sexta-feira, 17 de abril de 2015

“Estou deveras cansado de ser governado por corruptos, ou por gente que não usa de austeridade no trato da coisa pública. Estou cansado de ver governos torrando grana em propaganda e vendo gente aguardando meses para conseguir uma cirurgia. Estou cansado, precisamos mudar muito, quase tudo.” (Mim)

“Não gosto de bajuladores. O inteligente conhece os seus limites.” (Mim)

“Se o sexo não nos salva pelo menos nos diverte.” (Mim)

Venezuela- “Maduro está maduro. É um fruto bichado, pronto para cair do pé.” (Eriatlov)

-Ordem Livre - Ideologias totalitárias, ódio e ressentimento


Asdeas_
Num texto curto, Henry Hazlitt nos convida para entender o marxismo em um minuto. De forma provocadora, Hazlitt, autor do valioso Economia numa única lição, afirma que o núcleo do marxismo e a sua razão de ser é “o ódio e a inveja doentia do sucesso”. Diz mais: “Todo o evangelho de Karl Marx pode ser resumido em duas frases: Odeie o indivíduo mais bem-sucedido do que você. Odeie qualquer pessoa que esteja em melhor situação do que a sua”.
É uma simplificação interessante porque permite evidenciar uma característica do marxismo, mas parece-me que o ódio é mais uma manifestação de sua estrutura mental e ideológica do que o seu núcleo. Mas Hazlitt não está sozinho ao apontar a emoção como sendo a estrutura da ideologia marxista.
Roger Scruton, não Ensaio «A Tentação Totalitária» (do Livro  A Filosofia Política: Argumentos para Conservadorismo ), AO analisar como Ideologias totalitárias DOS Revolucionarios Franceses, fazer marxismo e do nazismo, dizem Que tanto aquelas Como Estes TEM Uma fonte única, E that o ressentimento. O Filósofo Político Britânico Vê o ressentimento "como Uma Emoção that emergir em TODAS como sociedades" e que sejam considerados-o "um desdobramento natural, da Competição POR Vantagens", SEJA a conquista do Poder, de privilegios, de Benefícios, etc.
"Ideologias totalitárias são adotados porque racionalizar o ressentimento, e também unir o ressentido em torno de uma causa comum. Os sistemas totalitários surgem quando o ressentido, tendo poder apreendidos, avance para abolir as instituições que têm conferidas poder sobre os outros: instituições como lei, propriedade e religião que criam hierarquias, autoridades e privilégios, e que permitem que as pessoas possam invocar a soberania sobre suas próprias vidas. Para o ressentido estas instituições são a causa da desigualdade e, portanto, de suas próprias humilhações e fracassos. Na verdade, eles são os canais através dos quais o ressentimento é drenada. Uma vez que as instituições de direito, a propriedade e as religiões são destruídas - e sua destruição é o resultado normal do governo totalitário -. Ressentimento ocupa seu lugar inamovível, como o princípio governante do Estado " [i]
Alguns elementos estruturais dessas ideologias totalitárias importantes emergem desse trecho. O primeiro, a localização do núcleo dessa espécie de ideologia num tipo específico de sentimento. O ressentimento, sendo a origem dessas ideologias, permite uma identificação comum a todas elas, em várias sociedades, de forma mais exata do que a análise exclusivamente ancorada no conteúdo e discurso políticos, que, não raro, mais distraem e atrapalham a investigação do que colaboram para elucidá-las.
O segundo elemento apontado por Scruton é a racionalização do ressentimento pelas ideologias totalitárias, que “unem os ressentidos em torno de causa comum”. Essas ideologias seduzem parcelas mais ou menos numerosas da sociedade, não exatamente pelo conteúdo ideológico do projeto político, mas pela forma hábil como sentimentalizam-no. A dimensão de uma mensagem política fundamentada na emoção é ilimitada e não se restringe a grupos sociais específicos. Ela pode conquistar das parcelas mais pobres às mais ricas, dos analfabetos à elite intelectual, agarrando-os pelo coração, apelando a vínculos nacionalistas e/ou patrióticos. A história nos mostra que antes e depois de conquistarem o poder, líderes políticos e intelectuais jacobinos, marxistas e nazistas usaram a emoção e o ressentimento de maneira insidiosamente eficaz.
Para preservar o poder conquistado, os ressentidos, segundo Scruton, iniciam o processo de eliminação das instituições (lei, propriedade, religião) que conferiam poder aos demais indivíduos de, no mínimo, serem soberanos de suas próprias vidas, e que também permitiria-os, em algum momento, retomá-lo. E se os ressentidos acreditam que tais instituições são instrumentos de geração de desigualdade e de suas humilhações e fracassos individuais, extingui-las seria também um ato de catarse política. De catarse e de autoproteção política. Ao destruírem a lei, a propriedade e a religião, o ressentimento é alçado “a princípio governante do estado”. Os resultados dessa ação política são sobejamente conhecidos.
O ponto central do argumento desenvolvido por Scruton é que o ressentido, qualificado politicamente como revolucionário, é movido pela busca, conquista e preservação do poder e pela eliminação de instituições e indivíduos que de alguma forma representem uma ameaça. O ressentido se impõe movido pelo ressentimento para neutralizar tudo aquilo que ele entende como sendo a fonte geradora de seu rancor. A história pessoal e as ideias professadas por Robespierre (para usar o artífice mais famoso da Revolução Francesa), Karl Marx e Adolf Hitler ratificam a tese do filósofo britânico.
Porém, não estou tão certo de que o ressentimento é a fonte única dos revolucionários franceses, do marxismo e do nazismo, como defende Scruton, muito embora seja inegável a sua coparticipação psicológica e praxeológica. E se a tese é interessante e instigante, e o ódio apontado por Hazlitt, mencionado, no início do texto, seria, a meu ver, a exteriorização do ressentimento apontado por Scruton, isso explicaria uma parte do jacobinismo, do marxismo e do nazismo, e das tentativas fracassadas de sua aplicação política e econômica. Por outro lado, a utopia revolucionária, da forma como a concebo e apresentarei em texto futuro, e que agrega o argumento de Scruton, é a teoria mais plausível para explicar esses fenômenos políticos responsáveis por regimes infames e toda sorte de atrocidades.
* Publicado originalmente em 21/09/2012.
 Bruno Garschagen é colunista do OrdemLivre.org, podcaster do Instituto Mises Brasil e especialista do Instituto Millenium.

