quarta-feira, 23 de setembro de 2015

GAZETA DA TONTA- Com o dólar matando a pau o Real está de malas prontas pra fugir para o Paraguai.

“Se o dicionário é o pai dos burros a internet seria a mãe?” (Mim)

“Não tenho anjinho da guarda. Tenho um capetinha da guarda.” (Mim)

“E Fidel não morre. Temos aí uma prova de que os inúteis também são longevos.” (Cubaninho)

“Quem é estúpido ou imbecil não corre o risco de ficar só neste planeta. Que multidão!” (Limão)

“A rotina é algo que mata o casamento por envenenamento em pequenas doses diárias.” (Filosofeno)

“Um petista nunca mama sozinho. Traz a família para o regaço.” (Mim)

“Sou um homem de muitas posses. Posses de banha.” (Fofucho)

Uma família de negócios

-Filho, viu só? O Vaccari pegou 14 anos de cadeia.
-Seu amigo, né pai?
-Filho, não comente por aí, certas amizades é melhor não lembrar, ficam no passado.
-Mas e a grana que você deve para ele?
- Vou esperar o homem sair, né?   O que é que pode fazer?

O STJ está fatiando a Lava-Jato? O que se pode esperar de uma maioria indicada pelos petistas? Muito joio, pouco trigo!

O PROBLEMA É QUE NINGUÉM MAIS ACREDITA NO LESMÃO- Mesmo com intervenção do BC, dólar sobe mais 2,28% e atinge novo recorde: R$ 4,14

“Algum político desses que o povo já bem conhece encara seus filhos sem usar óculos escuros? Ou serão todos frutas podres?” (Eriatlov)

“Dê flores para os vivos. Os mortos já não conseguem apreciá-las.” (Filosofeno)

Deus boleiro

“Pelo papo cabeça dos boleiros crentes, Deus joga, o time ganha. Se perde tem coisa melhor reservada para eles. Infantilidade sem tamanho. Primeiro em acreditar nesse poderoso virtual, depois crer que até no futebol ele se mete.” (Mim)

MUSA DO PT

Ó musa da petezada
Que no próprio pensamento se embaralha
Enquanto seus neurônios se debatem
Toma conta do país a canalha.

A GAZETA DO AVESSO- Raul e Fidel Castro serão ordenados padres em cerimônia a ser realizada no Vaticano ainda em 2015. Serão a primeira leva da nova fase de padres comunistas a serviço da obra do capeta

A GAZETA DO AVESSO- Obama aceita pedido do Papa Chico e coloca Maradona como Ministro da Farinha dos EUA.

A Bancoop e os apoiadores do Estado Islâmico



A Polícia Federal está investigando uma rede de apoiadores do Estado Islâmico no Brasil. No início do mês, uma matéria de Época mostrou que a investigação chegou ao libanês Firas Allameddin, cujo grupo teria movimentado R$ 50 milhões em cinco anos por meio de empresas de fachada.

O Antagonista descobriu agora que Firas Allameddin, um irmão e um amigo vivem em apartamentos do conjunto Torres da Mooca, empreendimento da Bancoop. A PF fez buscas no local e agora investiga se os suspeitos de terrorismo tinham contrato de aluguel ou se moravam de favor.

O Antagonista

PENSANDO NO VALÉRIO- Ex-presidente da Sete Brasil fecha acordo de delação premiada

