segunda-feira, 24 de julho de 2017

DIÁRIO DO PEITO PELUDO DE TROMBUDO CENTRAL- Artigo, Elio Gaspari, Correio do Povo - A Fazenda mapeou a ruína do Fies do PT

Artigo, Elio Gaspari, Correio do Povo - A Fazenda mapeou a ruína do Fies do PT

CLIQUE AQUI para ler a íntegra do "Diagnóstico Fies".

Um estudo do Ministério da Fazenda expôs a ruína que o comissariado dos ministros Aloizio Mercadante e Fernando Haddad produziu no programa de financiamento para estudantes de curso superior, o Fies.

Fizeram a farra das faculdades privadas expandindo a carteira de empréstimos de 600 mil contratos em 2012 para 1,9 milhão em 2015. No interesse das empresas, davam-se empréstimos a quem tirava zero na prova de redação do Enem e praticamente dispensava-se o fiador. O saldo das operações do Fies cresceu 1.000% em quatro anos e ao final de 2016 chegou a R$ 61,9 bilhões. Naquele ano o Bolsa Família custou R$ 28,6 bilhões. Eram programas essencialmente diferentes, mas o governo permitiu que o Fies fosse percebido com um programa de bolsas. Estudantes que tinham acesso a outras formas de financiamento migraram para a bolsa da Viúva.

A Fazenda calculou que a inadimplência (51,4%) e os subsídios levarão o Fies a gerar um espeto de R$ 11 bilhões em 2024. A farra inflacionou os preços das mensalidades e engordou grandes empresas do setor.

O estudo, assinado por dez técnicos do Ministério da Fazenda, chega ao final com uma questão óbvia: existindo o ProUni, que beneficia o mesmo público, não havia por que expandir o Fies. Não havia nem há, a menos que o nome do jogo continue sendo jogar dinheiro da Viúva nos cofres dos donos de faculdades.

O programa do Fies foi remodelado há poucas semanas. Tomara que dê certo. Serviço: O "Diagnóstico Fies", do Ministério da Fazenda, está na rede.

O DEFUNTO INDIGNADO

Morreu Inácio Gomes. Velório grande na comunidade. Coroas de flores de lotar estádio de futebol. Mas acontece que  os Gomes não gostam dos Fagundes nem perto, nem longe. Pois até os Fagundes vieram prestar condolências. Pois não é que o defunto pulou do caixão e de dedo em riste disse: “Se é para ser velado até pelos Fagundes, eu não morro mais!”- E dito isso saiu porta afora esbravejando contra tudo e todos.


GAZETA DO CURANDEIRO DE BARROS CASSAL- Gleise pode ser condenada pelo STF e presa antes da eleição

Gleise pode ser condenada pelo STF e presa antes da eleição

Além do ex-presidente Lula, caso a instância superior confirme a sentença do juiz federal Sérgio Moro, também a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), poderá chegar à campanha de 2018 atrás das grades.

Ela é ré em ação em que é acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O processo contra Gleisi pode ser julgado ainda este ano pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O STF foi unânime ao aceitar denúncia por corrupção. Gleisi recebeu R$1 milhão da roubalheira à Petrobras para sua campanha, em 2010.

Se Gleisi Hoffmann for condenada, o STF deve também cassar e declarar vago o seu mandato, e manda-la para a prisão. Gleisi responde pelos mesmos crimes que condenaram Lula a 9 anos e meio de prisão: corrupção e lavagem de dinheiro.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, em geral leva 180 dias para julgar recursos da Lava Jato.

A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

DO BLOG POLÍBIO BRAGA

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- segunda-feira, maio 31, 2004 OS NOVOS LEPROSOS

Hoje é o dia de combate ao fumo. 

