terça-feira, 24 de maio de 2016

Meu casamento mais duradouro é com as dívidas. Estou nas bodas de ouro.

Em minha casa a primeira vítima da crise foi o porquinho das moedas.

Antigamente quando me chacoalhavam caíam moedas dos bolsos. Agora caem invólucros de bala de banana e clipes achados na rua.

“Se a vida fosse só merengue seria enjoativa demais.” (Filosofeno)

“É claro que já votei em candidatos que se mostraram ruins. Mas somente uma vez.” (Eriatlov)

PAI DESNATURADO

“Com um pai desnaturado que deixa o filho morrer na cruz seria até compreensível se Jesus fosse para o lado do diabo.” (Pócrates)

CINCO ESTRELAS

“Será que o paraíso dos evangélicos é cinco estrelas? Pelo preço das reservas deve ser.” (Mim)

DIABO

“O diabo atormentou a minha infância. Agora faço de tudo para ver seu rabo pegando fogo.” (Climério)

SEXO ANTES

“Se forem condenar todos que fazem sexo antes do casamento ao inferno o universo é insuficiente.” (Mim)

“Se você soubesse como são fabricadas as salsichas não comeria nem mortadela.” (Pócrates)

“Quem lê bula não toma remédio.” (Mim)

“Porres homéricos fazem parte das lembranças eternas.” (Pócrates)

“De que vale ser um morto famoso? Não vale nada. Melhor seu um comum vivo.” (Mim)

FÁBULAS FABULOSAS- O Cruzeiro - 24 de setembro de 1960- No dia em que o gato falou- Millôr




Era uma vez uma dama gentil e senil que tinha um gato siamês. Gato siamês! Gato de raça, de bom-tom, de filiação, de ânimo cristão. Lindo gato, gato terno, amigo, pertencente a uma classe quase extinta de antigos deuses egípcios. Este gato só faltava falar. Manso e inteligente, seu olhar era humano. Mas falar não falava. E sua dona, triste, todo dia passava uma ou duas horas repetindo sílabas e palavras para ele, na esperança de que um dia aquela inteligência que via em seu olhar explodisse em sons compreensíveis e claros. Mas, nada!

A dama gentil e senil era, naturalmente, incapaz de compreender o fenômeno. Tanto mais que ali mesmo à sua frente, preso a um poleiro de ferro, estava um outro ser, também animal, inferior até ao gato, pois era somente uma pobre ave, mas que falava! Falava mesmo muito mais do que devia! Um papagaio que falava pelas tripas do Judas. Curiosa natureza, pensava a mulher, que fazia um gato quase humano, sem fala, e um papagaio cretino mas parlapatão. E quanto mais meditava mais tempo gastava com o gato no colo, tentando métodos, repetindo sílabas, redobrando cuidados, para ver se conseguia que seu miado virasse fala.

Exatamente no dia 16 de maio de 1958 foi que teve a ideia genial. Quando a ideia iluminou seu cérebro, veio logo acompanhada da crítica, autocrítica: “Mas, como não ocorreu isso antes” perguntou ela para si própria, muito gentil e senil como sempre, mas agora também autopunitiva. “Como não me ocorreu isso antes?” O papagaio viu o brilho da dona o seu (dele) terrível destino e tentou escapar, mas estava preso. Foi morto, depenado, e cozinhado em menos de uma hora. Pois o raciocínio da mulher era lógico e científico: se desse ao gato o papagaio como alimentação, não era evidente que o gato começaria a falar? Não era? O gato, a princípio, não quis comer o companheiro. Temendo ver fracassado o seu experimento científico, a dama gentil e senil procurou forçá-lo. Não conseguindo que o gato comesse o papagaio, bateu-lhe mesmo - horror! - pela primeira vez. Mas o gato se recusou. Duas horas depois, porém, vencido pela fome, aproximou-se do prato e engoliu o papagaio todo. Imediatamente subiu-lhe uma ânsia do estômago, ele olhou para a dona e, enquanto esta chorava de alegria, começou a gritar (num tom meio currupaco, meio miau-aua-au (mas perfeitamente compreensível):

- Madame, foge pelo amor de Deus! Foge, madame, que o prédio vai cair. Corre madame, que o prédio vai cair!

A mulher, tremendo de comoção e de alegria, chorando e rindo, pôs-se a gritar por sua vez: - Vejam, vejam, meu gatinho fala! Milagre! Milagre! Fala o meu gatinho!