Nota sobre voluntariedade e justiça by andreafaggion

Nota sobre voluntariedade e justiça

by andreafaggion
O que considero particularmente reprovável no discurso de boa parte do movimento libertário é como se conclui rápida e trivialmente da voluntariedade de uma relação para sua qualificação como justa, como se nenhuma análise adicional de fizesse necessária. Constato um desprezo muito grande pelo discurso do outro, uma incapacidade de ouvir e procurar entender os motivos daquele que discorda de nós, já pressupondo, simplesmente, que são defensores da violência. Pois eu gosto de ouvir e eu sempre me pergunto: por que eles acreditam que um contrato de casamento é perfeitamente legítimo, quando é assinado voluntariamente por dois adultos, mas têm tantos problemas em aceitar o mesmo tipo de contrato em certas relações de trabalho?
O ponto é que esses nossos interlocutores não aplicam o mesmo conceito de voluntariedade que nós. Para nós, libertários, voluntária é toda ação que não é praticada sob coerção de outro. Simples assim! Mas, para muita gente, a voluntariedade tem um sentido mais forte. Só seria voluntária a ação praticada sem necessidade. Isso nos faz lembrar do exemplo do navio, de Aristóteles. Seu navio vai afundar se você não jogar a carga no mar. Essa carga é preciosa para você. Mas ou você se desfaz dela ou morre. Você escolhe jogar a carga ao mar. Muitos dirão: de fato, você não tinha escolha, portanto, a ação não foi voluntária.
Agora, apliquemos a analogia a um contrato de trabalho. Trabalhadores pouco produtivos têm pouca ou nenhuma opção quando colocados diante de uma oferta de emprego. A menos que eles tenham outra fonte de renda, ou aceitam a oferta ou morrem de fome. Daí que tantas pessoas concluam que a relação não é voluntária.
Ok, aceitemos então os dois conceitos de voluntariedade como razoáveis. (Eu até quero reler Aristóteles, porque não lembro bem como ele classifica a ação do sujeito no navio. Acho que é como voluntária, mas com alguma qualificação.) Bem, o que decorre agora? Nós vamos considerar como juridicamente nulos os contratos de trabalho feitos com trabalhadores sem outras opções? Ora, então, esses contratos não serão mais oferecidos. Isso seria equivalente a condenar o sujeito no navio a afundar com a carga, pois ele foi proibido de jogá-la fora.
Naturalmente, ninguém defende exatamente isso, embora essa seja a consequências de muitas medidas defendidas por opositores do libertarianismo. O que querem é que o sujeito não precise jogar a carga ao mar. Assim, a grande questão que se coloca mesmo é a seguinte: alguém pode ser obrigado, por força de lei, a prover um necessitado com mais opções, para que ele possa fazer escolhas voluntárias no sentido dos opositores do libertarianismo?
Aqui, vocês precisam notar o choque entre os dois conceitos de voluntariedade. Para que um se torne capaz de ações voluntárias no sentido de ações não necessitadas, outro tem que praticar uma ação involuntária no sentido de uma ação coagida. O que precisa ser provado é que possuímos um direito geral a ações voluntárias, nesse sentido de ações não necessitadas, de tal forma que esse direito possa ser oposto a qualquer indivíduo, mesmo que ele não tenha nenhuma responsabilidade por nossa situação. Em outras palavras, teria que haver um direito a termos um bom número de boas escolhas (como determinaríamos o quanto seria o bastante?) e esse direito, como tal, suplantaria o direito de não sermos coagidos.
Mas temos algum direito de não sermos coagidos? Certamente, se existe tal coisa como direito, quaisquer que sejam os direitos, a base dele é o direito de não sofrermos coerção arbitrária. Se não houver tal direito, qualquer um pode sofrer qualquer ato de força a qualquer momento. Então, o que distinguiria o domínio do direito da pura violência? O direito, em sentido moral, é um uso legítimo que se faz da força. Isso pressupõe que nem todo e qualquer ato de força é legítimo. Assim, os indivíduos têm o direito de não sofrerem atos de força, a menos que o direito autorize, ou seja, que se justifique moralmente esse apelo à força. Deve ser argumentado por opositores do libertarianismo que o direito autoriza atos de força sobre algum indivíduo para que se amplie o número de boas escolhas disponíveis a outro indivíduo. Desejo boa sorte com isso a nossos opositores.

