quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

“Os mais belos sonhos às vezes são como folhas secas repentinamente levadas pelo vento.” (Mim)

Dominação


Dominação não é amor 
É dor 
Ato que subtrai do ser 
O direito de escolha 
E atropela a dignidade.

Remorsos



Vivo os meus dias com alegria
Mas não sou imune aos remorsos
Dos muitos erros que cometi
Só me resta aprender com a dor
Que a consciência traz à tona
Nos silenciosos momentos de reflexão.

“As feias que me desculpem, porém maquiagem é fundamental.” (Mim)

“Ninguém deve formar opinião sobre nada por ouvir dizer. É preciso ir mais fundo.” (Mim)

“É necessário filtrar informações para preservar o próprio bem-estar. Notícias de sangue são irrelevantes.” (Filosofeno)

“Dilma não foi, não é e nunca será alguém que mereça a minha sincera atenção. Seu intelecto é sofrível, só faz babar mesmo analfabetos funcionais.” (Eriatlov)

“Realmente é impossível conviver com alguns humanos sem receber insalubridade.” (Bilu Cão)

“Hoje errei o pulo. Quis trocar de cachorro e acabei caindo dentro de um balde com água sanitária. Queimei meu rabo.” (Pulga Lurdes)

“Não é novidade para ninguém. Sim amigos, eu chupo.” (Lurdes Pulga)

O “coração valente” amarelou!

Durante a campanha eleitoral, Dilma assumiu o mote “coração valente”, para passar a imagem de coragem somada à ternura, inspirada no filme de Mel Gibson sobre William Wallace, o revolucionário escocês que desafiou os ingleses. Também durante a campanha, a presidente mentiu, e mentiu muito, sobre a situação econômica do país.
Disse que estava tudo muito bem, que havia só uns probleminhas conjunturais, e disse que os tucanos, caso vencessem, iriam subir preços, juros, retirar direitos trabalhistas e jogar o país na recessão. Enfim, disse que o PSDB faria tudo aquilo que ela mesma está fazendo.
Diante deste evidente estelionato eleitoral, por onde anda o “coração valente”? O líder da minoria no Congresso, senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), ironizou o discurso dos petistas: “A presidente Dilma tem que dar uma explicação geral à nação, não pode se esconder enquanto o povo é bombardeado com notícias ruins. Sei que é uma situação difícil de ser explicada. Mas cadê o coração valente? Amarelou?”
Sim, pelo visto amarelou. Dilma sumiu, não dá entrevista há um mês, preferiu correr para os braços de Evo Morales na Bolívia a ter de enfrentar os investidores em Davos, no Fórum Econômico Mundial. Para tal tarefa inglória, enviou o ministro Joaquim Levy que, tal como um malabarista, precisou vender a ideia de grandes mudanças no modelo econômico sem cuspir no anterior ou admitir que está tudo uma porcaria.
Um ou outro petista já ensaia duras críticas ao ministro Jevy, para poder blindar o PT da crise que se aproxima, uma ressaca produzida pela euforia irresponsável e inustentável de antes. Preparam o terreno para culpar Levy, o “neoliberalismo” e a ortodoxia pelas agruras que vêm por aí, causadas pelos equívocos do passado, pelo nacional-desenvolvimentismo.
Outros, realmente apegados à ideologia, vociferam em seus canais, como fez o marido de Maria do Rosário, aquela que costuma mostrar bastante simpatia e “tolerância” para com os criminosos. Esses não têm jeito: são como o cavalo Sansão em A revolução dos bichos, de Orwell. Juram de pés e mãos juntas, todos devidamente no chão, que o “neoliberalismo” é mesmo o grande vilão a ser derrotado e que Dilma não pode trair seus eleitores, que deve insistir naquele maravilhoso modelo que, por ingratidão dos astros e talvez alguma conspiração do capital financeiro, não entregava os resultados prometidos e esperados (por eles).
À exceção dos malandros oportunistas que já começam a antecipar a “pedreira” que vem por aí e tentam jogar a culpa nos ombros do pobre do liberalismo, que nunca nos deu o ar de sua graça, e esses ilustres soldados da ideologia que conseguem defender o socialismo em pleno século 21, o fato é que a imensa maioria dos eleitores de Dilma sumiu, desapareceu, escafedeu-se!
Avestruz PT
Por onde andam esses queridos cúmplices do estelionato eleitoral? Alguém viu por aí aquela gente, não digo do povão, ludibriado pelas esmolas estatais, mas da elite “intelectual”, que repetia as falácias da campanha do PT? Sabe quem são, aqueles “pensadores” que insistiam que os tucanos “neoliberais” (???) não ligam para os mais pobres, e que eles, só por digitarem 13 nas urnas, são almas nobres e abnegadas. A esquerda caviar, enfim!
Esse pessoal tomou chá de sumiço. Eles adoravam aparecer por aqui, no meu blog, para me atacar, repetir frases prontas ou monopolizar as virtudes, por falta de argumentos. Aqueles que nos chamam de “coxinhas”, os “trouxinhas” enroladinhos pelo PT. Por onde andam? Assim fico até com saudade. Nas redes sociais também há certo clima de timidez por parte deles. Andam por aí cabisbaixos, aproveitando os apagões causados pelo governo incompetente para esconder os rostos.
Não façam isso. Assumam que votaram em Dilma e participaram desse embuste, conscientes de tudo no fundo, no fundo. Afinal, não vai adiantar se esconder. Nós sabemos o que vocês fizeram no verão passado…
Rodrigo Constantino

