sábado, 11 de abril de 2015

“Não faz muito tive uma ataque de petulância e convidei uma mulher de 30 para sair comigo. Ela aceitou. O que aconteceu? Ora, eu fugi para outra cidade.” (Nono Ambrósio)

“Estou beirando os oitenta. Minhas paixões agora são os analgésicos.” (Nono Ambrósio)

“Alguns cobiçam a mulher do próximo. Outros, a propriedade.” (Eriatlov)

IMB- A democracia do patíbulo

"Dilma foi reeleita por culpa daqueles que se abstiveram de votar!  Eles poderiam ter decidido a eleição!"
"Quem não vota não tem o direito de reclamar!"
"Cidadãos conscientes têm de escolher o destino do seu país, e este se dá por meio da urna!"
"Vamos para as ruas!"
As frases acima, vociferadas por pessoas até bem intencionadas, mostram bem o caráter divisor (o famoso "nós e eles") que predomina em uma democracia, sem dúvida o regime mais superestimado da história.
Um regime que vê na "vontade da maioria" um exemplo de modernidade, prosperidade e respeito aos direitos individuais é, na melhor das hipóteses, incoerente; na pior, representa um atentado aos direitos de propriedade, inclusive dos mais pobres.
Na democracia, sempre haverá aqueles que quererão que seus estudos, sua saúde, sua segurança, seu transporte, seus subsídios, seu assistencialismo sejam pagos "pelo estado", o que, na prática, significa "por outros que não eu".
Como explicou Hans-Hermann Hoppe:
Dado que o homem é como ele é, em todas as sociedades existem pessoas que cobiçam a propriedade de outros.[...] 
Quando a entrada no aparato governamental é livre, qualquer um pode expressar abertamente seu desejo pela propriedade alheia.  O que antes era considerado imoral e era adequadamente suprimido, agora passa a ser considerado um sentimento legítimo.  Todos agora podem cobiçar abertamente a propriedade de outros em nome da democracia; e todos podem agir de acordo com esse desejo pela propriedade alheia, desde que ele já tenha conseguido entrar no governo.  Assim, em uma democracia, qualquer um pode legalmente se tornar uma ameaça.
Consequentemente, sob condições democráticas, o popular — embora imoral e anti-social — desejo pela propriedade de outro homem é sistematicamente fortalecido.  Toda e qualquer exigência passa a ser legítima, desde que seja proclamada publicamente.  Em nome da "liberdade de expressão", todos são livres para exigir a tomada e a consequente redistribuição da propriedade alheia.  Tudo pode ser dito e reivindicado, e tudo passa a ser de todos.  Nem mesmo o mais aparentemente seguro direito de propriedade está isento das demandas redistributivas. 
Pior: em decorrência da existência de eleições em massa, aqueles membros da sociedade com pouca ou nenhuma inibição em relação ao confisco da propriedade de terceiros — ou seja, amorais vulgares que possuem enorme talento em agregar uma turba de seguidores adeptos de demandas populares moralmente desinibidas e mutuamente incompatíveis (demagogos eficientes) — terão as maiores chances de entrar no aparato governamental e ascender até o topo da linha de comando.  Daí, uma situação ruim se torna ainda pior.
Essa mentalidade explica por que partidos de esquerda obtêm sucesso nas eleições.  
Só que sempre pode chegar o momento em que aqueles que são obrigados a sustentar esse arranjo se cansam da espoliação e, impelidos por uma eventual deterioração das condições econômicas, decidem protestar mais veementemente contra o governo, exacerbando ainda mais os problemas inerentes da democracia.
Mas esse fenômeno, observado atualmente no Brasil, é apenas um efeito colateral da democracia.  O grande e real problema da democracia — abordado em vários artigos deste site — é que tal regime representa uma forma de controle quase que total sobre os indivíduos e sobre suas respectivas propriedades. 
Pior ainda: tal totalitarismo vigora sob o verniz da legitimidade política, o que permite àqueles que estão no poder — e, por conseguinte, aos seus defensores ideológicos — cometerem o maior número possível de atentados aos direitos dos indivíduos.
A democracia do patíbulo
Um pequeno júri de uma cidade condena um indivíduo à morte pelo "crime" de sonegação fiscal.  Ele não estava "compartilhando sua riqueza" como deveria.  A maioria da população não aprova a severidade da punição, mas nada pode fazer contra, pois é a lei.
O "criminoso" é então enviado ao patíbulo, prestes a ser executado.
O carrasco lê a sua sentença da seguinte maneira:
- "O senhor será condenado à morte por meio de uma votação, da qual o senhor terá o direito de participar. Há 4 formas possíveis de morrer: enforcado, queimado, decapitado ou crucificado.  Haverá uma primeira votação, ao fim da qual as duas maneiras mais bem votadas irão para um segundo turno de votação, na qual será decidida a forma de sua execução."
O condenado pensa: "Prefiro morrer decapitado.  É uma morte mais rápida e indolor."
Começa a votação. Todas as pessoas da vizinhança são obrigadas a votar neste espetáculo escatológico, inclusive o condenado.  A ele também é dado o direito de fazer lobby e tentar convencer as pessoas a votarem na execução que mais lhe agrada — ou, melhor dizendo, na que ele considera a menos dolorosa.
