domingo, 30 de agosto de 2015

‘A hora da xepa’ e outras sete notas de Carlos Brickmann

Não importa o que os políticos, empresários e gente importante em geral nos digam: o que importa é a atitude que tomam. Podem dizer que a administração é excelenta, que a presidente é competenta, valenta, resistenta. Mas como agem?
1 – Por enquanto, 20% dos prefeitos do PT no Estado de São Paulo mudaram de partido. É a lei da vida: para sobreviver, acharam melhor sair do partido dela.
2 – Tente lembrar-se de algum governo, nos últimos 50 anos, que não tenha tido o apoio de Delfim Netto. Nesta era petista, ele esteve bem próximo de Lula, tanto que muitos o consideravam seu conselheiro. Delfim disse agora que Dilma, em 2014, destruiu deliberadamente a economia para conseguir a reeleição. É injusto: Dilma nem sabe o que faz na economia. Mas Delfim se afastou dela─- e bem quando Dilma busca o apoio empresarial, área em que Delfim é influente.
- O Banco Central divulgou nesta semana a taxa de juros do cartão de crédito: 395,3% ao ano. A taxa alta indica falta de confiança na economia. E os banqueiros são o único grupo de empresários que manifesta seu apoio a Dilma.
4- Dilma iria presidir no seu palácio um evento de atletas para-olímpicos. O chefe do cerimonial simplesmente barrou, com os braços estendidos, a entrada da presidente, para que ela desse passagem a atletas cadeirantes. Dilma esbravejou, mas não adiantou. Quando um chefe de governo bate boca em público com um subordinado, quando um subordinado não hesita em barrar a presidente, o poder acabou.
O próximo passo é servir-lhe cafezinho frio com biscoitos murchos.
Batendo o pé
Quando Dilma soube que o vice Michel Temer teria um encontro com empresários, antecipou-se e, na véspera, reuniu alguns dos empresários que iriam conversar com ele.
Quando a presidente de um país precisa disputar prestígio com o vice, vai ter de tomar cafezinho velho e frio guardado há dias na garrafa térmica.
A volta do que não saiu
Para tentar salvar o PT, Lula disse que pode ser candidato em 2018. Ele queria, claro; mas jamais tinha dito isso. Aliás, queria ter sido candidato em 2014, mas Dilma fez questão de segurar a bomba.
O fato é que, ao recorrer a seu maior símbolo, o PT mostra que, no pós-Dilma, não tem mais ninguém para competir.
Pior do que está, fica
Que Tiririca, que nada! Com ele, pior do que está não fica. Com Dilma, pode ficar: é de seu governo a ideia de jerica de recriar a CPMF, com o nome-fantasia de CIS, Contribuição Interfederativa da Saúde, e a mesma alíquota de quando foi extinta sob aplausos gerais: 0,38%.
A tal CIS é tão ruim que conseguiu o apoio do governador paulista Geraldo “Chuchu” Alckmin, tucano de bico fininho e comprido que só desce do muro para ficar do lado errado. Alckmin acha que parte da arrecadação será repassada aos Estados. O ministro Adib Jatene achava que o imposto iria para a Saúde. Mas Jatene não sabia como as coisas funcionavam.
O humor, enfim!
O governo explica que, sem a CPMF (desculpe, CIS), não será possível fechar as contas do governo. O site O Sensacionalista, especializado em notícias falsas mas verossímeis, daquelas que só não são verdadeiras porque ainda não aconteceram, diz que o governo, se não conseguir atochar a CPMF, aplicará seu Plano B: vai contratar batedores de carteira cubanos. E pagar-lhe só comissão.
No olho do furacão
Dilma está presa por três fenômenos que convergem para enfraquecê-la: a crise econômica, a Operação Lava-Jato e o esfarelamento de sua base no Congresso. Dilma tem grande participação nos três fenômenos: ampliou as despesas do governo federal como se a arrecadação fosse inesgotável, não viu o que ocorria debaixo de seus olhos na Petrobras ─ cujo Conselho de Administração presidiu ─, hostilizou o maior partido aliado, o PMDB, estimulando o ministro Gilberto Kassab a esvaziá-lo com uma nova legenda, o PL (e espalhou o segredo, impedindo a articulação). Jamais honrou compromissos com os parlamentares e jogou-se numa batalha perdida pela presidência da Câmara. Tem Aloízio Mercadante e José Eduardo Cardozo como núcleo duro político.
É de espantar que Tiririca não esteja no time. E que a aprovação do governo ainda seja superior a 5%.
Virou piada
Quando se envolveu na disputa pela Prefeitura de Curitiba, em 2012, a então ministra Gleisi Hoffmann, do PT, debochou de Ratinho Jr., o principal adversário de seu aliado. Dizia que seu candidato “tinha nome e sobrenome”.
Agora, com assessor preso por pedofilia, envolvida nas investigações da Operação Pixuleco 2 (o que se apura é o desvio de recursos do Ministério do Planejamento para uma empresa que os repassaria a ela ─ sendo que o ministro do Planejamento era seu marido, Paulo Bernardo), Ratinho Jr. devolve o deboche:
“Corrupção agora tem nome e sobrenome. Tem até marido.”
Um tuiteiro cruel completou: tem nome, sobrenome e vai ganhar um número.
O repórter certeiro
O blogueiro Ucho Haddad (ucho.info) foi o primeiro a apontar os problemas de Gleisi. Houve quem achasse que estava maluco.
Mas acertou na mosca.