Não fumo. Nunca fumei. Nem cigarro, nem maconha. Mas dá pena ver fumantes tratados como leprosos, isolados em jaulas virtuais. Em um inverno em Nova York, eu os vi enregelados nas ruas, em temperaturas abaixo de zero, segurando suas baganas com mãos nuas, porque nos escritórios é proibido fumar. Professores já pretendem que os filmes de Hollywood, em que há personagens que fumam, sejam classificados como proibidos para menores de 18 anos. No aeroporto de Zurique, eu os vi isolados por um cordão, encolhidos como animais acossados, para contemplação dos passantes. Minha pior experiência foi num trem entre Roma e Florença. Por falta de vagas em um vagão de não-fumantes, tive de comprar assento no vagão dos leprosos. A concentração de fumo era tal que até os fumantes se sentiam mal. Em uma festa no Rio, vi um conviva vetar o cigarro a todos os demais convidados, só porque ele não fumava. O cerco se fecha e a intolerância se instala. Fortalecidos pela mídia, os não-fumantes se travestem subitamente em comissários do povo, sempre alertas para denunciar o crime abominável. 

O tabagismo foi o grande legado indígena à civilização. Toda pessoa culta sabe, mas nem toda pessoa culta ousa afirmar, que o tabaco foi importado da América Latina, onde era consumido pelos bugres, para a França, por Jean Nicot, daí nicotina. Os atuais cânceres e enfisemas - os politicamente corretos que me desculpem - são em boa parte herança do bon sauvage de nosso continente. Desde algum tempo, o tabagismo virou prática de gente pobre. Segundo pesquisas recentes, quase 33% dos americanos adultos que vivem abaixo do nível de pobreza fumam, contra 22% dos que estão acima desse nível. 

Estamos entrando em uma era de uma nova Lei Seca. Desta vez, a dos cigarros. Os legisladores, em seu moralismo antitabagista, acabarão por fazer a fortuna dos mercadores do ilícito. A continuar assim, o tabaco terá em breve o mesmo ou maior prestígio que a maconha ou cocaína. 

Hábitos sociais largamente difundidos não se combatem com proibições. Os EUA sabem disso e não parecem ter tirado maiores lições da Lei Seca, que durou apenas treze anos, onze meses e 24 dias. Se alguma autoridade quiser reduzir o tabagismo, é simples. Basta associar o cigarro com pobreza. Até os pobres pensarão duas vezes ao levar um toco de câncer aos lábios. Nesta época de culto ao dinheiro, mais eficaz que prevenir contra doenças é marcar o fumante com o estigma de pobre. Proibir só aumenta o consumo. 

MIM

“Lula conseguiu acabar com todos os pobres do Brasil. Seus parentes, ponto.”  (Mim)

O Comediante Jerry Lewis fala sobre ISIS, Refugiados e Trump (Legendado PT-BR)

Nasser Dashti - O Islam é tirânico e nunca contribuiu com nada para a humanidade (Legendado PT-BR)

O árabe pró-Ocidental ou o Trump das arábias.

MIM

“Devemos amar o próximo sim, desde que ele não nos encha de socos.” (Mim)

LIMÃO

“E saber que aqueles dólares na cueca diante do tamanho da sacanagem eram meros níqueis de cinco centavos.” (Limão)

CLIMÉRIO

“Não há tesão que resista a mau-hálito.” (Climério)

CLIMÉRIO

“Sou ateu, mas com uma arma apontada pra cabeça confesso até que sou o Papa.” (Climério)

CLIMÉRIO

“Sou ateu, mas com uma arma apontada pra cabeça confesso até que sou o Papa.” (Climério)

AVÓ NOVELEIRA

“Eu gosto de frases com defeito.”

AVÓ NOVELEIRA

E como diz a minha avó noveleira, pitando um cigarro de palha diante do fogão: “Dilma é uma mulher desnutrida de inteligência.”

ASSOMBRAÇÃO

“Quando eu nasci a minha avó beata queria me exorcizar com solvente. Fui salvo por uma vizinha ateia.” (Assombração)

ASSOMBRAÇÃO

“Feio serei até morrer. Mas quero ver se escapo da pecha de burro.” (Assombração)

Voa, dinheiro! E o dinheiro voa, Coluna Carlos Brickmann


Um presidente da República, na opinião de seus aliados, não pode se submeter à humilhação de um voo com escalas. Foi isso que Lula alegou para não usar um excelente jato da Embraer, que até serviria de propaganda para a indústria brasileira, e preferiu o Airbus conhecido como AeroLula. E Temer alega o mesmo motivo para alugar um Boeing 767: pode fazer viagens 2.500 km mais longas sem o incômodo de pousar para reabastecer.