O socialismo dura até acabar do dinheiro dos outros

Há coisa mais “linda” e fácil do que fazer caridade com o chapéu alheio? O sujeito não gasta duas calorias, não utiliza esforço próprio algum, e vive com a imagem de abnegado, altruísta, uma alma sensível preocupada com os mais pobres. E tudo isso apenas com odiscurso contra a desigualdade social e pregando mais impostos sobre os ricos e mais “caridade” estatal. Assim nascem os movimentos socialistas.
Mas quando o socialismo é colocado em prática, sai de baixo! Jamais funcionou, jamais funcionará. É que indivíduos reagem a incentivos, e quando o estado começa a punir o sujeito produtivo, criador de riquezas, ele tende a procurar ambientes mais amigáveis para empreender. Com o tempo, o fardo da “caridade” estatal pesa demais sobre os ombros de quem realmente trabalha para produzir riqueza, e os parasitas superam os hospedeiros em quantidade.
Margaret Thatcher, uma das grandes estadistas que o mundo já teve, dizia que o socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros. O estado vai distribuindo benesses, esmolas e privilégios, tal como um Robin Hood moderno (na verdade o mitológico herói dos pobres tirava não dos ricos, mas das autoridades para devolver o que havia sido roubado por impostos antes). Até o dia em que não há mais recursos para espremer dos “ricos”.
Foram as reflexões que me vieram à mente após ler a notícia de que Maduro aumentará o preço da gasolina na Venezuela, justo no momento em que seu preço internacional está em queda livre, e reorganizará o sistema de câmbio. Em pronunciamento anual à Assembleia Legislativa na noite de quarta-feira, Maduro afirmou que “chegou o momento” de aumentar o preço da gasolina – a mais barata do mundo –, cujo custeio consome cerca de 12,5 bilhões de dólares por ano em subsídios.
Ou seja, os subsídios – a tal “caridade” feita com o suor alheio – mostraram-se insustentáveis. A economia está em recessão, a escassez é generalizada (marca registrada do socialismo, seja do século 20 ou do século 21), e o governo, como não quebra, quebrou o país. Agora precisa correr atrás de mais recursos, e fará isso reduzindo as esmolas, aumentando a arrecadação, avançando ainda mais sobre o que restou do bolso do cidadão.
O mais irritante, que deixa as pessoas decentes indignadas, é que esses socialistas não têm compromisso algum com a realidade, com os fatos e com os mais pobres. É tudo em prol do discurso, quando se trata de gente que deseja muito manter as aparências, ou de esquema de desvio de recursos públicos mesmo, quando se trata de gente malandra e oportunista, além de sem caráter, claro.
Nunca aprendem com a história. Repetem o mantra igualitário, socialista, e continuam a pregar o altruísmo com o esforço dos outros. Ficam bem na foto (ao menos perante os ignorantes), e depois, quando a conta chega, quando as medidas populistas cobram seu preço, fingem-se de sonsos, de desentendidos, como se aquilo não fosse com eles.
Mas quantos brasileiros não defenderam o modelo venezuelano lá atrás?! Quantos não repetiam que finalmente a ganância capitalista era deixada de lado em nome da “justiça social”? Perguntem se algum deles irá assumir a responsabilidade pelo que defendeu no passado. Jamais! O lance dessa turma não é efetivamente ajudar os pobres, e sim posar de Robin Hood, bancar o altruísta – sem gastar duas calorias próprias, repito. Que gentinha…
Rodrigo Constantino

