domingo, 31 de janeiro de 2016

A Russia, a China e Cuba são nações que assassinaram todas as liberdades, todos os direitos humanos, que desumanizaram o homem e o transformaram no anti-homem, na anti-pessoa. A Historia socialista é um gigantesco mural de sangue e excremento. 


Nelson Rodrigues

Quem tem dignidade permanece no PT?

Tarso, o genro, diz que estão perseguindo Lula como os nazistas fizeram com os judeus. A lei anda atrás de Lula para que explique seus rolos.Tarso Genro calado é um idiota, imagine quando fala.

A cada dia que passa envelhecemos,  é vero.  O  que não pode é ficarmos a cada dia mais velhos e ignorantes.  Acrescentar sempre algo novo dentro do baú é um desafio.
Mau-humor também causa desemprego.  Estraga o ambiente com os colegas e afasta clientes.
“Minha mãe diz que não devemos comer franceses sem antes lavá-los bem.” (Leão Bob)
“Aqui na savana não tem perdão. Turista distraído é refeição.” (Leão Bob)
“Temos em nosso bando um judeu. Ele não come carne de porco.” (Leão Bob)

Em nota, Instituto Lula volta a negar que ex-presidente seja dono de triplex

Lula só é dono de uma lavanderia. 
E só lava a seco, pois não é bobo de estragar dinheiro.
“Por que o povo vota na gente? Bem poderiam pegar o presentinho e não votar. Talvez por semelhança?” (Deputado Arnaldo Comissão)

“Sempre fui meio ladrãozinho. E não culpo os outros por isso. É coisa que está no sangue.” (Dep. Arnaldo Comissão)

A grande Zika do Brasil se chama Dilma. Essa também causa muitos males.

Como dia minha avó noveleira diante de um fato inegável: “Quem não deve, não treme.”

Mary Zaidan: Marisa Letícia, a fábula

Publicado no Globo
Protagonista de absurdos ─ dos canteiros em formato de estrela que mandou plantar nos jardins do Palácio da Alvorada e da Granja do Torto à requisição e obtenção de cidadania italiana para ela e a prole no segundo ano do primeiro mandato presidencial de seu marido ─, Marisa Letícia Lula da Silva volta à cena. E em grande estilo. Seria dela a opção de compra do tríplex frente ao mar no Guarujá, alvo de investigações do Ministério Público de São Paulo e da Lava Jato. O mesmo imóvel que já foi, era e nunca foi de Lula.
Idealizado pela Bancoop, cooperativa criada em 1996 pelos petistas ilustres Ricardo Berzoini, hoje ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, e João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, condenado a 15 anos e quatro meses pelo juiz Sérgio Moro, o tríplex apareceu na declaração do candidato Lula, em 2006, com um valor irrisório de R$ 47,6 mil. Referia-se a uma parcela do financiamento do Edifício Solaris, então na planta, em que outros petistas, incluindo Vaccari, tinham comprado apartamentos.
Até aí, o anormal era apenas o fato de a Bancoop lançar um empreendimento de alto luxo depois de já ter dado cano na praça, usurpando a poupança e os sonhos de mais de três mil cooperados. Algo que Lula, como sempre, alegará que não sabia.
A estapafúrdia história do tríplex não para aí.
Em 2010, a assessoria de Lula garantiu que o apartamento pertencia ao ex. Quatro anos depois, o Globo publicou reportagem sobre o Solaris apontando que o prédio tinha sido concluído enquanto os mutuários da Bancoop continuavam a chupar dedos. E que a unidade de Lula e sua mulher tinha recebido tratamento de alto luxo da OAS, empreiteira que assumiu o empreendimento: elevador interno, substituição de pisos e da piscina. Tudo supervisionado e aprovado por Marisa Letícia.
De repente, com as investigações esquentando, o frente ao mar do casal (ou de Lula, conforme declaração anterior) virou um negócio exclusivo de Marisa Letícia. Do qual, no papel de The good wife, ela desistiu.
Sabe-se hoje que as idas da ex-primeira-dama ao Solaris causavam frisson. Flores eram colocadas nas áreas comuns, todos ficavam sabendo quando ela chegava. Sabe-se ainda que o presidente da OAS, Leo Pinheiro, condenado pela Lava Jato a 15 anos de reclusão, esteve lá com ela em pelo menos uma das visitas.
E aqui vale a questão: o que faria o dono de uma das maiores empreiteiras do país acompanhar Marisa Letícia na vistoria de uma simples reforma de um apartamento se o imóvel não fosse do ex-primeiro-casal?
Mas há muitas outras perguntas sem respostas. Em um artigo didático, o jornalista Josias de Souza mostra a ausência absoluta de nexo nas explicações de Lula. Argumentos que não explicam, confundem.
Confundir. Talvez seja essa a ideia ou a única saída imaginada por Lula.
Sem conseguir dizer quanto pagou além dos R$ 47,6 mil declarados em 2006 ou apresentar recibos da desistência, com data e valores de reembolso exigidos, tudo que o Instituto Lula fala beira papo para engambelar otário. Nem mesmo a cota nominal para demonstrar que a opção de compra do apartamento foi mesmo de Marisa veio a público. São documentos simples, claros, objetivos. Mostrá-los livraria o Instituto Lula e o próprio ex de torturar os fatos.
Sem isso, resta a Lula, ao PT e aos militantes mais aguerridos atribuir tudo à perseguição histórica ao ex. Tudo – tríplex reformado pela OAS, sítio recauchutado pela Odebrecht, filho que recebe R$ 2,5 milhões por consultoria via Google, os “não sabia” do Mensalão, do escândalo da Petrobras e tantos outros – não passa de uma conspiração para “derreter Lula” e “destruir o PT”, como clama o presidente da sigla, Rui Falcão, no Facebook.
O conto do tríplex ainda vai longe. Mas de cara já se sabe: tem orelha de lobo, focinho de lobo, boca e dentes de lobo. Ninguém vai acreditar que é a vovozinha.
“Apesar de feio e pobre tive inúmeras namoradas belas. É que sempre tive mãos macias e um jeito meio assim, de rico.” (Climério)
“Não temos nenhum cão em casa além de mim. É o que pensa a minha sogra e  que a  minha mulher corrobora.” (Climério)
“Tenho todos os defeitos do mundo. E não satisfeito ainda pego alguns dos vizinhos.” (Climério)

