sexta-feira, 6 de março de 2015

“Acordo todas as manhãs pensando em viver até cem anos. Mas aí eu penso nos impostos, no preço dos remédios pra ereção, nas rugas....” (Nono Ambrósio)

“Ontem devorei um canibal. Sujeitinho macio.” (Leão Bob)

“Fui atacar um cavalo branco e saí com a boca cheia de tinta. Putz! Era uma zebra disfarçada.” (Leão Bob)

“Meus filhos são uns vadios. Saíram o meu sogro.” (Limão)

“Minha mulher fala tanto que até já gastou duas línguas.” (Limão)

“A rotina no casamento é fermento para o nascimento de chifres.” (Limão)

“Sejam casais criativos ou vivam no inferno da modorra.” (Limão)

“A pressa no trânsito engorda coveiros.” (Limão)

“Às vezes estar só faz bem. Somente a nós precisamos suportar.” (Mim)

“Estou cansado de pagar para sustentar a corja de ladrões que usa dinheiro dos impostos para distribuir dinheiro para seus eleitores visando se perpetuar no poder. O social que vá para os quintos, eu quero é justiça!” (Mim)

“A mentira no ambiente político é maior que a calcinha da nona.” (Climério)

“Quer matar um vadio? Jogue nas mãos dele uma enxada com cabo.” (Eriatlov)

“O melhor que se pode fazer pelo social é encapar o Bráulio de gente despreparada para ser pai.” (Mim)

O copo meio cheio: náusea com Brasil de Dilma pode ser purgatório para melhoras à frente