“Não vejo mais novelas. Sinto que o meu cérebro está definhando.” (Bilu Cão)

DESPACHADO

DESPACHADO

Um dia tudo passa
A dor
O amor
O choro
O riso
A tristeza
A alegria
No final de tudo
Só resta um corpo inerte
Deitado sobre e cercado de madeira
Pranteado por seus amados
E como praxe da vida que segue
Encaminhado para o esquecimento.




“O mal de alguns cachorros é querer todos os ossos só para eles.” (Bilu Cão)

O diário de Havana: Cora Rónai conta sua experiência de turista no “paraíso” socialista



Isso é charmoso?
Como o modelo cubano ainda consegue ser defendido por alguém é um paradoxo. Ou nem tanto, quando lembramos que o mundo está cheio de gente que não liga para os fatos da realidade, desde que sua ideologia redentora seja preservada para aplacar as angústias causadas pelo mundo imperfeito à sua volta.
É por isso que muitos brasileiros ainda defendem a revolução cubana e seu líder, Fidel Castro, mesmo após meio século de ditadura, dezenas de milhares de mortos pelo regime, muita miséria e escravidão.   É o que Cuba representa, o ideal anticapitalista, igualitário, ou o pequeno e corajoso Davi que enfrentou o Golias, o império estadunidense, ícone de todo o mal existente.
Claro, a maioria prefere adorar Cuba de longe, lá de Paris ou do Leblon, vendo a banda passar, ou então jogando uma pelada no campo particular do Recreio. Cuba serve apenas para ser visitada esporadicamente, como turista, vivenciando a experiência do apartheid existente no local, já que os próprios cubanos não têm acesso a nada que os gringos têm – a começar pela moeda forte.
O refúgio desses nostálgicos socialistas é repetir que as “conquistas sociais” justificam o restante, até mesmo a opressão ditatorial. Balela. Balela dupla. Primeiro, pois não justificaria, caso contrário teriam de aplaudir o regime de Pinochet também, que entregou resultados sociais infinitamente melhores. Segundo, pois é mentira. Cuba não tem conquistas sociais. Após Fidel, a ilha caribenha piorou em seus indicadores sociais em relação aos vizinhos.
A “educação” não passa de doutrinação ideológica, e os engenheiros acabam como taxistas, sem oportunidade de emprego, enquanto as engenheiras acabam como prostitutas, ofício que mais cresceu em Cuba após o comunismo (e ainda dizem que antes era um bordel americano). Já a “saúde” é uma piada de mau gosto: falta tudo, a começar pelos remédios, os hospitais são um lixo, e até o líder máximo prefere médicos espanhóis. Chávez sim, escolheu um médico cubano….
Com a aproximação entre Estados Unidos e Cuba, muitos brasileiros querem conhecer o país antes de ele se “americanizar”. Ou seja, desejam uma viagem no túnel do tempo para ver como era a vida nos anos 1950, já que Cuba teria ficado congelada neste período todo (na verdade, regrediu).
Um tanto insensível com os cubanos que vivem naquele inferno, como já comentei aqui. Ao ponto de uma professora de história (tinha que ser!) vibrar com a falta de McDonald’s e Starbucks, sem ligar para o fato de que muitos cubanos adorariam ter o direito de escolha e também as condições para comer um BigMac.
Mas alguns jornalistas estão indo também com viés de observador imparcial. Foi o caso de Cora Rónai, que passou uma semana em Cuba, e resumiu sua experiência em sua coluna de hoje. Recomendo a leitura, pois descreve bem a dificuldade que é sobreviver naquele país sob o comunismo. Não é nada fácil.
E isso porque Cora nem mergulhou no submundo escancarado do turismo sexual, com meninas oferecendo sexo em troca de qualquer migalha. Cuba foi um lugar charmoso, palco de bares e restaurantes animados, turistas lotando as casas de show, os cafés. Mas isso foi no passado, antes dos barbudos tomarem o poder. Hoje, é apenas uma grande favela cercada por algumas belas praias com hotéis espanhóis feitos apenas para turistas, e longe do alcance dos cubanos.
Desconheço maneira mais rápida e certeira de identificar um canalha do que perguntar o que ele acha de Cuba. Se defender algo tão indefensável, se começar a elogiar alguns aspectos para reconhecer alguns defeitos, então não resta dúvida: está-se diante de alguém que não tem vergonha na cara ou empatia pelo próximo. Resguardar utopias tem limite. Que tratem de sua alienação num divã, mas parem de tecer loas ao Capeta…
Rodrigo Constantino

