quarta-feira, 24 de maio de 2017

ALUNOS

Dois jovens canadenses de Toronto resolveram fazer o curso superior para corruptos. Terminado o curso foram instados pelo professor para dizer onde iriam demonstrar suas aptidões. Os dois responderam o Brasil. O professor ficou rindo por alguns minutos e após matriculou os dois num curso de pós-graduação. Justificou-se dizendo que o Brasil não é para iniciantes.



“Não existe emagrecer sem subtrair desejos. Palavras de quem conhece.” (Fofucho)
“Sou o homem das massas, dos molhos e de toda família que engorda e satisfaz.” (Fofucho)
“Meu fígado tomou um vareio de costelinha de porco frita que agora não posso ver nem porco vivo sem sentir náuseas.” (Fofucho)
“Meus melhores amigos sempre foram o pudim e sagu.” (Fofucho)
“É horrível. Eu sofro de depressão pós-prato.” (Fofucho)
“Não me fale em regime. Sou um gordo assumido.” (Fofucho)
“Sou um homem de muitas posses. Posses de banha.” (Fofucho)
“O diabo nunca me tenta. Já o pão quente...” (Fofucho)
“A gula é pecado? Se for pecado, é dos bons.” (Fofucho)

BAH!

Com sangue até nos ossos
O assassino pago beija suas crianças
Carrega compras de uma velhinha
E dorme sem precisar contar carneirinhos
Esse é o estágio que atingiram
Alguns seres racionais.

SABER

O que foi dito?
O que deixado de dizer?
Como se veste a soberba?
Mesmo o mais sábio dos homens diante do universo é nada
Certo é que  iremos todos morrer com certezas e dúvidas
Pois para o conhecimento não há limites
E o saber é evolução infinita.

E AGORA?

Passava ele os dias brincando de estar vivo
Deixando o tempo correr solto
Porém desesperou-se diante do vazio futuro
Quando percebeu que o trem da vida já havia passado.


REINO DOS CÃES FELIZES- JANER CRISTALDO

— Ser Humano! Um povo místico elaborou conceitos em torno desta palavra! Como se houvesse algum valor em ser humano! 

Ser Humano! Isto é apenas uma concepção biológica. Eis algo que precisamos abolir tão rápido quanto possível. — Karin Boye, Kallocain Numa sociedade onde as relações entre seus membros tornam-se tão espinhosas, o cão atinge um alto status. Além dos grupos sociais I, II e III, poderíamos acrescentar um IV e V, pela ordem, cães e trabalhadores estrangeiros: Embora a indústria dependa totalmente da mão-de-obra imigrante, o cão possui um status em muito superior ao do trabalhador imigrante. Atualmente, 300 mil operários, provenientes na maioria da Finlândia, Iugoslávia e Grécia, executam nas fábricas, restaurantes e hotéis o trabalho pesado e sujo recusado por Svensson. Se os imigrantes subitamente cruzassem os braços, Volvo e SAAB, para falar só na indústria automobilística, teriam de fechar suas portas. No entanto, Svensson sempre terá mais preocupações com seu cão que com o imigrante. 

“Estranho povo o nosso, observa o escritor contemporâneo Ivar Lo-Johansson, tão preocupado em proteger a natureza, e tão pouco interessado, tão pouco amável em relação aos humanos”. Não surpreende pois que Axel Munthe tenha dedicado O Livro de San Michele “a S. M. a Rainha da Suécia, Protetora dos Animais Maltratados e Amiga de Todos os Cães”. Os direitos autorais do livro são em parte destinados a reembolsar os pastores lapões pelos danos causados pelos ursos aos rebanhos de renas. Assim os ursos ficariam a salvo de caçadas e armadilhas. A constituição — como a de qualquer outro país — garante as mesmas oportunidades a nacionais e estrangeiros, embora jamais se encontre um sueco abrindo buracos na rua ou servindo em restaurantes. 

A economia do país depende do imigrante, mas estes vivem segregados em ghettos, trabalhando às vezes até 16 horas por dia, embalados pelo sonho da vila e do automóvel na volta ao lar. O isolamento é quase total. Uma família de iugoslavos que vivia há 10 anos no país foi entrevistada por professores de um curso de línguas. A mãe não falava o idioma mas disse que seus filhos falavam “fluentemente o sueco, aprenderam com as crianças do vizinho”. Interrogadas as crianças, descobriu-se que estas, além do serbocroata, falavam o finlandês. Em 72, surgiu um jornal — Invandrare (Imigrante) — em sueco, que em verdade preocupa-se mais em informar os deveres dos operários estrangeiros que de defender-lhes os direitos. Dedicadas aos cães e seus cuidados, existem centenas de publicações, desde revistas e jornais até inesgotável literatura especializada. 

Nas bibliotecas e livrarias, ao lado de O Primeiro Bebê, encontra-se O Primeiro Cão, O Primeiro Gato. Nos supermercados, alimentação para cães e gatos, nacional e importada, é consumida paralelamente pelos estrangeiros. Não só por ser mais barata, como também incomparavelmente mais gostosa que certos pratos nacionais, como o surströming e blodpudin (arenque podre e pudim de sangue). Fatos ilustram o zelo dos suecos por seus cães. Em 09.08.72, AFTONBLADET apresenta uma reportagem de última página (5 colunas x 27 cm) sobre um pastor alemão que ficou uma semana encerrado em um canil, num sítio em Eslöv, por descuido da proprietária. Os vizinhos, normalmente cheios de dedos no caso de relacionamento com seres humanos, foram sensibilizados pelos uivos do cão e passaram a alimentá-lo por uma abertura. O animal foi libertado por um comitê constituído pela polícia, inspetor dos serviços sanitários, veterinário e representante da Liga de Proteção aos Animais, de Lund. 