O Brasil está cada vez mais caótico, e tudo deve ser colocado na conta de Dilma. Não foi por falta de aviso dos liberais. Estamos regredindo uns dez anos no tempo. Aliás, número mágico: o dólar atinge o maior valor em dez anos, chegando a R$ 3,00, assim como a inflação, que acumulou incríveis 7,7% em fevereiro nos últimos 12 meses, o maior índice em quase dez anos. O Brasil subia de escada rolante, gradualmente, e resolveu descer de elevador (ou seria de bungee jumping?) com Dilma.
Mas como já aponto os dados ruins com frequência, farei agora um exercício de Pangloss. Tentaremos ver o lado bom disso tudo, o copo meio cheio. Não é endossar a máxima de quanto pior, melhor, e sim compreender que a fase ruim pode produzir efeitos positivos também. Crise em chinês, reza a lenda, é escrito com dois caracteres, um deles significando perigo, o outro oportunidade. Há alguns sinais de que esse clima negativo possa parir mudanças desejáveis.
Em primeiro lugar, a maior força relativa do Congresso e o próprio PMDB cada vez mais independente do PT. O discurso de esquerda gosta de jogar no PMDB a culpa por todos os males de nossa democracia, mas não é bem assim. O partido é fisiológico e corrupto, sem dúvida, mas também pode ser um fator de equilíbrio que impede a concentração demasiada de poder em uma só legenda, especialmente no PT, com seu projeto golpista e autoritário.
Por exemplo: o PMDB já está pressionando o PT por um nome mais independente para o STF, a ser indicado por Dilma para substituir Joaquim Barbosa. Eis um claro efeito positivo da crise política e econômica. Em condições normais de temperatura e pressão, o PT teria o caminho mais livre para seguir com o aparelhamento do STF, parte crucial do projeto bolivariano. O despertar do PMDB, ainda que por razões comezinhas e não nobres, produziu um efeito positivo.
Outro exemplo: o clima ficou tenso na CPI da Petrobras, houve bate-boca entre petistas e membros do PMDB, o presidente da CPI foi xingado de “moleque”, mas o fato é que foram criadas sub-relatorias que na prática esvaziam o poder do relator petista e aumentam a independência da CPI. Novamente, mais um resultado positivo da briga entre PMDB e PT, fruto do caos econômico produzido por Dilma.
Em sua coluna de hoje, Reinaldo Azevedo também foca nesse aspecto positivo da incompetência de Dilma, que ao menos serviu para jogar um enorme balde de água fria nos bolivarianos do PT. Vários projetos golpistas tiveram de ser abandonados, e o Brasil agradece. Diz Reinaldo:
Sim, a Petrobras foi à breca, o país está na lona, Joaquim Levy espicha seu olhar fiscalista até para as bolsas das velhinhas… Mas tanto desastre, vejam que bacana!, sepultou a reforma política do PT, que tinha ares de golpe branco na democracia; permitiu o avanço do que chamam por aí, de modo burro, de “PEC da Bengala”, o que deve preservar o STF de tentações momesco-bolivarianas; enterrou os delírios dos companheiros de “controle social da mídia”; transformou, desta feita, o estelionato eleitoral em “carnadura concreta” (by João Cabral).
Atenção! Em 2003, Lula jogou no lixo o programa com o qual se elegeu, e isso foi bom. Estelionatário, sim, mas, a seu modo, virtuoso. Desta feita, Dilma sepultou as promessas da campanha –porque não tinha saída–, e a vida das pessoas piorou.
Saúdo, assim, a incompetência do governo. E não porque eu seja adepto do quanto pior, melhor! Mas porque a crise trouxe de volta a política. Janot, com as suas alegorias de mão, lustra o Brasil da impunidade. Dilma, com a sua ruindade, preserva o país, eis a ironia, da sanha petista, como veremos no próximo dia 15, nas ruas. Engraçado, né?
Também na Folha, Marcos Troyjo mostrou as diferentes fases do Brasil, que passou da fobia para a mania, e agora está despertando náuseas nos investidores estrangeiros (e locais). Mas há a possibilidade de isso produzir um resultado positivo à frente:
O sentimento no exterior não é de que o Brasil se tornará um “Estado Fracassado”. O embrulho no estômago vem da sensação de desperdício de oportunidades, gerações que se consomem e futuro não construído.
Os próximos 18 meses serão de provação, mas o país é maior que fantasmas do curto prazo. Esta fase de Brasil-naúsea pode não ser de todo ruim. Talvez signifique que o sistema de defesa do organismo esteja funcionando.
Algo de errado -o modelo brasileiro de capitalismo de Estado- teria de ser expelido. Com isso, o país retomaria seu amplo patrimônio de potencialidades.
Estamos no purgatório! Claro que há o risco de isso ser apenas uma transição para o inferno dantesco. Seria o caso se a crise, em vez de produzir anticorpos fortes o suficiente para enfrentar o PT, nos levasse de vez para o caminho da Argentina e da Venezuela. Não parece ser o caso. Mais provável parece a tese de que o Brasil está ensaiando uma reação, e que o PT está cada vez mais acuado, na defensiva, tendo inclusive de convocar o “exército de Stédile” para destruir laboratórios na desesperada tentativa de erguer uma cortina de fumaça e desviar a atenção das pessoas do petrolão e da crise econômica.
O clima está muito ruim, a crise é muito séria e será longa. E ainda há riscos de a coisa degringolar de vez. Não quero aqui passar uma imagem diferente. Mas, talvez à guisa de celebrar essa sexta-feira, resolvi mostrar agora o copo meio cheio. Há luz no fim do túnel. É verdade que pode ser um trem chavista vindo em nossa direção. Mas também pode ser uma saída para o Brasil, que passa por derrotar o PT. Dia 15 de março vem aí, e veremos o quão forte é essa hipótese…
Rodrigo Constantino

Escola sem partido já!


Escola sem partido já!