Climério

“Detesto cotas”. Nem no inferno quero entrar por cotas, mas sim por merecimento.” (Climério)

Nono Ambrósio

“Não faz muito tive uma ataque de ousadia e convidei uma mulher de 30 para sair comigo. Ela aceitou. O que aconteceu? Ora, eu fugi para outra cidade.” (Nono Ambrósio)

Lembram do Lada?

Porque é que os vidros traseiros do Lada têm aquecimento ?

Para as pessoas não ficarem com as mãos congeladas enquanto empurram o carro.

Flores

Conversa entre 2 amigas:
- O meu marido todos os dias traz-me um ramo de flores, por isso queira ou não queira, lá tenho que abrir as pernas.
- Porque ? Não tens um vaso onde meter as flores ?

Humor judeu

Inscrição no aeroporto de Tel-Aviv à entrada por onde chegam os judeus repatriados: 

 "Não pensem que são mais espertos do que os outros! Aqui somos todos judeus!"

Pat Condell

OMISSÃO DE JANOT É PRODUTO TÍPICO DO NOSSO MODELO INSTITUCIONAL

O Antagonista- Gilmar Mendes (2): "Janot quer criar a doutrina Dilma"



Para Gilmar Mendes, a "pacificação social" proposta por Rodrigo Janot em seu parecer é a tentativa de criar uma espécie de "doutrina Dilma", pela qual a Justiça Eleitoral deixa de ter qualquer relevância. "Por essa 'doutrina Dilma' não poderá mais haver impugnação dos mandatos, seja de prefeito, governador, deputado ou senador".

No parecer de arquivamento do caso da gráfica fantasma, Janot disse que "não interessa à sociedade que controvérsias sobre a eleição se perpetuem" e que "os eleitos devem poder usufruir das prerrogativas de seus cargos", cabendo aos derrotados "se preparar para o próximo pleito".


Por esse raciocínio, a vitória eleitoral não poderá mais ser questionada, ainda que tenha sido obtida por métodos escusos.

O Antagonista- Exclusivo: "Janot atua como advogado de Dilma", diz Gilmar Mendes



O ministro Gilmar Mendes falou ao Antagonista agora à noite. Ele está indignado com o arquivamento do caso da gráfica fantasma e acha que Rodrigo Janot se desviou da função de chefe do Ministério Público. "Janot deve cuidar da Procuradoria Geral da República e não atuar como advogado da presidente Dilma".