Acaba a primeira votação.
1ª) Crucificado:  35% dos votos válidos
2ª) Queimado: 24% dos votos válidos
3ª) Enforcado: 22% dos votos válidos
4) Decapitado: 19% dos votos válidos
Muitas pessoas não votaram, ou por serem contra a pena de morte ou por considerarem qualquer uma das quatro penas cruel demais.  A votação, portanto, é efetuada apenas por aquela fatia da população mais adepta da crueldade.  
A votação é validada e comemorada como a 'festa do povo'.
E a maneira menos dolorosa de morrer foi fragorosamente derrotada.
É então dada a largada para o segundo turno da votação.
Só que agora, tanto o condenado quanto todas as outras pessoas que não escolheram nenhuma das duas opções de execução que restaram na cédula de votação — ou seja, 41% dos eleitores que votaram (em enforcamento ou decapitação) e mais todos os outros que não votaram — terão justamente de escolher entre duas formas de morte que claramente desprezam.
Novamente, é dado ao condenado o direito de fazer lobby pela forma de morte que ele menos abomina.  No entanto, compreensivelmente, o homem decide não fazer. Nenhuma das duas formas de execução "escolhidas pelo povo" é do seu agrado, de modo que ele não vê sentido em despender energia apoiando uma ou outra.
Realizada a segunda votação, o resultado se segue:
1ª) Queimado: 52% dos votos válidos
2ª) Crucificado: 48% dos votos válidos
Novamente, houve uma grande quantidade de pessoas que não votou, por motivos similares aos da primeira votação. 
Mas, dessa vez, o condenado se incluiu entre os não-votantes.
A sentença é deferida e a 'festa do povo' é celebrada pela mídia local.
E a fogueira começa a ser preparada.
O réu, compreensivelmente, protesta contra uma clara violação do seu direito de não ser submetido a algo que ele não escolheu.  Mais ainda: ele protesta por não estar sendo submetido à opção "menos ruim" que lhe foi apresentada (a decapitação).
O carrasco então lhe pergunta: "Se o senhor não queria ser queimado, por que não votou na crucificação?"
Ele responde: "Porque eu preferia ser decapitado, ora! Não queimado ou crucificado!"
O carrasco rebate: "Sim, mas a decapitação perdeu, foi a escolha do povo.  E a voz do povo é a voz de Deus.  Foram lhe dadas mais duas opções e você não escolheu nenhuma. Portanto, seu destino ficou nas mãos do povo.  E o povo sempre sabe escolher o que é melhor."
— "Mas eu nem conheço essas pessoas!", exclama o condenado.
— "Olha só: se o senhor quer reclamar de alguém, reclame dos que não votaram. Essas pessoas poderiam ter mudado o seu destino, mas não fizeram nada. Escolheram não votar também. Bote na conta delas a culpa de você estar sendo queimado!"
— "O voto delas me faria ser decapitado?"
— "Não, a decapitação perdeu na primeira votação".
— "Então, me faria escapar da morte?"
— "Não, ora! Você iria morrer de qualquer jeito. Só teria que escolher a forma, e de maneira livre e democrática.  Veja que privilégio!"
O condenado explode:  "Então, como diabos você acha que os votos de quem não votou em uma eleição 'livre e democrática' para decidir algo contra a minha vontade poderiam me ajudar?!"
O carrasco olha para ele de forma incisiva e diz: "Boa. Escreverei isso na sua lápide".
Da metáfora à realidade
O mais assustador da metáfora acima é que ela é muito mais branda do que a nossa realidade democrática.  Exatamente: ela é muito mais branda.
Na metáfora acima, tanto as pessoas que não votaram quanto aquelas que votaram, mas cuja opção foi a derrotada, não sofreram nenhuma consequências.  Suas vidas continuaram rigorosamente as mesmas, pois o único afetado foi o condenado. 
Já no nosso sistema democrático, tanto os que não votam quanto aqueles que votam e perdem sofrem as consequências da eleição de alguém que não queriam.  Não apenas sua propriedade é afetada, como também elas se tornam obrigadas a viver sob políticas das quais discordam — e muitas vezes abominam.
É difícil conceber um arranjo político mais instável, anti-social e propenso a explosões do que esse.
As pessoas que irão às ruas neste próximo domingo para protestar contra o governo são aquelas que se sentem como o condenado da metáfora: ao passo que o condenado foi obrigado a aceitar uma execução que ele não quis, tais pessoas estão se vendo obrigadas a viver sob um regime comandado por um carrasco que não foi escolhido por elas e de cujas políticas elas discordam.
Só que, assim como o condenado queria apenas troca do método da execução, boa parte dessas pessoas está apenas pedindo a troca do carrasco.  E de nada adianta apenas trocar o carrasco se o patíbulo democrático continuar intacto.
A única maneira de o patíbulo democrático deixar de produzir resultados que são contra a vontade da maioria das pessoas (lembrando que o número de abstenções, de votos brancos e nulos e de votos em outro carrasco é sempre maior do que o número de votos obtidos pelo carrasco vencedor) é convencendo essas pessoas a se separar desse regime.
E a solução mais viável é a secessão.
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Leandro Roque contribuiu para este artigo. 