Blog do Noblat-Dilma pagou caro e o PMDB voltou para o seu lado

Ricardo Noblat
Como os mais céticos suspeitavam, o PMDB tinha um preço, sim, para indicar nomes destinados a compor o ministério reformado da presidente Dilma Rousseff. E assim, depois de assinar embaixo da fatura, ela pôde, ontem à noite, recolher-se em relativo sossego aos seus aposentos do Palácio da Alvorada. Havia ganhado a batalha.
O preço do PMDB: dois ministérios para os deputados federais, mais dois para os senadores, e outro para deputados e senadores desde que eles sejam capazes de se entender em torno de um nome. Na véspera, Dilma fora dormir aflita. O PMDB ameaçara ficar de fora do seu novo governo. Poderia ser o começo do fim.
A trinca de caciques do partido (Michel Temer, vice-presidente da República, Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, e Renan Calheiros, presidente do Senado) fora consultada por Dilma e se negara a apadrinhar novos ministros. Alegara que não o faria para não dificultar a tarefa dela de enxugar o governo.
Mas o PMDB não se resume aos seus caciques. E pelo PMDB falam muitos. Dilma pediu então socorro a Luiz Fernando Pezão, governador do Rio de Janeiro, a Leonardo Picciani, líder do PMDB na Câmara e que almeja se reeleger para a função no próximo ano, e a Eunício Oliveira, líder do partido no Senado. Deu certo.
Entre os ministérios a serem controlados pelo PMDB, está a joia da coroa – o Ministério da Saúde, o de maior orçamento e importância da área social, com uma capilaridade capaz de oferecer empregos e oportunidades de negócios a quem souber aproveitar. O PMDB tem políticos experientes e aptos para a tarefa.
Renan cedeu à tentação e fez jogo duplo. De público, dissera que não patrocinaria nomes para o ministério. Por meio do colega Eunício, negociou a indicação de nomes, sim. Queria emplacar o novo ministro da Integração Nacional. O atual é do PP. O filho de Renan, governador de Alagoas, depende de verbas da Integração Nacional.
Dilma barganhou. Ofereceu a Renan o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, cujo titular no momento é o empresário Armando Monteiro Neto, do PTB. Dilma não gostou de ter visto Armando criticando medidas do ajuste fiscal. Seria uma maneira de acertar as contas com ele.
De olho nos acertos para o anúncio em breve do governo renovado, o PMDB votou disciplinadamente na sessão do Congresso que apreciou, à noite, os vetos de Dilma a projetos que criavam novas despesas. Disciplinadamente significou: pela manutenção dos vetos. O governo celebrou o resultado. Saiu tudo como ele queria.
O PMDB foi esperto. Pegaria mal se ele derrubasse os vetos à criação de novas despesas depois de tanto malhar o governo por sugerir o aumento de impostos e a criação de novos. Com o dólar alcançando um valor jamais registrado antes na história do Real, não interessava ao PMDB contribuir para que ele, hoje, batesse novo recorde.
Em resumo: o PMDB foi dormir como um partido responsável e merecedor da confiança do sistema financeiro e das classes produtoras. E também como um partido que tomou do PT a condição de o partido mais forte de um governo que ainda teima em respirar. A cada dia a sua agonia.

“Lula socou Dilma no povo brasileiro e foi ao cinema. Se diverte enquanto o povo sofre. É o mais legítimo cara-de-pau.” (Eriatlov)

“Dilma confirma todos os dias o que pensamos dela e para pior um pouco mais.” (Eraitlov)

Antes os pais preparavam seus filhos para a vida, agora os protegem da vida



A coluna de João Pereira Coutinho desta semana na Folha toca na ferida do narcisismo moderno que produziu a geração “mimimi”, que se faz de vítima a toda hora e clama por “direitos” inexistentes a todo momento, como o de não se sentir “ofendido”. Claro que seria impossível esgotar o assunto em poucas linhas, mas Coutinho, com base no livro How to raise an adult, de Julie Lythcott-Haims, resume muito bem uma das possíveis explicações do fenômeno.

E numa sentença, a grande diferença da geração atual para as anteriores é que, antigamente, os pais preparavam seus filhos para a vida, que nunca foi moleza, enquanto hoje eles os protegem da vida. Criam verdadeiras redomas, bolhas onde colocam seus filhos supostamente protegidos de todos os riscos e perigos do mundo real, do sofrimento, dos fracassos, da necessidade de se virar por conta própria.

O resultado disso é uma geração incapaz de se defender por conta própria, que olha para fora sempre em busca de proteção, que se sente ofendida por tudo e acha que “alguém”, o estado, deve impedir tal sofrimento, tais “ofensas”. A era do politicamente correto teria ligação direta com isso, assim como as universidades transformadas em ambientes paranóicos, em que professores não podem mais falar uma frase sem se preocupar com a reação das pessoas, das “minorias”.