Perguntinhas

Você já é um verme ou ainda está fazendo o curso?
- Antes de fazer você por que seu pai não foi pescar? Ele sempre foi contra a humanidade?

“Se eu não fosse diabo queria ser o Lula.” (Satanás Ferreira)

“Sou uma galinha sim, mas não me peça para pôr ovos. Meu negócio é cuidar dos pintos.” (Ilvania Ilvanete)

"Quitinete para gordo morar não dá. Eu sempre digo que quem gosta de morar em caixa é sapato, leite e palito." (Fofucho)

“Se no planeta só existissem socialistas, quem eles iriam culpar pelos seus males? Marcianos?” (Eriatlov)

“Se eu não fosse ateu diria que o PT é uma obra do diabo.”(Mim)

Muito bem!

Kansas corta mesada dos pobres: nada de cinema nem ida à piscina à custa do governo


piscinaO governador do estado americano, o republicano Sam Brownback, sancionou projeto de lei da Câmara dos Representantes que põe um limite à “variedade” dos benefícios do governo:
as famílias que recebem auxílio não vão poder mais usar esses recursos para frequentar piscinas, ir ao cinema, participar de jogos de azar ou se tatuar à custa do dinheiro do estado.
E essas são apenas algumas das restrições previstas na lei. A iniciativa, chamada de Lei da ESPERANÇA, “proporciona uma oportunidade para o êxito na vida”, segundo o governador. [Essa lei] “É sobre a dignidade do trabalho e ajuda as famílias a passarem da dependência de uma ninharia do governo para se tornarem autossuficientes, desenvolvendo as aptidões necessárias para encontrarem um emprego bem remunerado e construirem uma carreira.”
Entre os itens proibidos pela nova lei estão também: piercings corporais, massagens, spas, tabaco, salões de beleza, lingerie, lojas, visitas a médiuns e até navios de cruzeiro.
A reportagem de Peter Holley e Elahe Izadi estão no Washington Post desta quinta-feira, 16/04:

LEANDRO NARLOCH- Por que os trabalhadores fogem dos países com “melhores” leis trabalhistas?

Quem ataca a regulamentação da terceirização costuma acreditar que as leis trabalhistas garantem direitos, que sem elas os trabalhadores estariam em situação vulnerável e precária. Essas pessoas precisam responder uma pergunta: por que os países com “melhores” leis trabalhistas exportam trabalhadores?
Ora, se as leis que protegem os empregados têm o efeito esperado, veríamos ingleses migrando para a Espanha e Portugal, onde é quase impossível demitir alguém. Operários dos Estados Unidos, onde não há obrigação de aviso prévio, multa por rescisão de contrato nem férias remuneradas, atravessariam desertos a pé para chegar ao México, onde o custo médio de uma demissão é de 74 semanas de trabalho.
Mas o que vemos é o contrário: os trabalhadores fogem dos países com leis que os protegem demais. Há quase 200 mil portugueses e espanhóis trabalhando na Inglaterra, onde é muito fácil contratar e demitir. Cerca de 4 milhões de indonésios (segundo o Banco Mundial, um dos países onde é mais caro demitir) trabalham na Malásia, na Austrália e também em Cingapura, onde sequer há uma lei geral de salário mínimo.
Considere estes dois grupos de países:
1. Estados Unidos, Canadá, Austrália, Cingapura, Hong Kong (China), Maldivas, Ilhas Marshall.
2. Bolívia, Venezuela, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Tanzânia, Congo e República Centro Africana
Quem acredita na mágica das leis trabalhistas diria que elas são mais rígidas nos países do primeiro grupo. Afinal vivem ali os trabalhadores com melhor qualidade de vida no mundo. Na verdade, no grupo 1 estão os sete países que, segundo o Banco Mundial, têm as leis que menos azucrinam os patrões. Já o grupo 2 reúne os sete países que mais protegem os trabalhadores. Na Venezuela, a lei proíbe a demissão de que ganha até um salário mínimo e meio (o que faz funcionários terem medo de serem promovidos, pois os patrões costumam aumentar o salário para então demiti-los).
Por que multidões de imigrantes decidem ir trabalhar nos Estados Unidos e não na Venezuela?
Eu arrisco uma explicação: países com leis trabalhistas muito rígidas são geralmente lugares ruins para se fazer negócio. Lucro é considerado pecado; empresários são tidos como vilões. Pouca gente se aventura a investir ou abrir vagas de trabalho em lugares assim. Já os países onde as leis trabalhistas são mais leves costumam ter mais liberdade para empreender, tradição de respeito à propriedade, facilidade para investir e, por causa disso tudo, mais oportunidades para os pobres.
É a facilidade de fazer negócios, e não um punhado de palavras escritas no papel, que garante direitos aos trabalhadores.