Luciano Rocha é Coach, planejador financeiro e coordenador estadual do Estudantes Pela Liberdade do estado da Paraíba.

ARTIGO, RICARDO NOBLAT, O GLOBO - O GOVERNO CHEIRA MAL. APODRECEU.

Astuciosos, esses procuradores da República que investigam corrupção no governo. E gozadores.

Quando os políticos em geral, e alguns em particular, pensavam que haviam sido deixados em paz, uma nova fase da Operação Lava-Jato, com o nome de “Origem”, resulta na prisão de três ex-deputados.

Um deles, Pedro Corrêa (PP-PE), já cumpria prisão domiciliar por ter sido condenado como mensaleiro.

A prisão de Pedro reforça o que a Lava-Jato deixa transparecer desde o seu início: o que muitos preferem chamar de “petrolão” é filho legítimo do mensalão.

O parentesco resta provado porque a origem dos dois escândalos é a mesma – o pagamento de propinas para políticos e o financiamento de campanhas eleitorais. Ou o Caixa 2 dos partidos.

Há muito mar ainda a ser navegado, segundo um dos procuradores. A Lava-Jato está mal começando.

A presidente Dilma, como de hábito, precipitou-se e, anteontem, em visita a Duque de Caxias, no Rio, anunciou que acabara a limpeza na Petrobras. Que a empresa havia se livrado dos que a assaltaram.

Pois sim. Só quem pode dizer que acabou a sujeira na Petrobras é quem a investiga. Dilma não manda no Ministério Público.

Curioso é que ela tenta vender a ideia de que só aparece corrupção porque seu governo se dedica a combatê-la. Mas logo que pode, tenta abortar investigações que lhe são incômodas.

Somente nesta semana, o governo conseguiu abortar a instalação de duas CPIs no Congresso destinadas a apurar suspeitas de corrupção em fundos de pensão e no BNDES.

Ora, porque o governo agiu assim? Por que sabota a CPI da Petrobras? Por que sabotou no ano passado duas CPIs da Petrobras?

Roubalheira na Petrobras. Na Receita Federal. No Ministério da Saúde, Na Caixa Econômica Federal.



O governo apodreceu. Cheira mal.

Para descontrair da carantonha da Dilma- A VIDA DE BRIAN- ...Rio sempre que vejo.Não tem como.

Vamos pra rua amanhã! Chapecó não vai se calar para os corruptos! 9 horas da manhã na Praça Coronel Bertaso.