É muito mais importante revogar normas ruins do que criar boas. Calvin Coolidge

O ano recém começou e já não suporto ouvir falar do PT. Será um longo ano de negativas e justificações. Os malfeitos da ralé não cessam.

A Bancoop como "laboratório"



O Estadão define o caso Bancoop como uma espécie de laboratório do PT. Leiam o trecho do editorial "O ossário petista":

"Pode-se dizer que o caso Bancoop foi uma espécie de laboratório do PT para testar maneiras de subtrair do alheio vultosos recursos para financiar seu projeto de poder eterno - e, de quebra, enriquecer alguns de seus operadores. Conforme a investigação do Ministério Público, o partido nem havia chegado à Presidência, em 2003, e já organizava o esquema de desvio na cooperativa dos bancários."

No laboratório do PT, foi gerada também a sua própria "imprensa".

O Antagonista

“A tal terceira idade é o reino das pelancas.” (Josefina Prestes)

MSA

"Faço parte do MSA- Movimento Social das Ancas. Não pegamos verbas públicas, mas pegamos homens em público." (Josefina Prestes)
No meu caminho havia um padre. Havia um padre no meio do meu caminho e depois na minha cama.” (Josefina Prestes)
“Sou linda por dentro, mas ninguém vê.” (Josefina Prestes)
“Inquisição? Nada sei, era com o povo de Deus, eu não estava lá.” (Satanás Ferreira)


“Não sou mau. Só queimo o que Deus manda.” (Satanás Ferreira)

MT-Riva negocia delação premiada com Ministério Público Federal e Estadual

O ex-deputado José Geraldo Riva está negociando um acordo de delação premiada com o Ministério Público Estadual (MPE) e com o Ministério Público Federal (MPF). As conversas, ainda em estágio inicial, avançaram e podem resultar em provas de dezenas de casos de corrupção, envolvendo figuras políticas até hoje não investigadas. Segundo fontes do MPE, Riva participou de diversas reuniões nas últimas semanas, e tem se mostrado disposto a entregar tudo o que sabe sobre casos nebulosos de que tem conhecimento por conta dos mais de 20 anos de vida pública. O acordo só não chegou à fase final ainda porque o MPF ainda se mostra reticente. Riva é réu em mais de 100 processos na Justiça, 90% deles na esfera estadual. 