Mas o gato, fugindo ao seu abraço, saltou para a janela e gritou de novo:
- Foge, madame, que o prédio vai cair! Madame, foge! - e pulou para a rua.

Nesse momento, com um estrondo monstruoso, o prédio inteiro veio abaixo, sepultando a dama gentil e senil em meio aos seus escombros.

O gato, escondido melancolicamente num terreno baldio, ficou vendo o tumulto diante do desastre e comentou apenas, com um gato mais pobre que passava:

Veja só que cretina. Passou a vida inteira para fazer eu falar e no momento em que eu falei não me prestou a mínima atenção.

MORAL: - O mal do artista é não acreditar na própria criação.

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- terça-feira, abril 30, 2013 SOBRE MINHAS OJERIZAS

Pois, Rodrigo, não é que eu vista a roupa de homem comum. Sou um homem comum, inclusive quando leio bons livros e escuto boa música, afinal isto também faz parte da vida do homem comum. Sou homem comum, mas tenho minhas manias. Ou meus princípios, como quisermos.

Minha infância está tomada por Disney. Tenho centenas de horas de leitura de Pato Donald, Mickey, Pateta, Tio Patinhas. Foram revistinhas que me ajudaram no aprendizado da leitura. Aliás, diria que estão na base do aprendizado de todo brasileiro que hoje tenha mais de 60 anos. Ler publicações da Disney quando se é criança nada tem de vergonhoso. Nem mesmo quando adolescente. E mesmo se você, adulto, quiser dar uma repassada nas revistinhas de seus dias de criança, nada demais. Para bom leitor, toda leitura sempre tem sentido. Escrevia há pouco um dos participantes do debate:

- Acredito que uma das qualidades essenciais a um intelectual (ou pelo menos a quem se pretende) seja a capacidade de compreender e refletir sobre as inquietações de seu tempo, bem como ter a sensibilidade necessária para estabelecer relações entre as diferentes manifestações culturais. Quem disse que não é possível escutar ecos de um Goethe ou Kafka em meio às agruras existenciais do Batman ou Hulk?!

Sem dúvida alguma. É o casco da ferradura quando bate na calçada, como dizia Agripino Grieco. São inserções de roteiristas que se pretendem hábeis e querem dar algum verniz de erudição a suas historietas anódinas. Mas Batman ou Hulk não são os foruns adequados para debatermos inquietações de Goethe ou Kafka.

Vou mais longe: claro que se pode fazer uma reflexão inteligente a partir dessas historietas. Bem ou mal, elas refletem idiossincrasias da época. Posso analisar comportamentos da classe média americana a partir do Tio Patinhas ou Pato Donald. Como também a partir dos super-heróis. Ou de qualquer outra historieta ou filme bobo. Já Disneylândia é outra coisa.

Disneylândia é um chamado de consumo, quase um atentado à infância do país. Há escolas que organizam excursões aos parques da Disney e ai da criança que não for. Se sentirá diminuída ante os que foram. Os pais sabem disso e, mesmo que tenham poucas posses, fazem das tripas coração para mandar o rebento aos States. Se você paga cinco ou dez reais por uma revistinha, Disneylândia é mais salgado.

Sim, tenho filha. Poderia morrer chorando, eu jamais a levaria lá. Sou da época em que filhos não mandavam em casa. Se os pais hoje são escravos de seus rebentos, jamais participei nem participo desta filosofia. Ofereceria à minha filha o mundo todo. Jamais a Disneylândia. Isso sem falar em outras manias ianques que abomino. Meus pés jamais pisarão parques temáticos. Há muita coisa linda no mundo fora do roteiro das multidões.

Sou fanzoca de Asterix, que considero literatura e das boas. Em minha biblioteca, ao lado de Tomás de Aquino e Casanova, estão as “obras completas” de Goscinny e Uderzo. Quando em Paris, pensei ir à inauguração do Parc Axterix, em Oise. Pelo que sabia então, até suas ruelas exalavam odores de comida, para estimular o apetite dos visitantes. Recurso besta, mas vá lá. Foi quando soube que era proibido consumir álcool no parque. Querem então que eu, estando na França, coma sem beber vinho? Não fui. Estupidez tem limite e não tenho paciência com coisas estúpidas.

Já viajei por países onde o álcool é proibido. Se é proibido, não serei eu quem desrespeitará a legislação local. Mas na França álcool não é proibido. Enfim, diria que não perdi nada. Literatura é uma coisa e pode ser consumida em casa. Um parque não traduzirá o encanto da literatura.