ENGAIOLADO


 O domingo era de sol. Poucas pessoas estavam na praça naquela hora. Enquanto o pipoqueiro gritava, o guarda municipal dormia num banco sombreado. Um pombo manso catava milho pela calçada. Crianças brincavam na areia com seus baldes e pás. Era um domingo normal,como outro qualquer já passado. Foi quando passou por mim um pássaro enorme com um homem engaiolado .O homem preso não gritava,não cantava. Através das grades de sua prisão vi apenas duas lágrimas caindo dos seus olhos. O pássaro proprietário parecia feliz.

O DIVINO IMPERADOR

O DIVINO IMPERADOR


O Divino Imperador, cheio de pompa e cercado por duas centenas de guardas caminhava pela Avenida Imperial próximo do povo. Nas esquinas e praças, estátuas e fotos do ungido celestial. Sorria e acenava para seus súditos, adornado de diamantes e ouro; era adorado como um deus, todos se curvavam diante da sua presença. Naquele dia quando pisou nos primeiros degraus que o levariam ao palácio real o inusitado aconteceu: o Divino Imperador soltou gases e não foi só isso: cagou-se todo! No meio da multidão um republicano não se conteve e gritou: “Divino que nada! Cagou-se! Humano, demasiado humano!” Foi enforcado.

Oliver: ‘Depois do canalha, o resto é só pernada’

VLADY OLIVER
Ativo leitor deste elegante espaço de contendas, posso afirmar que existe um timing na política que é muito semelhante a um erro que se comete com muita frequência em certas emissoras de tevê. Os diretores se cansam de suas chamadas muito antes do telespectador ter visto sequer uma vez. É o tal “água mole em pedra dura tanto bate até que molha o seu sapato”.
Uma discussão qualquer também é regida por estas jocosas noções de limites, onde a temperatura vai subindo de acordo com a troca de impropérios, da linguagem utilizada e entendida pelos interlocutores e uma serie de avaliações feitas no momento da pendenga, para que ambos saibam quem vai ganhar ao desferir o primeiro soco.
Nas civilizações modernas, cheias de artes marciais, discursos marxistas-leninistas, atitudes politicamente corretas e outras tantas dissimulações para as vias de fato, a discussão é um desfilar interminável de cacarejos e muxoxos que vai esquentando ou amornando de acordo com as intenções dos oponentes, mas que vai deixando suas sequelas no respeitável público espectador.
Foi difícil diante do tal “clamor popular” – que não passava de uma calhordice alimentada pela “mídia cumpanheira” e por consideráveis fatias socialistas de uma imprensa covarde, deslumbrada e acocorada – enxergar a verdade por trás da mistificação barata de um Lula e sua gangue que ninguém prende.
Foi. Uma vez detonado o processo, tal como uma briga que já passou para as agressões verbais em vez de argumentos, não mais adianta tapar o sol com a peneira velha do esquerdismo tacanho, que a plebe rude já não engole facilmente desculpas esfarrapadas e mentiras edulcoradas que não aliviam o bolso de ninguém.
Sempre soube, como nos legou Margareth Thatcher, que o socialismo embusteiro dessa gente só ia até o fim da grana fácil e o roteiro da canalhada jamais me deixou mentir. Cofres vazios, terra arrasada e país rapinado, quero ver se as tais “instituições democráticas” terão bala na agulha para prender os meliantes e repatriar o dinheiro todo.
O fato é que o plantador de postes na administração pública já não conta com a falácia do “apoio popular” para turbinar seus próximos passos. É um bandido comum, se é que a camarilha que o cerca não se tenha dado conta disso. Pode ser preso, algemado e acabar seus dias na mesma cela com latrinas sem divisórias que tanto horrorizou jornalistas mancomunados com a quadrilha.
Basta, para isso, que haja vontade nesse bando político de fazer a coisa certa, didática, e instrutiva, demonstrando cabalmente que, num país que presta, com uma democracia que presta, o crime efetivamente não compensa. Até agora compensou. Querer que o carcamano volte por cima da carne seca, no entanto, é esperar demais de nosso pobre povo explorado de sempre.
Eles podem até ser burros, mas tem o bolso no mesmíssimo lugar dos espertos. Vai roubando a patuléia para você ver onde vai parar.  carcamano. O ditador do Araque e o irmãozinho líbio Muammar que o digam.