Sua proprietária mereceu o repúdio nacional. Ainda em 72, surgiu — e foi festejada pela imprensa — em Estocolmo a primeira ambulância para animais da Europa. Seu telefone está acoplado ao 90.000, número memorizado por todos mal aprendem a falar, pois atende casos de doença, assalto, suicídio, incêndio e emergências outras. A ambulância não atende apenas cães e gatos, como também raposas, esquilos e texugos feridos nas estradas ou aves marítimas envenenadas pelo petróleo. Olle Larsson, proprietário e chofer, conta que a polícia muitas vezes o auxilia a abrir caminho no tráfego, com sirenes, para um socorro mais rápido aos animais feridos. O amor aos cães tem por vezes conseqüências trágicas — e perturbadoramente sintomáticas. Em setembro 72, um casal de velhos foi esmagado por um carro quando tentava apanhar o cão que lhe escapara em direção à estrada.

 Ambos morreram antes que a ambulância chegasse ao hospital. O cãozinho foi salvo. Mesmo assim, há quem pense ser injusto o tratamento recebido pelos cães. Um leitor escrevia a EXPRESSEN, perguntando por que se mata um cão quando este passa a morder homens, pois afinal, quando um homem mata outro, é condenado à prisão e não à morte. “No entanto, continua o revoltado leitor, ele é muito mais perigoso para a sociedade que o cão. Abaixo a injustiça!” Violeta, uma imigrante argentina, consciente desta psicologia, passou a explorá-la. Ao dirigir-se a Forsäkringskassa ou Socialbyrå para receber seguro desemprego ou assistência social, leva consigo um cão emprestado. Afirma ser atendida com mais rapidez e menos entraves burocráticos utilizando este recurso, pois o funcionário tudo fará para que o cão não passe fome. Esta tendência a dedicar mais afeto aos animais que a seres humanos é uma das chaves para decifrar-se o drama do homem anônimo e isolado das metrópoles super-desenvolvidas. O fenômeno não é exclusivamente sueco, ocorrendo também nos EUA e demais países europeus, tanto mais intensamente quanto mais industrializado é o país.

 Na Alemanha, por exemplo, a lei dispõe que um cão pastor necessita de 12m2 para habitar, enquanto um gastarbeit (trabalhador-hóspede, eufemismo utilizado para designar mão-de-obra imigrante) necessita apenas 8. Analisando este fetichismo do animal, diz Desmond Morris: “Se os seres humanos que nos são mais próximos são incapazes de dar-nos o que precisamos, sempre podemos dar um pulo até à butique de animais mais próxima, e por uma soma modesta, oferecer- nos uma ração de intimidade animal. Pois o animal doméstico possui uma certa inocência, não nos interroga, nem nós colocamos questões a seu respeito. Ele nos lambe as mãos, roça-se docemente contra nossas pernas, enrola-se para dormir sobre nosso regaço, e com o focinho, nos esfrega e aperta. Nós podemos mimá-lo, acariciá-lo, carregá-lo como a um bebê, coçá-lo atrás das orelhas e mesmo abraçá-lo.” Em suma, o animal doméstico é o substitutivo ideal das relações humanas nas sociedades onde a busca de mais e mais standard elimina progressivamente o contato pessoa a pessoa. Afeto todos têm a oferecer, o problema é recebê-lo. O cão aceita incondicionalmente toda e qualquer manifestação afetiva, sadia ou neurótica, expressada em pontapés ou afagos. Daí seu status.

Do livro O PARAÍSO SEXUAL DEMOCRATA- JANER CRISTALDO- 2012

MORADIA

“Toda família deve ter oportunidade de ter a sua moradia e pagar por ela. O pagamento abrirá oportunidade para que outra família também possa. Gratuidade é injustiça com os outros necessitados. De graça só injeção na testa.” (Eriatlov)
“Todo parasita é um estatista.” (Eriatlov)
“Nada como uma boquinha bem remunerada para acalmar um esquerdista radical.” (Eriatlov)
“Eu já fui muito tímido. Tanto que na casa de estranhos só comia de olhos fechados.” (Climério)
“Tornamo-nos o país da explicação. Algo está muito errado.” (Climério)
“Um relacionamento que se expressa entre tapas e beijos tem tudo para terminar em tragédia.” (Filosofeno)


“Às vezes os pais querem tornar o fardo da vida sem peso algum para os filhos. Então acontece que quando precisam carregar algum, eles caem.” (Filosofeno)
“O melhor amigo do homem é a ocupação.” (Filosofeno)
“O sentir é sentir mesmo quando ninguém veja ou saiba. Já o falso quer plateia e desdobramentos favoráveis.” (Filosofeno)


“Os defeitos são mais notados que as virtudes. O lado ruim sempre leva vantagem.” (Filosofeno)


“Lula é apenas um imbecil que é bajulado. Tem o dom da oratória que inflama os idiotas.” (Filosofeno)
“Enquanto os bons ficarem calados em suas casas os maus continuarão fazendo discursos nas ruas.” (Filosofeno)