Paulo Freire: o “patrono” da educação brasileira precisa ser colocado em seu devido lugar, que é o lixo da história.
Um dos maiores problemas do Brasil é a doutrinação ideológica nas escolas e universidades. Em vez de os professores ensinarem conteúdo que presta, matérias relevantes da forma mais objetiva possível, eles vestem seus bonés de militantes políticos e saem por aí tentando conquistar jovens adeptos. É pura lavagem cerebral, e faz com que um exército de soldados troquem o conhecimento objetivo pela repetição de slogans idiotas. Em suma, trata-se de uma máquina de formar alienados, aqueles que vão depois defender o PT e o PSOL, elogiar Cuba e cuspir na Veja, como se a revista fosse o ícone de tudo aquilo que não presta.
Essa sempre foi a realidade em nosso país, ao menos desde a década de 1960. Os socialistas perceberam, com Gramsci, que era preciso dominar a cultura, já que uma revolução armada ficava cada vez menos provável. Tomaram conta das redações dos jornais, das igrejas, das escolas e universidades. E houve pouca reação. O outro lado é mais desorganizado e disperso. Os próprios pais não têm o hábito de participar diretamente do ensino de seus filhos, e muitos achavam que tal doutrinação seria ineficaz, pois a tendência seria a garotada amadurecer e acordar para a realidade.
Não é tão simples assim. A multidão de alienados com diplomas por aí atesta o que digo. Gente (de)formada em universidades, mas endossando o discurso oficial e hipócrita do governo, de que o PT se preocupa com os mais pobres, de que nunca se investigou tanto por mérito do governo, de que o PSDB é “neoliberal” e de que a Veja é para “coxinhas”. Ou seja, gente que se recusa a pensar por conta própria, preferindo dar uma de papagaio de oportunista. Idiotas úteis, em resumo.
Esse é o resultado de uma estratégia deliberada dos socialistas. Paulo Freire tem tudo a ver com isso. Sua “pedagogia do oprimido” nada mais é do que transportar Marx para a sala de aula. Os “professores” passaram a se enxergar não como transmissores de conhecimento objetivo ou como tutores para instigar o pensamento próprio nos alunos, mas como transformadores sociais, como salvadores de almas, como libertadores de escravos burgueses.
Tenho batido muito nessa tecla, pois não subestimo o poder de estrago dessa ideologização do ensino. Vejo o resultado com meus próprios olhos. E percebo que cada vez mais gente se dá conta disso. Os brasileiros estão ficando mais atentos ao tema, incomodados com o que esses “professores” fazem com seus filhos. Aumentou a sensibilidade ao assunto. Ontem mesmo postei um desabafo em minha página de Facebook, e ele já conta com mais de 7,4 mil curtidas e vários comentários de revolta e indignação:
Hoje a professora de geografia da minha filha foi defender o PT em sala de aula, dizendo que Lula e Dilma fizeram muito pelos pobres do Brasil (sério? aumentando a inflação? gerando instabilidade política? destruindo a Petrobras?). Não satisfeita, falou mal de Aécio Neves, e depois meteu o pau na… Veja! Isso tudo, vale notar, no oitavo ano do ensino fundamental, em uma escola boa PARTICULAR. É como Gustavo Ioschpe, da Veja, claro, sempre diz: não basta colocar o filho na boa escola particular e achar que resolveu. Ele terá aulas com gente (de)formada no ensino público brasileiro. Será vítima de doutrinação ideológica por alienados. Como construir um país melhor assim? Os pais precisam agir, precisam entender que não dá mais para deixar isso correr, encarar como normal esse tipo de coisa. Não é! É proselitismo, doutrinação, lavagem cerebral. Ainda bem que vou livrar minha filha disso. Ela vai estudar em escola PÚBLICA nos Estados Unidos, mas duvido que lá “aprenda” que uma quadrilha bolivariana ajuda os mais pobres…
Sei que há infiltração ideológica nas escolas americanas também, e sei que o politicamente correto é uma praga por lá. Mas não se compara com o que acontece no Brasil. Lá os pais participam bem mais, como voluntários inclusive, nas escolas dos filhos. Trocam mais com os professores, cobram mais. Não aceitariam jamais professores que incutem na cabeça jovem de seus filhos que uma quadrilha corrupta é o máximo.
Mas, como disse, há ventos de mudança por aqui. Iniciativas como a de Miguel Nagib, com a ONGEscola Sem Partido, começam a proliferar e obter resultados. Picuí, município da Paraíba, foi o segundo do país a aprovar projeto de lei que veta essa doutrinação e exige neutralidade política nas escolas. O PSOL, como sabemos, tem feito um sistemático trabalho podre de chegar aos alunos, cada vez mais novos, com suas cartilhas ridículas em prol do socialismo. Livros aprovados pelo MEC mentem descaradamente, invertem a história, condenam o capitalismo como se fosse o próprio diabo. Não podemos mais tolerar isso!
É hora de reagir. É hora de dar um basta. Você sabe o que o professor de geografia ou história de seus filhos diz em sala de aula sobre política? Então procure saber! É seu direito. É seu dever como pai e cidadão. Não podemos ficar calados diante desse verdadeiro crime que é a tentativa de seduzir para depois destruir as mentes jovens desse país, com baboseira e ladainha de esquerda. Esses militantes disfarçados de professores precisam saber que os pais estão atentos e não vão permitir isso. E seria ótimo se soubessem, também, que as leis proíbem essa pouca vergonha. Escola sem partido já!
PS: O Instituto Liberal tem um projeto de distribuir milhares de revistinhas da Turma da Mônica com um conteúdo diferente, em defesa da cidadania, da responsabilidade individual, da liberdade. Os doutrinadores miram cada vez alvos mais jovens, e precisamos reagir à altura, mostrar para essas crianças que essa inversão de valores não é aceitável, que existe uma mensagem alternativa, que não trata o estado como deus e não enaltece o roubo em nome da “justiça social”. Se quiser colaborar, toda ajuda é bem-vinda. Doações podem ser feitas aqui.
Rodrigo Constantino

