quarta-feira, 22 de junho de 2016

Assim é, mas nem parece. Coluna Carlos Brickmann

Renan é aliado e companheiro de Temer, ambos unidos no PMDB, certo? Como presidente do Senado, Renan foi um dos comandantes da luta pelo impeachment, que levou Temer à Presidência da República, não é? 

Não, não é. Em política o que parece verdadeiro nem sempre é real. Renan tentou evitar o impeachment (gosta de Dilma, disse). Talvez por isso o procurador Janot tenha centrado fogo em Eduardo Cunha, defensor do impeachment, e dado certa paz a Renan. Mas paremos aqui: o impeachment avançou, Renan já não é necessário, e é contra ele que avança o procurador. Amigos? Político não tem amigos, tem momentos de amizade.

A guerra entre Janot e Renan deve movimentar a semana. Janot pediu ao Supremo a prisão de Renan e outros, mas foi longe demais e o pedido foi rejeitado. Perdeu no Supremo; agora Renan é que tem a iniciativa de tocar ou não em frente um pedido de impeachment de Janot. Renan disse que na próxima semana decide o que fazer. Renan é frio, calculista, letal (atenção: em Brasília, isso é elogio). E tem forte apoio no Senado, em parte por sua liderança, em parte porque os senadores já não aguentam as pressões para que lhes tirem direitos e prerrogativas, tratem-nos como cidadãos de segunda classe, esquecendo que foram eleitos, e os botem na cadeia. 

E quando Renan diz que nunca esteve tão próximo de Temer, pode ser verdade: um punhal nunca deixa de ser curtinho, curtinho.

Toma que o caso é teu

Talvez Renan prefira deixar o caso do impeachment de Janot para seu vice Jorge Viana, do PT. Ajuda a compartilhar a crise com os adversários.

Ele teve a força

Eduardo Cunha é hábil, trabalhador, luta com energia contra a cassação, mas perdeu boa parte da força. Perdeu por dois votos a decisão, na Comissão de Ética, que sepultaria a possibilidade de cassá-lo; e dois votos de gente sua, a deputada Tia Eron e Wladimir Costa. Detalhe: Costa acabara de discursar em favor de Cunha, e culminou com o voto contra.

Perder a força é doloroso. No impeachment de Collor, o deputado Onaireves Moura foi um dos comandantes de sua defesa. Visitou Collor, pediu-lhe desculpas: não poderia participar da votação porque tinha de viajar ao Paraná. E foi. Mas escolheu um voo com escala em São Paulo, De São Paulo, ligou para Brasília e soube que Collor estava levando uma goleada. Pegou o avião para Brasília a tempo de votar contra ele.

Machado, o Pio

A delação premiada de Sérgio Machado deve render-lhe prisão domiciliar por dois ou três anos, pena a ser cumprida em sua esplêndida CSA de Fortaleza, com quadra esportiva e piscina, e autorização para receber vinte e poucas pessoas da família, mais um padre.

No Brasil todo mundo é religioso e fica com um terço no bolso.

PT x PF 

A Polícia Federal e o PT, a propósito, já estão em disputa. Primeiro o PT se queixou da PF por, a seu ver, concentrar as investigações em Guerreiros do Povo Brasileiro habituados a bons contatos com empreiteiras e estatais. Depois, passou a exigir que o Governo controlasse a PF, como se tivesse legalmente esse poder. Só falta dar andamento ao impeachment de Janot para que até o Japonês da Federal seja hostilizado por centrais sindicais.

O Dunga do Planalto

Terceiro ministro a cair em cinco semanas: acusado em delação premiada, Henrique Alves deixou o Governo. Nem Dunga caiu tão depressa. Dois pontos a notar: com Temer, suspeito perde logo o cargo (com Dilma, remanchavam). E deixar um cargo, com motorista e tudo, coisas de que sempre gostou, deve ter doído em Henrique Eduardo Alves.

O discípulo de Dilma

Waldir Maranhão, do PP, o deputado maranhense que substituiu Eduardo Cunha na Presidência da Câmara, fala pouco. Mas, quando fala, consegue a notável façanha de lembrar a presidente afastada, Dilma Rousseff. Suas palavras, num seminário da Comissão de Educação da Câmara: "A dimensão dialética é que podemos dizer, em verso e prosa, que só a Educação salva, que a Educação é a única cadeia que liberta".