Delegado da PF critica interferência de Janot na PF e sugere que procurador-geral pode estar agindo a serviço do governo

Aumentou a temperatura do confronto entre membros do Ministério Público e da Polícia Federal. Eduardo Mauat da Silva, delegado da PF que integra a força-tarefa da Operação Lava Jato, que está em Curitiba, acusou abertamente Rodrigo Janot de “tolher a investigação”. Não ficou só aí: sugeriu, em entrevista coletiva, que o procurador-geral da República pode estar atuando politicamente: “Houve, por parte do doutor Janot, uma iniciativa de tolher as investigações da Polícia Federal. E nós queremos que ele explique à sociedade o porquê disso”. A pedido do chefe do MP, o ministro Teori Zavascki, do Supremo, suspendeu a tomada de depoimento de parlamentares em sete inquéritos.
Mauat não economizou: “[Janot] ocupa um cargo político, foi indicado pelo governo, e não poderia interferir numa investigação da PF. São questões que precisam ser explicadas”.
O delegado afirmou ainda que os membros da Polícia Federal que integram a força-tarefa em Curitiba não recebem com regularidade a ajuda de custo de R$ 200 para estadia e refeição: “Os policiais estão tirando dinheiro do bolso. Você pode matar uma operação à míngua se tirar os recursos dela”.
Por Reinaldo Azevedo

ARTIGO, RICARDO NOBLAT, O GLOBO - FINJA-SE DE MORTO, LULA !



Hoje, Lula só está podendo falar para plateias amigas, de correligionários previamente selecionados, em ambientes fechados

Lula vai retomar uma agenda de viagens pelo país, informa Ilimar Franco, colunista de O Globo.

Com isso pretende melhorar a imagem do PT com vistas às eleições municipais de 2016, e defender o governo impopular da presidente Dilma.

Trata-se de uma jogada arriscada.

Se a imagem do PT está mal e a de Dilma também, a de Lula não está boa. Foi enlameada pelo escândalo da Petrobras.

A maioria dos brasileiros acha que Lula sabia da roubalheira na Petrobras. E que nada fez para impedir.

Hoje, Lula só está podendo falar para plateias amigas, de correligionários previamente selecionados, em ambientes fechados.

Falar para os convertidos não converterá ninguém.
Lula tem mais é de se fingir de morto. Monitorar os passos de Dilma E torcer pelo sucesso de Joaquim Levy, ministro da Fazenda, e de Michel Temer, o novo coordenador político do governo.

DIMENSTEIN DIZ QUE CPI DOS FUNDOS DE PENSÃO SERÁ PIOR DO QUE O PETROLÃO PARA O PT

No seu Facebook, ainda há pouco, o jornalista da Folha, Gilberto Dimenstein chamou a atenção para a CPI dos Fundos de Pensão.

Leia o texto:

Preparem-se para esse escândalo: descobriram que o fundo de pensão da Petrobras ( Petros), dirigido por sindicalistas ligados à CUT ( ou seja PT), produziu um rombo de mais de R$ 6 bilhões. Isso mesmo, R$ 6 bilhões. Suspeita-se de um misto de roubalheira com má gestão, além de uso político dos recursos.
Só espero que não venham cobrar essa fatura da sociedade. Processem os irresponsáveis. Ou cubram a despesa com os funcionários.

Quando eu alertava que o aparelhamento da máquina pública sairia caro, confesso que não imaginava que seria tão caro.
PB

SÓ DÁ GENTE BOA!- Substituto de Vaccari recebeu R$ 95.000 do clube do bilhão

NOVO NOME, VELHA MERDA- Novo tesoureiro do PT atacou CPI da Petrobras: 'Pasadena foi bom negócio'

André Vargas manda um recado ao PT



Matheus Leitão, do G1, disse que os "investigadores da Lava Jato perceberam um descontentamento crescente de André Vargas, preso na sede da PF em Curitiba. Vargas reclamou da diferença de tratamento que está sendo dispensada a ele pelo PT. Ao mesmo tempo em que vê a solidariedade com João Vaccari Neto, que ganhou nota de apoio, na qual o partido afirma acreditar em sua inocência, tem sentido um total descaso em relação a sua situação".

O recado é claro: se o PT não se mexer imediatamente, André Vargas vai denunciar seus velhos companheiros.