“Procuro por companhias inteligentes. Sempre existe a possibilidade de se aprender algo. Já entre os bovinos, é mugir e pastar.” (Pócrates)

Rodrigo Constantino- Oportunismo xenófobo: como o nacionalismo destruiu o setor de petróleo mexicano


Oportunismo xenófobo: como o nacionalismo destruiu o setor de petróleo mexicano

“Os que crêem que a culpa de nossos males está em nossas estrelas e não em nós mesmos ficam perdidos quando as nuvens encobrem o céu.” (Roberto Campos)
A história ensina que oportunistas sem escrúpulos sempre se aproveitaram do fato da natureza humana estar mais inclinada para a busca de bodes expiatórios que para a dolorosa mea culpa. Um povo sofrido e miserável, afastado dos fatos através da ignorância induzida, precisa de explicações simplistas para seus problemas. Nada mais oportuno que condenar terceiros, normalmente os bem sucedidos, que já despertam automaticamente o sentimento da inveja, bastante comum à nossa natureza também. Tal receita foi utilizada em demasia nos países subdesenvolvidos, sempre despertando fortes emoções nos “nacionalistas”, que costumam acreditar que o sucesso alheio é responsável pelo próprio fracasso. Um dos primeiros casos explícitos dessa xenofobia tola, que empanturra os cofres de poucos oportunistas enquanto esvazia o bolso do cidadão comum, ocorreu no México.
Na década de 1920, o México era o segundo maior produtor mundial de petróleo. Na década seguinte, a produção caiu cerca de 80%, e o governo mexicano culpou exclusivamente as empresas estrangeiras, ignorando o contexto da Grande Depressão que assolava o mundo. O ambiente político estava mudando no país, com a febre revolucionária e nacionalista em alta novamente, assim como o poder cada vez maior dos sindicatos. Tais mudanças estavam personificadas na figura do General Lázaro Cárdenas, que se tornou presidente em 1934. Jogando sempre um grupo contra o outro para manter sua própria supremacia, ele acabou criando um sistema político que iria dominar o México até o final dos anos 80. E o petróleo, assim como o nacionalismo, seria central a este sistema.
Para Cárdenas, a presença dos estrangeiros no setor de petróleo era um grande incômodo, o qual ele pretendia se livrar a qualquer custo. As empresas começaram a ser pressionadas de várias formas, uma tendência crescente em toda a América Latina. Em 1937, o novo governo militar da Bolívia, desejando popularidade, acusou a subsidiária da Standard Oil de evasão fiscal e confiscou suas propriedades. No México, a briga não seria muito diferente. A crise piorou quando a Corte Suprema manteve um julgamento contrário às empresas estrangeiras numa negociação salarial. Estas, em troca, aumentaram duas vezes a proposta de salário, mas ainda aquém das demandas dos poderosos sindicatos. Em Março de 1938, Cárdenas disse que intencionava assumir o controle da indústria de petróleo, e assinou uma ordem de expropriação. Tal ato foi o símbolo de uma resistência passional ao controle estrangeiro.
O governo inglês reagiu de forma bastante dura, insistindo que as propriedades retornassem aos seus donos legítimos. Mas o México simplesmente ignorou, dificultando as relações diplomáticas entre ambos os países. Os Estados Unidos foram mais complacentes, pois Roosevelt não pretendia agravar as relações com o México num ambiente de rápida deterioração da situação internacional. Economicamente falando, a produção de petróleo mexicano era mais vital para a Inglaterra mesmo, que obtinha quase 40% de seu “ouro negro” nesse país. Após o racha, o México encontrou nos nazistas alemães e fascistas italianos os seus maiores clientes.
Foi estabelecida uma empresa nacional e estatal de petróleo, a Pemex, que controlava praticamente toda a indústria no México. O negócio de petróleo deixou de ser orientado para exportação, e o país perdeu enorme importância no mercado mundial. A indústria sofreu bastante também por falta de capital para investimentos, assim como dificuldade de acesso à tecnologia moderna e gente qualificada. A exigência do elevado aumento salarial, que havia sido o casus belli na expropriação dos ativos, acabou cedendo espaço para a realidade econômica, sendo adiado indefinidamente. O estrago tinha sido feito, e as cicatrizes iriam acompanhar o México por longo período. O trauma causado na indústria seria o maior desde a Revolução Bolchevique na Rússia, que expulsou diversos investidores do país, forçando inclusive a fuga da família Nobel, importante controladora de ativos de petróleo.
Como fica claro, vem de longa data o uso escancarado de bodes expiatórios estrangeiros para enganar as massas e perpetuar um asqueroso esquema de corrupção e poder concentrado nas mãos de poucos poderosos. O nacionalismo se transforma em arma contra a lógica, expulsando investidores em nome do interesse nacional. Tal tendência suicida não foi monopólio do México, mas sim comum a toda América Latina, sem falar de outras regiões pobres, como o Oriente Médio. Aqui no Brasil tivemos em Brizola um dos maiores ícones dessa xenofobia pérfida. Os debates geravam sempre muito calor, mas pouca luz. Em vez de focarmos nos problemas internos causados por nós mesmos, adotamos a rota fácil de fuga, culpando fatores exógenos. E infelizmente o povo parece não aprender com o passar do tempo. Afinal, ainda rende votos afirmar que os americanos são culpados pelos nossos males.
Texto presente em “Uma luz na escuridão”, minha coletânea de resenhas de 2008.

IMB-A automação e a robótica, ao contrário do imaginado, serão os grandes geradores dos empregos futuros

