano anterior. Porém, a evolução desses gastos depende da manutenção ou não das regras hoje vigentes no sistema previdenciário e assistencial do país, o que, como veremos, é insustentável.
Nosso sistema de aposentadorias e pensões é extremamente generoso, se comparado ao de outros países. O Brasil gasta hoje 13% do PIB com aposentadorias e pensões de inativos do setor público e do setor privado e tem aproximadamente 7% de sua população com mais de 65 anos de idade. Países que gastam esse montante do PIB com assistência e Previdência Social (Alemanha, por exemplo) têm uma porcentagem muito maior da população com mais de 65 anos (mais de 20%, no caso da Alemanha).
O Brasil é um claro “outlier”, ou seja, fora do normal, neste quesito. É um dos poucos países que não têm uma idade mínima para se aposentar. Em média, a idade em que as pessoas se aposentam no Brasil é 55 anos, ou seja, no auge da capacidade de trabalho. Hoje, 41,5% das despesas do orçamento público federal se destinam a pagar aposentadorias e pensões. E o pior é que, como a expectativa de vida da população está aumentando, mantidas as regras atuais, a tendência ao aumento do gasto é inexorável. Com inflação de 4,5% ao ano, os gastos com Previdência e assistência social aumentariam 9,8% ao ano. Se nada for feito e se todos os outros itens do Orçamento forem reajustados pela inflação, daqui a 20 anos os gastos com Previdência e assistência atingirão 64% do total de gastos do governo federal.
Por outro lado, caso a PEC seja aprovada, sem reforma do sistema de aposentadorias e pensões, em 20 anos todo o gasto do governo federal terá de ser destinado a pagar estes benefícios. Isso mostra que apenas aprovar a PEC não é uma proposta viável. Será necessário aprovar também uma mudança abrangente nas regras da Previdência e assistência social. Por outro lado, a não aprovação da PEC não resolverá o problema, apenas adiaria o dia da verdade. Seria como dar morfina a um doente em estado quase terminal. Diminui as dores no curto prazo, mas enfraquece ainda mais o doente no longo prazo. É fundamental intervir para curar a doença, ainda que o tratamento seja doloroso.
A excessiva benevolência do sistema de Previdência e assistência social brasileiro terá de ser atacada mais cedo ou mais tarde. E, quanto mais cedo, menos doloroso será o tratamento. A maior virtude da PEC que limita o crescimento dos gastos é exatamente explicitar esse fato, na medida em que mostra que o sistema previdenciário é insustentável. Com isso, espera-se que todos os cidadãos efetivamente interessados em preservar os gastos com saúde e educação se mobilizem em prol da aprovação de uma reforma que torne o sistema de aposentadorias e pensões sustentável. Não aprovar esta PEC com o argumento de que, com ela, os gastos com educação e saúde teriam de ser reduzidos, seria um tiro que sai pela culatra.
Fonte: “O Estado de S. Paulo”, 21 de agosto de 2016.
Copiado Instituto Millenium

PREGUIÇA

PREGUIÇA

Acordando hoje com dois quatis nas costas
Exaltando a siesta mexicana
Lembrei-me da história do sujeito
Que de preguiça morria de fome na cama

Foi então que alma boa
Ofereceu-lhe vida afora
Arroz com casca em qualquer demanda
Para aplacar sua fome a qualquer hora

Sabendo disso o sujeito
Do arroz com casca e não cozido
Agradeceu do vivente a nobre  fidalguia
Mas que ante o trabalho da descasca
A boa morte preferia.

Millôr- De todas as taras sexuais, não existe nenhuma mais estranha do que a abstinência.

Millôr- Pra acabar com o desemprego, o Planalto tem que, primeiro, acabar com o desentrabalho.

UM EPISÓDIO REAL DA LONGA GUERRA PETISTA CONTRA OS COLÉGIOS MILITARES por Percival Puggina. Artigo publicado em 22.08.2016

