Porque é que os vidros traseiros do Lada têm aquecimento ?
R: Para as pessoas não ficarem com as mãos congeladas enquanto empurram o carro.
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segunda-feira, 5 de junho de 2017
ENTRE AMIGAS
Conversa entre 2 amigas:
- O meu marido todos os dias traz-me um ramo de flores, por isso queira ou não queira, lá tenho que abrir as pernas.
- Porque ? Não tens um vaso onde meter as flores ?
O COELHO
O coelho esta sentado a escrever. Chega a raposa:
- Olá coelho! O que é que estás a escrever ?
- Tese de doutoramento
- Sobre o quê ?
- Sobre como os coelhos caçam as raposas
- Onde é que já vistes isso ?
- Chega aqui que eu mostro-te uma coisa...
Passado algum tempo está outra vez o coelho sentado a escrever. Chega o lobo:
- Oi coelho! O que é que estás a escrever ?
- Tese de doutoramento acerca do modo como os coelhos caçam os lobos.
- Onde é que tu fostes inventar isso ?
- Vem comigo dar uma volta, que eu mostro-te...
Cena seguinte: o coelho está sentado a escrever, aproxima-se o urso:
- O que é que estás a escrever ?
- Tese de doutoramento: Como os coelhos caçam os ursos
- Vai-te mas é lixar
- Ah sim ? então deixa que eu te mostre uma coisa...
...........................................................................
Ultima cena: Uma gruta, dentro da gruta um monte de ossos de raposas, lobos e ursos, ao centro um enorme leão devorando o que resta de um cadáver dum urso.
Moral da historia: O que importa não é o tema do doutoramento, mas quem faz o acompanhamento cientifico.
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WHY NOT? por Maria Lucia Victor Barbosa. Artigo publicado em 04.06.2017
Why not? Porque não? Se um jovem estudante dissesse: “quero progredir na vida, me esforçar, me tornar competente e, assim, (why not) por que não estudar fora em busca de excelência?” Quem não admiraria esse moço exemplar? Ele seria um marco em sua geração e acalentaria em quem o conhecesse sonhos de um futuro Brasil melhor.
Entretanto, quando um sócio em iniquidades do anterior governo conduzido por Lula da Silva, como Joesley Batista, batiza seu iate de dez milhões de dólares com o nome de Why Not tudo muda de significado. Pode ser entendido como: “por que não roubar o povo brasileiro levando grosso dinheiro das instituições públicas?” “Por que não, se assim me foi facilitado como no caso do BNDES quando o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, me abriu as portas do poder e das facilidades, inclusive, liberando para mim e para meu irmão Wesley 8,1 bilhões de reais? ” “Por que não mostrar que contas no exterior irrigavam as campanhas do PT se eu sabia muito bem disto e agora resolvi contar tudo porque estou certo de que vou ficar livre, leve e solto?” “Porque não, [i]durante uma década, alimentei não só com carne, mas com um riquíssimo propinoduto os cofres do PT, enquanto nossas empresas se agigantavam maravilhosamente? “Por que não usufruir de “negócios” com o amigo presidente Lula e a presidente Rousseff, que lhes renderam para gastos em campanha 150 milhões de reais?” “Por que não comprar, se posso, juízes, promotores e os mais vendáveis, os numerosos políticos, se tenho todos aos meus pés?”
Joesley disse isso e muito mais em depoimentos e vídeos que foram comentados em alguns órgãos da imprensa. Porém, em uma gravação que não havia sido autorizada pela Justiça e cheia de lacunas, o ex-modesto dono de um frigorífico se tornou o rei dos delatores e um mestre em armadilhas políticas, pois atingiu o presidente da República, Michel Temer, o qual cometeu o erro de receber no palácio o influente magnata do crime em conluio com altas autoridades.
Toda delação, a meu ver, tem que ser corroborada por provas materiais e não só pelo que é dito, para que não se torne uma caça às bruxas. Se Temer está sendo acusado com base na gravação de Joesley, que tenha o direito de defesa.