"Relatório sugere que quase metade dos empregos nos EUA é vulnerável à automação", grita uma manchete de jornal.
O grito de que "os robôs irão roubar nossos empregos!" já pode ser ouvido em vários países do mundo, principalmente nos mais avançados.  No entanto, o que essa preocupação realmente revela é um medo — e uma incompreensão — do livre mercado.
No curto prazo, a robótica irá sim gerar um deslocamento nos empregos; no longo prazo, os padrões de trabalho irão simplesmente mudar.  O uso da robótica para aumentar a produtividade, além de diminuir os custos, funciona basicamente da mesma maneira que os avanços tecnológicos de épocas passadas, como a implantação da linha de produção.  Tais avanços melhoraram sobremaneira a qualidade de vida de bilhões de pessoas e criaram novas formas de emprego que eram inimagináveis à época.
O avanço tecnológico é um aspecto inerente a um mercado competitivo, no qual inovadores continuamente se esforçam para gerar mais valor a custos menores.  Empreendedores sempre querem estar na frente em seu mercado.  Automação, robótica, informatização e sistemas de controle industrial já se tornaram parte integral desse esforço. 
Vários empregos manuais, que consistiam apenas em repetir mecanicamente uma mesma tarefa — como as linhas de montagem em fábricas — já foram abolidos e substituídos por outros, como trabalhos relacionados à tecnologia, à internet e até mesmo a videogames. 
Um fato alvissareiro é que os robôs de hoje são altamente desenvolvidos e cada vez menos caros.  Tais características fazem deles uma opção cada vez mais popular.  O Banque de Luxembourg News fez o seguinte comentário:
O atual custo médio estimado por unidade, de aproximadamente US$50.000, certamente irá diminuir ainda mais com a chegada dos robôs de "baixo custo" ao mercado.  É o caso do "Baxter", o robô humanóide dotado de uma inteligência artificial em contínuo desenvolvimento, fabricado pela empresa americana Rethink Robotics; e do "Universal 5", da empresa dinamarquesa Universal Robots.  Ambos custam, respectivamente, US$ 22.000 e US$ 34.000.
Melhor, mais rápido e mais barato são características inerentes a uma maior produtividade.
No que mais, os robôs irão cada vez mais interagir diretamente com o público em geral.  A indústria de fast foodé um bom exemplo.  As pessoas podem estar acostumadas com caixas automáticos de serviços bancários, mas um quiosque robotizado que pergunta "Você quer batata fritas como acompanhamento?" será algo realmente novo.
Comparado a humanos, robôs são menos custosos para ser empregado — em parte por razões naturais, em parte por causa das crescentes regulamentações governamentais
Dentre os custos naturais estão o treinamento, as necessidades de segurança, e os problemas pessoais como contratação, demissão e roubo no local de trabalho.  Adicionalmente, os robôs podem também ser mais produtivos em determinadas funções.  De acordo com este site, eles "podem fazer um hambúrguer em 10 segundos (360 por hora).  Além de mais rápido, também com qualidade superior.  Dado que o restaurante agora estará com mais recursos livres para gastar em ingredientes melhores, ele poderá fazer hambúrgueres gourmet a preços de fast food."
Dentre os custos governamentais estão o salário mínimo, os encargos sociais e trabalhistas e todos os eventuais processos na Justiça do Trabalho, muito comuns no setor da gastronomia.  Chegará um momento em que a mão-de-obra humana em restaurantes fará sentido apenas para preservar um "toque de classe" — ou então para preencher um nicho.
No entanto, todos os temores de economistas, políticos e trabalhadores de que os robôs irão destruir os empregos não apenas são exagerados, como ainda revelam um profundo desconhecimento da história.  Eles deveriam abraçar entusiasmadamente a crescente robotização exatamente porque ela é propícia à criação de novos empregos.  Uma abundante criação de empregos sempre foi, em todo lugar e em qualquer período da história, o resultado de avanços tecnológicos que tautologicamente levaram à destruição de trabalhos obsoletos.