Desde que me entendo por gente, sou hostil ao que atrai milhões. Inteligência é moeda rara e não existem no mundo milhões de pessoas inteligentes. Daí minha ojeriza a best-sellers e shows que atraem multidões. A multidão máxima que suporto é a de uma sala de ópera. Mais do que isso, espetáculo algum terá minha presença.

Vi outro dia, na televisão, o último Batman. Como o filme foi em prosa e verso cantado, decidi ver o que andam vendo por aí. Filme sem dúvida tecnicamente bem feito, afinal o mercado não pode oferecer qualquer lixo aos consumidores. Mas que ridículo atroz, meu Deus! (Há horas em que viro místico!). Que faz aquele personagem com os músculos do rosto à mostra? Não existem cirurgiões plásticos em Gotham City? O recurso, obviamente, é para chocar o espectador. Resulta ridículo e acaba não chocando ninguém.

Há alguns anos, vi declarações de um produtor americano, explicando por que havia tanta flatulência nos filmes ianques. Dizia que puns fazem adolescentes rir. Como o cinema está sendo dirigido aos jovens, satisfaça-se a estupidez inerente à adolescência. O problema é que barbados buscam tais filmes. Vão ao cinema para rir de flatulências. Pelo jeito, não tiveram adolescência.

Fui um apaixonado pelo cinema. Fiz um ano de curso de cinema na Stockholms Universitet, em cuja cinemateca revi toda a história do cinema mudo. Em meus dias como jornalista na Europa, cobri os festivais de Berlim, Cannes e Cartago. Eram outros tempos, os de Ingmar Bergman, Federico Fellini, Kurosawa, Sam Peckinpah, Costa-Gavras, Buñuel, Visconti. Vivi em uma Porto Alegre que respirava cinema. Sexta-feira, à meia-noite, tínhamos sempre a pré-estréia de algum filme de um cineasta importante. Os sábados eram dominados pela discussão da obra, que percorria a semana toda. Eram filmes que mereciam um debate.

Verdade que também eram os tempos de Godard e Antonioni, cineastas que levaram gerações a ver seus monótonos abacaxis nas salas de cinema. Chatos, mas pelo menos não ridículos como essa safra de blockbusters ianques. Do Godard, fui testemunha de uma gafe genial.

Ocorreu no cine Rex, anos 70, na pré-estréia de Alphaville, de Jean-Luc Godard. O suíço tinha suas idiossincrasias e o público não o entendia muito bem. Em meio ao filme, o detetive Lemmy Caution, interpretado por Eddie Constantin, fuzila alguém com dois tiros na testa. Mais adiante, o fuzilado reaparece, vivo e em plena forma. A platéia estava confusa. Jefferson Barros, crítico então marxista (mais tarde viraria muçulmano. Acontece) , brilhou com sua interpretação. Que não podíamos pensar o cinema godardiano a partir de nossa concepção cronológica de tempo. Que o tempo, para o cineasta, era interior, psicológico, acronológico. Era o tempo de Bergson em a Évolution Créatrice, explorado por Proust em A la Recherche du Temps Perdu e retomado por Joyce, em Ulisses

A tese durou o que duram as rosas. Quando o filme entrou em cartaz, desvendou-se o mistério: na pré-estréia, o operador havia trocado os rolos. A tese do crítico pode ter tido vida breve. Mas era brilhante, sem dúvida alguma. Longe de mim pretender que alguém pense como penso, ou gostar do que gosto. Cada um com seu cada qual. O que não se admite é qualificar como arte embustes que a indústria de Hollywood produz para conquistar platéias. De apaixonado pelo cinema, virei desiludido com o cinema. 

Se um dia atravessei países para ver bons filmes, hoje há anos que não vou em uma sala. Tenho me refugiado no cinema antigo. Revi, nestes dias, Uma arma para Johnny, do Dalton Trumbo, e Freaks, la monstrueuse parade, do Tod Browning. Recomendo aos jovens que curtem blockbusters. É um outro cinema.

Temer bate na mesa e diz que sabe o que fazer no governo: 'Eu tratava com bandidos'



O presidente da República interino, Michel Temer, disse nesta terça-feira a parlamentares de sua base aliada que "não terá compromisso com equívocos" e que os "homens do governo são todos falíveis". Em uma tentativa de demonstrar força, Temer rechaçou ser chamado de "coitadinho", deu um tapa na mesa e disse que já lidou com bandidos quando era secretário da Segurança Pública nos governos dos peemedebistas Franco Montoro e Fleury Filho.

