quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

INFERNO OU CUBA?


Perguntaram para um cubano:
-Inferno ou Cuba?
-Inferno.
-Por quê?
-O capeta não discursa!

“Cachorro que ladra não morde. É? Venha para perto que irei te mostrar!” (Bilu Cão)

“Cabra safado também é um fruto do amor. Mas é um fruto que tem bicho.” (Pócrates)

“Sem o mérito como incentivo todos dormem até mais tarde.” (Mim)

“Pensei em abandonar a minha mulher. Ela se foi antes.” (Climério)

“São novos tempos, novas tecnologias, mas continuo recebendo cartas. Cartas de cobrança, mas cartas.” (Climério)

O ano que começa mais cedo. Coluna Carlos Brickmann

Depois do Carnaval? Não, 2016 é diferente. Começa amanhã, dia 7, com a volta do juiz Sérgio Moro ao trabalho, depois dos feriados de fim de ano. Começa com a Polícia Federal se sentindo mordida com o corte de verbas. Começa com o empresário José Carlos Bumlai, amigo de Lula, com livre acesso às dependências do Palácio, e Delcídio do Amaral, líder do Governo no Senado, presos e pressionados: ou fazem delação premiada ou estão sujeitos a longas penas.

Há mais. O grupo de trabalho do Ministério Público encarregado de investigar políticos recebeu reforço: cinco subprocuradores para atuar especificamente nos recursos dos envolvidos na Operação Lava Jato ao Superior Tribunal de Justiça; e outros quatro investigadores. Cada caso pode ter inúmeras ramificações. Nas palavras do ministro Teori Zavascki, "puxa-se uma pena e vem uma galinha". 

Fernando Henrique, entrevistado no "Manhattan Connection" de domingo, disse que um dos problemas para tentar resolver politicamente a crise é que nunca se sabe se, na hora da conversa, o interlocutor estará solto. Fernando Henrique vê a situação com clareza: enquanto o trabalho da Justiça se desenvolver, tudo fica parado. E o avanço das investigações é imprevisível: se Delcídio e Bumlai falam, é uma coisa; se silenciam, é outra. Quem diria, há não muito tempo, que o líder do Governo no Senado seria preso? Quem diria que o maior empreiteiro do Brasil, Marcelo Odebrecht, passaria meses preso e não sairia nem no Natal?

STF e STJ soltarão muita gente. Mas quem ocupará seu lugar em Curitiba?

Ajuda à memória

Só para lembrar, há inquéritos no Superior Tribunal de Justiça sobre o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, do PMDB, e do Acre, Tião Viana, do PT. Outro envolve o ex-ministro (de Dilma) Mário Negromonte, do PP baiano. Os três fazem parte do grupo político que apoia a presidente. 

Negromonte só não é ativo na luta contra o impeachment porque está hoje no Tribunal de Contas.

Movimento permanente


Os prazos em que ocorrerão os principais eventos judiciários dependem de uma série de fatores - inclusive feriados, dias de ponto facultativo, etc. Por exemplo, o ministro Teori Zavascki deu prazo de dez dias para que o deputado Eduardo Cunha se manifeste sobre o pedido do Ministério Público para afastá-lo da Presidência da Câmara. Dez dias não são dez dias: o prazo começa quando Cunha for notificado da decisão. Isso só pode ocorrer em fevereiro, quando o Supremo volta do recesso e manda notificá-lo. Se a notificação for entregue pelos oficiais de justiça na segunda, dia 1º, o pedido de afastamento pode começar a ser julgado na sessão de quarta, dia 17. Se a notificação não for logo entregue, talvez fique tudo para março. 

São dez dias que podem valer por 50. Só que, enquanto não há decisão, a política fica fermentando e esquentando a crise.

Crise? Que crise? 

1 - Lembra daquelas terríveis cenas de pessoas barradas na porta de hospitais fluminenses por falta de vagas? Da moça que deu à luz na rua, porque nem no corredor do hospital quiseram aceitá-la? Das declarações do governador Pezão, de que o dinheiro tinha acabado, que os cofres estavam raspados, que não sobrava nem para a Saúde? Pois a situação deve ter melhorado muito: no dia 31, o Governo do Rio determinou gastos de R$ 120 milhões com propaganda oficial em 2016 (a quantia pode chegar a R$ 150 milhões). É o mesmo que foi gasto no ano passado, sem um tostão sequer de economia. Pensando bem, é até pouco: para botar na cabeça da população que o Governo é bom, que é que vão fazer?