Os robôs serão, em última instância, os maiores criadores de empregos simplesmente porque uma automação agressiva liberta o ser humano do fardo de ter de fazer trabalhos pesados — até então essenciais — e o libera para se aventurar em novos empreendimentos. 
Não nos esqueçamos de que houve uma época em que praticamente todos os seres humanos tinham de trabalhar no campo — querendo ou não — apenas para sobreviver.  Para a nossa sorte, a tecnologia acabou com a necessidade de utilizar seres humanos para fazer trabalhos agrícolas pesados, e os liberou para ir buscar outras vocações fora do campo.  Foi então começou nosso processo de enriquecimento e de melhora no padrão de vida.
Com a massificação da automação e do uso de robôs como mão-de-obra, descobriremos novas aptidões e novos trabalhos que, no futuro, nos deixarão atônitos ao percebermos o tanto de energia que gastamos com trabalhos monótonos e repetitivos no passado.  Os "destruidores de emprego" do passado — como o automóvel (que destruiu empregos no setor de carroças), o computador (que destruiu empregos no setor de máquinas de escrever), a luz elétrica (que destruiu empregos no setor de vela) — parecerão ínfimos em comparação.
O automóvel, o computador, a luz elétrica, a internet e a mecanização da agricultura tornaram várias formas de emprego totalmente obsoletas.  Não obstante, isso não apenas não empurrou a humanidade para a pobreza endêmica e para a "fila do pão", como ainda gerou a criação de maneiras totalmente novas de se ganhar a vida.  A automação e a robotização prometem uma multiplicação de tudo isso.
Para entender por que isso irá ocorrer, é necessário antes se lembrar de que tudo o que é poupado no processo de produção se transforma em mais capital disponível para novas ideias.  Se você passa a utilizar menos mão-de-obra e menos recursos em um determinado processo produtivo, essa mão-de-obra liberada e esses recursos poupados estão livres para ser utilizados em outros processos de produção, em novas ideias e em novos empreendimentos. 
Empregos não são finitos; ao contrário, eles são o resultado de investimentos.  Para cada Google, Amazon ou Apple surgidos, houve dezenas de milhares de tentativas empreendedoriais que fracassaram, mas que tentaram ser exatamente como uma dessas três gigantes (todas as três grandes empregadoras).  Para que empreendedores possam fazer grandes tentativas empreendedoriais, eles têm antes de ter capital e mão-de-obra disponível para fazê-lo.  A automação e a robótica geram eficiências que aumentam os lucros, e isso permitirá um enorme surto de investimentos, os quais nos brindarão com todos os tipos de novas empresas e de avanços tecnológicos que criarão novos tipos de empregos hoje inimagináveis.
É impossível haver empresas e empregos sem que antes tenha havido investimentos.  E investidores cujo capital cria empresas e empregos são atraídos por lucros.  Se os processos produtivos atuais forem automatizados, e com isso pouparem mão-de-obra e reduzirem custos operacionais, essa automação irá gerar lucros maciços, os quais poderão ser direcionados e investidos nas empresas e nas ideias do futuro.
Essa realidade é frequentemente ignorada por economistas, políticas e comentaristas.  Quase todos analisam o crescimento econômico através do prisma da criação de empregos.  Eles acreditam que é a criação de empregos o que gera crescimento econômico.  Isso está exatamente ao contrário: se a criação de empregos gerasse crescimento econômico, então a solução seria simples: abolir todos os tratores, carros, lâmpadas, serviços bancários e a internet.  Garanto que, se isso fosse feito, todos nós teríamos de trabalhar.  E garanto também que nossas vidas seriam muito mais miseráveis. 