Dilma Rousseff foi julgada durante meses com amplo direito de defesa. Porque a pressa em afastar Temer? Por que a coincidência da gravação ter sido feita antes de Lula ser condenado ou não pelo juiz Moro e eventualmente isso ser confirmado pelo Tribunal Federal Regional da 4ª Região, de segunda instância? O Supremo havia decidido que condenados em segunda instância podem ser presos, perigo para Lula que podia também cair na ficha limpa e se tornar inelegível. Por que, então, será que o ministro Gilmar Mendes resolveu voltar atrás e dizer que nem em segunda instância um criminoso pode ser preso? E se Temer ainda não foi julgado, por que o PT se empenha tanto nas eleições diretas ou diretas do Lula, uma jogada desesperada para eleger seu líder? Não importa que se para isso se tenha que rasgar de novo a Constituição.
Evidentemente, Joesley e Wesley não foram os únicos corruptos na fase em que o governo petista institucionalizou a corrupção. Mas o que choca também nessa história é o tratamento diferenciado dado aos irmãos Batista se comparado com o de outros envolvidos que colaboraram com a Justiça e foram julgados pelo juiz Sérgio Moro. De um modo ou de outro eles estão cumprindo suas penas.
Os donos da J&F tiveram os termos de sua delação defendidos pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, e homologados pelo ministro Fachin. Sob as bênçãos da Justiça foram continuar a gozar a vida nos Estados Unidos completamente livres.
Nenhuma filigrana jurídica fará a sociedade entender a absolvição sem nenhuma penitência dos irmãos Joesley e Wesley, que nem tornozeleiras eletrônicas precisarão usar. Desse modo, ficou a sensação de uma tremenda incerteza jurídica, a certeza de que o crime compensa, com exceção da Lava jato do juiz Moro e de que no Brasil o why not escrito no luxuosíssimo iate corresponde a outras frases famosas, como: “levar vantagem em tudo”. Pagando bem, que mal tem”. “Aos amigos tudo, aos inimigos a lei”.
Isso faz parte de um caldo de cultura que dificilmente vai mudar no país e que permeia todas as classes sociais. Afinal, não é o povo que elege os que intercambiam lucros com espertos e mafiosos gangsteres? Sem nenhum pudor todos continuarão a perguntar de modo cínico e imoral: “why not? Por que não? ”
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
A INOFENSIVA ALA DOS INDIGNADOS por Gilberto Simões Pires. Artigo publicado em 05.06.2017
(Publicado originalmente em pontocritico.com)
GARANTIA
Os elevadíssimos índices de violência e de corrupção, que fizeram do nosso empobrecido Brasil um ambiente INSEGURO e/ou constantemente AMEAÇADOR para os brasileiros honestos e de boa formação, só chegaram aos níveis atuais, insuportáveis, por uma razão principal: a garantia dada pelos governantes de que todos aqueles que quisessem entrar para o mundo do crime não seriam importunados.
PARA VALER
Tal garantia, que leva o nome de IMPUNIDADE, se revelou, como se vê com absoluta clareza por tudo que está acontecendo por todos os cantos do nosso país, como uma medida de extremo sucesso. No início, muita gente até mostrou certa desconfiança, imaginando que se tratava de uma -pegadinha-. Entretanto, com o passar do tempo mais e mais brasileiros foram se convencendo de que o incentivo ao crime era mesmo PARA VALER.
CONSCIÊNCIA SUFOCADA
O programa, como se vê, se revelou como extremamente exitoso. A criminalidade, depois que começou a andar de mãos dadas com a impunidade, fez com que muitos adeptos, para se livrar de eventuais sentimentos de culpa ou remorso, tratassem de sufocar a própria consciência. Bingo! Livres do incômodo que a consciência viva impõe, as atitudes criminosas ficaram bem naturais.
ALA DOS INDIGNADOS
Aqueles que ainda não enveredaram para o auspicioso e emocionante mundo do crime, sem saber o que fazer, além de se tornarem vítimas de todos os tipos de bandidos, constituíram uma inofensiva -ALA DOS INDIGNADOS-, que, amedrontada, só tem o direito de GRITAR e o dever de PAGAR.