Para o ministro, o caso continua a merecer investigação. "A VTPB recebeu R$ 23 milhões, mas não tem funcionários nem equipamento. Pode haver outros crimes, inclusive fiscais e previdenciários. Houve fraude dentro da campanha".
Gilmar Mendes diz que Janot extrapolou na função de procurador

O PT além de podre é anacrônico. O pt do nome bem pode ser o pt de pterodáctilo.

“A minha mãe era católica e carregava o peso dos males do mundo nas costas. Ia a três missas diárias. Na sua vida gastou as contas de mais de quatrocentos rosários.” (Limão)

“Não acredito no meu povo. É só a economia melhorar um pouco e o sapo aparecer na mídia com seu discurso populista que a multidão sem memória vota nele.” (Mim)

“Carregar chifres com resignação não é para qualquer um, é preciso muita coragem.” (Climério)

“Um pai deve ensinar aos filhos coisas úteis e dar bons conselhos. A bagaça eles aprendem por conta.” (Climério)

“Nunca estive em outros lençóis, aonde vou sempre levo o mesmo.” (Climério)

TROFÉU SAFADO AO QUADRADO: Para o sujeito que leva a amante pra casa e apresenta como prima.

“Minha mãe queria que eu fosse advogado. Penso que me saí melhor.” (Satanás Ferreira)

“O inferno está cheio de gente bem-intencionada. Aí temos um problema: não há lugar para os sujeitos mal intencionados!” (Satanás Ferreira)

Buracos nas estradas: Um dia você irá cair num!

“Bem antes de perder os cabelos eu perdi a vergonha.” (Climério)

“Minha juba enorme assusta. Mas o meu cérebro cozinha ao sol. Talvez fosse melhor ser careca.” (Leão Bob)

“Dilma é um vazio. O cérebro dela é o João Santana.” (Eriatlov)

EU SABIA

EU SABIA

Nada disse me espanta
Tudo o que está acontecendo eu já esperava
Pois disso tudo eu falava há alguns anos
Mas ninguém me ouvia
O errado agora é o certo
O vácuo é o preenchido
O covarde é o destemido
Quando essa pulha encampou o estado
Temo pelos nossos filhos
Vivendo num país de valores trocados
Onde o pífio é homenageado
E o homem de bem  desprezado.


Augusto Nunes- Disfarçado de José Eduardo Cardozo aos domingos, o ministro da Justiça foi passear na Avenida Paulista. Descobriu o Brasil

Assistam  aqui...http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/disfarcado-de-jose-eduardo-cardozo-aos-domingos-o-ministro-da-justica-foi-passear-na-avenida-paulista-descobriu-o-brasil/

Demais! Segurem suas carteiras, tem ladrão na livraria!

*Apesar de todos os erros, penso que mais machuca o povo é a desfaçatez. é não assumir seus erros, é  não reconhecer entre companheiros um bando de ladrões, fazer a mea-culpa.

“Pedro,estou preocupado, pois esse argentino sem noção é bem capaz de canonizar o Stédile e o Morales.” (Deus)

Nas manifestações...

Policial interpela jovem exaltado sentado na calçada:
-O senhor é protestante?
- Não, sou ateu.

“Pedro,temos um Papa comunista... Só falta agora o capeta se dizer católico.” (Deus)

“Pedro, você tinha razão: Não dá para confiar em argentinos!” (Deus)

No governo de FHC o que mais se via eram manifestos contra o governo . Nenhum intelectual dizia que os petistas eram cachorros. Daí pode-se observar o nível moral de um LFV.

A canalha vermelha fica louca vendo o boneco Pixuleco nas ruas. Partem para agressões, a democracia que eles defendem só tem um lado. Vamos cornetear, pois os comunistas gostam de mentiras, violência e mau-humor.

NOSSO ATRASO DE TODO DIA- Cenário da ciência no Brasil é o pior em 20 anos, diz SBPC

Mestre Yoki, o breve

“Mestre, qual o grande legado socialismo à humanidade?”
“Defuntos.”

Mestre Yoki, o breve

“Mestre, qual é sua opinião sobre Cuba?”
“Um bom lugar de onde fugir.”