A realidade, no entanto, é que o crescimento econômico é resultado da produção.  Crescimento ocorre quando se produz mais com menos.  Apenas pense nos países mais pobres e mais atrasados do mundo.  Ali, praticamente todo mundo trabalha muito, o dia todo e todos os dias.  Já nos países mais ricos e avançados, e que adotaram as automações do passado, as crianças são livres para usufruir sua infância, os mais velhos são capazes de desfrutar sua aposentadoria, e os pais podem dedicar mais tempo à criação de seus filhos.  Tudo isso se deve aos avanços tecnológicos ocorridos ao longo de décadas e que reduziram a necessidade de trabalho braçal.  Essa mecanização inundou o mundo com mais abundância em troca de menos trabalho.  A automação e a robótica farão o mesmo.
E, como também mostra a história, a inovação é, em si mesma, a criadora de novas formas de trabalho.  Se você duvida disso, apenas pense na internet.  Vinte anos atrás, a maioria de nós praticamente desconsiderava essa invenção; hoje, em 2015, milhões de pessoas ao redor do globo têm um emprego que está diretamente relacionado a isso que era irrelevante em 1995.  E milhões mais têm um emprego relacionado ao crescimento da internet.  Uma visita a Seattle e ao Vale do Silício mostra bem isso.
A automação e a robotização criarão vários tipos de empregos direitos e indiretos, e a produção em abundância possibilitada pelo trabalho mecanizado permitirá que os recursos poupados sejam direcionados e investidos na medicina, nos sistemas de transporte e em novos conceitos empresariais, gerando cruciais inovações.  A tecnologia de hoje, que já é impressionante, parecerá arcaica em comparação.
Talvez o principal erro de raciocínio daqueles que condenam a automação e a robótica é o de pressupor que a natureza do trabalho é estática.  Eles acreditam que não haverá nenhum substituto para aquele emprego que se tornou obsoleto pelo progresso.  Não há dúvidas de que havia carroceiros no século XIX que, para manter seus empregos no século XX, queriam abolir os automóveis.  No futuro, as pessoas farão a mesma analogia com a robótica.
Embora o automóvel tenha destruído vários empregos, a prosperidade que se seguiu à sua produção em massa mostra claramente que os empregos destruídos foram substituídos por outros bem melhores.  É assim que funciona uma economia moderna, dinâmica e avançada.  Mudanças constantes e contínuas.  É em países pobres que a natureza do trabalho é estática.  Nos países ricos, as pessoas estão constantemente inovando e abolindo os trabalhos pesados do passado em prol de formas mais prósperas e mais inovadoras de trabalho, que são menos exaustivas e, ainda melhor, consomem menos horas de nossas vidas.
Os desejos do ser humano são, por definição, ilimitados; e, enquanto o capitalismo ainda não houver encontrado uma maneira de satisfazer todos os desejos e de curar todas as doenças — ou seja, nunca —, sempre haverá capital buscando novas possibilidades de investimentos e soluções.  A definição de "trabalho" é um conceito histórico e, com a abolição das formas mais exaustivas pela automação, a genialidade do ser humano será liberada para se concentrar em uma infinidade de desejos e necessidades ainda não atendidos pelo mercado.  Entre as maiores enfermidades, aquele flagelo que é o câncer será atacado por investimentos exponenciais, em conjunto com as mentes bem-remuneradas por esses investimentos.
Se o temor é de que o futuro será cada vez mais automatizado e robotizado, então temos realmente de nos exultar com esse prospecto.  A mão-de-obra que será poupada por esse avanço tecnológica irá nos presentear com uma explosão de investimento que irá realmente transformar nossas vidas e nossos empregos para melhor.  O futuro poderia vir mais rápido.  Não dá para esperar muito.  A automação e a robótica serão os maiores criadores de emprego da história.
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Autores:
Wendy McElroy é escritora, conferencista, articulista freelancer, editora do ifeminists.com, e membro doIndependent Institute.
John Tamny é o editor do site Real Clear Markets e contribui para a revista Forbes.