CALVÁRIO
Como o crime exige muito dos seus seguidores, ninguém mais pensa no Brasil. Aliás, faz muito tempo que ninguém pensa no nosso triste país, a não ser para levá-lo ao calvário. Pois, envolvido neste revolto mar de lama, que só faz o Brasil perder e/ou afundar, a conta só aumenta. Uns pagam com a própria vida; outros com impostos, cada vez mais elevados, para satisfazer os rombos cometidos pelos bandidos.
A FAVOR DO CRIME
Quando a parcela da sociedade que se manifesta avessa ao crime tenta de alguma forma acabar com a IMPUNIDADE, no nascedouro já é imediatamente rechaçada. Como se não tivesse entendido que o CRIME foi instituído por lei e como tal deve ser preservado. Não tem esta de eleger UMA, DUAS OU DEZ MEDIDAS CONTRA A CORRUPÇÃO. Ao contrário, qualquer medida deve ser imposta com o propósito de ser sempre a FAVOR DO CRIME.
H.L. MENCKEN- O CONTRAPARENTE
O homem detesta os parentes de sua mulher pela mesma razão de que não
gosta dos seus próprios, ou seja, porque eles lhe parecem grotescas caricaturas
daquela por quem ele tem respeito e afeição, ou seja, sua mulher. De todos eles, a
sofra é obviamente a mais repugnante, porque ela não apenas macaqueia sua
mulher, mas também porque antecipa o que sua mulher provavelmente se tornará.
Aquela visão, naturalmente, lhe provoca náuseas. Às vezes, a coisa é mais sutil.
Digamos, por exemplo, que sua própria mulher lhe pareça uma caricatura de uma
irmã mais jovem e bonita. Neste caso, estando atado à sua mulher, ele pode vir a
detestar a irmã – como sempre se detesta uma pessoa que simboliza o fracasso e a
escravidão de alguém.
1920
H.L. MENCKEN- O METAFÍSICO
O METAFÍSICO
Um metafísico é alguém que, quando você lhe diz que dois vezes dois são quatro, ele quer saber o que você entende por vezes, o que significa dois, e o que quer dizer são e por que isso dá quatro. Por fazerem tais perguntas, os metafísicos desfrutam um luxo oriental nas universidades e são respeitados como homens educados e inteligentes.
Um metafísico é alguém que, quando você lhe diz que dois vezes dois são quatro, ele quer saber o que você entende por vezes, o que significa dois, e o que quer dizer são e por que isso dá quatro. Por fazerem tais perguntas, os metafísicos desfrutam um luxo oriental nas universidades e são respeitados como homens educados e inteligentes.
PELO BARULHO
“A maioria
dos leões são católicos. Já as hienas são evangélicas. Dá para perceber pelo
barulho que fazem.” (Leão Bob)
REPREENDIDO
“Hoje fui
repreendido por minha mãe por comer fora de hora. Antes do almoço encontrei um
suricato manco e fiz um lanchinho. Ao meio-dia estava sem fome.” (Leão Bob)
SINCERIDADE
“Não
aconselho ninguém a me levar para casa. Posso garantir que não sou confiável. E
digo que uma das poucas virtudes que temos é a sinceridade.” (Leão Bob)
CORPO PERFEITO
“Essa coisa
de corpo perfeito já está enchendo o saco. Tenho pegado alguns turistas, carne
e gordurinha nada, só ossos.” (Leão Bob)
FAMÍLIA
“Toda família
tem um esquisito. Meu irmão mais novo, por exemplo, não come carne sem sal e
pimenta. É um enjoado.” (Leão Bob)
UM TOURO
Noite adentro
Dia afora
A regra dele
Era o
desregramento
Achava-se um
touro
De ferro era
pouco
Mais de aço
sim senhor!
Então numa
tarde sem aviso
Sentiu por
dentro um bagunçar estranho
E quando deu
por conta
A dona saúde
já ia longe.
AMIGOS DORIL
Caído depois
de um tranco da vida
Às vezes somos
levantados por desconhecidos
Porque certos
amigos sofrem alergia a problemas e somem na curva
Porém
ressalvo que tais amigos sempre enfrentaram bravamente em nossa companhia
Uma gorda
costela na brasa e cerveja gelada.