No Interior de São Paulo, onde nasceram este colunista e Michel Temer, dir-se-ia: “Que frescura!” Ou, no caso de Lula e de Temer, talvez não seja frescura. Afinal, quem paga não são eles, somos nós. Eles só desfrutam.



Esquisitice: o AeroTemer é alugado de uma empresa, a Colt Transportes Aéreos, proibida de voar. Seu Certificado de Empresa de Transporte Aéreo foi suspenso há nove meses, pelo mesmo Governo que alugou o avião, entre outros motivos “por deficiência (...) de execução de tarefas de manutenção”. Outra empresa do grupo, a Colt Táxi Aéreo, teve a licença cassada pelo Governo por, segundo o jornalista Igor Gielow, da Folha de S.Paulo, que descobriu o caso, “problemas técnicos e trabalhistas”. Mas alguém no Governo tem bons motivos para confiar neles.



A Colt ganhou a licitação para alugar o Boeing até 2019 por US$ 19,77 milhões; o preço inclui manutenção e logística (o que a FAB poderia fazer com perícia) e seguro. No pagamento estão incluídos nossos impostos.



Pague, pague



O presidente dos Estados Unidos tem 377 pessoas trabalhando a seu lado. O presidente do Brasil tem 3.800, segundo levantamento do jornalista Cláudio Humberto (www.diariodopoder.com.br). A Justiça americana tem um carro de representação: o de uso do presidente da Suprema Corte. Os demais magistrados americanos não têm carro de representação. No Brasil, a partir da segunda instância, os magistrados (800, aproximadamente) têm carro de representação, com motorista, combustível, tudo por conta do Tesouro – ou, falando claro, por nossa conta. Os EUA, com população 50% maior que a do Brasil, têm 78 deputados federais a menos. E, com 50 Estados, têm cem senadores. O Brasil, com 27 Estados, tem 81 senadores.



Pague mais, pague mais



Os magistrados americanos têm salário parecido com o dos brasileiros. Mas não têm os penduricalhos, como auxílio-moradia, auxílio-escola e gratificações diversas. Por lei, nenhum servidor público brasileiro pode ganhar mais que um ministro do Supremo, uns R$ 34 mil mensais. Mas há desembargadores com subsídios mensais de R$ 200 mil. Em média, segundo levantamento de O Estado de S.Paulo, em 2016 o desembargador mineiro ganhava pouco mais de R$ 56 mil mensais; o paulista, cerca de R$ 52 mil. Parlamentares brasileiros ganham mais que os canadenses, ingleses, japoneses, alemães, noruegueses, israelenses, suecos, franceses. Ainda têm plano ilimitado de saúde, apartamentos funcionais, auxílios diversos. E têm algo de valor inestimável: pagadores de impostos que sustentam tudo isso.



Fingindo, fingindo



Agora vai: o presidente Michel Temer decidiu enviar 800 homens da Força Nacional de Segurança para melhorar a segurança pública no Rio. Com isso, o Rio terá um total de mil homens do Governo Federal na área.



O Rio tem 46 mil soldados na Polícia Militar. Mais mil não são um reforço considerável. O Rio, por lei, deveria ter 60.471 PMs; e não tem. No Brasil, há um policial para 473 habitantes, diz o IBGE; parâmetros internacionais recomendam um policial para 250 habitantes. E, de preferência, bem armados, bem protegidos, bem pagos. Não devem precisar aguardar o colega para usar o mesmo colete à prova de balas. Nem devem morar na favela, submetendo-se às ordens de traficantes ou morrendo.



Terror, terror



Quando o presidente Michel Temer anunciou o envio de mais 800 soldados ao Rio, a Linha Vermelha, que liga o centro da cidade à Zona Sul e à Baixada Fluminense, foi interditada pela 15ª vez neste ano (na média, mais de duas vezes por mês), porque havia tiroteios na região. Quando o trânsito para, há arrastões. Enquanto isso, assaltantes pesadamente armados tomaram tudo de pacientes na fila do Instituto Estadual de Diabetes. E que faziam eles na fila? Aguardavam – o laboratório não estava funcionando.