O Antagonista- Macêdo, o bom tesoureiro


O novo tesoureiro do PT, o ex-deputado federal Márcio Macêdo, já disse que a compra da refinaria de Pasadena, que resultou numa perda de 792 milhões de dólares, foi "um bom negócio" para a Petrobras.
Márcio Macêdo mostra ter o principal requisito para ocupar a função: achar que prejuízo com dinheiro alheio é lucro.
Outra qualidade: ele recebeu 95 mil reais da Andrade Gutierrez, uma das empreiteiras do petrolão.

O Antagonista- Rui Falcão, presidente do PT, anunciou que o partido não receberá mais doações de empresas, nos níveis nacional, estadual e municipal. Agora, então, é só por fora, pessoal.

“Não se deve dar um harém para um garanhão que definha.” (Pócrates)

“Se o meu estilo de escrever é ruim não pode ser culpa da caneta.” (Mim)

Poeminha

POEMINHA

Entrei num templo
Tendo a mente aberta
E o coração leve
Mas fiquei pouco
Pois a minha razão
Foi intoxicada pela mentira.

“Quando os tigres se batem, os cães sarnentos aproveitam.” (Provérbio chinês)

...E como diz seu Anísio, lombo intacto, mas aposentado do serviço público federal aos 35 anos de idade por excesso de gases matinais, que hoje mora na praia do Sonho e curte o mar à sombra das palmeiras: “O trabalho é que danifica o homem.”

“Deus e o Diabo são mais jovens que o homem. São construções de sua fábrica de domínio.” (Filosofeno)

IMB- Quando a moeda morreu na Alemanha

A história da destruição do marco alemão durante a hiperinflação da República de Weimar, de 1919 até o seu auge em novembro de 1923, é normalmente descartada como sendo apenas uma bizarra anomalia ocorrida em toda a história econômica do século XX.
Mas nenhum episódio ilustra de maneira mais completa as sinistras consequências do que pode ocorrer quando o dinheiro se torna um mero papel sem nenhum lastro e passa a ser utilizado livremente pelo governo.  Mais ainda: nenhum episódio apresenta um argumento mais devastador e real contra o papel-moeda fiduciário: quando não há restrição à maneira como o governo gerencia moeda, ela morrerá.
"O fato de que as causas da inflação ocorrida na República de Weimar, bem como toda a conjuntura da época, dificilmente irão se repetir é o de menos", escreveu o historiador britânico Adam Fergusson em seu clássico de 1975, Quando o Dinheiro Morre. "A pergunta a ser feita — ou perigo a ser reconhecido — é como a inflação, qualquer que seja a sua causa, afeta uma nação."
Antes da Primeira Guerra Mundial, o marco alemão, o xelim britânico, o franco francês e a lira italiana tinham aproximadamente os mesmos valores — quatro para um dólar.  Ao fim de 1923, a taxa de câmbio do marco já era de um trilhão de marcos para um dólar — o que significa que a moeda havia perdido 99,9999999996% do seu poder de compra nesse período; ou, em outras palavras, ela valia um milionésimo de milhão do que valia há apenas dez anos.
Em meados de 1922, uma fatia de pão custava 428 milhões de marcos, e todas as ações da Daimler Corporation compravam o equivalente a 327 de seus carros.  Já em novembro de 1923, uma quantidade de marcos que, dez anos atrás compraria 500 bilhões de ovos, agora mal conseguia comprar um ovo.
O ex-primeiro ministro britânico Henry Lloyd George, escrevendo em 1932, comentou que palavras como "catástrofe", "ruína" e "devastação" não eram suficientes para descrever a situação alemã, dado que seus significados já haviam se tornado banais. Saques, vandalismo, roubos, ascensão da prostituição, inanição, doenças, e até mesmo consumo de cães se tornaram banais.  Pessoas tinham suas roupas roubadas nas ruas.  Tudo isso eram eventos do cotidiano de sociedade "burguesa" da época.
A constante iminência de uma guerra civil pairava sobre a Alemanha, como já estava acontecendo com o bolchevismo na Rússia. A Bavaria teve de declarar lei marcial.

ESTA PEDALADA NÃO VAI RESULTAR EM GOL, MAS EM CADEIA! Defesa de Adams sobre pedalada fiscal é ‘ponto para impeachment’, diz PSDB


Partido afirma que advogado-geral da União admitiu que manobras fiscais eram prática recorrente.

VACCARI GRITA- CUNHADA NÃO É PARENTE! - Cunhada de Vaccari se entrega à PF em Curitiba

Quadrinha do Maburro

Pode ser  em Caracas
Ou mesmo em Yucatán
Gostaria de ver Nicolás Maduro
Usando o mesmo colar que usou Saddam.

“Governo deve ser igual árbitro de futebol: Quanto menos aparecer, melhor.” (Mim)

“Jovens comunistas são tolos. Velhos comunistas são canalhas.” (Limão)

“Quem neste país não está cansado de sustentar chupins?” (Limão)

“Todos são iguais perante a lei. Sim, mas os advogados são diferentes. Quem pode contratar os melhores sofre menos.” (Eriatlov)

CONSELHO FISCAL PEDE ACESSO ANTECIPADO A BALANÇO E ALARMA CHEFIA DA PETROBRAS.