MEDO

MEDO
Vislumbra-se no horizonte
O juntar das correntes vermelhas
Prontas para encarcerar corpos e ideias
Dentro da maligna utopia socialista
Diante da incerteza da liberdade
E de um porvir de esperança
Açoita-nos o medo
De um futuro que é passado
De horror e miséria.

“Hoje estou com a minha estima tão baixa que para vê-la só mesmo ficando agachado.” (Assombração)

"Não temo o amanhã. Borro-me de medo do hoje mesmo." (Climério)

"Se me fosse permitido votar eu não votaria em Dilma nem que ela fosse uma poodle." (Bilu Cão)

PIXULECO RECUPERADO DA CIRURGIA JÁ ESTÁ NAS RUAS

Usurpador

Mais de um ministro do STF manifestou irritação com a recusa de Rodrigo Janot em investigar a gráfica fantasma VTPB. Em especial, com o trecho em que ele diz que "Não interessa à sociedade que as controvérsias sobre a eleição se perpetuem: os eleitos devem poder usufruir das prerrogativas de seus cargos e do ônus que lhes sobrevêm, os derrotados devem conhecer sua situação e se preparar para o próximo pleito". Os ministros estão fulos porque consideram que Rodrigo Janot usurpou papéis que não são dele: o de falar em nome do TSE, tribunal que ele praticamente jogou no lixo com o seu despacho ridículo, e o de colocar-se como porta-voz da sociedade.

O ANTAGONISTA

Visitas



Tchúkcha comprou um guarda-roupa com um espelho na porta interna. Chegando em casa, abre o guarda-roupa e grita:

-- Veja, esposa, chegou meu irmão!

A esposa se aproxima, olha e acrescenta:

-- E trouxe consigo uma mulher...

Estão batendo



Tarde da noite. Tchúkcha e esposa estão sentados dentro de casa. Então ele diz:

-- Você sabe por que todos dizem que somos assim? (bate na madeira)

A esposa: -- Estão batendo.

Tchúkcha: -- Fique sentada. Deixa que eu atendo...

MESTRADOS, DOUTORADOS E PORCARIAS AFINS

Do Baú do Janer Cristaldo, quinta-feira, abril 24, 2008

Nesta atividade diária da crônica, recebo tanto afagos como pauladas. Estas talvez sejam as mais. Mas não me desagradam. Vibro quando um leitor me insulta. É sinal que o deixei sem argumentos. Não nutro, bem entendido, “o amor da santa abjeção”, muito apreciado por são Sisoés, um dos santos anacoretas do deserto do século IV d.C., cuja maior aspiração era “ser desprezado por todos”. Meu grau de santidade não chega a tanto.

Se as pauladas não me desagradam, é com sumo prazer que recebo certas homenagens. Me agrada muito saber que esclareci melhor as dúvidas de um leitor, que o ajudei a tomar uma decisão, que fiz seu dia feliz. Esta é minha melhor paga. Nada gratifica tanto um cronista como tomar ciência de que o que escreve não caiu em terreno árido. Assim sendo, ontem foi um dia que me fez bem. É que recebi de uma leitora o mail infra. Este mal-estar com a pós-graduação não vem de hoje. Já aconselhei orientandos a abandonar mestrado, o que lhes foi muito saudável.

A pós-graduação, hoje, mais que uma opção acadêmica, é um paliativo ao desemprego. Que, conforme a área, acaba conduzindo a um futuro também sem emprego. Tenho uma amiga aqui em São Paulo, jovem, bonita, sensível, que está se arrancando os cabelos por ter feito um mestrado em Letras na USP. Não está vendo perspectiva alguma de emprego pela frente. Por inércia, entrou em regime de doutorado. Sabe que terá mais quatro ou cinco anos de purgatório pela frente e tem certeza que depois da purgação são será o céu que a espera.

O título que dei a esta postagem é o que foi dado pela leitora à sua mensagem.

Olá, Janer.