"As pessoas estão acostumadas a quem está no governo não poder voltar atrás, se errou tem que ter compromisso com o erro. Nós somos como JK [Juscelino Kubitschek], não temos compromisso com equívoco. Portanto quando houver algum equívoco, nós reveremos este fato. De modo que... Eu vi aqui, 'ah, bom, mas o Temer está muito frágil, coitadinho, não sabe governar...' Conversa! Eu fui secretário da Segurança Pública duas vezes em São Paulo e tratava com bandidos. Então eu sei o que fazer no governo e saberei como conduzir", disse o presidente. "Agora, meus caros, quando eu perceber que houve um equívoco na fala e na condução do governo, eu reverei essa posição. Não tem essa coisa de não errei, não aceito errar. Posso errar, não tem problema nenhum em errar, mas, se o fizer, consertá-lo-ei."

A fala de Temer ocorreu um dia depois de exonerar o ministro do Planejamento, Romero Jucá, que conversou sobre estancar a Operação Lava Jato com o ex-dirigente da Transpetro Sérgio Machado. Jucá foi a primeira baixa do governo interino depois de apenas doze dias. Ele reassume nesta terça o mandato de senador por Roraima.

Uma das principais críticas à presidente afastada Dilma Rousseff era que ela, até deixar o cargo provisoriamente, nunca assumiu enfaticamente os erros na condução da economia, no modo de governar ou nas escolhas de ministros. Em vez de demitir, Dilma também manteve no cargo os investigados Edinho Silva (PT), ex-tesoureiro da campanha e ex-ministro da Comunicação Social, e Aloísio Mercadante (PT), ex-titular da Casa Civil e da Educação. Assim como Jucá, Mercadante foi gravado em conversa nebulosa sobre como o governo Dilma poderia interferir na Lava Jato, com um assessor do ex-senador Delcídio do Amaral (MS), delator da operação.

No discurso, Temer também afirmou que é vítima de uma série de "agressões psicológicas para amedrontar o governo", mas que "vai cuidar do país". Na véspera, quando pisou pela primeira vez no Congresso, parlamentares do PT o receberam com gritos de "golpista". No fim de semana, movimentos sociais ligados ao partido haviam ocupado a vizinhança da casa dele em São Paulo. "Não temos que dar atenção a isso, temos que cuidar do país. Aqueles que quiserem esbravejar façam-no o quanto quiserem, mas pela via legal e democrática."

Ele disse que respeita a oposição, mas o clima no país mostra que "todos querem testar as instituições nacionais" e atualmente não permite adiamento nas votações de matérias econômicas no Congresso Nacional, como a revisão da meta fiscal.

"Isso revela, aos olhos de quem vê o país como uma finalidade, e não um governo ou um partido político, a absoluta discordância de uma tranquilidade institucional no país", afirmou. "Não podemos permitir a guerra entre os brasileiros, a disputa quase física."

VEJA

“A minha mãe enviuvou e arrumou um baita namorado. Para encurtar a história: o sujeito é mais vadio do que eu.” (Chico Melancia)

“Ando tão fraco que se cuspir mais que duas vezes por hora preciso tomar soro.” (Nono Ambrósio)

“Sofro de tantos males que acho que já passei da terceira-idade. Devo estar na quinta-idade.” (Nono Ambrósio)

“A minha mãe ainda está procurando o filho que ela pediu para Deus. Veio trocado.”(Climério)

Artigo, Ricardo Noblat, O Globo - Os sete pecados capitais de Dilma

O festejado jornalista Ricardo Noblat apresentou, na versão impressa de O Globo e em seu blog, uma análise sobre o comportamento de Dilma nos seus cinco anos e quatro meses de poder. O relato vem recheado por detalhes de situações pitorescas, humilhantes. Os dois mais notórios são o de uma ex-ministra que fez pipi na roupa e o da camareira que enfrentou a presidente em uma “guerra de cabides”. Eis o resumo:

1. GULA - Dilma emagreceu 20 quilos no período de pouco mais de um ano e emagreceu também o país ao fazê-lo mergulhar na pior recessão de sua história desde os anos 30 do século passado. Nem por isso ela deixou de atentar contra o pecado da gula.
Presidente algum, nem mesmo os da ditadura de 1964, se empenhou tanto em concentrar o poder como Dilma o fez. Seu apetite era insaciável. Confiou em poucos auxiliares. E mesmo desses costumava duvidar quando lhe diziam o que não queria ouvir.
Foi uma gerente à moda antiga e, como tal, ineficiente. Na organização de esquerda na qual militou nos anos 70, ganhou fama como tarefeira. Fazia o que lhe mandavam. E só se distinguiu por isso.