Como deixou o cargo de deputado estadual, que lhe garantia prerrogativa de foro, a tendência é que estas ações passem a tramitar de forma mais célere, o que representaria, em última análise, em diversas condenações ao parlamentar. ‘Ele não tem mais nada a perder’, resumiu uma das fontes que revelaram as tratativas. Ainda não se sabe quais benefícios seriam concedidos a Riva, apontado como mentor de vários casos de desvio de recursos públicos, ao longo dos anos. Para avaliar as provas que um eventual acordo pode trazer, estuda-se até a realização de um trabalho envolvendo promotores e procuradores de diversos núcleos. 

Tendo por base um dos pilares da colaboração, a de que o colaborador deve revelar as identidades que estavam acima dele na organização criminosa, Riva poderia implicar diversas personalidades políticas, entre elas, um dos investigados na Operação Ararath, o senador Blairo Maggi (PR), governador à época em que uma suposta organização foi montada para o cometimento de crimes contra o sistema financeiro. O inquérito contra o republicano tramita junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), em sigilo. Tendo ocupado cargos na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Riva também poderia implicar deputados e ex-deputados. 

Só Notícias
“Resultado do meu exame de coração: Bacon 10 x Artérias 1.” (Fofucho)
"Não posso ficar sem carboidratos. Sem eles sinto um enorme vazio." (Fofucho)
“Tenho minhas razões para não frequentar balanças. Nossas personalidades são incompatíveis.” (Fofucho)

MUTANTE NA CASA GREMISTA

Roger Machado, treinador do meu Grêmio está sofrendo uma mutação. Ele que começou tão bem está aos poucos se transformando num Celso Roth negro. E pra acabar com as esperanças!

HRX

“Os terráqueos se matam por algo chamado religião. Nem de se comer e beber é .Que coisa maluca!” (HRX, o ET viajante)

ARGENTINA- CHEGOU A HORA DOS CHUPINS- Na Argentina, milhares de demissões acendem debate sobre funcionalismo



Mais de 18,6 mil foram demitidos, segundo central de trabalhadores.
Presidente diz que Kirchners colocaram Estado 'a serviço da militância'.


Está certo o Macri, basta de inchaço, todos sabemos que o bolivarianismo não é responsável.


Que penem alguns sugadores e não uma nação inteira.

PIADA- Instituto Lula vê tentativa de macular imagem de ex-presidente

Precisa? Não bastam os atos e  fatos?

Trágico engano

“Dilma pensa que o sol gira em torno dela. Não é o sol, é um latão de lixo.” (Eriatlov)

Verdades

“Elvis não morreu. Dilma lutou pela democracia. “ (Mim)
“Os religiosos criaram o inferno. Trata-se sem nenhuma dúvida de uma obra dos diabos.” (Mim)
“No Brasil tudo está no lugar.  No lugar errado.” (Mim)

PALANQUE COM GRANA PÚBLICA

A Petrobras despejou R$ 800 mil dos contribuintes no convescote “Fórum Social Mundial”, apenas um palanque para o MST e sindicalistas ligados ao PT e membros da UNE, controlada pelo PCdoB, protestarem contra o impeachment. Contra a ladroagem, nada.

Cláudio Humberto

DÍVIDA DE R$500 BILHÕES INVIABILIZA O PRÉ-SAL

Usado pela propaganda do governo do PT como a chave para “o fim da pobreza no Brasil”, o pré-sal está inviabilizado pela dívida de R$ 500 bilhões da Petrobras. É a maior dívida de uma petroleira em todo o mundo. Para o mercado financeiro, o governo caminha na contramão do mundo, aumentando o preço de derivados de petróleo, impactando na produção. No primeiro mandato, Dilma prometia de 4,2 milhões de barris de petróleo por dia. Em outubro, isso caiu para 2,7 milhões.

Cláudio Humberto

Do ‘Aedes aegypti’ à tsé-tsé. Por Fernando Gabeira

PUBLICADO ORIGINALMENTE NO ESTADÃO, "OPINIÃO", E NO SITE OFICIAL DE FERNANDO GABEIRA, WWW.GABEIRA.COM.BR, 29 de janeiro de 2016


A crise brasileira é um fato internacional. Dentro dos nossos limites, estamos puxando a economia mundial para baixo. Nossa queda não impacta tanto quanto a simples desaceleração chinesa. Mas com alguma coisa contribuímos: menos 1% no crescimento global.