A jornalista Vera Magalhães, Folha de S. Paulo, revela hoje na sua coluna Painel que acaba de ocorrer uma complicação extra para a atual direção da Petrobrás, porque um movimento de bastidor alarmou a direção da estatal nesta quinta-feira.

Leia tudo:

O Conselho Fiscal da estatal apelou ao estatuto e reivindicou receber na segunda-feira (20) o balanço auditado da empresa em 2014, que só será divulgado na quarta-feira à noite, durante reunião do Conselho Administrativo. O presidente Aldemir Bendine e a CVM estavam empenhados em fazer no mesmo dia todas as reuniões para a aprovação das contas, cuja divulgação está cinco meses atrasada.

Show do bilhão: A preocupação da cúpula da empresa é evitar a todo custo o vazamento de informações que podem valer bilhões a especuladores de ações. Terça-feira é feriado no Brasil, mas não nos mercados externos.

Pressa: O Conselho Fiscal teria autonomia para questionar os números e até vetar o balanço na própria quarta-feira. Por isso o pedido de acesso prévio causou surpresa e temor na estatal.

Movediça: A Procuradoria-Geral da República podou a autonomia da Polícia Federal nos procedimentos contra políticos da Lava Jato por temer que ações dos delegados pudessem levar à anulação de provas e depoimentos, como na Castelo de Areia.
Políbio Braga

PRECISAMOS ABRIR ESTA CAIXA DE VÍBORAS- Oposição consegue novas assinaturas para criar CPI dos Fundos de Pensão

DIÁRIO DO JABUTI CRIADO NO ABC- Prévia da inflação oficial do mês de abril é a maior desde 2003, aponta IBGE

“Sou bronco. Tenho mais medo de vasectomia que de viajar de avião.” (Climério)

Rodrigo Constantino- Produtor Rural, o grande vilão na narrativa da esquerda


O produtor rural como vilão na narrativa de esquerda. Ou: Mauá, o grande ruralista

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Fiz hoje cedo uma palestra em evento de produtores rurais organizado pela Faepa (Federação da Agricultura e Pecuária do Pará), em Belém do Pará. Pessoas comuns, senhores simpáticos, senhoras gentis, gente como a gente. Mas não pela narrativa de esquerda. Segundo esta, os produtores rurais são os vilões, gente malvada que dá chibatada em escravos, demônios que precisam ser exorcizados. E serão, ainda pela narrativa de esquerda, pelos heróis da “justiça social”, os invasores do MST.
Após minha apresentação sobre o cenário econômico preocupante de nosso país, abrimos para perguntas, e alguns quiseram saber o que fazer para mudar esse quadro. Não aguentam mais serem tratados como exploradores insensíveis, e não aguentam mais este governo, mas compreendem que o problema é bem maior do que o PT. Vem desde a era FHC também, vem das ONGs financiadas pelo capital estrangeiro, por fundações como a Ford, por movimentos ambientalistas, enfim, o buraco é muito mais embaixo.
Não tenho uma solução para apresentar. Em última análise, o problema do ruralista é similar ao do liberal: ambos são demonizados por grupos poderosos, repletos de interesses obscuros, interessados no poder, e também sofrem com o preconceito e a ignorância de vítimas da lavagem cerebral esquerdista, que começa desde cedo nas escolas, chega às universidades e tomou conta da mídia.
Minha proposta, portanto, pode não ser tão inspiradora, mas é a única que enxergo como realmente viável: arregaçar as mangas e lutar, em todas as áreas, para reverter essa visão predominante hoje. É fundamental lutar no campo das ideias, buscar desfazer a doutrinação marxista. Gente que nunca viu uma galinha sendo degolada mal sabe como a comida chega à mesa e repete os chavões politicamente corretos que acabam por criar caricaturas dos produtores rurais.
Ou seja, é crucial produzir uma nova narrativa, resgatar a história verdadeira contra esses mitos criados pelos exploradores da vitimização das minorias. O índio era bonzinho, o negro era somente vítima e o homem branco do meio rural era o capeta em forma humana: eis o que acaba se fixando nas mentes dos alunos. Onde estão os heróis ruralistas? Onde estão os heróis liberais? É isso que temos de recuperar.
E há um indivíduo que congrega ambos em um só, um sujeito que foi simplesmente o maior empreendedor que o Brasil já teve, e que tanto fez por nosso progresso. Falo, claro, de Irineu Evangelista de Souza, mais tarde Barão e depois Visconde de Mauá. O homem que iniciou o processo de industrialização do país, que iluminou o Rio, substituindo o óleo de peixe dos lampiões por luz a gás, que construiu a nossa primeira ferrovia, que ligou a cabo pela primeira vez nosso país à Europa.
Muita gente não sabe, mas Mauá foi também um grande ruralista. Sua Cia Pastoril Agrícola e Industrial, fundada no Uruguai, transformou-se num empreendimento vanguardista para a época. Ele trouxe agricultores chineses e introduziu culturas de chá e arroz no local, e foi o primeiro a plantar alfafa em grandes extensões. Suas produções de lã, banha e couro foram premiadas na Europa. Com dezenas de milhares de hectares, suas terras chegaram a ter um rebanho de 100 mil cabeças de gado bovino. O casarão da propriedade era conhecido como Castillo Mauá, e o empreendedor foi o primeiro a abrir um banco no Uruguai também.
Como podemos ver, Mauá deveria ser um herói não só nacional, como uruguaio também, até porque financiou pessoalmente a defesa do país contra o ditador argentino. Mas não só Mauá está longe de obter o devido reconhecimento por aqui, como suas inovações e conquistas no campo são profundamente ignoradas. Mauá foi um grande produtor rural. E era, ao mesmo tempo, um dos maiores defensores da abolição de escravos, preferindo contratar mão de obra livre e inclusive distribuir seu lucro entre eles ou incitá-los a abrirem seus próprios negócios.
Por que essas histórias são tão pouco conhecidas? Por que o brasileiro “aprende” sobre o assassino Che Guevara, mas nada sabe sobre este pioneiro que tanto fez pelo país? A visão romântica e distorcida da esquerda cria inúmeros mitos que precisam ser derrubados. Os “intelectuais” que cospem no agronegócio, locomotiva do nosso (hoje inexistente ou pífio) crescimento econômico, podem obter um regozijo pessoal e posar como “defensores dos oprimidos” enquanto degustam seu suculento bife, mas o fato é que estão prejudicando os mais pobres, os trabalhadores, todos!
Saí do evento após várias fotos tiradas a pedido das simpáticas senhoras e também alguns nobres e idosos produtores rurais. Gente que precisa labutar contra a natureza tantas vezes hostil e incerta, ao contrário daquela visão idílica e bucólica dos românticos no conforto da cidade. E que, como se não bastassem tais desafios, ainda precisa enfrentar os obstáculos criados artificialmente pelos governos de esquerda, que financiam “movimentos sociais” invasores que levam a insegurança para o campo, que ameaçam suas propriedades, seu trabalho.
É muito difícil sair de lá com a imagem de que essa gente é perversa e cruel, enquanto Stédile, o chefe do “exército paralelo” de Lula, representa a luta por “justiça social”. Só com muita inversão de valores mesmo!
Rodrigo Constantino