Caio Blinder- Rabiscos humanitários (Arábia Saudita)

Uma família vítima da barbárie institucional saudita

A barbárie jihadista praticada por grupos como Estado Islâmico, Shabab e Boko Haram ganha manchetes. É a barbárie do islamismo político em ação. Nunca, porém, podemos esquecer da barbárie institucional do islamismo político praticada por países como Arábia Saudita e Irã. O confronto entre sunitas e xiitas exige análises cerebrais e rabiscos estratégicos como as que eu tenho me aventurado a fazer. Não quero, porém, relegar a dimensão meramente humana no cenário desolador e não falo apenas da tragédia em larga escala em zonas de guerra como no Siraque ou agora no Iêmen. Eu falo da tragédia individual.
Já escrevi sobre o saudita Raif Badawi. Quero martelar no assunto, dar mais uma chibatada. Asilada no Canadá, Ensaf Haidar acaba de publicar um texto sem floreios sobre o seu marido, preso desde 17 de junho de 2012. Ela o define como “pai dos meus três filhos, meu melhor amigo, homem de princípio e um respeitado ativista”.
Em 2008, Raif lançou um blog para discutir abertamente religião, política e questões sociais. No entanto, o preço na Arábia Saudita para exercer uma atividade tão prosaica é exorbitante, é doloroso. Raif foi condenado por insultar o Islão. Em um espetáculo de crueldade, em janeiro passado, ele foi submetido a 50 chibatadas. Ainda tem uma dívida de mais 950, além de mais sete anos de prisão.
A barbárie quem sabe não acabe por aí. Recentemente, Ensaf Haidar soube que existem esforços para levar Raif novamente a julgamento sob acusação de apostasia, por ter renunciado ou abandonado o islão. Pela lei saudita, tal acusação é punível com morte, normalmente decapitação. Pelas informações recebidas pela família, a Corte Suprema da Arábia Saudita remeteu o caso de Raif para o mesmo juiz que o sentenciou a dez anos de prisão e às 1000 chibatadas. E este juiz já solicitou duas vezes que Raif seja acusado de apostasia.
Com o clamor internacional, de muitos governos e da opinião pública, Raif não foi flagelado por 11 semanas consecutivas. Mas nunca se sabe quando o ritual bárbaro será novamente colocado em prática. As chibatadas da pressão global não podem cesssar. Publicamente, a Casa Branca não se manifesta (ao contrário de 60 congressistas americanos que mandaram carta para o rei saudita).
Ensaf Haidar escreve que, antes de sua prisão, Raif escreveu: “Nós queremos a vida para aqueles que desejam a nossa morte. E queremos racionalidade para aqueles que querem ignorância para nós”.
Devemos desejar que Raif viva, que não seja mais flagelado por ser uma luz contra as trevas e que sua mulher e três filhos possam voltar a uma Arábia Saudita diferente.
***