O MURO
Faz alguns
anos na Vila Marta havia um terreno murado que aguçava a curiosidade dos
moradores e passantes. O muro de mais de dois metros de altura todo caiado de
branco era como se fosse um monumento daquele quarteirão. Uma enorme placa
dizia: “Perigo! Muito cuidado! Não tente pular este muro!” As gentes se
perguntavam o que poderia existir de perigoso por detrás daqueles tijolos
pintados de branco que sabiam não ter moradia. Bichos? Plantas venenosas?
Canibais? Amigos falsos? Comunistas? Parentes do Lula? Então certo dia após uns
goles uns gaiatos resolveram dar fim à curiosidade e pular o obstáculo. Uma
escada foi colocada, e quando dois deles subiram no muro ele ruiu por completo.
No chão, cheio de dores e machucados os dois observaram no meio do terreno uma
pequena placa e nela escrito: “Eu avisei!”
O NOME QUE SALVA
Era madrugada, estava eu parado numa esquina central
esperando por um táxi. O céu todo forrado de estrelas, noite fria e bela. Nisso
dois sujeitos se aproximaram e anunciaram: É um assalto! Não reagi, entreguei a
carteira com documentos e dinheiro. Eles conferiram por cima o montante e
pernas em ação. Logo depois eles regressaram, devolveram tudo e ainda por cima
pediram desculpas. Um deles disse: “Desculpe o malfeito seu Evandro, pois para
nós o senhor é uma autoridade. Uma boa noite!”
Sem demora surgiu um táxi e fui para casa aliviado.
Em tempo, meu nome é Evandro Capeta.
COÇA-COÇA
Estava seu Costa respeitoso na missa
Quando começou o coça-coça nas nádegas
Pobre Costa não sabia o que fazer
Tamanha era a coceira que sentia
Resolveu deixar a missa pé-por-pé
Sob os olhares de reprovação da comunidade
Mas azar foi visto pelo vigário
Que o chamou pra liturgia
Mas como não suportava mais o sofrimento
Mostrou a língua para seus vizinhos
E subiu ao púlpito arranhando a bunda e rindo de alívio.
UMA DÚZIA DE LIÇÕES SOBRE EDUARDO CUNHA, QUE OS PETISTAS ESQUECERAM por Percival Puggina. Artigo publicado em 04.06.2017
A cartilha petista manda atribuir a Eduardo Cunha o impeachment de Dilma Rousseff. Na sequência, como esse evento é considerado o episódio mais sinistro da história do partido, o ex-presidente da Câmara dos Deputados passa a ser descolado do PT e apresentado como encarnação de um belzebu fascista.
Torna-se necessário, então, acender a lanterna sobre certas lições a respeito de Eduardo Cunha que o lulismo jogou para o lado escuro da mente.
1. Cunha elegeu-se deputado federal pelo PMDB em 2003, tendo integrado a base do governo durante os dois mandatos de Lula e o primeiro mandato de Dilma Rousseff. Aliás, já em 2007 ajudou a preservar Dilma, ministra de Minas e Energia, na CPI do Apagão Aéreo. Seria, pois, na condição de aliado e sócio de atividades escusas que apareceria, anos mais tarde, molhado nas mangueiradas da Lava Jato.
2. Os negócios de Eduardo Cunha, portanto, são pixulecos das grandes operações comandadas, entre outros, por Lula, José Dirceu, Antonio Palocci e Guido Mantega. Ele não criou o “mecanismo” (para ficarmos com a expressão de José Padilha (O Globo, 21/02/2017). Foi a operação do “mecanismo” durante o governo petista que o trouxe à ribalta.
3. Em 2014, Cunha considerou chegada a hora de emergir do baixo clero para a cúpula do poder, disputando a presidência da Câmara. Sua candidatura dividiu a base do governo e fez fracassar o projeto do governo, que patrocinava a campanha de Arlindo Chinaglia. Em fevereiro de 2015, ele se tornou presidente da Câmara.
4. A partir desse momento, após longa e frutuosa camaradagem, Cunha passou a ser visto pelo PT como inimigo. Inimigo? “Pero no mucho”, como se verá a seguir.
5. Quando a Lava Jato o exibiu encharcado à opinião pública, Cunha foi à CPI da Petrobras, em março de 2015, mês e pouco após sua posse na presidência da Casa, e negou ter contas no exterior. Essa declaração formal motivou o processo que correu junto à Comissão de Ética e conduziu à cassação de seu mandato. Durante mais de um ano, porém, Cunha manobrou contra a tramitação desse processo usando medidas regimentais e jurídicas.