De novo, de novo



O juiz Sérgio Moro marcou o interrogatório de Lula (em outro processo, o do sítio de Atibaia) para 13 de setembro. Não, Lula não terá de explicar os R$ 9 milhões que tinha aplicado num plano de previdência privada (a menos que o interrogatório se desvie da rota normal). Será, provavelmente, replay do interrogatório sobre o apartamento triplex na praia do Guarujá.



Mais interessantes serão as preliminares: Marcelo Odebrecht, no dia 4, e Antônio Palocci, no dia 6. Palocci, especialmente, pode trazer surpresas.

O FIASCO DE LULA por Editorial, Estadão. Artigo publicado em 23.07.2017



Faltou povo no ato que pretendia defender Lula da Silva, na quinta-feira, em São Paulo e em outras capitais. Apenas os militantes pagos - e mesmo assim nem tantos, já que o dinheiro anda escasso no PT - cumpriram o dever de gritar palavras de ordem contra o juiz Sérgio Moro, contra o presidente Michel Temer, contra a imprensa, enfim, contra “eles”, o pronome que representa, para a tigrada, todos os “inimigos do povo”.

À primeira vista, parece estranho que o “maior líder popular da história do Brasil”, como Lula é classificado pelos petistas, não tenha conseguido mobilizar mais do que algumas centenas de simpatizantes na Avenida Paulista, além de outros gatos-pingados em meia dúzia de cidades. Afinal, justamente no momento em que esse grande brasileiro se diz perseguido e injustiçado pelas “elites”, as massas que alegadamente o apoiam deveriam tomar as ruas do País para demonstrar sua força e constranger seus algozes, especialmente no Judiciário.

A verdade é que o fiasco da manifestação na Avenida Paulista resume os limites da empulhação lulopetista. A tentativa de vincular o destino de Lula ao da democracia no País, como se o chefão petista fosse a encarnação da própria liberdade, não enganou senão os incautos de sempre - e mesmo esses, aparentemente, preferiram trabalhar ou ficar em casa a emprestar solidariedade a seu líder.

Está cada vez mais claro - e talvez até mesmo os eleitores de Lula já estejam desconfiados disso - que o ex-presidente só está mesmo interessado em evitar a cadeia, posando de perseguido político. A sentença do juiz Sérgio Moro contra o petista, condenando-o a nove anos de prisão, mais o pagamento de uma multa de R$ 16 milhões, finalmente materializou ao menos uma parte da responsabilidade do ex-presidente no escândalo de corrupção protagonizado por seu governo e por seu partido. Já não são mais suspeitas genéricas a pesar contra Lula, e sim crimes bem qualificados. Nas 238 páginas da sentença, abundam expressões como “corrupção”, “propina”, “fraude”, “lavagem de dinheiro” e “esquema criminoso”, tudo minuciosamente relatado pelo magistrado. Não surpreende, portanto, que o povo, a quem Lula julga encarnar, tenha se ausentado da presepada na Avenida Paulista.

O fracasso é ainda mais notável quando se observa que o próprio Lula, em pessoa, esteve na manifestação. Em outros tempos, a presença do demiurgo petista com certeza atrairia uma multidão de seguidores, enfeitiçados pelo seu palavrório. Mas Lula já não é o mesmo. Não que lhe falte a caradura que o notabilizou desde que venceu a eleição de 2002 e que o mantém em campanha permanente. Mas seu carisma já não parece suficiente para mobilizar apoiadores além do círculo de bajuladores.

Resta a Lula, com a ajuda de seus sabujos, empenhar-se em manter a imagem de vítima. Quando o juiz Sérgio Moro determinou o bloqueio de R$ 600 mil e de bens de Lula para o pagamento da multa, a defesa do ex-presidente disse que a decisão ameaçava a subsistência dele e de sua família. Houve até quem dissesse que a intenção do magistrado era “matar Lula de fome”. Alguns petistas iniciaram uma “vaquinha” para ajudar Lula a repor o dinheiro bloqueado - e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, durante o ato na Paulista, disse que “essa é a diferença entre nós e a direita: nós temos uns aos outros”.

Um dia depois, contudo, o País ficou sabendo que Lula dispõe de cerca de R$ 9 milhões em aplicações, porque esses fundos foram igualmente bloqueados por ordem de Sérgio Moro. A principal aplicação, de R$ 7,2 milhões, está em nome da empresa por meio da qual Lula recebe cachês por palestras, aquelas que ninguém sabe se ele efetivamente proferiu, mas pelas quais foi regiamente pago por empreiteiras camaradas.