Apesar de acompanhar sua página há pouco tempo, devo dizer que você, involuntariamente, me ajudou a sair de uma enrascada tremenda: depois de um ano e meio de sofrimento sem sentido, finalmente abandonei meu mestrado. Discussões estéreis, excesso de marxismo, briga de egos entre professores, enfim, vi que estava perdendo minha preciosa juventude para escrever uma dissertação que:

1º - ninguém ia ler;
2º - não ia me auxiliar a conseguir um emprego melhor;
3º -só ia ajudar meu orientador a aumentar seu próprio Currículo Lattes.

Creio que você ainda não deve ter percebido como a situação piora a cada dia. Enquanto cursava o mestrado, vi doutorando atrasando a entrega de sua tese pois, quando finalmente a defendesse, perderia a bolsa e ficaria desempregado (aliás, creio que essa é a nova função do mestrado e do doutorado: absorver a mão-de-obra que o mercado de trabalho – muito mais racional, é claro – não absorve. Digo que o mercado de trabalho é mais racional porque nenhum empregador seria louco de pagar para alguém ficar escrevendo um calhamaço que carece de utilidade prática... só o generoso Estado faz isso, com dinheiro alheio, é claro).

Também cansei de ver doutores, já saídos do doutorado e, obviamente, desempregados, freqüentando cursinhos preparatórios para concursos públicos que exigem apenas o NÍVEL MÉDIO!!! Isso mesmo, doutores se preparando para vagas de 2º grau!! E mais: não sei se você já percebeu, mas, atualmente, nos concursos públicos, já existem provas de títulos (e não são só os concursos do magistério, concursos em geral!). Pois é, ter títulos garante ao candidato a vagas de 2º grau alguns pontinhos que farão aumentar sua nota de classificação!!! O Estado, percebendo que, mesmo depois de dar dinheiro para o esperto fazer mestrado e doutorado, não o ajudava a conseguir emprego, resolveu ele mesmo dar emprego aos calhordas.

Recebi essa semana, no local onde trabalho, uma carta de recomendação onde a ‘recomendante’ – orientadora de doutorado da ‘recomendada’ – implorava para que concedêssemos emprego a sua protegida, que passa por ‘muitas necessidades’. Ora, o que tem a empresa a ver com isso? Empresa privada virou sociedade filantrópica? Ela fez doutorado porque quis, numa área - humanas - que, sabidamente, gera desempregados (era doutoranda em literatura crítica. Desculpe minha ignorância: o que faz esse profissional?). Enfim, meu chefe nem chegou na metade da carta: mandou descartá-la, o profissional não tem o perfil da empresa...

Você, mesmo sem ser profeta, acertou sua previsão: dentro em pouco, teremos doutores dirigindo táxis, sendo porteiros de condomínios, caixas de supermercados...

Um abraço, Christianne.

Ê Janot… O homem está virando o Engavetador-Geral de Dilma! Procurador contesta Mendes, nega-se a investigar gráfica suspeita que trabalhou para o PT e ainda se atreve a dar pito no TSE!!!