Coutinho apresenta um caso concreto e absurdo ocorrido em Harvard, mas sabemos ser apenas um exemplo entre milhares. As universidades, lugares que outrora eram intelectualmente férteis, desafiadores, estimulantes, viraram “zonas de conforto” onde o mais importante é “proteger as minorias”. A “marcha dos oprimidos” é, talvez, o tema mais importante culturalmente falando do nosso século.

E a educação dos pais no mundo moderno estaria por trás disso. Os pais criam seus filhos como flores numa estufa. Como fazem isso? Coutinho dá alguns exemplos:

Escolhendo por eles (cursos, amigos, até tempos livres); pensando por eles (com exércitos de explicadores para todas as matérias curriculares); e até vivendo por eles (de preferência, medicando qualquer comportamento “desviante”, como a preguiça saudável ou o excesso de energia).

Essa atitude tem um preço e o preço encontra-se na quantidade de alunos que a autora encontrava na universidade literalmente à deriva: insones; deprimidos; ansiosos; incapazes de tomarem uma decisão por medo psicótico de fracassarem.

E, quando a decisão era inevitável, o comportamento era uniforme: um telefonema aos pais para que fossem os pais a decidirem por eles.

Para Julie Lythcott-Haims, a educação “moderna” fez dos “adultos” de hoje seres “existencialmente impotentes”. Porque os pais, na ânsia de tudo protegerem e controlarem, alimentaram nos filhos uma mentalidade de vítimas: seres frágeis e amedrontados que simplesmente não sabem como “funcionar” no mundo que existe fora do aquário.

Eis aí os “adultescentes”, os jovens que agem como crianças, os adultos que se recusam a crescer para a vida. Tudo passa a ser, então, uma “microagressão”, termo ridículo que, pasmem!, ganhou os campos universitários, locais que no passado eram “ritos de passagem” para a fase adulta.

Esses filhos tiveram sua independência tão tolhida que não conseguem nem mesmo se rebelar contra os progenitores, marca tradicional da juventude. Tiveram suas asas cortadas “pelo amor sufocante dos pais durante anos e anos de gaiolas douradas”. Será que ainda dá tempo de reverter esse quadro preocupante?

Rodrigo Constantino

Os bacorinhos votaram na Dilma, sem pestanejar. Agora começam a espernear porque a ração está diminuindo. Na cabeça, sem dó!

ESTUDANTE DEZ- “Quando o professor perguntou quem é o presidente da Romênia eu não vacilei: Conde Drácula. Zero!” (Chico Melancia)

Cavalgaduras

“A história do mundo está repleta de cavalgaduras que foram populares. O Brasil contemporâneo está a contribuir com mais algumas.” (Limão)

“O Dia de Finados se aproxima. Espero ir ao cemitério, caminhando.” (Mim)

Do Baú do Janer-quinta-feira, agosto 30, 2007 FÉ É FOGO

Comentando o livro Deus, um Delírio, de Richard Dawkins, escrevi outro dia que sua argumentação, opondo a ciência à fé, é inútil. Pois os crentes são infensos à razão. Continuando a leitura do livro, encontrei um caso exemplar que confirma minha afirmação. Dawkins fala de Kurt Wise, um geólogo americano que hoje dirige o Centro para Pesquisas no Brian College, em Dayton, Tenesse. Falei outro dia também do filme E o vento será tua herança, que retoma uma discussão - em verdade, um processo - de 1925, quando o promotor William Jennings Bryan, na mesma cidade de Dayton, acusou de darwinismo o professor de ciências John Scopes. O Bryan College deriva do promotor Bryan.

Wise era um cientista altamente qualificado e promissor e sua educação religiosa exigia que ele acreditasse que a Terra tinha menos de 10 mil anos de idade. O conflito entre sua religião e sua ciência fez com que tomasse uma decisão. Sem conseguir suportar a tensão - conta-nos Dawkins - atacou o problema com uma tesoura. Pegou uma Bíblia e a percorreu, retirando literalmente todos os versículos que teriam de ser eliminados se a visão científica do mundo fosse verdadeira. Concluiu então:

"Por mais que eu tentasse, e mesmo com o benefício das margens intactas ao longo das páginas das Escrituras, vi que era impossível pegar a Bíblia sem que ela se partisse ao meio. Tive de tomar uma decisão entre a evolução e as Escrituras. Ou as Escrituras eram verdade e a evolução estava errada ou a evolução era verdade e eu tinha de jogar a Bíblia fora. Foi ali, naquela noite, que aceitei a Palavra de Deus e rejeitei tudo que a contradissesse, incluindo a evolução. Assim, com grande tristeza, lancei ao fogo todos os meus sonhos e as minhas esperanças na ciência.