Tais valores não condizem com a imagem franciscana que Lula cultiva com tanto zelo, em sua estratégia de se fazer de coitado. Felizmente, cada vez menos gente acredita nisso.

PAÍS FALIDO, JOGANDO DINHEIRO FORA! por Percival Puggina. Artigo publicado em 21.07.2017



O governo federal anuncia aumento de impostos para compensar um gasto público que está ampliando o déficit previsto. Ah! Que coisa! Quem poderia imaginar qualquer desses dois fatos, ou seja, o gasto "superior ao previsto" e a solução fiscal encontrada? Estamos diante de uma situação recorrente, apenas agravada pela prolongada recessão que só as toupeiras não anteviam diante do regime de Copa franca e Olimpíada por conta da casa, que vigorou nisso e em tudo mais ao longo dos últimos oito anos do governo petista. Quem dizia que tudo acabaria em roubalheira e prejuízo era muito mal visto. Faz 10 anos, mas eu lembro.

Era o tempo das vacas gordas e a nação jazia sob um governo, partidos e corporações funcionais suficientemente tolos para imaginar que aquilo iria durar para sempre. Como resultado dessa malfadada conjugação, a despesa continuou crescendo mesmo quando a receita começou a cair.

Em sua coluna de hoje (21/07) em Diário do Poder, o jornalista Claudio Humberto registra algo que mencionei durante recente palestra que fiz a um público convidado por entidades empresariais de Passo Fundo. O número é impressionante: o Palácio do Planalto, sede do governo brasileiro, tem 10 vezes mais servidores do que a Casa Branca, sede do governo dos EUA. São 3,8 mil no Planalto, 377 no staff de Trump e na cúpula do seu governo.

Não tenho os números do Congresso deles, mas duvido que a proporção seja muito diferente. Nossas duas Casas, juntas, têm 28 mil servidores, na soma dos efetivos, comissionados e terceirizados. Não é diferente a situação, com mordomias e penduricalhos, nos órgãos do Poder Judiciário, seus conselhos e no TCU. Nem é diferente a explicação para o "fundão" de R$ 3,5 bilhões que deverá irrigar a campanha eleitoral do ano que vem.

A questão que proponho aos leitores é esta: houve algum movimento, por menor que seja, no sentido de reduzir os custos fixos nessas posições privilegiadas do serviço público? O contexto de dificuldades que afeta postos de saúde, hospitais, escolas, obras de infraestrutura tem algum reflexo no topo das instituições? Nada! Restrições passam longe dessas cadeiras de espaldar alto.

Observem a Venezuela. Enquanto incendeia sua miséria na valeta do comunismo caudilhesco, Maduro proclama que as dificuldades da economia são resultado da resistência dos empresários e do capitalismo. Aqui, seus parceiros ideológicos não ensinam diferente: a culpa dos problemas do país é do tal mercado e sua lógica. No entanto, a situação nacional seria bem outra se o setor público respeitasse a lógica de mercado na composição de seus quadros e na remuneração de seu pessoal. Qual é o artifício capaz de justificar o fato de que, no Primeiro Mundo, certas funções tenham um décimo do número de servidores custeados pelo pagador de impostos brasileiro? Isso descreve uma das essências do socialismo: o Estado como grande empregador, remuneração privilegiada para o topo do poder político e o restante trabalhando para pagar a conta. Tudo bem de esquerda, não é mesmo?

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* Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.

O NAZISMO ERA DE ESQUERDA por Diego Casagrande. Artigo publicado em 22.07.2017



(Publicado originalmente em Opinião Livre)


Meu amigo Glauco Fonseca debateu na TVE (Televisão Educativa do RS) com um jornalista petista e militante de esquerda. Saiu-se muito bem. Além de se dizer um homem de direita, fato raro até bem pouco e hoje nem tão incomum, ele justificou que ser de direita hoje é defender a liberdade individual, a economia de mercado e colocar o indivíduo no centro de tudo. Sabidamente a esquerda coloca o coletivo no centro, aniquilando as individualidades e potencialidades de cada um, tornando a todos subjugados pelo Estado. Ou o Grande Irmão, da obra de George Orwell. Inegavelmente regimes de esquerda descambam para totalitarismos genocidas. Mas o ponto alto do debate foi quando Glauco lembrou que o nazismo era um regime de esquerda, apesar da mentira contada há décadas nas salas de aula por professores doutrinadores.