Jô Soares acha que Dilma não enganou seus eleitores. Eu acho que Jô Soares engana seus telespectadores


Jô Soares acha que Dilma não enganou seus eleitores. Eu acho que Jô Soares engana seus telespectadores

Acho que, como quase todo mundo, fazia tempo que eu não assistia ao programa do Jô. Menos pelo horário e mais pela queda na qualidade. O entrevistador parece cansado, sem saco para manter o ritmo de entrevistas. Mas como cheguei ontem de uma longa viagem de Porto Alegre a Belém do Pará, resolvi descansar um pouco o cérebro com as “meninas do Jô”. Big mistake!
Dormi mal, agitado, irritado com a capacidade do milionário apresentador da TV Globo de falar tanta besteira. Sabia já que seu velho amigo e produtor Max Nunes era um comunista, mas não sabia ao certo que o próprio Jô era tão esquerdista e, sim, petralha. O homem vestiu o chapéu de defensor do PT e da presidente Dilma de tal forma que chega a ser constrangedor mesmo para alguém neutro.
Senão, vejamos: quem ainda consegue negar o estelionato eleitoral em curso? Ninguém! Quer dizer: Jô consegue. Disse com todas as letras que não acha que houve enganação, que todos sabiam das medidas que teriam de ser tomadas. Como é? Os eleitores de Dilma sabiam então que ela iria fazer tudo exatamente ao contrário do que prometera, e que dissera se tratar de medidas de gente insensível que tiraria a comida da mesa dos pobres? Em que planeta Jô vive?
Felizmente uma das “meninas” subiu na tamanca nesse momento, não se segurando. Ficou irritada com Jô e não fez cara de passagem, como as demais. Cristiana “Lobo em pele de cordeiro”, diga-se de passagem, foi um espetáculo à parte, sempre dando um jeito de aliviar a barra da “presidenta” e seu partido. Já outra lembrou que Vaccari Neto, ao lado do líder do PT que era tão elogiado por Jô, tinha sido preso naquele dia mesmo. Jô chamou na mesma hora comerciais.
Quando o assunto foi a indicação do substituto de Joaquim Barbosa para o STF, Jô tratou como a coisa mais normal do mundo o indicado ter bastante afinidade partidária com o partido do governante, alegando que é assim também nos Estados Unidos. Nem tanto, Jô: há países com mais senso de republicanismo, caso não saiba. Aliás, criticar os Estados Unidos parece um hobby praticado com afinco pelo apresentador, que puxou Gore Vidal da cartola para afirmar que aquela nação livre nasceu da corrupção. Pobres “pais fundadores”…
A ligação do advogado indicado com o MST não foi vista como um problema por Jô, que, aliás, garantiu que ainda há muita terra inútil, improdutiva nesse vasto país, tomando o partido daqueles que invadem propriedades alheias em nome da “justiça social”. Se invadirem o inútil Jaguar do apresentador, será que ele vai gostar?
Lamento ter perdido meu tempo – e meu sono – vendo uma defesa tão cafajeste do governo, do PT, da presidente, do MST e da esquerda. E lamento também não ter incluído Jô Soares no meuEsquerda Caviar. Ele não poderia ter ficado de fora. Se Jô acha que Dilma não enganou seus eleitores, eu “acho” que Jô Soares engana seus telespectadores. Falta o mínimo de compromisso com os fatos ali.
Beijo do Gordo!
Rodrigo Constantino