2 - A Câmara dos Deputados gastou, em 2015, R$ 14 milhões com combustíveis e lubrificantes (o levantamento é da Operação Política Supervisionada, de Lúcio Batista). São cerca de 4 milhões de litros de gasolina que o caro leitor teve a honra de pagar para Suas Excelências, que o representam em Brasília.

3 - Lembre-se: há alguns anos, falou-se muito em trem-bala, e a presidente Dilma Rousseff criou uma estatal, a Empresa de Planejamento e Logística, exclusivamente para tomar conta do projeto. O trem-bala não saiu, não se fala mais no assunto, mas a EPL vai bem, obrigado. Tem 185 funcionários. E gastou R$ 46 milhões em 2015. 

É a prova de que o trem-bala é um meio de transporte ultrarrápido: já passou, ninguém viu, e a gente continua a pagar por ele.

Mas houve economia

Nem só de gastança, entretanto, vive o Governo. Há ocasiões em que, atento à crise, o Palácio do Planalto decide cortar despesas. Em 2015, por exemplo, o ano em que a presidente Dilma Rousseff declarou que o Brasil seria a Pátria Educadora, o Ministério da Educação teve corte de 10% do orçamento - aproximadamente R$ 10,5 bilhões de reais. 

Dinheiro só para áreas prioritárias, como pagamento de diárias de hotéis cinco estrelas no Exterior para delegações oficiais.

Ministros do Brasil

Todos os envolvidos desmentirão. Mas vários informantes confiáveis, em Brasília, garantiram que o ex-ministro Delfim Netto foi sondado por Dilma para a Fazenda. Desde o início dos Governos petistas, Delfim esteve entre os conselheiros informais do presidente Lula. 

Delfim recusou, Nelson Barbosa aceitou.

PIADA DO DIA- 'Vamos encarar a reforma da Previdência', afirma Dilma

LIGAÇÕES PERIGOSAS- Mensagens de executivo apontam atuação de Jaques Wagner por empreiteiros

Mensagens de executivo apontam atuação de Jaques Wagner por empreiteiros
-Até eu?

Enfim uma boa notícia para Dilma: nasce o segundo neto da presidente

E para o menino, ser neto de Dilma é uma boa?

Coliforme fecal gigante



O Globo noticia que "Desde que começou a investigar as ações fiscais contra empresas do Grupo Petrópolis, fabricante da cerveja Itaipava, o Ministério Público teve cortado o acesso à base de dados da fiscalização de ICMS. Mantido por resolução conjunta, o compartilhamento das ações dos auditores fiscais contra grandes empresas suspeitas de sonegação, entre as quais a cervejaria, é tido como vital para a atuação da Coordenação de Combate à Sonegação Fiscal (Coesf) do Ministério Público."

Itaipava, Itaipava...

"Walter Farias, dono do Grupo Petrópolis, é influente na política estadual. Ele é sócio do presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), deputado Jorge Picciani (PMDB), na Mineradora Tamoio, principal fornecedora de brita para as obras olímpicas. Nas eleições de 2012, a cervejaria doou para partidos e candidatos R$ 5 milhões. Dois anos depois, nas eleições do ano passado, a mesma empresa gastou R$ 101 milhões. O PMDB lidera a lista de partidos que receberam fatia das doações", acrescenta o jornal.

O PMDB do Rio é um coliforme fecal tamanho gigante.

O Antagonista

Saques da poupança foram os mais altos da história em 2015

A poupança, um dos melhores negócios da Caixa Federal, ao lado do crédito imobiliário, eram as suas duas maiores fontes de receita. Poupança e crédito imobiliário estão, agora, bichados. O nível de inadimplência de financiamentos para baixa renda é assustador. A Caixa só não está quebrada, ainda, porque é do governo federal. 