Quando Olívio Dutra elegeu-se governador do Rio Grande, sua vitória foi entendida como evento culminante de uma empreitada revolucionária. Olívio e seus companheiros chegaram ao Palácio Piratini, em 1º de janeiro de 1999, mais ou menos como Che Guevara e Camilo Cienfuegos haviam entrado em Havana exatos 40 anos antes - donos do pedaço, para fazer o que bem entendessem e quisessem. Só faltou um velho tanque de guerra para os bigodudos e barbudos do PT se amontoarem em cima.
Foi com esse voluntarismo que o primeiro governador gaúcho petista, posteriormente conhecido como "O Exterminador do Futuro I" (haveria uma segunda versão com outro ator), despachou a montadora da Ford para Camaçari, na Bahia. "Nenhum centavo de dinheiro público para uma empresa que não precisa!", explicava o governador incandescendo sua mistura de vetustos ardores messiânicos e antiamericanismo adolescente. E o PIB gaúcho, por meia dúzia de tostões, perdeu mais de um bilhão de dólares por ano pelo resto de nossas vidas. Foi assim, também, que se instalaram pela primeira vez entre nós a tolerância, as palavras macias, o aconchego e os abraços aos criminosos, seguidos de recriminações e restrições às ações policiais. Foi assim que o MST e as invasões de terras ganharam uma secretaria de Estado. Foi assim, também, que o PT gaúcho inventou uma Constituinte Escolar, instrumento ideológico concebido para, sob rótulo de participação popular, permitir que o partido estabelecesse as diretrizes de uma educação comunista no Rio Grande do Sul.
A essas alturas já era gritante o contraste entre a qualidade da Educação prestada pelo Colégio Tiradentes, sob orientação da Brigada Militar, e o decadente ensino público estadual. A insuportável contradição não comportava explicações palatáveis, mas sua notoriedade exigia completa eliminação. E o governo transferiu o tradicional Colégio para a já então ultra-ideologizada Secretaria de Educação. O Colégio Tiradentes foi condenado à morte, executado e esquartejado. No mesmo intento de combater a quem defende a sociedade e de afrontar a tudo que pudesse parecer militar, Olívio Dutra retirou o comando da Brigada Militar do prédio onde historicamente funcionava e fez a Chefia de Polícia mudar-se do Palácio da Polícia. Sim, sim, parece mentira, mas é verdade pura.
Eleito governador em 2002, Germano Rigotto, tratou de reverter o aviltamento das instituições policiais. Fez com que seus comandos retornassem às sedes tradicionais e decretou a volta do Colégio Tiradentes à Brigada Militar. Ao se pronunciar durante a solenidade de assinatura desse decreto, o governador afirmou algo que não pode sumir nas brumas do esquecimento porque define muito bem a natureza totalitária de seu antecessor: "Não raro, por escassez de recursos ou limitações de qualquer natureza, a comunidade quer algo e o governo não pode atender. O que raramente acontece é o governo fazer algo contra o manifesto desejo da comunidade. Foi o que o aconteceu e é o que sendo retificado neste momento. O Colégio Tiradentes volta para onde deve estar. O Quartel General da Brigada Militar, retornou ao seu QG. A Polícia Civil voltou para o Palácio da Polícia".
Três atos marcantes, revogando providências que o governo petista impôs à sociedade gaúcha, contrariando-a intensamente, apenas para expressar seu antagonismo a tudo que fosse ou seja policial e militar.
Decorridos 13 anos, podemos ler no episódio aqui narrado as preliminares de um antagonismo que não se extinguiu. Persiste ainda hoje, entre as esquerdas, com apoio da burocracia do Ministério da Educação, uma absoluta intolerância em relação à "indisciplina pedagógica" dos colégios militares.
 
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* Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.
 

Iluminada

ILUMINADA

Iluminada é a mente
Que tem o horizonte infinito como alvo
Ao contrário do parvo
Que de cabeça baixa conta as pedras do caminho.

“Ter uma justiça dúbia: tem preço.” (Mim)

SPONHOLZ


Chico Melancia matinal

“Faz um bom tempo que não prego uma mentira. Acho que 15 segundos.” (Chico Melancia) 

 “Não tenho amigos ricos. Deve ser por essa minha cara de pedinte.” (Chico Melancia) 

“Tomar café com pão dormido não é nada. O duro é comer pão insone, que há dias perambula pelos armários.” (Chico Melancia)

Afundando

“O Brasil está dividido entre os que recebem e os que pagam. E o navio dos que recebem está tão cheio que corre o risco e afundar. Os que pagam já estão na água.” (Eriatlov)

GAZETA DO CHUPIM – Atenção acomodados, vadios e outros nobres sugadores da teta federal: A nossa mãezinha está indo para o beleléu.

“A Cosa Nostra perto do PT é um Clube de Damas.” (Eriatlov)

“Ando tão distraído que estou lendo até obituário para ver se morri e ainda não sei.” (Nono Ambrósio)

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- sábado, novembro 19, 2005 MELAINA EIMI KAI KALE

Leio na Folha de São Paulo:

Ouro Preto muda bandeira "racista"

Considerada racista e motivo de constrangimento para os moradores, a bandeira da cidade histórica de Ouro Preto (89 km a sul de Belo Horizonte) ganhou ontem um novo texto. A frase em latim "proetiosum tamen nigrum" (precioso ainda que negro), referência ao ouro coberto por óxido de ferro encontrado na região, foi substituída por "proetiosum aurum nigrum" (precioso ouro negro). A lei que mudou a bandeira de 1931 foi sancionada ontem pelo prefeito Ângelo Oswaldo (PMDB). Segundo ele, a alteração é uma reivindicação antiga de intelectuais, movimentos negros e até turistas de Ouro Preto.


Pelo jeito, os politicamente corretos vão ter de exigir mudanças no texto da Bíblia. Na abertura de seu mais belo livro, o Cântico dos Cânticos, lá está: "Eu sou negra, mas formosa, ó filhas de Jerusalém, como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão". Vamos à Vulgata Latina, tradução da qual deriva a maior parte das traduções atuais. Lá está: nigra sum, sed formosa. A Vulgata, por sua vez, deriva da tradução dos Septuaginta- feita a partir do original hebraico - onde está, em grego: Melaina eimi kai kale.