Rodrigo Janot, procurador-geral da República, está se saindo melhor do que a encomenda feita por… Dilma Rousseff, não é mesmo? Já tratei aqui muitas vezes de sua determinação, até agora inamovível, de NÃO INVESTIGAR a presidente (sim, pode!!!) e outros membros do Poder Executivo no escândalo do petrolão. Como a gente nota, parece que a roubalheira, que tinha, obviamente, o PT no centro nervoso, exibe como protagonista… Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara. É claro que é uma piada!
Muito bem! O ministro Gilmar Mendes, do TSE e do STF, havia pedido para o Ministério Público investigar os gastos de campanha de Dilma com a gráfica VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior Ltda. Segundo o delator Ricardo Pessoa, dono da UTC, parte dos R$ 26,8 milhões que o PT repassou a essa empresa teve origem no petrolão. Só a campanha de Dilma gastou com a VTPB R$ 23 milhões.
Muito bem. Nem vou me dedicar aqui a fazer juízo de valor sobre a culpa ou inocência da gráfica. O que é estupefaciente é a resposta dada por Janot ao recomendar o simples arquivamento do caso, sem investigação nenhuma. Escreveu este pensador do direito:
“É em homenagem à sua excelência [Gilmar Mendes], portanto, que aduzimos outro fundamento para o arquivamento: a inconveniência de serem, Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral, protagonistas –exagerados– do espetáculo da democracia, para os quais a Constituição Federal trouxe, como atores principais, os candidatos e os eleitores”.
Eu realmente não sei — e duvido que alguém saiba — o que quis dizer precisamente este senhor. Ora, olhem para a Operação Lava-Jato. Se há coisa que o MP não teme é o “protagonismo exagerado”, não é mesmo? O órgão decidiu até patrocinar uma PEC com 10 medidas que considera essenciais para combater a impunidade. Eu diria que um MP que se comporta como Poder Legislativo exerce “protagonismo exagerado”. Ou não?
Mais: procuradores e o próprio juiz Sérgio Moro têm uma agitada rotina de palestras país afora, em que avançam, com retórica às vezes condoreira, em propostas de reforma do Código Penal e do Código de Processo Penal. É o que se chama “protagonismo”. Em artigo, Moro chegou a defender que pessoas condenadas em primeira instância já comecem a cumprir pena. Até ele achou que exagerou um pouco e reformulou, sugerindo que seja a partir da segunda. Protagonismo.
Por que só com Dilma?
Por que Janot recomenda comedimento justamente quando o assunto ameaça bater às portas de Dilma Rousseff? Ele não viu indícios de irregularidade na tal gráfica? É um direito dele. Ocorre que o que vai no trecho acima e em outros nada tem a ver com o caso em questão. O que se lê ali é uma espécie de norte (a)moral a sugerir que a legitimidade dada pelas urnas esmaece eventuais crimes cometidos pelos eleitos. Justiça e Ministério Público Eleitoral não têm de ter “protagonismo” nem demais nem de menos; nem comedido nem exagerado. As duas instâncias têm apenas de cumprir o seu papel.
O parecer de Janot é do dia 13 de agosto, redigido, pois, na semana seguinte à decisão tomada por Dilma, que o indicou para um novo mandato à frente da Procuradoria-Geral da República, com posterior aprovação do Senado.
Ora, há quatro ações no TSE apontando ilegalidades cometidas pela campanha de Dilma Rousseff. Janot não se contenta apenas em expressar a opinião de que a tal gráfica não deve ser investigada. Ele também decide polemizar com o próprio TSE e parece emitir um juízo de valor sobe todas as ações que lá estão. Leiam:
“Não interessa à sociedade que as controvérsias sobre a eleição se perpetuem: os eleitos devem poder usufruir das prerrogativas de seus cargos e do ônus que lhes sobrevêm, os derrotados devem conhecer sua situação e se preparar para o próximo pleito”.
Ou ainda: “A questão de fundo é que a pacificação social e estabilização das relações jurídicas é um das funções mais importantes de todo o Poder Judiciário, assumindo contornos de maior expressão na Justiça Eleitoral, que lida ‘com a escolha de representantes para mandatos temporários’”.
Ora, se é assim, então que não se apurem os crimes eleitorais, certo? Janot, como se vê, vai bem além das suas sandálias e decide ensinar aos ministros do TSE a fazer o seu trabalho.
Parece que o Procurador-Geral da República acha normal que o MP de comporte, às vezes, como Executivo, Legislativo e Judiciário, assumindo, adicionalmente, o papel de Poder Moderador.
Uma coisa, no entanto, com ele, este Poder Soberano da República não vai fazer, e já está claro: investigar qualquer coisa que possa atingir diretamente Dilma Rousseff.
Aí Janot não deixa. Engaveta mesmo!
Texto publicado originalmente às 8h40
Por Reinaldo Azevedo

Em vídeos inéditos ex diretor da Petrobras revela medos e muitos podres do PT - Folha de SPaulo

“A carne foi mais forte, senão teria eu me tornado um santo. O exército divino perdeu um membro para as pererecas.” (Climério)