Na crise da indústria do petróleo, com os baixos preços do momento, o Brasil aparece com destaque. Cerca de 30% dos projetos do setor cancelados no mundo foram registrados aqui, com o encolhimento da Petrobrás. Dizem que os brasileiros eram olhados com um ar de condolências nos corredores da reunião de Davos. Somos os perdedores da vez.

Diante desse quadro, Dilma diz-se estarrecida com as previsões negativas do FMI. Quase todo mundo está prevendo uma crise de longa duração e queda no PIB. Centenas de artigos, discursos e relatórios fortalecem essa previsão. Dilma, se estivesse informada, ficaria estarrecida por o FMI ter levado tanto tempo para chegar a essa conclusão. Ela promete que o Brasil volta a crescer nos próximos meses. No mesmo tom, Lula declarou aos blogueiros amestrados que não existe alma viva mais honesta do que ele. Não é recomendável entrar nessas discussões estúpidas. Não estou seguro nem se o Lula é realmente uma alma viva.

A troca de Levy por Barbosa está sendo vista como uma luta entre keynesianos e neoliberais. Pelo que aprendi de Keynes, na biografia escrita por Robert Skidelsky, é forçar um pouco a barra acreditar que sua doutrina é aplicável da forma que querem no Brasil de hoje. É um Keynes de ocasião, destinado principalmente a produzir algum movimento vital na economia, num ano em que o País realiza eleições municipais. É o voo da galinha, ainda que curtíssimo e desengonçado como o do tuiuiú.

O Brasil precisa de uma década de investimentos vigorosos, para reparar e modernizar sua infra. Hoje, proporcionalmente, gastamos nisso a metade do que os peruanos gastam.

O governo não tem fôlego para realizar essa tarefa. Isso não significa que não haja dinheiro no Brasil ou no mundo. Mas são poucos os que se arriscam a investir aqui. Não há credibilidade. O populismo de esquerda não é uma força qualquer, ele penetra no inconsciente de seus atores com a certeza de que estão melhorando a vida dos pobres. E garante uma couraça contra as críticas dos que "não querem ver pobre viajando de avião".

Em 2016 largamos na lanterna do crescimento global. Dilma está estarrecida com isso e a mais honesta alma do Brasil diz "sai um lorde Keynes aí" como se comprasse cigarros num botequim de São Bernardo do Campo.

Aos poucos, o Brasil vai se dando conta da gravidade da epidemia causada pelo Aedes aegypti. Gente com zika foi encontrada nos EUA depois de viajar para cá. As TVs de lá martelam advertências às grávidas. Na Itália quatro casos de contaminação foram diagnosticados em viajantes que passaram pelo Brasil. O ministro da Saúde oscila entre a depressão e o entusiasmo. Ora exagera o potencial das campanhas preventivas, ora reconhece de forma fatalista que o Brasil está perdendo feio a guerra para o mosquito. Com nossa estrutura urbana, é quase impossível acabar com o mosquito. Mas há o que fazer.

Não se viu Dilma estarrecida diante da epidemia. Nem a mais honesta alma do Brasil articulando algo nessa direção. Solução que depende do tempo, a vacina ainda é uma palavra mágica.
No entanto, estamos nas vésperas da Olimpíada. Os líderes que a trouxeram para o Brasil, nos tempos de euforia, quase não tocam no assunto; não se sentam para avaliar como nos degradamos e como isso já é percebido com clareza lá fora.

A Economist publica uma capa com Dilma olhando para baixo e o título: A queda do Brasil. Na economia, área em que as coisas andam mais rápidas, não há mais dúvidas sobre o fracasso.
A segunda maior cidade do Rio, Estado onde se darão os Jogos, simplesmente quebrou. Campos entrou em estado de emergência econômica, agora que os royalties do petróleo parecem uma ilusão de carnaval.

O problema dos salvadores do povo é que não percebem outra realidade exceto a de permanência no poder. Quanto pior a situação, mais se sentem necessários. Os irmãos Castro acham que salvaram Cuba e levaram a um patamar superior ao da Costa Rica, por exemplo. O chavismo levou a Venezuela a um colapso econômico, marcado pelas filas para produtos de primeira necessidade, montanhas de bolívares para comprar um punhado de dólares. Ainda assim, seus simpatizantes dizem, mesmo no Brasil, que a Venezuela está muito melhor do que se estivesse em mãos de liberais.