Aos amigos, tudo 

A deputada federal tucana Geovânia de Sá pediu ao chanceler José Serra que nomeasse um amigo, naturalmente sem concurso, para um cargo diplomático, a ser exercido em Brasília ou Florianópolis, com R$ 15 mil de vencimentos. É proibido; no Itamaraty só se entra após aprovação em concurso público, e quem conhece Serra, preocupadíssimo em aparentar simpatia para adversários ou aliados, pode imaginar o desfecho da história. 

A deputada Geovânia e seu recomendado precisarão aproximar-se de Serra, de agora em diante, com muito cuidado.

Chumbo Gordo - www.chumbogordo.com.br
carlos@brickmann.com.br

Nem todos são bonitos. Mas a simpatia maquia o feio.

Já que tudo depois da morte se torna pó, não será Deus um aspirador?

Para assistir um filme dos melhores momentos do governo Dilma só tomando Gardenal.

Poder dormir no trabalho e ganhar bem é o emprego dos sonhos. Pena que dura pouco.

Lula conseguiu acabar com todos os pobres do Brasil. Seus parentes, ponto.

Uma pena que os loucos não possam votar no lugar dos burros.

SPONHOLZ- CARICATURAS

SPONHOLZ

O Gordo das Havainas

Anoitecia e caminhava pela praia, descalço, o rechonchudo, o Gordo das Havaianas, curtindo o toque dos pés na areia quente. Carregava suas  sandálias  havaianas nas mãos. Adiante um grupo de marmanjos ouvia música e bebia, dizendo gracejos aos passantes. Quando ele passou o chefe do grupo disse- ”Mais uma baleia caminhando.”
O Gordo retrucou- “A mãe vai bem? Continua no pasto?”
O líder do grupelho avançou sobre ele sem saber com quem estava se metendo.
“Quiete asinum”- disse o provocado, e no mesmo instante o valente ficou inerte. E aí tomou uma tunda de havaianas, ficando com as bochechas maiores que uma pizza média. As orelhas mais vermelhas que bunda de criança com assadura.
O “quiete asinum” foi dado a todos, que apanharam tal qual bumbo no carnaval.  Surra dada estalou os dedos e os engraçadinhos caíram em si. Não tentaram nada contra ele, cada um cuidou de suas dores. Foi um festival de ais.
O Gordo das Havaianas seguiu seu caminho, olhando o mar, o céu , e rindo ao imaginar o quanto bem os seus poderes ainda fariam.

PODER SEM PUDOR

O TEMPERO MELHOROU
Fundador do PDT e editor da revista “Cadernos do Terceiro Mundo”, o falecido ex-deputado Neiva Moreira foi convidado para o semináro organizado pela Escola Superior de Guerra, na Fortaleza de São João, no Rio.
A idéia era discutir a relação entre militares e imprensa. No almoço, servido ali mesmo, o comandante da ESG, tenente-brigadeiro Sérgio Ferolla, pediu desculpas pela comida. Moreira comentou:
- A comida está ótima, pelo menos é muito melhor do que a última vez que almocei aqui.
- E quando foi isso? - interessou-se Ferolla, que ouviu:
- Na década de 60. Estava preso aqui e almoçava vigiado por um soldado. Agora, pelo menos, estou acompanhado do comandante.
ATEUS, GRAÇAS A DEUS
Na campanha presidencial de 1994, Lula esteve no Acre para fazer comícios na capital, Rio Branco, e ajudar candidatos petistas. E seguiu em comitiva para Tarauacá, próxima à divisa com o Amazonas.
Com medo de viajar em aviões pequenos, Lula logo reclamou do bimotor. Durante o vôo, uma forte turbulência começou a sacudir o avião e Lula foi ficando cada vez mais nervoso. A certa altura, apavorado, olhou para os companheiros, todos ateus, e comunicou:
- Os materialistas que se virem, mas eu vou começar a rezar.
O avião aterrissou em Tarauacá com todos os passageiros sãos e salvos, mas suados e aliviados.
O PAPA NA CAMPANHA
Após uma derrota para o Senado, Américo Farias candidatou-se ao governo de Santa Catarina, apesar das escassas possibilidades, e visitava Rio do Sul, no Vale do Itajaí, quando encontrou o deputado Alexandre Traple:
- Como vai, meu senador? – saudou-o o deputado, simpático.
- O senhor está falando com o futuro governador!... – cortou Farias.
Traple não resistiu à piada:
- Piacere, sone il Papa (Prazer, eu sou o Papa).
PIMENTA MALAGUETA
Logo que assumiu o governo paulista, o sempre distraído Franco Montoro, durante uma solenidade, fez a defesa de mudanças no IVC (finado Imposto sobre Vendas e Consignações). Queria referir-se ao ICMS. Mas ninguém conteve as gargalhadas quando resolveu saudar um ilustre visitante:
- Seja bem vindo, deputado Pimenta do Reino!
Era o deputado Pimenta da Veiga (MG), como ele, fundador do PSDB.