“Sou parente do João e do Zé Ninguém.” (Climério)

“Tem gente que deseja mudar a natureza das coisas. Vejam bem se eu com essa juba de macho vou andar por aí comendo folhas, frutinhas e cagando verde?” (Leão Bob)

“Pais que não dialogam com seus filhos dificilmente escaparão de falar com advogados e psicólogos justamente sobre seus filhos.” (Eriatlov)

“Salvo os pequeninos e velhos, aqui quem não trabalha não come. Ainda não temos sindicalistas.” (Leão Bob)

LEANDRO NARLOCH- Por que a esquerda não luta por menos impostos?

Vejo poucos brasileiros de esquerda defendendo menos impostos no Brasil. Alguns até acham que a carga tributária é alta, mas dizem que é ainda maior nos países escandinavos nos quais deveríamos nos espelhar. Geralmente concordam com intelectuais que distorcem números e afirmam que o brasileiro, comparado a cidadãos de outros países, paga em média poucos impostos.
Para os mais radicais, a esquerda precisa lutar pelo fortalecimento do estado (o que envolveria mais impostos, principalmente dos mais ricos), enquanto a direita, a burguesia, os conservadores e as elites, que não ligam para as necessidades do povo, torcem por menos tributação.
O curioso é que muitos dos heróis e ídolos da esquerda são líderes e revolucionários que lutaram, eles próprios, por menos impostos.
É difícil, por exemplo, chamar de conservadores ou aliados às elites tradicionais os rebeldes que, durante a Revolução Francesa, destruíram alfândegas, queimaram documentos de dívidas fiscais e se recusaram a pagar impostos tanto à monarquia quanto aos governos republicados que a sucederam.
Deveriam os brasileiros de esquerda deixar de ler Karl Marx, que foi processado pela Alemanha por defender a sonegação de impostos? “A partir de hoje, impostos estão abolidos! É alta traição pagar impostos! Recusar pagar imposto é a primeira obrigação de um cidadão!”, escreveu Marx em 1848, depois de considerar ilegítimo o governo alemão.
Será que deveríamos chamar de burguês ou aliado às das elites o Mahatma Gandhi, que em 1930 percorreu 390 quilômetros a pé só para chegar ao litoral da Índia e desafiar o Império Britânico produzindo sal sem pagar imposto?
Ou o anarquista Henry David Thoreau, pai da Desobediência Civil e um dos inspiradores de Gandhi, preso por recusar a pagar qualquer tipo de taxa ao governo americano?
Há ainda os zulus da África do Sul, que no começo do século 20 travaram diversas guerras contra o imposto de 3 libras per capita imposto pelo Império Britânico. O Movimento Zapatista de Libertação Nacional, que depois de criar governos locais parou de pagar imposto ao governo central do México. E as sufragistas dos EUA que resgataram o lema da Revolução Americana (no taxation without representation) e se recusaram a pagar impostos enquanto não pudessem votar.
Dá pra chamar de representante da direita britânica o cantor George Harrison, dos Beatles, autor da música Taxman, um protesto contra as alíquotas do imposto de renda de até 95% para os ingleses mais ricos?
Mais difícil ainda é rotular como elitistas ou insensíveis às necessidades do povo os rebeldes da Revolução Farroupilha, movimento contrário ao imposto sobre o charque, o couro, o sal e a erva-mate pago pelos gaúchos à corte. Ou os pernambucanos que, no começo do século 19, tentaram se separar do Brasil por não verem retorno nos tributos que pagaram ao Rio de Janeiro. Muitos dos meus amigos de esquerda rejeitariam como um lugar-comum neoliberal e egoísta a frase “nenhuma pessoa pode ser privada da menor porção da sua propriedade sem seu consentimento”. Sem ligar para o fato de que essa frase era repetida com frequência por Frei Caneca, líder da Confederação do Equador e um dos grandes heróis pernambucanos.
O que motivou tanta gente a lutar contra impostos – e o que escapa da esquerda atual – é um desejo de autonomia, de defender o direito de serem donos do que produzem, e a certeza de que o dinheiro arrecadado pelos impostos raramente volta aos contribuintes ou é destinado aos mais pobres. Acaba bancando gastanças, sistemas ineficientes, privilégios dos amigos do rei e gordas aposentadorias de burocratas.
É uma pena que a esquerda traia sua própria tradição e defenda mais impostos no Brasil. A luta contra a apropriação do dinheiro dos cidadãos foi por muito tempo (e ainda deveria ser) uma bandeira de quem se importa com os mais pobres e oprimidos.
@lnarloch