Frases do dia Por João Luiz Mauad



“Não faz muito tempo, … , a maioria das pessoas só estava vagamente ciente acerca de que nação “pertenciam”.  Eles não se ofendiam com insultos ao seu país, seu povo ou sua bandeira, porque eles não se identificaram muito com isso.  Aí vieram os patriotas, descendo sobre as escolas de suas nações como enxames de gafanhotos.  Eles ensinaram às crianças uma litania de besteiras bizarra.  Incitaram-nas a amar milhões de estranhos, que por acaso viviam dentro de uma linha mágica (também conhecida como “fronteira”), e a detestar aqueles que riem diante do juramento de lealdade ou dobram impropriamente a bandeira…  O patriotismo politicamente correto tornou-se tão poderoso que somente uns poucos iconoclastas ainda o tratam como controverso.”  Brian Caplan
“O patriotismo é o último refúgio dos canalhas.” Samuel Johnson

VEJA- A conta dos empréstimos do BNDES para o Porto de Mariel não fecha



Desde a inauguração, em janeiro de 2014, do Porto de Mariel, em Cuba, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) é questionado quanto aos critérios técnicos para o empréstimo de 682 milhões de dólares para a obra (cujo custo total foi de quase 1 bilhão de dólares), que ficou a cargo da empreiteira Odebrecht. A operação, feita com dinheiro dos contribuintes brasileiros, era vantajosa para o banco? Qual era o benefício econômico da obra para os interesses brasileiros? Por que o governo classificou o conteúdo do contrato como "secreto", com validade até 2027? O BNDES e a Odebrecht sempre deram a mesma resposta: que 100% do dinheiro investido não saiu do Brasil, ficando aqui na forma de pagamento de salários, de custos de engenharia e administração e de exportação de bens (cimento, aço, máquinas, carros, etc) destinados à construção. Na semana passada, Luciano Coutinho, do BNDES, repetiu a explicação em depoimento que marcou o início dos trabalhos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), instalada na primeira semana de agosto no Congresso para investigar possíveis irregularidades na atuação do banco.

Falando não apenas de Mariel, Coutinho voltou a garantir que as operações de incentivo a obras no exterior são rentáveis e que os 12 bilhões de dólares concedidos em empréstimos foram integralmente destinados à compra de bens e à contratação de serviços no Brasil. Esta, aliás, é a regra para que o dinheiro seja concedido. Mas, como as obras são realizadas no exterior e não estão sujeitas ao escrutínio do Tribunal de Contas da União, a forma como esse dinheiro é gasto é uma caixa-preta que as empreiteiras e o próprio BNDES se recusam abrir.

Um levantamento realizado por VEJA, a partir da análise da balança comercial Brasil-Cuba, revela o abismo entre as explicações do presidente do BNDES e os números oficiais disponíveis. O total da exportação de produtos brasileiros que podem ser associados à construção civil (incluindo máquinas, caminhões, tratores e peças de reposição) para Cuba, entre 2010 e 2013, corresponde a apenas 22% do valor do empréstimo para construção do porto neste mesmo período. Trata-se de uma estimativa otimista, pois é possível que parte desses produtos exportados tenham sido destinados a outros empreendimentos, sem qualquer relação com Mariel.

LEIA MAIS:

BNDES cobrou juros 'de pai para filho' em 70% dos empréstimos feitos no exterior

A 'volta ao mundo' da Odebrecht com dinheiro do BNDES

Conheça as obras mais caras financiadas pelo BNDES no exterior

Além das exportações de produtos, mediu-se o valor da contratação dos serviços sobre o total da obra. Para isso, baseou-se na referência utilizada pelo TCU para os empreendimentos no Brasil. Para calcular a relação dos custos dos serviços de engenharia e arquitetura, o tribunal se vale de uma pesquisa da Associação Brasileira de Consultores de Engenharia que montou uma tabela a partir das informações fornecidas por seus associados. Segundo a experiência auferida no Brasil, quanto maior o valor da obra, menor o impacto do preço dos projetos em seu custo final. Em uma obra como a de Mariel, esse percentual seria de cerca de 3,5% do valor do orçamento (ou seja, 3,5% sobre os quase 1 bilhão de reais do total da obra). E, ainda conforme estimativas do TCU, que considerou mais de 2 000 obras no Brasil para estabelecer um indicador, os custos indiretos de uma obra portuária são de 27,5%, em média (também sobre o valor total da obra). Este percentual inclui a administração da obra, despesas financeiras e o lucro da empreiteira.