J. R. Guzzo: ‘A marcha da insensatez’

Publicado na revista Exame
J. R. GUZZO
Vai terminando o verão do descontentamento. como terminará o outono que se abre aí à frente? Há mais de 20 anos, desde os tempos de anarquia do infeliz governo de Fernando Collor, o Brasil não vivia um período tão longo de desencanto com o dia a dia, desgosto pela autoridade de quem está na Presidência da República e desprezo pelo que é percebido, cada vez mais, como sua pura e simples incapacidade de governar.
Num espaço de alguns poucos dias, o país assistiu às maiores demonstrações públicas de condenação a um governo já registradas na memória nacional, à pior queda em sua avaliação nas pesquisas de opinião e à extravagante demissão de um ministro de Estado que resolveu, por conta própria, declarar guerra à Câmara dos Deputados.
Pouco antes, na mesma cadência de uma desgraça a cada dia útil, ou o equivalente a isso, a presidente Dilma Rousseff tinha sido esmagada numa disputa irracional pela presidência da Câmara; seu adversário era o candidato desejado não pela oposição, mas pelo principal partido de apoio ao governo. O Senado Federal lhe enviou de volta o texto de uma mensagem de medida provisória que fazia parte das prioridades econômicas do Palácio do Planalto.
O monumental escândalo de corrupção da Petrobras produz tensão contínua no noticiário cotidiano. Os dados econômicos, um após o outro, são uma sequência de derrotas. O ano mal completou três meses e já está certo que haverá recuo da economia em 2015, depois do “crescimento zero” de 2014. A inflação dá sinais ruins, o dólar não para de subir e o “pleno emprego” foi para o espaço. Há outras coisas, ainda; mas não é preciso ficar pendurando mais roupa nesse varal para constatar que o barômetro do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff tem registrado mau tempo fixo desde o dia da posse, e mesmo antes, logo após sua vitória nas eleições de outubro último.
É um fenômeno, sem dúvida – ninguém se lembra de algum outro caso de presidente, governo e partido que tenham entrado em decadência instantânea após ganhar uma reeleição. Mas também não se trata de nenhum enigma. Está tudo dando errado, agora, porque tudo foi feito em favor do erro nos quatro últimos anos de governo. Na verdade, nada deu certo desde que Dilma assumiu a Presidência em janeiro de 2011; alguém é capaz de citar três coisas realmente boas, ou duas – vá lá, uma só -, que possam ser claramente atribuídas à atual gerência do Brasil?
Esteve sempre muito claro, e foi dito diversas vezes, que durante esse tempo todo o governo praticamente não parou de gerir o país com desejos em vez de realidades, recusou-se a aceitar fatos econômicos elementares e transformou superstições ideológicas em política de Estado. Abandonou áreas inteiras da administração pública a aglomerados “de esquerda” que se imaginam capazes de acabar, no curtíssimo prazo, com o capitalismo neste país. Desde o primeiro dia foi preguiçoso para pensar, hostil à troca de ideias e amador na execução de suas obrigações. Com o século 21 já em sua segunda década, pensa como se vivesse em 1950. Não ouve ninguém. Não tem culpa de nada.
A desordem diária que o Brasil vive hoje, na política, na economia e nos atos do governo, é o resultado inevitável dessa marcha rumo à insensatez. A presidente e seu entorno, ao que parece, não estão percebendo o que acontece no mundo das realidades – e isso, obviamente, não prenuncia nada de bom para o outono, ou para o inverno, ou para qualquer estação que venha adiante. Dilma nem sequer admite que possa haver alguma coisa realmente errada com seu governo; no máximo, e com muita hesitação, sugere que talvez tenha havido algum engano quanto à dosagem das medidas tomadas ao longo de seu governo.
Não está vendo nem a árvore nem a floresta. Como esperar uma mudança firme de rumo, capaz de devolver ao governo a capacidade de governar, se a presidente não consegue ver onde está, muito menos para onde está indo? Não há, por enquanto, nenhuma resposta à disposição do público em geral.

A DAMA DE LATA COM O RABO EM CHAMAS- Datafolha: 63% apoiam processo de impeachment

QUE MAL ESTE HOMEM FEZ?- Dilma se encontra com criador do Facebook no Panamá

“Você já percebeu que não existe aeromoça feia? A beleza delas serve para que medrosos como eu se distraiam.” (Climério)

SURPRESA

SURPRESA
Tarde amena. O homem olhava pela janela do apartamento que visitava interessado em comprar. Estava ele no décimo andar. Observava no prédio vizinho uma mulher que se despia em frente do espelho. Logo surgiu um jovem que começou a beijá-la. Cheio de curiosidade continuou olhando para ver no que dava. O casal foi pra cama, ele ainda vestido, mas já tirando a roupa. Resolveu o comprador ligar para sua mulher e contar o que estava vendo. Neste momento a mulher nua largou o jovem e apanhou na bolsa o celular que tocava. Ele então amiudou os olhos para observar melhor àquele corpo pelado que bem conhecia.


CANSADO

Miniconto- CANSADO 

 Naquele dia Arnaldo estava um traste. O céu era marrom, a saliva tinha fel. Queria um abismo só para chamar de seu. Chegou em casa e foi direto para o canil. Mandou o Duque para dentro da residência e se deitou na morada do cão. Espreguiçou-se, lambeu os beiços e passou a roer um osso. Antes da meia-noite já estava latindo para os passantes.

GADO

GADO

Não esmorecer
Não ceder
Trabalhar
Estudar
Vislumbrar o futuro
Fazer e não esperar acontecer
Ser luz e não escuridão
Não aceitar ser apenas mais um quadrúpede no curral.



“Desejo para meus inimigos vida longa, prosperidade e distância.” (Climério)

“Em casa de cozinheira ruim quem engorda é o cachorro.” (Mim)

JOGANDO FORA O EXCEDENTE

*Um cubano, um francês, um americano e um advogado americano estão viajando em um trem. O cubano começa elogiando uma de sua nação produtos mais famosos.