6. Assim como seu destino estava nas mãos da Comissão, os requerimentos de impeachment de Dilma Rousseff passavam pelas suas. Cabia a ele despachá-los ou não. E eram muitos.
7. Trinta dias após a grande manifestação de 15 de março de 2015, mais de três dezenas desses requerimentos empilhavam-se sobre a mesa de Eduardo Cunha.
8. Foi ele, então, um dos menos dispostos e mais lerdos protagonistas dessa história. Para alegria do PT, freou e retardou tudo o quanto pode, esvaziando as manifestações populares ao longo de 2015. Muito mais eficientes foram os pareceres técnicos da CGU, do TCU e os sucessivos achados da Lava Jato e delações a ela levadas.
9. Cunha preservou sobre sua mesa o cacife com o qual passou a negociar o apoio de que precisava para se safar da Comissão de Ética. Um dos meios usados foi o de impedir o quorum necessário para abertura de suas sessões. Houve um momento, inclusive, em que coube aos deputados do PT tomar essa providência. Inimigos, “pero no mucho”. O PT precisava de Eduardo Cunha.
10. Ao contrário do que o partido pretende fazer crer, Cunha beneficiou em muito o governo Dilma, concedendo-lhe, contra a opinião pública, de fins de março a dezembro de 2015, tempo precioso para fazer a coisa certa e se livrar da pressão política e técnica pelo seu impeachment. No entanto, o PT e a presidente continuaram apresentando sempre mais do mesmo.
11. Cunha, porém, continuou beneficiando Dilma Rousseff. Ao sentir-se perdido na Comissão de Ética, e ainda mais abandonado no plenário, dentre dezenas de requerimentos com igual fim, escolheu o que mais convinha à presidente. O único que nada dizia sobre a Lava Jato. O único que não mencionava a refinaria de Pasadena. Essas omissões, que trouxeram para a ribalta o requerimento de Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaína Paschoal, fizeram com que os debates sobre o impeachment se restringissem àquele fastidioso plano técnico das contas públicas.
12. Em 5 de maio de 2016, uma decisão liminar do ministro Teori Zavascki afastou Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados por considerar comprovado que ele, no exercício de sua função, conspirava contra a Lava Jato. Horas mais tarde, por unanimidade, o pleno referendou a decisão.
Ora, conspirar contra a Lava Jato, declará-la insulto à boa justiça e instrumento maligno da direita raivosa, é, se não tudo, ao menos boa parte das tarefas petistas para esta quadra de sua existência. Pois tal era, na opinião do STF, uma especialidade de Eduardo Cunha, silencioso na prisão, companheiro de tantos, longos e proveitosos anos daqueles que hoje o inculpam por estarem enfrentando as conseqüências do mal que fizeram ao país.
________________________________
* Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.
ENGANO
Há anos
Herneus é proprietário de funerária, na verdade herança do pai. Ele também
é responsável por embelezar os mortos. Maquia os corpos com estilo, deixando o
morto com aparência de quase vivo; sem dúvida um artista dos cadáveres. Mas há
acontecimentos inusitados mesmo para quem lida com gente que não berra. Estava
ele ontem na sala de ajustes maquiando um velho defunto que acabara de chegar quando
foi
chamado ao telefone na outra sala. Voltou minutos depois para dar
continuidade ao trabalho e o defunto havia sumido. Entrou em contato com a
família do dito para informá-los do ocorrido e chamou a polícia. Uma confusão
sem tamanho, ninguém conseguia explicar o sumiço do corpo. A família ficou
alvoroçada e já falava em processar o dono da funerária por negligência. Mas
quem iria roubar um defunto, ou, como um morto poderia fugir? Correndo? Voando?
Horas depois
tudo foi esclarecido: o hospital da cidade informou à polícia que cometera um
engano: o defunto verdadeiro ainda estava no hospital aguardando para ser
retirado. O que eles haviam mandado era um pobre homem anestesiado que
aguardava por cirurgia. Que por sinal fora visto correndo pelado pelo interior
do município.
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