"Se me fosse permitido votar eu não votaria em Dilma nem que ela fosse uma poodle." (Bilu Cão)

“Quem mais deve pensar na morte é dono de funerária. Morte dos outros, é claro!” (Pócrates, o filósofo dos pés sujos)

"Já fui fulano, sicrano e beltrano. Hoje sou um rato." (Climério)

"Trabalho num chiqueirão. Meu perfume é o Porco Rabane." (Climério)

“Os medíocres para encontrar um caminho na vida precisam de luz alheia.” (Mim)

“Aos políticos não é permitido participar de concurso de mentiras por motivos óbvios.” (Mim)

Alexandre Garcia- Perdão para traficante



O governo brasileiro, fiel à cultura nacional de ter pena de bandido e não ligar para as vítimas, exigiu que o traficante brasileiro que, por anos, entrava com cocaína na Indonésia, não fosse fuzilado, como manda a lei daquele país. Como o presidente de lá se manteve fiel a lei e não interferiu na Justiça, a presidente Dilma se disse “indignada” e chamou o embaixador brasileiro “para consultas”, o que significa uma ameaça de rompimento de relações. Se romper, só quem perde é o Brasil, que tem vendido aviões e veículos para o arquipélago asiático. A Indonésia deve estar muito preocupada. Quem sabe o Brasil manda uma expedição punitiva? Onde já se viu matar traficante brasileiro, com 25 anos de serviço, que aqui sobrevive tão bem? Danem-se as famílias indonésias, cujos filhos receberam cocaína que o carioca levava por anos, nos tubos da asa-delta, apresentando-se como instrutor de voo livre.
A indignada presidente não olha para seu próprio país, que tem cerca de 150 execuções de brasileiros por dia, todos os dias. A Indonésia, com 250 milhões de habitantes, tem 19 mil assassinatos por ano. O Brasil, com 200 milhões, tem 54 mil assassinatos anuais. São 7 contra 27 homicídios por 100 mil habitantes. A diferença está bem explicada pelas leis penais e pela forma como são cumpridas, lá e aqui. 
O traficante carioca, ao ser flagrado, ainda fugiu do aeroporto, mas foi capturado depois. Costumava fazer a rota Rio-Amsterdam-Báli, levando cocaína comprada no Peru, Bolívia e Colômbia. Ele próprio era viciado em manfetamina cristal, muito usada em raves brasileiras. Um outro brasileiro deve ser fuzilado em dois meses, pelo mesmo motivo: levava cocaína nas pranchas de surfe, disfarce para chegar a Báli. A família alega que ele sofre de distúrbio mental. O que não impediu a engenhosidade de esconder o pó em equipamento esportivo, como o outro traficante.
Depois disso, dificilmente algum traficante brasileiro vai levar cocaína para destruir os jovens indonésios. O que foi fuzilado sempre teve confiança de que voltaria ao Rio. Ainda levava na cabeça a cultura nacional, de que nada é sério e tudo é bagunçado. E tinha lá suas razões. Afinal, o Brasil deu abrigo ao italiano que matara quatro a sangue frio e havia sido condenado em todas as instâncias no país que criou o Direito Romano. Faz sentido; afinal, abrigamos uma multidão de traficantes ou assassinos. Ou não seríamos executados à razão de 150 brasileiros por dia.