2. AVAREZA - O dicionário capenga de Dilma não tem o vocábulo ´elogio´. O que move pessoas, levando-as a superar limitações, é o reconhecimento. Sem ele não se consegue desempenho acima da média.
A maioria dos ministros escolhidos por Dilma destacou-se por sua mediocridade ou falta de iniciativa. Mesmo os melhores acabaram se igualando aos demais por falta de incentivo. Fernando Haddad, atual prefeito de São Paulo, largou o Ministério da Educação. Nelson Jobim deixou o Ministério da Defesa, para não ter que brigar com Dilma.
“Não, você não entende de nada disso”, gritava ela, se a opinião de um ministro ou assessor a contrariasse. Certa vez, de tão assustada com o que Dilma lhe disse, uma ministra da área social fez pipi na calça, em plena reunião ministerial.

3. LUXÚRIA - O desejo egoísta por todo o prazer corporal e material está longe de marcar o desempenho de Dilma como presidente. Mas a vontade de sentir-se superior em relação aos semelhantes é também uma forma de luxúria. Humilhou Geddel Vieira Lima, então ministro da Integração Nacional, num encontro dos dois com Lula.
Desde que eleita, exigiu ser tratada como “presidenta” e, para tanto, até sancionou uma lei (nº 12.605/12), que só faltou ter a fotografia dela, ao determinar o emprego obrigatório da flexão de gênero para nomear profissão ou grau em diplomas.
Expulsou um general do elevador privativo do Palácio do Planalto. Fez chorar José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras. E deixou em pânico o jardineiro do Alvorada ao culpá-lo pela bicada de uma ema no cachorro que ela ganhara de presente de José Dirceu.


4. IRA - Um dos ministros do governo inicial de Dilma anotou os frequentes surtos presidenciais. Quando ele já colecionava 16 episódios em dois anos, desistiu, porque a ira já havia se banalizado. Dentre eles, o que ficou conhecido como “A guerra dos cabides”.
Irritada com a arrumação do seu guarda-roupa no Alvorada, a presidente começou a jogar cabides em Jane, a camareira. Esta reagiu jogando os objetos de volta. A servidora acabou demitida, mas depois foi presenteada com outro emprego, em troca do seu silêncio.

5. INVEJA - A inveja de Lula responde por uma série de atritos que Dilma teve com ele, prejudicando seus governos. Logo de saída, tentou mostrar que não seria tolerante como Lula fora com os suspeitos de corrupção. Considerava-se a “faxineira ética”, capaz de demitir sete ministros em menos de um ano. Nos anos seguintes, aconselhada por Lula, ela readmitiu alguns e empregou representantes dos outros para garantir apoio à sua reeleição. Descumpriu um pacto, não escrito, assumido com Lula que permitiria o retorno dele à presidência em 2014.

6. PREGUIÇA – Não fugia de longos expedientes e de meter-se em tudo, inclusive no que não deveria. A preguiça de Dilma foi a de não ouvir, não conversar, não trocar ideias e não gostar de conviver com pessoas. Dilma é uma mulher solitária; amava o pai; não se dá bem com a mãe.
Quando a Câmara aprovou o impeachment, o ministro Jaques Wagner sugeriu a Dilma que ela telefonasse para cada um dos 137 deputados que haviam votado a favor dela, a quem entregou a lista dos 137 com pelo menos dois ou três números de telefone de cada um. Destacou quatro telefonistas para as ligações. Dilma não quis. Entrementes, Temer telefonou para todos os 367 deputados que votaram a favor do impeachment. Muitas razões explicam a queda de Dilma, mas talvez a principal seja o fato de ela não gostar de ninguém e de ninguém gostar dela.

7. SOBERBA - Desprezou os políticos em geral, e a maioria deles em particular. Evitou aproximar-se deles e recebê-los. Tratou-os como cargas que era obrigada a carregar. Um exemplo: há mais de três anos o ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pede, sem sucesso, para ser recebido por ela. Diante do risco de a Lava-Jato bater à sua porta antes da reeleição, Dilma divulgou uma nota que afastava qualquer culpa dela, mas que deixava Lula exposto à suspeita de que a roubalheira na Petrobras fora obra dele, sim.