     "Em Cuba", diz ele, "nós fazemos melhores charutos do mundo. Além disso, os fabricamos em tal abundância que podemos desperdiçá-los  sem problemas". Dizendo isso, ele joga o charuto pela janela do trem em alta velocidade.

     O francês responde: "Sim, é bem verdade, e no meu país nós fazemos os melhores queijos". Ele exibe um pedaço de queijo para os outros e diz: "A França é famosa por seus queijos finos, e nós produzimos tanto que nós também podemos desperdiçá-los sem ter remorsos." Dizendo isso, ele lança o queijo para fora da janela do trem.


     O norte-americano se levanta e joga seu advogado para fora da janela.

“O Telecine já reprisou tantas vezes O Exterminador do Futuro que o Arnold Schwarzenegger já está sem balas.” (Mim)

“Se Deus é brasileiro imagine então o diabo. É verde-amarelo de cruz na testa!” (Mim)

“Sou mais falso que um chinês paraguaio.” (Satanás Ferreira)

“Se tens fé, reze. Mas, por favor, levante a bunda do sofá!” (Deus)

“Pedro, o povinho ainda não entendeu que sou impotente e não onipotente. Que parem de rezar, mexam suas bundas e batalhem por dias melhores.” (Deus)

“O socialismo nada mais é que a preguiça patrocinada pelo estado.” (Mim)

“O sol nasce para todos, mas o protetor solar somente para alguns.” (Limão)

“Pensar cansa. Talvez por isso tantos declinem disso para serem vistos usando cabrestos.” (Eriatlov)

RATOS

RATOS

Não há mar na capital
Não há navios com seus porões imundos
Mesmo assim é constrangedor observar
Como proliferam nesta capital certos tipos de ratos que
À luz do dia devoram instituições
E como se isso não bastasse
Também se alimentam com ansiedade do dinheiro dos impostos.



“Namorar mulher casada dá uma insônia danada e o sujeito passa a sofrer da síndrome do susto.” (Climério)

SAUDADE

SAUDADE
Minhas duas andorinhas voaram para longe
E a saudade delas vem todos os dias me visitar
Então para aplacar esta dor
 Abro a porta do meu coração                          
E por detrás dela choro baixinho.

Vítimas

VÍTIMAS

Observar a ignorância em ação
É ferir-me a carne com ferro quente
Ver o homem reduzido a um fantoche
É um deboche que machuca
Pobre do humano que não sabe pensar por si
Tendo a visão do mundo murada por fantasias sobrenaturais
Resta somente para eles
Seguir pelo caminho que lhe empurram
Os especialistas em lavagem cerebral.

“Quem disse que patrimônios enormes não despertam paixões ainda maiores?” (Mim)

Lula chega ao inferno

Lula morreu e chegou ao inferno. Na chegada o capeta já perguntou:
-E aí meu, vai me dizer que isto aqui também é obra tua?

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Lula morreu e no inferno de cara encontrou um fofoqueiro. Ele confidenciou para Lula:

- Tem um engenheiro aqui que só te chama de Sapo Barbudo!

JUSTIÇA

JUSTIÇA

Santa?
Santa é a justiça
Bata-me que eu te bato
Nada de dar a outra face
Pois para os maus não existe limite
Agora eu também bato
Pois de apanhar calado
Minha cota já se esgotou.

“Instituições desmoronam. Obra de cupins petistas.” (Eriatlov)

O Antagonista- Os R$ 365 milhões de Erenice Guerra

Uma das empresas de fachada de Erenice Guerra movimentou 365 milhões de reais entre 2009 e 2013.
A Veja informa que, além de ser sócia oculta do chefe do esquema da Receita Federal, José Ricardo da Silva, Erenice Guerra é sócia também, em suas empresas de fachada, do lobista Alexandre Paes dos Santos, o velho APS.
Em 2006, a Veja descreveu o lobista da seguinte maneira:
“Alexandre Paes do Santos é homem de relações perigosas e de uma vasta ficha criminal. APS fez carreira – e, posteriormente, fama policial – no submundo das negociatas da Esplanada dos Ministérios. As estripulias de APS vieram a público em 2001, quando a PF apreendeu sua agenda. Ali, escondia-se o inventário das atividades subterrâneas de APS, como pagamentos de propinas a parlamentares e funcionários do governo, histórias de chantagens e esquemas de superfaturamento em contratos com órgãos públicos”.
Na época, a revista revelou que Lulinha - ele mesmo - despachava no escritório do lojista, defendendo o interesse de seus clientes.
Erenice Guerra, Lulinha, APS, José Ricardo da Silva: esse é o melhor convite possível para os protestos de amanhã.
Nosso convite para amanhã