O desarmamento como estratégia de poder da esquerda totalitária


O desarmamento como estratégia de poder da esquerda totalitária

Meus amigos Flavio Quintela e Bene Barbosa me deram de presente durante o Fórum da Liberdade seu novo livroMentiram para mim sobre o desarmamento, uma espécie de sequência escrita agora a quatro mãos do anterior Mentiram (e muito) para mim, que tive a honra de escrever a orelha. O livro novo é um fulminante ataque aos principais argumentos, ou melhor, às falácias disseminadas pelos defensores do desarmamento civil. Não fica pedra sobre pedra.
A leitura das 150 páginas é agradável e leve, apesar do tema um tanto complexo. Inúmeras citações percorrem a obra, como as excelentes epígrafes que abrem cada capítulo. O prefácio também merece menção, pois o coronel Jairo Paes de Lira demonstra grande poder de síntese, exortando, ao final, os leitores “a estudar a obra e a utilizar esse arsenal intelectual no renhido combate em que todos temos o dever de engajar-nos por nossa causa comum, que é de uma Pátria livre dos grilhões da covardia, onde cada brasileiro seja dotado de disposição e de meios materiais para exercer a autodefesa, direito natural de todas as gentes”.
Cada capítulo refuta uma típica falácia dos desarmamentistas, tão repetidas pela grande imprensa e pelas ONGs endinheiradas que recebem verbas inclusive do exterior. O uso de meias verdades ou estatísticas distorcidas e espúrias gera um efeito ainda mais perverso, pois uma grande mentira acaba sendo contada para a população de forma mais convincente. Mas a tática é exposta pelos autores e desnuda os mentirosos e suas manipulações. A ignorância, como lembram, é terreno fértil para os sedentos por poder, e o livro é uma munição contra tal ignorância, desfazendo mitos enraizados.
O aspecto histórico é trazido à baila também, mostrando como todos os tiranos tentaram desarmar a população, não, obviamente, por alguma preocupação com seu bem-estar, mas sim para facilitar a conquista do poder e impedir qualquer resistência. Se Mao e Lenin desejavam uma população armada, os “pais fundadores” dos Estados Unidos julgavam o direito de ter e portar armas algo inalienável. O tempo mostrou quem realmente lutava pela paz e liberdade.
A visão paternalista de esquerda, que transforma o estado num pai benevolente, é fortemente atacada pelos autores, que reforçam a importância da responsabilidade individual. A própria mentalidade que transforma a arma – um objeto inanimado – no vilão, muitas vezes tratada como a autora do crime, mostra como esses “intelectuais” de esquerda perderam contato com a realidade. Arma não mata; quem mata é o homem. Uma obviedade bastante ignorada.
Quem defende o desarmamento tenta argumentar que a existência de mais armas legais acaba fomentando a violência e o crime. Nada mais falso. Países mais armados apresentam estatísticas de maior segurança, e estados mais armados dentro do mesmo país também. Onde não há sequer correlação, como inferir causalidade? Se a afirmação fosse verdadeira, o Brasil seria um oásis pacífico, pois possui, desde 2004, um dos modelos mais restritivos para posse de arma. Já a Suíça ou mesmo os Estados Unidos seriam um faroeste caboclo, e não países com baixíssimos ou baixos índices de criminalidade.
A ideia de que as armas usadas pelos criminosos vêm dos cidadãos de bem também não se sustenta em fatos, como mostram os autores. A imensa maioria vem do mercado negro mesmo. O desarmamento, portanto, atinge somente o cidadão ordeiro, cumpridor das leis. E a garantia de que ele estará desarmado é, claro, um estímulo e tanto para os marginais, que temem mais a reação da potencial vítima, que se estiver armada poderá mata-los em legítima defesa, do que a própria polícia, que precisa ler seus direitos e prendê-los.
Acidentes envolvendo crianças é uma grande preocupação dos desarmamentistas – e de todos, na verdade -, mas é outro mito derrubado pelos autores, que mostram como esse tipo de acidente é quase insignificante nas causas de mortes infantis. Acidente de carro, afogamento e sufocamento são muito mais relevantes.
Uma arma de fogo nivela forças desproporcionais, o que favorece a chance de defesa dos mais fracos, como as mulheres, os idosos ou o indivíduo contra um grupo. Ao retirar esse instrumento dessas pessoas, o estado os torna mais vulneráveis. Aqui é importante frisar aquilo que não se vê, como diria Bastiat. O livro mostra como milhões de vidas poderiam ser salvas – e são, onde há mais liberdade para ter armas – pelo fator defensivo das armas, e seu poder de dissuasão. Eis algo totalmente ignorado pelos desarmamentistas.
Enfim, trata-se de uma leitura obrigatória não só para quem se interessa pelo assunto, mas também por quem se interessa pela manutenção ou busca das liberdades em geral. O que fica claro é que o desarmamento é uma forma de controle social com uma agenda oculta por trás das nobres aparências. É uma medida típica da esquerda totalitária, que nunca aceitou conviver com a liberdade de escolha dos indivíduos. Cabe a todo cidadão decente lutar pela preservação de tão básico direito, mesmo que escolha não fazer uso dele. Os outros devem ser livres para escolher diferente, e tal escolha acaba gerando mais segurança, não menos.
PS: Onde vou morar nos próximos anos o índice de homicídios é baixíssimo, menos de um décimo do carioca. E muito mais gente tem arma por lá. Sinto-me mais seguro assim, do que sendo obrigado a confiar somente na polícia para conter os criminosos, que jamais se sensibilizam com os “argumentos” dos pacifistas desarmamentistas.
Rodrigo Constantino