Diário do Poder

O Viagra e o Nono

“Apareceu uma vizinha dando bola e o aqui faceiro Nono tomou Viagra para comparecer. Porco can! O documento continuou mole , mas o rosto ficou num vermelhidão que só, parecia pimenta malagueta.” (Nono Ambrósio)

Ser filho é não querer beijo da mãe após completar 10 anos. Mas da filha da vizinha já quer de língua.

Ser pai muitas vezes é pensar na obra e se arrepender.

Ser mãe é aturar cada tipo!

O povo gaúcho é diretamente responsável pela decadência do RS

BOLSONARO, ROSÁRIO, AÉCIO E JANDIRA – O RETRATO DO BRASIL



Todo mundo já escutou a surrada frase “dois pesos e duas medidas”. Ela serve, precipuamente, para justificar a tomada de decisões antagônicas para casos semelhantes.


Os meus amigos sabem que tenho evitado comentar assuntos relacionados ao judiciário, mas este envolvendo a denúncia do Deputado Bolsonaro por ter “ofendido” a coitadinha da Maria chororô do Rosário passou de todos os limites. Sejam eles (os limites) de bom senso ou legais, relacionados à própria jurisprudência recente da nossa egrégia Corte Suprema de Justiça.


Mesmo desconhecendo o processo e seus meandros, resta clara a tomada de uma medida politicamente correta (ah, como me faz mal este tipo de hipocrisia contida no “politicamente correto”) na decisão de processar o Deputado Bolsonaro por ter reagido à uma intervenção histérica (DESCULPEM O USO DE REDUNDÂNCIA, POIS TODAS AS INTERVENÇÕES DA REFERIDA DEPUTADA SÃO RECHEADAS DE MUITO HISTERISMO) da sempre “vítima” Maria do Rosário.


Ora, é fato notório que “cada um colhe o que planta”. Sempre foi assim. Não concordam? Então plantem sementes de pimenta num canteiro e depois tentem colher belas e coloridas rosas no mesmo lugar!


Pois, a citada deputada (assim mesmo, com “d” minúsculo, do tamanho da sua atuação parlamentar) que adora ofender seus pares, posou de coitadinha – mais uma vez – quando escutou o que não gostou.


Aliás, é mais velho que as pedras da ponte dos Açorianos, aqui em P. Alegre, o ditado que ensina: “quem fala o que não deve, ouve o que não quer”. Foi o caso da nossa histérica eterna vítima...


Voltando à decisão, é incompreensível que o mesmo Tribunal exare dois pareceres tão conflitantes em um mesmo dia. Apesar de serem despachos monocráticos (dados isoladamente por um Ministro, e não pelo colegiado), em tese jamais poderiam ser colidentes, sob pena de pisotearmos a jurisprudência.


No primeiro caso (ou peso e medida) a deputada – olha aí o uso da letra minúscula novamente – Jandira Feghali recebeu um veredito que a isentou, com base na imunidade parlamentar, de injuriar o Senador Aécio Neves, quando o comparou a um traficante de cocaína.


Já no segundo (o outro peso e a outra medida), o Deputado Bolsonaro teve aceita a denuncia por ter ofendido a deputada Maria do Rosário. E aí não havia a imunidade parlamentar.


Que curioso o parâmetro utilizado, não acham?


Chamar alguém de traficante é permitido. Mas dizer que não estupraria alguém, não pode!