Os  saques da poupança em 2015 foram os mais altos da história. Pela primeira vez desde 1995, quando os dados da caderneta começaram a ser divulgados, a aplicação diminuiu de volume entre um ano e outro

Pela primeira vez nos últimos vinte anos, a caderneta de poupança registrou perda de patrimônio ao fim de doze meses. Mesmo contando com os rendimentos de 47,43 bilhões em 2015, o saldo da aplicação ficou em 656,59 bilhões, um valor 0,93% menor do que o total de 662,72 bilhões de reais registrados no acumulado de 2014.

Além de cair entre 2014 e 2015, os saques superaram as aplicações em 53,56 bilhões de reais em 2015, segundo o Banco Central informou nesta quinta-feira. É o maior volume de saques já registrado.

Durante 2015, especialistas atribuíram a sangria da poupança à redução da renda dos trabalhadores e à competição com outros tipos de investimento, que foram mais impulsionados pela alta dos juros (a Selic está em 14,25% ao ano) e do câmbio (48,5% no ano passado).

Políbio Braga

Marina: "O melhor caminho é a cassação de Dilma"



Marina Silva disse à Rádio Gaúcha que o TSE tem de cassar o mandato de Dilma Rousseff:

"No meu entendimento, o melhor caminho para o Brasil é o processo que está no TSE, porque teria a cassação da chapa com a comprovação de que o dinheiro da corrupção foi usado para a campanha do vice e da presidente".


Mas ela não afastou completamente a hipótese do impeachment:

"Impeachment não é golpe. Está previsto na Constituição, foi feito contra o Collor, foi pedido pelo PT várias vezes e eles achavam que não era golpe".

O Antagonista concorda com qualquer um que queira derrubar Dilma Rousseff.

O Antagonista

Monstruosidade em Colônia



Já chega a noventa o número de mulheres que deram queixa à polícia de Colônia, na Alemanha, por abuso sexual nas proximidades da estação central da cidade. Mas a quantidade pode ser bem maior.

Elas foram atacadas por árabes e norte-africanos, na passagem de ano, num episódio que as autoridades definiram "monstruoso".

Foi aberto um inquérito para saber por que a polícia não agiu. Provavelmente porque achou que era "politicamente incorreto".

O Antagonista

Adeus ano novo /Por Alexandre Garcia

O líder do governo na Câmara Federal deu a régua e o compasso para este ano: “Mais estado e menos mercado”. O presidente do PT completou: “Menos juro e mais investimento”. Este último fez uma crítica, porque, afinal, temos mais juro porque o governo quer mais estado e gasta mais sem ter, então emite papéis que, para serem vendidos, precisam oferecer mais juros. Estado inchado, nada sobra para investir. Aliás, estado é péssimo investidor. Um viaduto em Goiás ficou em obras por dois anos até ser entregue à iniciativa privada. Em semanas, o viaduto ficou pronto. Neste ano, o governo federal vai gastar 1 trilhão 108 bilhões, no mínimo. E vai gastar 120 bilhões além disso. Vai fazer o quê?

 Só com previdência e folha de pagamento saem pelo ralo 873 bilhões. É o que está no orçamento da União; não é invenção. Para gastar tudo isso, o governo federal espera arrecadar 1 trilhão 260 bilhões de reais, mas conta com o ovo antes de a galinha pôr. Já está contando com a ressurreição da maldita CPMF, como se tivesse maioria fácil no Congresso. Mas vai usar para quê? Os serviços públicos são péssimos. É um estado inchado e egoísta; arrecada principalmente para se sustentar. Ano passado, pagamos mais de 2 trilhões de reais em tributos, nos três níveis de governo. Só a União tem 31 ministérios, 5 secretarias chefiadas por ministros, 122 autarquias, 10 agências reguladoras, 41 fundações e 135 estatais. São mais ou menos 1 milhão de servidores, mais cerca de 1 milhão de pensionistas e aposentados. 

O Brasil, com essa carga improdutiva e ineficiente, vai afundando. Quando nasci, o escritor austríaco Stephan Sweig escreveu “Brasil País do Futuro”. O livro, traduzido em 16 idiomas e best-seller, acabou por cunhar a palavra de ordem “país do futuro”. Mas nesses últimos anos tratamos de jogar fora o futuro. Que estava perto, quando conquistamos a estabilidade da moeda. Hoje, perdemos isso. Éramos emergentes, agora estamos voltando ao subdesenvolvimento. As pessoas que subiram na renda, estão endividadas e pagando altos juros. O estado gorducho não dá saúde, nem segurança, nem educação, nem futuro, como demagogicamente prometera. E a gente já vai se despedindo do ano-novo.