O colapso, a ruína, a decadência, nada disso importa aos populistas de esquerda. Apenas ressaltam suas boas intenções e a maldade dos críticos burgueses, da grande mídia, enfim, de qualquer desses espaços onde acham que o diabo mora. O Lula tornou-se o símbolo desse pensamento. Na semana em que se suspeita de tudo dele, do tríplex à compra de caças, do petrolão às emendas vendidas, chegou à conclusão de que não existe alma viva mais honesta do que ele.

Aqueles que acreditam num diálogo racional com o populismo de esquerda deveriam repensar seu propósito. Negar a discussão racional pode ser um sintoma de intolerância. Existe uma linha clara entre ser tolerante e gostar de perder tempo. O mesmo mecanismo que leva Lula a se proclamar santo é o que move a engrenagem política ideológica do PT. Quando a maré internacional permitiu o voo da galinha, eles se achavam mestres do crescimento. Hoje, com a maré baixa, consideram-se os mártires da intolerância conservadora. Simplesmente não adianta discutir. No script deles, serão sempre os mocinhos, nem que tenham de atacar a própria Operação Lava Jato.

Considerando que Cuba é uma ditadura e a Venezuela chega muito perto disso com sua política repressiva, como explicar a aberração brasileira?

Certamente algum mosquito nos mordeu para suportarmos mentiras que nos fazem parecer otários.

Não foi o Aedes aegypti. A tsé-tsé, quem sabe?

*** *Fernando Gabeira*- é escritor, jornalista e ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro. Atualmente na Globo News, onde produz semanalmente reportagens sobre temas especiais, por ele próprio filmadas (no ar aos domingos, 18h30, e em reprises na programação). Foi candidato ao Governo do Rio de Janeiro nas últimas eleições. Articulista para, entre outros veículos, O Estado de S. Paulo e O Globo, onde escreve aos domingos.
Seu blog é no www.gabeira.com.br

A hora da onça beber Brahma. Coluna Carlos Brickmann

A panela de pressão está em fogo máximo: o promotor Cássio Conserino, do Ministério Público paulista, intimou o ex-presidente Lula, sua esposa Marisa Letícia e o ex-presidente da empreiteira OAS, Leo Pinheiro, para depor como investigados no caso do apartamento de Guarujá. Acabou a fase do disfarce, em que todo mundo sabia quem estava sendo investigado mas ninguém confirmava nada. Lula, sua esposa e Leo Pinheiro devem depor no dia 17, às 11 horas.

Não é este o único problema do Número 1, como era chamado por amigos empreiteiros. Atribui-se à Odebrecht e à OAS o patrocínio da reforma do sítio de Atibaia, o que pode configurar retribuição por favores recebidos do Governo Federal. O alto funcionário da Odebrecht que coordenou a construção do estádio do Corinthians, Frederico Barbosa, foi identificado por fornecedores e empregados como executor da reforma; e disse que colaborou mesmo, mas só para ajudar, sem cobrar nada, porque, afinal, estava de férias e tinha tempo sobrando. Pois é.

E o Ministério Público Federal vem alcançando pessoas próximas de Lula.

Junte-se tudo - e aquele personagem coberto de Teflon, em que nenhuma acusação grudava, passa a apresentar falhas no revestimento. O curioso é que, normalmente, investiga-se alguém que diz que é dono de algo e se suspeita de que não é. Aqui é o oposto: Lula diz que não é dono do apartamento na praia, nem do imóvel de Atibaia conhecido como Sítio do Lula, que sua família e amigos (entre eles o ex-governador Zeca do PT, do Mato Grosso do Sul) costumam frequentar. Frase de Zeca do PT: "Eu que ensinei o Lula a pescar. Ele é bom de pesca, mas no sitio dele os peixes são criados para que só ele consiga fisgá-los".

É mas não é

A esposa de Lula comandou as obras de reforma do apartamento na praia. O engenheiro Armando Dagre, da Talento Construtora, executou o trabalho, encomendado e pago pela OAS. Disse que nunca teve contato com Lula, mas sempre com a esposa Marisa Letícia.

Numa das vezes, Marisa Letícia visitou o apartamento que, segundo Lula, não é do casal, em companhia de um filho, Fábio Luiz, do então presidente da OAS, Leo Pinheiro, e de um engenheiro da empreiteira.