Pode ter sido. Mas pode ter sido de Dilma também. Por mais que a soberba a impeça de reconhecer, ela e Lula estarão ligados para sempre pela história do país.

Do blog do Políbio Braga

“Tive uma infância bem miserável. Enquanto os amiguinhos chupavam picolé eu chupava o palito.” (Climério)

Semblante sério

“Um semblante sério pode não dizer nada. Por detrás dele talvez se esconda um falsário ou coisa pior.” (Filosofeno)

"Podem esbravejar"

Michel Temer disse que, como vice-presidente, ele é consequência da Constituição. E que a sua interinidade não significa que o país deve parar Também deu recado ao PT: "Quem quiser esbravejar, o faça quanto quiser, mas dentro das vias legais".

O Antagonista

“Sobre o muro navegam os oportunistas e os sem coragem.” (Mil)

“A oposição no Brasil se resume a um quinteto. O resto joga no time das boquinhas.” (Eriatlov)

O problema da corrupção brasileira é a Maria-Vai-Com-Outras. Maria roubou então eu também posso. E por favor, não me apontem o dedo!

O EREMITA COLOCOU UMA FAIXA NA ENTRADA DA SUA CAVERNA: Dilma calada já é uma calamidade. Falando e tentando pensar é um desastre completo.

Sergio quem?

Indagado por que bancou Sergio Machado presidindo a Transpetro por 11 anos, Renan Calheiros desconversa. Só falta negar que o conhece.

CH

Apoiamos

 Voto Distrital;
 Parlamentarismo;
 O fim do foro privilegiado;
 O enxugamento do estado;
 A privatização das estatais.

GAZETA DO ARROTO BOLIVARIANO- Coca-Cola paralisa produção na Venezuela por falta de açúcar

TRIBUNA DO BOM- Moro cobra postura mais ativa do governo contra corrupção: 'Não interferir é obrigação'

Juiz federal afirmou que as reiteradas declarações do governo de que não vai interferir na Justiça são insuficientes.

NÃO É PIADA- Cortes no orçamento podem deixar Aneel, a agência da energia, sem luz



A Aneel, agência responsável por regular o setor elétrico, vem sofrendo com o contingenciamento de recursos do governo federal e, se nada for feito, pode ficar sem dinheiro para pagar a conta de luz de suas instalações em pouco tempo, disse nesta segunda-feira o diretor da autarquia Tiago de Barros Correia.

Correia alertou para situação difícil enfrentada pelo órgão e a classificou como desesperadora. O contingenciamento é uma tentativa do governo de fechar suas contas.

"Do jeito que está na Aneel, a gente não fecha o ano e vai ter que interromper o serviço, mas daqui a dois meses a gente não tem dinheiro para pagar a conta de luz. O grau de desespero é este ano", disse o diretor da Aneel a jornalistas em evento de energia promovido pela Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro.

O órgão, que é responsável por controlar a qualidade dos serviços prestados pelas distribuidoras e pela frequência do abastecimento, entre outras atribuições, pode ainda ficar sem verba para realizar uma das suas atividades, que é a fiscalização do sistema elétrico brasileiro. "A Aneel precisa de uma resposta até o mês de junho para não interromper mais serviços", disse ele, que aguarda a votação nesta semana da meta fiscal para 2016.

Para custeio de suas atividades em 2016, a Aneel estimou orçamento de 200 milhões de reais. Entretanto, o governo aprovou a metade do valor. Por meio de emendas parlamentares para Ouvidoria e Fiscalização, o valor foi ampliado para 120 milhões de reais.

Posteriormente, o decreto 8.760/16 reduziu o orçamento para 90 milhões de reais, e em abril, o decreto 8.700/16 restringiu o orçamento da agência a 44 milhões de reais, segundo documento da própria Aneel.

A agência vem tentando desde o início do processo de contingenciamento, sem sucesso, autorização do governo para acessar um fundo de contingência de 2,5 bilhões de reais. O fundo foi criado para situações orçamentárias complicadas como a atual, tendo sido alimentado com repasse de superávits acumulados pela Aneel nos últimos anos.

No início do mês, a agência informou que, em função de contingenciamento orçamentário, já havia suspendido alguns serviços de sua central de teleatendimento.

(Com Reuters)

OS PROBLEMAS DO QUADRÚPEDE VENEZUELANO

Os problemas que infernizam Maduro vão além da insatisfação popular. Seu veterinário particular o proibiu de comer mais que três quilos de alfava por dia. O quadrúpede é uma irritação só.