O ANTAGONISTA- Popularidade de Lula caiu de forma "devastadora"

Os petistas prometem que os protestos de amanhã serão um fracasso.
Ao mesmo tempo, analisam as pesquisas de opinião encomendadas pelo partido e dizem, segundo a Veja, que a popularidade de Lula caiu de forma "devastadora".
Um dirigente do PT disse à revista que a corrosão da imagem de Lula revelou-se "bem maior do que a esperada" e que não se trata apenas de um "fenômeno paulista".
Lula, hoje, tem medo de sair às ruas e ser vaiado.
Amanhã você pode sair às ruas e vaiá-lo.

O ANTAGONISTA- O ministério da Saúde mentiu à Lava Jato

O ministério da Saúde tentou enganar a Lava Jato.
Em nota técnica enviada aos procuradores no dia 26 de março de 2014, os petistas instalados no ministério da Saúde simplesmente omitiram o encontro entre Alexandre Padilha e André Vargas para tratar dos negócios de Alberto Youssef.
O juiz Sergio Moro disse:
“Apesar da extensão da nota e do relato dos encontros entre os representantes da Labogen e os agentes do Ministério da Saúde, foi omitida qualquer informação acerca dos aludidos encontros de André Vargas com Alexandre Padilha ou com Carlos Gadelha (então secretário executivo da Pasta) a respeito dos fatos".
Os petistas tentaram enganar também os paulistas, candidatando Alexandre Padilha ao governo do Estado. Não deu certo. Seu destino mais provável, agora, é a cadeia.

GANHAMOS UMA! BARRIGA SALVADORA- Estudo aponta que obesidade pode prevenir demência

A obesidade diminui significativamente o risco de demência, revelou a maior pesquisa já feita sobre o tema, na Grã-Bretanha. A conclusão do estudo, publicada no periódico The Lancet Diabetes & Endocrinology, pegou neurologistas e entidades de Alzheimer de surpresa, pois contradiz a recomendação médica atual.
Cientistas da London School of Hygiene and Tropical Medicine analisaram os dados de quase 2 milhões de adultos acompanhados por duas décadas. O objetivo dos estudiosos era descobrir se a obesidade é um fator de risco para formas de demência, a exemplo do Alzheimer, como demonstraram pesquisas anteriores. Eles descobriram que não. Na verdade, quanto mais gorda a pessoa, mais protegida ela está do declínio mental.

INSETOS

INSETOS

Como gosmentos insetos
Os inaptos se agarram ao poder
Não podendo contar com seus talentos
Para uma ascendência decente
Urge aos jumentos
A prática na administração
Da velha arte do puxa-saquismo
Desprezada por quem é capaz.



“Estou comendo tanto ovo que já fantasio galinha até de fio dental.” (Climério)

“Pedro, precisamos animar este paraíso. Peça emprestado ao diabo alguns libertinos.” (Deus)

“Educação de berço? Realmente é de algum valor quando o tal berço foi um curral de patudos?” (Eriatlov)

“Ninguém consegue saber o que Dilma pensa, pois o nada é indecifrável.” (Eriatlov)

“Depois de três dias vendo o BBB já não consigo somar 2+2. Burrice contagiosa.” (Bilu Cão)

“Meu rico e durável marido é tão velho que brincou de esconde-esconde com Cleópatra no Egito. (Eulália)

“Lula bebe para dizer asneiras ou diz asneiras mesmo sem beber?” (Mim)

“É preciso ter respeito pelos animais. Esse negócio de chamar Dilma de anta...” (Eriatlov)

E como diz minha avó noveleira ouvindo as notícias sobre os aumentos de energia e combustíveis: “Tendo no governo uma louca toda desgraça é pouca.” (Mim)

“É bem mais fácil enumerar os males dos quais não sofro que fazer uma listagem daqueles que me afligem.” (Nono Ambrósio)

“De onde você não espera nada poderá vir coisa pior. Temos Dilma como exemplo disso.” (Eriatlov)