Juro que não consigo entender este tipo de interpretação sobre temas similares. Acho que terei de retornar aos bancos escolares para “reabrir” o entendimento sobre o que é UMA COISA e o que significa esta mesma UMA COISA.


É evidente que o processo a ser instaurado contra o Deputado Bolsonaro não vai dar em absolutamente nada.


Ah, vai sim!


Vai lhe dar mais força e fazer da vítima, a algoz.


Após a decisão final, qualquer Deputado ou Senador poderá bradar que não estupraria a Maria do Rosário, que será automaticamente inocentado pela jurisprudência.


O argumento? Simples: “Tu é tão ruim que não merece sequer ser assediada”. É impróprio dizer isso? Com certeza um cavalheiro jamais deveria se referir nestes termos a uma dama. Porém, quando a dama não se comporta como dama, não é a uma senhora que o ofensor se dirige.


Enfim, durma-se com um barulho destes.


Se fica difícil para um calejado operador do direito entender esta confusão toda, o que dirá um leigo.


Os pesos e as medidas não estão se coadunando.


Será o retrato do Brasil?






Marcelo Aiquel – advogado (22/06/2016)

Análise, Gilberto Simões Pires - Bom para os Estados, péssimo para o País

Análise, Gilberto Simões Pires - Bom para os Estados, péssimo para o País

Enquanto os Estados, através de seus governadores, estão festejando o calote de 50 bilhões de reais que aplicaram no Tesouro Nacional, os brasileiros, notadamente aqueles que têm um mínimo de discernimento, devem estar tristes, desanimados e pra lá de preocupados. 
ENTENDIDO?
Antes de tudo vale lembrar que antes de vivermos em algum Estado ou Município vivemos no País. Portanto, se  o seu Estado deve dinheiro para a União e deixa de pagar, o prejuízo é seu, porque são os impostos federais que você paga  que suportam a conta que não foi paga pelo seu governador. Entendido? 
AUMENTO DE SERVIDORES
A encrenca está de tal forma que poucos dias atrás, em meio a maior crise econômica/financeira da história do país, a Câmara Federal aprovou um aumento para os servidores públicos que vão arrombar as já falidas Contas Públicas em mais de R$ 65 bilhões.
CALOTE
Pois, como se já não bastasse aquele rombo, eis que ontem os governadores foram brindados com mais R$ 50 bilhões em termos de carência quanto ao pagamento das dívidas dos Estados com a União. Pode? Para piorar ainda mais o ambiente, os governadores saíram da reunião com o presidente Temer escancarando sorrisos e felicidade.   
FARRA
Mas a farra não para por aí: hoje o Governo Temer atendeu o Estado do RJ com uma graciosa doação de apensas R$ 2,9 bilhões para salvar a Olimpíada. Que tal? Ou seja, em menos de 15 dias já levamos uma surra em forma de ROMBO NAS CONTAS PÚBLICAS, que chegam a mais de 120 bilhões de reais.
PARA QUE FIQUE BEM ENTENDIDO
Então vamos deixar bem claro para que todos entendam:  - O RJ ganha o evento, ganha a obra e ainda por cima ganha esta maravilhosa soma de dinheiro que sai do bolso de todos os brasileiros. Fantástico, não? Pergunto: vale ou não a pena se mudar para um lugar assim?

*Por essas e outras é que eu, Nelson, penso que irá demorar uns 500 anos para que entremos no rumo certo.Se tudo correr bem.

Detestável

“Dilma plantou, colheu. Da mulher chamada poderosa pela mídia internacional migrou para o primeiro lugar da detestável do século.” (Eriatlov)

O futuro do molusco

“Lula vai voltar em 2018? Penso que sim. Mas irá voltar pra Garanhuns. Ou talvez ir para Curitiba, no Spa da federal.” (Eriatlov)

Humor ateu

Deus liga para o Papa:
-Francisco,  acho bom você parar de malhar o capitalismo.
-Não entendo o porquê senhor.
-Então irei explicar. Os capitalistas trabalham e pagam dízimos, dízimos que sustentam a igreja. Caso os capitalistas abandonem a igreja, vai acabar a moleza. Você, os cardeais, bispos e padres terão que trabalhar. É isso que vocês querem?