NÚMEROS ALEGRES, NÃO?- Inflação fica em 7,7% em 12 meses, a maior desde 2005

“Existe o político que rouba e faz. Há também o que rouba e nada faz. Porém o pior de todos é o que nada faz, rouba e ainda coloca a culpa nos outros.” (Mim)

“Sou apenas mais um. Se eu morrer amanhã o sol não irá se apagar.” (Mim)

“Algum político desses que o povo já bem conhece encara seus filhos sem usar óculos escuros?” (Eriatlov)

“Socialismo: Quem é trabalhador, trabalha mesmo. Já os vadios se tornam dirigentes ou discípulos desses sustentados pela máquina.” (Eriatlov)

“Só assisto canais de TV onde sei que jamais verei a fuça de Dilma e Lula. Vê-los é ser invadido pelo mau - humor.” (Eriatlov)

RISOS MADURENHOS

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RISOS MADURENHOS

Dois homens estão há horas na fila do supermercado. De repente, um deles se irrita e sai da fila. “Cansei”, diz. “Cansei disso tudo. Estou indo dar um tiro em Nicolás Maduro.” O homem vai embora, mas volta uma hora depois. “E aí, deu um tiro nele?”, pergunta o amigo. “Não. A fila para matar o Maduro está maior que esta”.

“O voto mais desgraçado é aquele dado com o bolso.” (Mim)