sexta-feira, 29 de maio de 2020

“Já fui contra tudo e todos. Hoje não sou contra e nem a favor de nada. Nem sei porque existo.” (Pócrates)

DEUS ARON

No deserto do Saara de uma mistura de areia, restos secos de um camelo e baba de lagarto sob o apadrinhamento do deus Monu, nasceu Aron, o poderoso. Aron nasceu carregando toda sabedoria e poder do mundo. Começou transformando cactos em laranjais e todo grão de areia em grama, isso para felicidade dos povos nômades e das cabras. Inventou um bichinho devorador de grama para deixá-la sempre aparada.  Teve a feliz ideia do Minha Casa, Minha Vida e do Programa Bolsa-Família.  Fez chover todos os dias pelo menos duas horas seguidas, isso água e depois uma pequena garoa diária de pasteizinhos e brigadeiros. Como todos ficariam obesos após as guloseimas caídas do céu ele criou academias e minou o deserto de vendedores de produtos para emagrecer. Criou também bordeis e templos para diversões e enganações, não nessa mesma ordem; manicures e farmácias para vender preservativos e tratar doenças venéreas.  Mas Aron também era duro e proibiu a cobrança do dízimo assim como a reeleição para políticos. O povo saía às ruas todos os dias para ovacionar o Deus Aron, cantando louvores em pé, agradecendo por tantas maravilhas.  Aron sempre humilde proibiu que ficassem de joelhos para evitar futuros problemas de meniscos e patela. E assim ao fim de sete dias Aron terminou o seu trabalho e foi descansar em Mônaco, de onde nunca retornou, pois segundo ele tudo na vida é relativo, inclusive o saber viver.

Ladrão graúdo quando apertado pela Polícia Federal cai doente. Gentalha!

RATÃO


Miguel é meu nome, tenho pelo e dentes grandes. Antes homem, vivo agora como um ratão reencarnado, me deliciando num lixo grande e gostoso. Encontro de tudo por aqui, proteínas e carboidratos, frutas in-natura, fartura de guloseimas, nossa como sou feliz! Não posso me queixar da nova vida que levo, ainda mais que na vida passada eu fui um comunista. Que avanço senhores, que avanço!

“Devemos amar o próximo desde que ele não nos encha de socos.” (Mim)

GUSTAVINHO

Ontem Gustavinho não gostou do almoço. Gustavinho menininho de bons dentes e de estomago forte. Deixou de lado a comida e começou a comer pratos e talheres sob os olhares da família em transe. Comeu todos, menos uma faca feita de metal de serra fita. Acho que sobrou porque tinha gosto de graxa.