Uma Família de Negócios

-Mulher do céu, prenderam o compadre MOCH!
-E aí, que faremos?
-Comece comprando malas ...

Editorial do Estadão: ‘A polícia mais perto do PT’

Uma enorme lacuna no quadro das investigações da Operação Lava Jato, que saltava aos olhos diante da esmagadora evidência dos fatos, foi corrigida ontem com a prisão preventiva, pela Polícia Federal, daquele que é o principal responsável na direção nacional do PT pelo abastecimento do caixa do partido com os recursos provenientes do propinoduto montado na Petrobrás em cumplicidade com o cartel de grandes empreiteiras de obras: o secretário de Finanças João Vaccari Neto, também conhecido entre a tigrada como “Moch”, por causa da inseparável mochila que leva até para reuniões de negócios.
A prisão vai permitir que Vaccari reencontre em Curitiba aquele que as investigações apontam como um de seus cúmplices mais importantes, o então diretor de Serviços da petroleira, Renato Duque, acusado de ser o principal representante do PT no esquema de assalto à Petrobrás.
A prisão preventiva de Vaccari foi determinada pelo juiz Sergio Moro, para quem manter o investigado em liberdade “ainda oferece um risco especial, pois as informações disponíveis na data desta decisão são no sentido de que João Vaccari Neto, mesmo após o oferecimento contra ele de ação penal pelo Ministério Público Federal (…), remanesce no cargo de tesoureiro do Partido dos Trabalhadores. Em tal posição de poder e de influência política, poderá persistir na prática de crimes ou mesmo perturbar as investigações e a instrução da ação penal”.
Na semana passada, chamado a depor na CPI da Petrobrás, na Câmara dos Deputados, Vaccari negou-se a responder a quase todas as perguntas, escudando-se em liminar da Justiça que o desobrigava de fornecer informações que pudessem comprometê-lo nas investigações do escândalo. Vaccari só ousou se manifestar para repetir que todas as “doações” recebidas pelo PT das empreiteiras envolvidas na Lava Jato foram “legais” e “devidamente registradas no TSE”. O que provavelmente é verdade, mas não elide o fato de que a origem do dinheiro pode ser criminosa, produto de propina, como a Lava Jato tem comprovado sem sombra de dúvidas.
Resta saber agora a atitude que será assumida pelo PT: tomar a precaução tardia de afastar seu tesoureiro das funções que exerce no Diretório Nacional ou promovê-lo ao Panteão dos “guerreiros do povo brasileiro”, como fez com seus dirigentes condenados no processo do mensalão.
A prisão de Vaccari Neto, no entanto, foi apenas mais um espinho na coroa que o escândalo da Petrobrás representa para o PT e o governo. No mesmo dia, a Folha de S.Paulo publicou denúncia do executivo da empresa holandesa SBM Offshore Jonathan Taylor, que acusou a Controladoria-Geral da União (CGU) de ter esperado três meses para – somente depois das eleições presidenciais – tomar providências, em novembro do ano passado, em relação às denúncias detalhadas, apresentadas em agosto, de que a empresa teria pago propina de US$ 31 milhões à Petrobrás para poder fazer negócios com a estatal. A SBM tem com a petroleira contratos de locação de plataformas de exploração de petróleo.
Taylor revelou ter encaminhado à CGU documentos que comprovam depósitos feitos, entre 2008 e 2011, na conta de uma empresa com sede nas Ilhas Virgens e controlada pelo lobista brasileiro Júlio Faerman, apontado como o intermediário da operação de suborno. Essas informações integram o dossiê enviado por Taylor à CGU via e-mail, no dia 27 de agosto do ano passado. Depois de confirmar o recebimento, no início de outubro a CGU enviou três funcionários a Londres, onde Taylor reside, para tomar seu depoimento, o que foi feito no dia 3. Somente em 12 de novembro, após o segundo turno da eleição presidencial e o anúncio de um acordo com o Ministério Público holandês, a CGU decidiu abrir processo contra a SBM. E explicou que somente naquele momento conseguira identificar elementos de “autoria e materialidade” para tomar providências legais.
A denúncia de Jonathan Taylor envolve duas questões graves: o pagamento de propina por um fornecedor da Petrobrás e, muito pior, a suspeita de que a CGU protelou suas ações para poupar a candidata à reeleição de graves constrangimentos. O governo brasileiro, é claro, nega tudo. Mas Dilma Rousseff parece estar envolvida em mais uma grossa encrenca.