Então vamos começar pelo básico. A agremiação de Hitler se chamava “Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães”. Sua hierarquia política era inspirada no modelo comunista soviético, com a militarização do próprio partido, da juventude, com gritos e saudações efusivos, sem falar nos desfiles e marchas. Na Alemanha nazista a meta era o coletivismo, o indivíduo se resumia a um nada, o livre pensar foi abolido, para empreender era preciso seguir os ditames do Estado (pequenos empresários eram coagidos a se filiar ao partido nazista para poder continuar operando) e foram criadas as SA (milícias paramilitares para agredir e sufocar qualquer oposição). Quer coisa mais esquerdista que isso? A propósito, atualmente as SA estão agindo na tirania de esquerda da Venezuela, onde cidadãos são executados por milícia similar criada e armada por Hugo Chávez, outro ditadorzeco de esquerda.

Outro ponto era a tecnologia de prisão e execução nos campos de concentração nazistas. Ela foi passada pelos comunistas soviéticos aos alemães, que desde a década de 20 tinham os seus, os chamados Gulags (campos de trabalho forçado que misturavam criminosos comuns com os chamados inimigos do regime). A própria propaganda nazista de captação de pessoas para o nacional socialismo e depois o esforço de guerra era quase idêntica à criada pelos comunistas soviéticos (vide foto).

Antes do rompimento total, em muitos momentos Hitler elogiou Stalin publicamente. Ele via o colega ditador de forma positiva, como a busca de purificação do partido comunista de influências judaicas. O expurgo mais conhecido é o de Trotsky.

A questão que normalmente intriga as pessoas é o fato de a Alemanha ter entrado em guerra com a URSS. Isso para muitos explicaria o fato de o regime nazista não ser de esquerda. Ledo engano e muitas vezes manipulação mesmo. O fato de ter lutado contra os comunistas não torna o nazismo de direita. O fato de se autoproclamar anticomunista não muda que o nazismo era irmão siamês do comunismo na prática. O nazismo era antiliberal e detestava a economia de mercado, bem como as chamadas democracias liberais da época. Assim como os comunistas, os nazistas perseguiram minorias, impediram a livre manifestação religiosa e controlaram a economia. Tinham ojeriza de iniciativas individuais. Tudo deveria passar pelo crivo do Estado. Alemanha e URSS fizeram até um pacto secreto de não agressão e divisão da Polônia, depois quebrado por Hitler e considerado seu maior erro na 2ª Guerra. Mas isso pouco contam nas salas de aula. Stalin e Trotski tornaram-se inimigos mas ambos eram comunistas. O primeiro mandou executar o segundo, que tinha no currículo a criação e organização do Exército Vermelho. Stalin virou de direita agora?

Os dois sistemas ideológicos – ambos de esquerda – liquidaram o indivíduo. E no século passado o comunismo especificamente gerou mais de 100 milhões de cadáveres. Pode-se também agregar o fascismo italiano neste rol. Todas estas ideologias totalitárias e de esquerda aniquilam as liberdades individuais, o mercado, o pensamento, a religiosidade, o ser humano. Acontece que após a II Guerra Mundial a esquerda marotamente tentou se distanciar do nazismo e antagonizá-lo. Mas hoje com a informação plena circulando na internet e nas redes a verdade começa a aparecer com força total.

Fique atento para os partidos de esquerda no Brasil. O sonho de todos eles sempre será a hegemonia total e o aniquilamento das liberdades individuais.


MESTRE YOKI

“Mestre, qual o grande legado socialismo à humanidade?”
“Defuntos.”

JOSEFINA PRESTES

"Faço parte do MSA- Movimento Social das Ancas. Não pegamos verbas públicas, mas pegamos homens em público." (Josefina Prestes)

FILOSOFENO

“Pais vagarosos, filhos preguiçosos.” (Filosofeno)

FILOSOFENO

“O melhor amigo do homem é a ocupação.” (Filosofeno)