Não é mas é

O Instituto Lula diz que o ex-presidente tinha uma cota do prédio mas não exerceu a opção de compra - logo, o apartamento de Guarujá não é dele. Mas, conta Lenir de Almeida Marques, gente de casa, prima do ministro de Lula Luiz Gushiken, lulista desde o tempo de sindicato, "todos pegamos as chaves no dia 5 de junho, inclusive dona Marisa". 

Lula quis processar o repórter Germano de Oliveira, de "O Globo", que deu a notícia, mas a queixa foi rejeitada pela Justiça.

Hora da arrumação

Seria interessante alguém dar um balanço na série de escândalos, para esclarecer quem é quem e o que de fato está acontecendo. Uma das coisas mais curiosas, por exemplo, se refere ao sítio de Atibaia. A reforma foi feita, afinal, pela OAS, pela Odebrecht ou por um consórcio informal das duas gigantes da empreita? Terá a OAS se limitado, no caso de Atibaia, à reforma da cozinha? 

Outra dúvida: se o ex-presidente Lula não é dono do apartamento da praia, por que foi lá tantas vezes? Teria convocado motorista, seguranças, convidado a esposa, simplesmente para dar um passeio e assistir à obra do apê que deixara de comprar? Teria vontade apenas de se solidarizar com os cumpanhêro operários?

Mais uma: o lobista que prometeu aos procuradores que, em troca da redução da pena, diria que José Dirceu lhe sugerira que passasse um tempo fora do país, depois desmentiu tudo ao juiz Sérgio Moro, depois confirmou tudo, diz que mudou de posição porque seus netos foram ameaçados. Mas por que terá levado mais de 24 horas para relatar a ameaça a procuradores e juiz?

Pode ou não pode?

Em primeiro lugar, este colunista é contra tudo que atrapalhe o funcionamento normal da cidade e prejudique o direito de ir e vir da grande maioria da população. Mas é preciso ver o que se pode fazer e o que não se pode. O Movimento Passe Livre, em suas marchas (sempre no horário que mais prejudicava o trânsito), teve de enfrentar a Polícia Militar, que usou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. 

Mas um movimento de manifestantes favoráveis à volta da ditadura militar, que ocupou por mais de três horas uma das avenidas mais importantes de São Paulo, a Marginal, estrangulando todo o trânsito da cidade, não foi incomodado.

Por que a diferença de tratamento? Menino mimado não pode, filhote da ditadura pode? O Governo tucano paulista precisa explicar sua passividade no caso dos saudosistas dos militares no poder. 

Fala, Geraldo Alckmin!

Onde está a autoridade?

O presidente do Sindicato dos Motoristas de Táxi de São Paulo, Antônio Matias, postou vídeo numa rede social criticando o Uber, serviço de transporte compartilhado, e ameaçando: "A palhaçada na cidade acabou e, agora, é cacete". Acusa também o prefeito Fernando Haddad, do PT, de não cumprir compromissos que assumiu com a categoria. Prefeito, quem vai dar queixa à Polícia? Ameaçar a ordem pública, com cacete ou não, é crime.

Fala, Fernando Haddad! 

www.chumbogordo.com.br 
carlos@brickmann.com.br
twitter: @CarlosBrickmann

Coisa de safado

“Falta de caráter é o que mais se vê na família do sapo. Querer justiçar a gatunagem própria ancorada em desvios de conduta de outros.  Quando não aleivosias.” (Eriatlov)

Oposição

“A oposição no Brasil se resume a um quinteto. O resto joga no time das boquinhas.” (Eriatlov)

O podre deus deles

“O deus do PT é Lula. Mostrar seus podres faz os cabecinhas ocas cuspirem fel.” (Eriatlov)

MOLECAGEM BOLIVARIANA

Quando Nação amiga elege um presidente não “esquerdista”, Dilma dá ouvidos ao aspone Top Top Garcia e faz grosserias. Deixou de felicitar Marcelo Rebelo de Sousa, presidente eleito de Portugal, e fez questão de chegar à posse de Mauricio Macri (Argentina) após a solenidade.

Cláudio Humberto

Muçum no óleo

“Faz anos que o trabalho anda procurando por Lula.  Mas o sujeito é muçum no óleo e ainda conta com o apoio da imprensa guarda- vagabundo.” (Eriatlov)

Salivações da Mocréia planaltina


GM confirma demissão de 517 funcionários na unidade de São José