"Embora existam razões científicas para aceitar uma terra jovem, sou criacionista porque essa é a minha compreensão das Escrituras. Como disse para meus professores, anos atrás, quando estava na faculdade, se todas as evidências do universo se voltarem contra o criacionismo, serei o primeiro a admiti-las, mas continuarei sendo criacionista, porque é isso que a palavra de Deus parece indicar. Essa é a minha posição".

Fé é fogo. Como disse, não adianta opor a razão à fé. Quem crê, não tem dúvidas. Mesmo tendo nascido em um universo pagão, em meus de guri fui pego por uma catequista e o catecismo cristão me foi enfiado a machado na cabeça. O que me libertou do obscurantismo católico foi uma singela característica do ser humano, a sexualidade. Eu não conseguia entender como algo tão bom podia ser pecado, e portanto proibido. Em umas férias de verão, encerrei-me em um quarto de nossa casa de campo, com uma Bíblia em punho. Eu a reli durante três dias e três noites, encerrado naquele quartinho, só saindo de casa nas madrugadas, para cavalgar pelas coxilhas. Meus pais, que me passavam a comida por uma janelinha, começavam a duvidar de minha sanidade mental.

Daquela releitura, emergi ateu. De início, um profundo desconsolo. Quer dizer que não havia vida eterna, paraíso, aquelas sobremesas todas post-mortem? Convicto de que com a morte tudo acaba, consolei-me ao constatar que todos os homens morrem, acreditem ou não na vida eterna. Ao contrário de Wise, entre a razão e a fé, optei pela razão.

Senti-me extraordinariamente liberto. Em dias de tempestade, montava nu em um cavalo e saía a galope em meio aos raios. Na Casa - a residência original do clã - meus tios e primas rezavam, cobriam espelhos e escondiam objetos de ponta, como tesouras e facas. Acreditava-se que esses objetos atraíam raios. Em minha hybris juvenil, eu empinava o cavalo frente à Casa e a cada raio gritava: "Manda outro, grande Filho-da-Puta".

Crueldade de menino. Minha parentada, lá dentro da Casa, se contorcia, rezava e fazia o sinal da cruz, implorando a salvação da alma do herege. Não que fossem católicos por formação. Mas em suas religiosidades primitivas acreditavam em um Deus que mandava raios.

Hoje, eu os entendo. Mais difícil é entender um cientista que deliberadamente renuncia à razão.

FRANCISCO EM CUBA: BLOQUEIO INTERNO E RECONCILIAÇÃO COM OS LOBOS por Juan Habanero Cubano. Artigo publicado em 22.09.2015