Filme de terror brasileiro: Buracos Negros, Devoradores de Pneus e Rodas.

Já é ruína. Por José Casado

Artigo publicado originalmente em O Globo, edição de 5 de janeiro de 2016

Numa noite de outubro, dois anos atrás, ela convocou uma cadeia nacional de rádio e televisão para comunicar: "Passamos a garantir, para o futuro, uma massa de recursos jamais imaginada para a Educação e para a Saúde."

Enlevada num tom de realismo mágico, anunciou a alquimia: "A fabulosa riqueza que jazia nas profundezas dos nossos mares, agora descoberta, começa a despertar. Desperta trazendo mais recursos, mais emprego, mais tecnologia, mais soberania e, sobretudo, mais futuro para o Brasil."

Arrematou, com esmero ilusionista: "Começamos a transformar uma riqueza finita, que é o petróleo, em um tesouro indestrutível, que é a Educação de alta qualidade. Estamos transformando o pré-sal no nosso passaporte para uma sociedade mais justa."

Para gerenciar a riqueza submersa a mais de quatro mil metros no Atlântico, Dilma Rousseff criou a estatal Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A.(PPSA). Deu-lhe amplos poderes para defender os interesses da União, o que inclui a gestão dos contratos de partilha, controle dos custos e das operações de exploração e produção de todo petróleo extraído da camada pré-sal.

Não é pouco. A combalida Petrobras, que nesses campos já produz mais de um milhão de barris, planeja concentrar investimentos numa área de tamanho equivalente a 150 mil campos de futebol, a 170 quilômetros de distância do litoral do Estado do Rio. Libra, como é conhecida nos mapas marítimos, é uma das maiores áreas do planeta reservada à exploração de petróleo. Foi leiloada a uma sociedade composta pela Petrobras, a anglo-holandesa Shell, a francesa Total e as chinesas CNPC e CNOOC.

Dilma continua com o seu discurso surrealista, com toques de absolutismo groucho-marxista: "Eu represento a soberania nacional, do pré-sal, a defesa dos 30%, a defesa do conteúdo nacional... Esse golpe (o processo de impeachment) não é contra mim, é contra o que eu represento, contra a soberania, contra o modelo de partilha do pré-sal"— disse semanas atrás a uma plateia de sindicalistas aliados do governo.

Longe do espelho d’água do Palácio do Planalto, sobram certezas sobre o desgoverno na condução dos negócios do pré-sal. A empresa estatal (PPSA) criada para recolher a "massa de recursos jamais imaginada" para Saúde e Educação mal começou e já está sucateada.

Tem 15 empregados, acumula prejuízos e patrimônio líquido negativo. Sem dinheiro, atravessou 2015 sobrevivendo da caridade privada. Fornecedores cederam-lhe licenças temporárias gratuitas de software.

Perplexos, auditores do Tribunal de Contas da União registraram: "Há sérios riscos de se comprometer ou até inviabilizar a realização de importantes tarefas técnicas, tais como: a) interpretação sísmica e modelagem geológica; b) construção de modelos estáticos e dinâmicos para simulação de fluxo em reservatórios petrolíferos; c) análise de dados de perfuração de poços e de desempenho petrofísica; d) testes de modelagem de escoamento."

É real a ameaça aos resultados econômicos para a União, adverte o tribunal.

Com 28 meses de existência, a estatal do pré-sal pode ser vista como novo símbolo do governo Dilma. Parecia que ainda era construção, mas já é ruína.

José Casado- É jornalista

Se caia não sei, mas podre está. Ela, a coisa ruim...

UMA FAMÍLIA DE NEGÓCIOS

-Filho, pega a coisa.
-Que coisa pai?
-A coisa, vamos lavar o carro.
-Ah, o lava-jato?
- Puta que pariu, não fala essa palavra maldita!

E como diz minha vó noveleira: “ A vida nem sempre é um mar de roças.”

E como diz minha vó noveleira: “ O amanhã ao Abreu pertence.”

“Só se casa quem erra.” (Limão)

“Só tropeça quem enfrenta o caminho.” (Filosofeno)