"Para fazer economia vale de tudo. Estamos escovando os dentes com cinzas." (Climério)

"Estou tão quebrado que até moedas de cinco centavos guardo no cofre." (Climério)

“Na próxima vida espero nascer cachorrinho de madame. Este negócio de caçar é muito cansativo. E quem é que gosta de viver cercado de moscas?” (Leão Bob)

“A inspiração é um sopro que vai e que vem.” (Eriatlov)

PAÍS DO FUTURO- “E o diabo deste nosso futuro que nunca chega?” (Mim)

Estatismo e estadismo na questão energética

Por Bernardo Santoro, publicado no Instituto Liberal
Há algum tempo atrás escrevemos sobre a questão da politização da matriz energética brasileira, onde a matriz hidroelétrica perdeu a capacidade de armazenamento de água em longo prazo por pressão ambiental, a matriz nuclear não é usada por preconceito (mesmo com o Brasil dominando a técnica de enriquecimento do urânio e tendo a sexta reserva mundial do minério), e se investe maciçamente em energias limpas caras e de baixa eficiência.
Além disso, já denunciamos também o rígido controle estatal da produção de energia no país, através da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e do ONS (Operador Nacional do Sistema), fazendo com que todas as decisões relativas à produção de energia estejam atrelados ao Governo, mesmo com algum investimento privado no sistema.
Portanto, as digitais do Governo estão por toda a parte na gravíssima crise energética pela qual passa o país. Fechamento do mercado, subsídio de preços e falta de investimentos não poderiam resultar em outra coisa que não fosse essa catástrofe. A decisão da Presidente Dilma de reduzir artificialmente a conta de luz no ano retrasado estimulou o consumo desenfreado de um produto escasso, resultando no seu quase esgotamento, refletindo-se em um aumento gigantesco no início deste ano. A crise da energia é o estatismo brasileiro na sua glória, para alegria dos seus profetas petistas.
O que sobra de estatismo, no entanto, falta em estadismo, especialmente no atual Governo. Vou usar a definição de estadismo, e seu principal operador, o estadista, a partir da visão de Aristóteles, que argumenta ser o estadista aquele líder político que lidera com sabedoria e busca exercer seu governo a partir de padrões éticos e visão de longo prazo. Se, para liberais, os estatistas são abjetos e avessos à sua doutrina, com os estadistas a desconfiança é quase tão grande quanto. Liberais acreditam em um Estado de Direito isonômico, mas que os processos de produção e distribuição de bens e serviços devem estar praticamente todos atrelados à iniciativa privada, entendendo esse Estado, e seu estadista ético e com visão de longo prazo, como males necessários.
Dentro dessa estrutura, o mínimo que se espera do Governo é que ele não minta acerca dos problemas sócio-econômicos enfrentados pela sociedade brasileira, mas não é isso o que aconteceu no caso da crise de energia. Ao longo de todo o ano passado, o que se ouvia dos candidatos ligados ao Governo, em especial da presidente Dilma, é que não havia o menor risco de ocorrer apagões. Mesmo após o apagão de ontem, onde empresas que repassam a energia declararam que foram obrigadas pelo ONS a cortar serviços, o Governo continuou negando que tivesse ocorrido problemas relacionados à falta de energia.
Uma atitude estadista, bem diferente da postura estatista do atual Governo, foi a tomada pelo ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, onde, com coragem, veio a público falar sobre a crise e apresentou um plano de redução do consumo, penalizando quem gastasse mais e bonificando quem gastasse menos, em um esforço nacional para ultrapassar os períodos difíceis enquanto os novos investimentos não surtiam efeito.
A atitude de Fernando Henrique não foi a ideal, pois o ideal seria a abertura de mercado, a desburocratização, a total liberdade de preços refletindo a escassez e a utilidade do serviço de energia e o desmonte das agências do setor, mas dentro de uma visão interventora, a diferença de padrão moral e política entre os dois governantes foi gigantesca.
Para o cidadão comum, preso na briga entre os estatistas e o estadistas, só resta lamentar o nível da falta de infraestrutura do país, que nos impede de produzir e montar uma economia mais próspera e justa. Ninguém mais investe e a fuga de capitais já é inegável. O último que sair apague a luz, se já não estivermos no escuro.

MINISTRO REMENDÃO- “E não é que o Joaquim já começou a mentir? É ele o ministro que veio para remendar a lona do circo.” (Mim)

“Não é fácil acordar feliz no paraferno(paraíso no papel, inferno na real) petista. Vem mais aumento por aí. E apagão!” (Mim)