quarta-feira, 6 de setembro de 2017

BOTÃO NO POÇO

Hawkshead, Inglaterra, 1945. A pequena Carol (6) olha pela janela observando o poço. Ouviu dizer que se jogar uma moeda no poço e fazer um pedido ele se realiza. Carol não tem moeda. Será que um botão serve? Ela caminha até a borda do poço e joga o botão pego nas costuras da mãe na abertura do buraco, fecha os olhos e faz um pedido. Ao abrir os olhos vê seu amado pai descendo a colina voltando da guerra.

DIOMEDES

As irmãs Ana e Anita brigavam pelo mesmo homem, o galã Diomedes. Ele avisou que não estava gostando da encrenca, elas não ouviram e continuaram brigando. Então no Dia dos Namorados ele fugiu com a sogra.

JOÃO BABA

Jurunupanu, nordeste seco. Poeira dos infernos. Árvores secas, animais mortos de sede e água para o povo somente de caminhão pipa. Então o prefeito Óvide ouviu falar de tal João Baba que morava na região das pedras amarelas, um desperdício. Trouxe o homem com um emprego bem remunerado na prefeitura para o setor de recursos hídricos. Pois deu certo. Em seis meses João Baba babou tanto que se formaram três rios e um lago do tamanho do Titicaca. O melhor de tudo é ninguém mais passou sede em Jurunupanu, nem gente, nem animal e o verde tomou conta. Até uma praia de água doce ganharam. Quando houve ameaça de enchente compraram um babador para João e tudo se resolveu.

CHOVEU NO INFERNO

Bilhões de pessoas torrando dia após dias no fogo do inferno por séculos e séculos, sem cessar o sofrimento. Ontem, porém desceu um toró que não foi dos diabos e apagou tudo. Nadica, nem um foguinho para esquentar água para o café. A enxurrada levou até os diabos morro abaixo. O inferno acabou. O povo feliz cantava e dançava e queria agradecer a Deus pela bendita quando um vivente disse que não fora Deus que fizera a graça. Apontou o dedo para um magrelo que Lúcifer deixara entrar no reino com uma bicicleta e um rádio transístor. Fora ele que fizera a máquina de chuva. Apareceu então sorridente no meio da multidão um sorridente louro usando casado de couro; seu nome, MacGyver.

MULA-SEM-CABEÇA

Após vinte anos de pesquisas em todo o território brasileiro o professor Martin Roney chegou à conclusão que não existe mula-sem-cabeça. Mas salientou que há socialistas, o que vem ser a mesma coisa.
“Não só dívidas e adultério arruínam casamentos, o ronco também.” (Mim)
“Todo homem deve ter a liberdade para ser enganado como quiser.” (Mim)
“A CNBB fez a sua opção. A opção pelos podres.” (Mim)
“Gostaria de ver o mundo com outros olhos. Mas ninguém quer me emprestar os seus.” (Mim)
“A bater nos acostumamos fácil, já o aprendizado na arte de apanhar e bem mais demorado.” (Mim)
“Ainda bem que os tempos das fogueiras já se foram. Antes um hipócrita cru que um ateu assado.” (Mim)
“Gato escaldado tem medo até de uísque com gelo.” (Mim)
"Melhor que não ter o rabo preso é não ter rabo." (Mim)
“Quando o sujeito se acha o mais honesto do país seja ELE QUEM FOR, pode escrever aí: é puro lixo!” (Mim)
“Pai, o que os políticos do PT fazem em Brasília?”
 “Você ainda não tem idade para saber meu filho.” (Mim)

“A minha família é toda feita de vadios imprestáveis. A única que trabalhou fui eu. Deitada, é certo, mas trabalhei.” (Eulália)
QUE SEJA ETERNO ENQUANTO DURE- “Estaremos juntos sim meu amor... Até o cancelamento dos cartões.” (Eulália)
“Sempre fui uma mulher de poucas virtudes e de muitos assanhamentos.” (Eulália)
“Quis eu viver de amor e por muito pouco não morri de inanição.” (Josefina Prestes)
“Sou linda por dentro, mas ninguém vê.” (Josefina Prestes)

DIFERENÇA

“Apanhar de marido pobre: Olho roxo e pedido de perdão. Apanhar de marido rico: Olho roxo e indenização.” (Josefina Prestes)

“Cansei de pobre. Agora meço os homens pelo tamanho do patrimônio.” (Josefina Prestes)

PELO CEMITÉRIO

Passando pelo cemitério na madrugada
O corajoso de boteco apressa o passo
O coração acelera
Enquanto o vento sibila
Um vaso se quebra
Uma coruja sai da escuridão
O medo corre pela espinha
Tudo parece diferente
Quando o nosso chão é abraçado pela noite
E o silêncio imperial faz do psiu um grito que apavora.

SERVIDOR TARTARUGA

Há exceções à regra
Faz-se justo dizer
Mas o contrato de estabilidade
Gera um conforto inútil
E faz proliferar como salmonela
O descompromissado servidor tartaruga.

SEM ILUSÃO

“Meu velho marido não é um iludido. Ele sabe que o meu amor é pelo seu cartão de crédito.” (Eulália)

O QUE COSPE

“Meu marido é tão velho que não cospe saliva, cospe pó.” (Eulália)

PÃO INSONE

“Tomar café com pão dormido não é nada. O duro é comer pão insone, que há dias perambula pelos armários.” (Chico Melancia)

SOCIALISMO

“Detesto o socialismo. Certa vez tive uma namorada que socializou a perereca.” (Chico Melancia)

MATEMÁTICA

“Sempre fui péssimo em matemática. Para aprender a tal raiz quadrada quem ficava quadrado era eu.” (Chico Melancia)

MAMANDO

“Tenho um primo de 24 anos que já ficou mais tempo preso do que mamando.” (Chico Melancia)