O ditador Raúl Castro, em suas palavras de boas-vindas ao pontífice Francisco, traçou de maneira arrogante as regras do jogo para a visita papal, reafirmando, diante do ilustre visitante, o literal bloqueio interno em que os cubanos vivem há quase seis décadas.
Antes que Francisco tivesse oportunidade de oferecer sua proposta de “reconciliação” e “diálogo” para Cuba, o ditador Castro lhe recordou que a meta prioritária do regime continua sendo a de preservar o socialismo, que a “liberdade religiosa” já seria um direito “consagrado” na constituição, e que o regime não admite interferências, sequer “indiretamente”, no que considera “assuntos internos” da ilha-cárcere (leia-se liberdade e direitos humanos).
O recado estava transmitido e as regras do jogo desse brutal bloqueio interno castrista ficaram reafirmadas, não só ante o pontífice Francisco, senão, também, indiretamente, ante o presidente Obama. Ambos são seus grandes aliados neste momento em que estão respaldando, no plano internacional, o regime comunista e impedindo sua derrubada.
Boa parte dos desdobramentos da visita papal busca sentido e pode ser analisada do ponto de vista desse bloqueio imposto pelas regras do jogo do Lobo.
O recado recebido de um oficial da polícia política por Martha Beatriz Roque, uma destacada dirigente opositora que foi proibida pelo regime de encontrar-se com Francisco no jardim da Nunciatura, para onde havia sido convidada, é suficientemente expressivo e fala por si mesmo. “Se você tem algo que dizer ao papa, diga-o a nós, que o transmitiremos. Também é expressivo e fala por si o comentário balbuciante do porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, na reunião de imprensa posterior à missa em Holguín, sobre a detenção de dissidentes, conforme reproduzido pelo jornalista Jesús Bastante, responsável pelos assuntos religiosos na ABC de Madrid, no artigo para a agência espanhola Religión Digital (21 de setembro de 2015): Por que o papa Francisco não criticou a ditadura cubana? Por que não se encontrou com os dissidentes dos Castro?
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, teve que lançar mão de toda a diplomacia da Santa Sé para responder às insistentes perguntas da imprensa internacional durante a rodada de entrevistas posterior à missa papal em Honguín.
“Não estava nem está prevista uma reunião, em sentido estrito”, com a dissidência, admitiu o porta-voz, que reconheceu ter havido uma tentativa “falida” para que alguns dissidentes pudessem saudar o papa “de passagem”. Alguns deles, como Martha Roque, foram detidos no sábado, quando se dirigiam à Nunciatura para saudar o papa em sua chegada e, posteriormente, participar da Liturgia das Horas (Vésperas) na catedral de Havana.
Sabia Francisco, que essas detenções haviam acontecido? Lombardi não soube responder. “Não tenho nenhuma resposta… de parte da Santa Sé, sussurou o porta-voz, que tampouco quis esclarecer se o papa se referia ao regime quando pediu, na missa de Holguín para superar “nossas resistências a mudança” (até aqui a versão textual do jornalista espanhol Jesús Bastante). Ao mesmo tempo, dezenas de opositores políticos foram detidos à saída de seus domicílios e nas ruas para evitar que com suas eventuais reclamações empanassem o clima de suposta “liberdade religiosa” que se vivia na ilha-cárcere das Antilhas.
O Partido Comunista de Cuba (PCC) exigiu receber as listas com os nomes dos fiéis católicos que precisaram dirigir-se em grupos à missa papal em Havana. E os bispos colaboracionistas consentiram. Mais ainda. Militantes comunistas viajaram em cada ônibus com os fiéis católicos que se dirigiram à missa. E o PCC controlou, com seus militantes, todo o trajeto de Francisco pelas ruas de Havana.
Alguns gestos, sussuros e palavras soltas de Francisco, que poderiam ser interpretados como uma tentativa de quebrar o bloqueio interno castrista, foram anulados pela horrorosa visita de Francisco ao ex-ditador Fidel Castro, solicitada pela Santa Sé. A julgar pelas fotos difundidas no periódico Granma, Francisco contemplava o sanguinário ex-ditador e estreitava suas mãos como se fosse um santo e não o homem responsável pelo fuzilamento de jovens mártires católicos que morreram no paredón exclamando “Viva Cristo Rei, abaixo o comunismo!”. Fidel foi, também, o artífice da estratégia posterior de criar apóstatas e não mártires, reconhecida em discurso na Universidade de Havana. Ele é o maior responsável, enfim, pela destruição de Cuba.
Nessa perspectiva, a viagem papal a Cuba contribuiu, decisivamente, para manter o bloqueio interno que asfixia os cubanos e a empurrar os católicos para uma “reconciliação” com os Lobos comunistas. São estas algumas primeiras reflexões, sem dúvida esquemáticas, nos momentos em que termina a visita de Francisco à ilha-cárcere de Cuba.
Juan Habanero Cubano, 21 de setembro de 2015.