Portanto, a soma da exportação de produtos para construção civil, além de carros e outros bens, dos serviços de engenharia e dos custos indiretos (incluindo a margem de lucro da empreiteira) mal chega 65% do valor do empréstimo concedido pelo BNDES. Onde foram aplicados os 35% restantes, que equivalem a 238,7 milhões de dólares?

Procurada por VEJA, a Odebrecht não informou como é composto o custo da obra. Limitou-se a enviar uma lista de fornecedores e afirmou ter gerado 130.000 postos de trabalho no Brasil. O BNDES sustentou que 100% dos recursos destinados às obras foram gastos na aquisição de produtos e serviços brasileiros. "Muita gente tem pensado que a CPI tem por objetivo destruir o BNDES. A nossa missão é justamente o contrário. Vamos revisar cada um desses contratos e caso existam problemas, ninguém será poupado", diz o deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), que preside a CPI.

Na semana passada, a CPI definiu a estratégia de trabalho. Serão convidados a depor nas próximas sessões três ex-presidentes que comandaram a instituição desde 2003 - Carlos Lessa, Guido Mantega e Demian Fiocca. Requerimentos que previam a convocação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de seu filho Fábio Luis e de empresários como Eike Batista, Joesley Batista e Marcelo Odebrecht não serão votados até que a comissão consiga analisar um total de 270.000 contratos firmados pelo BNDES desde 2003. Para esse trabalho, os deputados pediram reforço. Farão parte da "força-tarefa" técnicos do Tribunal de Contas da União, do Coaf e da Polícia Federal.

A CPI do BNDES foi instalada no início de agosto para investigar os contratos firmados pelo banco nos últimos doze anos. Somente em projetos de infraestrutura em onze países, o BNDES destinou mais de 12 bilhões de dólares, no período. Angola, Venezuela e República Dominicana foram beneficiadas com cerca de 66% do total. Em junho, o banco publicou na internet informações sobre as taxas de juros e os prazos de pagamento de cada um dos 516 contratos firmados com onze países. A abertura parcial dos dados sequer resvalou no nível de transparência necessário para as operações.

“Sofro da Síndrome do Bailão. O remédio que recebo da minha mulher é tundão de rodo.” (Climério)

“A minha sogra adora me dar cordas de presente. Algumas até coloridas e já pronto o nó dos enforcados.” (Climério)

“Não vou a festas aonde irão também hienas. A conversa, o andar, o riso, eu não suporto. Minha ira me faz ter vontade de comê-las.” (Leão Bob)

Caio Blinder- Brazil azedo



Nada para adoçar

Na quinta–feira, eu publiquei coluna sobre o uso político pelo governo brasileiro das mazelas chinesas para justificar mazelas domésticas. A inspiração foi um depoimento da correspondente no Brasil da NPR, a rádio pública americana, falando que o Brasil era provavelmente o país “mais dizimado” no mundo pela crise chinesa. Na sexta-feira, o Wall Street Journal destacou na primeira página reportagem que a grande aposta do Brasil na China azedara. No título em inglês: “Brazil’s big bet on China turns sours”. Claro que foram tantas apostas erradas e a euforia cede lugar para a azia. Em um resumo para os leitores da edição online, o Wall Street Journal resume a história: diz que há pouco tempo, o Brasil era um exemplo proeminente de como um país ascendia surfando na onda chinesa. O país passou a integrar os Brics. Agora é um tijolo quebrado. Trocadiho infame e inevitável do jornal.