DILMA: “NÃO SAIO DAQUI: NÃO DEVO NADA, NÃO FIZ NADA DE ERRADO" por Percival Puggina. Artigo publicado em 23.09.2015

O país tornou-se um espectro do que já foi. Há mais de duas décadas as expectativas em torno da economia nacional não andavam tão baixas. Foi tanta coisa errada ao longo dos últimos 13 anos, tanto abuso praticado com os recursos dos contribuintes, tanta corrupção, que cresce no país a ideia segundo a qual está em curso um plano maligno, ainda mais maligno do que o resultado obtido até aqui. Quem sustenta essa opinião está convencido (e tem bons motivos para estar) que tamanho desastre exige cuidadoso planejamento e primorosa execução.
A frase que dá título a este artigo sustenta a tese. Bem entendida, vale por uma confissão. Se a presidente nada fez de errado, então fez tudo certo e as ações de seu governo, de seus auxiliares diretos e de seu partido levaram o país deliberadamente ao caos (e ainda há quem afirme que “golpe” é propor seu impeachment!). Na outra hipótese, ela não tem ideia do que diz nem do que fez e supôs que o Brasil fosse uma lojinha de tudo por R$ 1,99. Nesse caso, quem a indicou para presidir a república tinha que estar enfiado em camisa-de-força. Dilma desmente a tese segundo a qual cada povo tem o governo que merece. Eu sei, o povo brasileiro elegeu quatro governos petistas, de corrida, um atrás do outro. Mas nem por isso merece tamanho castigo.
Malgrado o caos que se instalou no país, o completo desacerto do governo em relação ao modo de enfrentar a situação, a presidente agarra-se ao cargo como se sua permanência fosse mais importante do que o bem do país. O afastamento voluntário, pelo qual a nação anseia, torna-se impensável por exigir grandeza moral que não encontra medida na régua petista.
Diante de tudo que se sabe, parece inadmissível não haver previsão legal para fundamentar um processo político de impeachment contra quem deteve e detém poder de mando e função de controle sobre o corpo e o espírito do governo. Como pode não ser crime de responsabilidade comandar uma administração onde a probidade era a exceção? Como pode não ser crime de responsabilidade atentar contra a lei orçamentária? São perguntas que se faz todo cidadão medianamente informado. Então vale a informação: tudo isso é crime, sim, em todas as leis que tratam da matéria, como muito bem está salientado no pedido de impeachment formulado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr.
Volto, então, à frase do título. Ou a presidente tem responsabilidade, ou é irresponsável. Em nenhum dos dois casos deve permanecer no cargo por sobradas razões jurídicas e políticas. Isso para não mencionar a dignidade nacional nem as urgências sociais e econômicas.

O governo está quebrado, mas os gastos com propaganda continuam.E assim caminha a irmandade dos comunistas sem pejo.

Parafraseando Don Manuel Azaña, político e escritor, presidente da República Espanhola durante a Guerra Civil.

"Se cada artista da Globo opinasse sobre aquilo que sabe, e só a respeito do que sabe, se faria um grande silêncio, que poderíamos aproveitar para o estudo".

Desceu do muro

O PSB se reúne na próxima semana para referendar a decisão de assumir oposição ao governo Dilma. A bancada na Câmara já defende o impeachment da presidente e anunciou que vota contra a CPMF.

Cláudio Humberto

REFORMA DO GOVERNO NÃO AFASTARÁ IMPEACHMENT

A reforma ministerial não afasta o risco de impeachment da presidente Dilma. A situação é cada vez mais delicada, e o quadro se agravou com a recusa dos caciques do PMDB de indicar ministros, o que pode sinalizar a intenção de rompimento. Para o experiente deputado Jarbas Vasconcelos (PE), um dos independentes do PMDB, a queda de Dilma é apenas uma questão de tempo, “por impeachment ou por renúncia”.

Cláudio Humberto

‘CIDE DO PECADO’ É O PLANO B DE DILMA À CPMF

Apesar de garantir o contrário, o governo tem mesmo um “plano B” para o caso de o Congresso rejeitar a nova CPMF: a criação da “Cide do Pecado”, isto é, a taxação adicional de produtos ligados a lazer e prazeres, de “segunda necessidade”, como refrigerantes, bebidas alcoólicas como cerveja e vinho, tabaco etc, além dos impostos já embutidos na produção, importação e venda, nesses setores.

TAXA DA MENTIRA
A Cide é uma taxa criada por FHC sobre cada litro de combustível, a pretexto de financiar a recuperação e e construção de estradas.

O RATEIO DA TUNGA
Hoje a Cide é cobrada exclusivamente sobre combustíveis importados e vendidos em território brasileiros: 71% para união, 29% para estados.

Cláudio Humberto