terça-feira, 21 de novembro de 2017

FILOSOFENO


“Prefiro ficar na chuva a ter que aturar um chato.” (Filosofeno)

EULÁLIA


“Não sou muita estimada na sociedade porque me casei por dinheiro. Mas e as outras?” (Eulália)

CLIMÉRIO


“As mães protegem os filhos mais fracos. Na minha família sou considerado o mais forte. Por isso tomei tunda até de taco de beisebol.” (Climério)

CHICO MELANCIA


“Meu pai não me ama mesmo. Arrumou-me um trabalho.” (Chico Melancia)

BILU CÃO


“Ontem fui agraciado com um pedaço de picanha. Estes humanos sabem o que é bom. Eles que me venham com ração para ver o alarido que irei fazer!” (Bilu Cão)

AVÓ NOVELEIRA


“Quem navega no mar é marujo, por que então quem voa não é chamado de Araújo?”

ASSOMBRAÇÃO


“É fundamental ficar um pouco apresentável. Estou gastando mais em maquiagem do que com alimentação.” (Assombração)

ASSOMBRAÇÃO


“Ser feio causou-me na infância algumas dores. Porém depois da chapa, do uso da brilhantina, do desodorante Avanço e também do perfume Lancaster, então nenhuma mulher me pareceu impossível conquistar. “ (Assombração)

MESTRE YOKI

“Mestre, os ETs estão entre nós?”
“Sim, são os socialistas. Estão sempre viajando na maionese da mentira, a cabeça no espaço da falsidade.”

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- segunda-feira, setembro 29, 2008 EM NOME DA HONRA

Pelo menos três leitores me enviam notícia do Le Monde, sobre episódio ocorrido no Paquistão. Pensei em comentar o assunto. Mas não há nada a comentar. Os fatos falam por si.

No Paquistão, um crime bárbaro em nome da tradição

Frédéric Bobin
Em Islamabad (Paquistão)

Eram três irmãs, com idades de 16 a 18 anos. Hameeda, Ruqqaya e Raheena viviam em Baba Kot, uma aldeia no Baluchistão, uma província árida situada no sudoeste do Paquistão, nos confins do Irã e do Afeganistão, lá onde a terra se resume a areia, pedras e rochas buriladas pelo vento. Elas morreram enterradas vivas numa vala comum. Foram vítimas de um "crime de honra" que, pela sua selvageria inédita, vem assombrando as consciências nestas últimas semanas por todo o Paquistão, onde a população geralmente aceita sem problema esses assassinatos que são práticas costumeiras ancestrais.

Hameeda, Ruqqaya e Raheena foram assassinadas em nome da tradição. Elas cometeram o crime de querer casar-se com o homem da sua escolha, e não com os primos que a tribo - dos umrani - havia indicado para elas. O que aconteceu realmente em 14 de julho, naquele dia funesto em que o crime foi perpetrado? Uma sucessão de fatos delineou-se em função das indicações que foram publicadas pela imprensa paquistanesa. Em 13 de julho, as três jovens mulheres haviam deixado sua aldeia de Baba Kot a bordo de um táxi, acompanhadas pela sua mãe e por uma tia. O grupo dirigiu-se na direção de Usta Mohammad, um vilarejo situado a 80 km, onde Hameeda, Ruqqaya e Raheena queriam comparecer no tribunal civil local para se casarem com os homens que haviam escolhido.

A escapada revelaria ser breve e, sobretudo, fatal. Mal haviam chegado a Usta Mohammad, as cinco mulheres foram raptadas por um comando de homens da tribo umrani que as perseguiam desde a sua partida. Elas tinham vilipendiado a ordem ancestral, que sujeita as moças às estratégias matrimoniais do clã, e, portanto, elas precisavam ser castigadas. Elas foram então embarcadas á força - sob a ameaça de fuzis - dentro da van Land Cruiser dos seus seqüestradores, que as conduziram de volta para a aldeia familiar de Baba Kot. Lá, uma jirga - assembléia de notáveis - estava à sua espera, solenemente convocada para decidir sobre as sanções a serem aplicadas contra elas. Prometeram-lhes uma morte muito especial. Esta seria precedida por um pavoroso suplício que deveria servir de lição para todas as outras moças da comunidade.

No dia seguinte, conduzem as cinco condenadas até a parte central de uma área deserta. Os carrascos da tribo levaram consigo uma escavadeira. A máquina começa a cavar uma fossa. Então, o motorista que está nos comandos do buldôzer aciona a lâmina dentada. Ele a dirige sobre as mulheres que estão amarradas e alinhadas. A ferramenta funciona como uma faca gigante que tritura sua carne, seus ossos, seu crânio. Depois disso, uma rajada de tiros de fuzil as ceifa. A escavadeira empurra então os corpos martirizados para dentro da vala que se tornaria o seu túmulo. Elas sangram em abundância, mas, conforme relatarão mais tarde os jornalistas paquistaneses, elas ainda não haviam sucumbido aos seus ferimentos quando os torturadores começaram a cobri-las com areia e pedras.


SOBRE BUGRES E MUÇULMANOS

terça-feira, setembro 30, 2008


A propósito do sepultamento em vida de três mulheres no Paquistão, recebo as interrogações de um leitor.

O que me impressiona muito são pais que não satisfeitos em contaminarem seus filhos com religião, cegamente fazem o mesmo com as filhas. Ora, pelo que eu saiba são raríssimas as religiões que reservaram para as mulheres algum papel digno - e creio que ficaram como episódios históricos já devidamente esquecidos no tempo - em sua esmagadora maioria estão associadas ao "pecado" , ao "mal" , à "tentação diabólica". Qual a opinião do senhor sobre o fato de mulheres inteligentes, bem sucedidas adotarem religiões, se a própria religião não as considera pessoas lá muito dignas de respeito?

A pergunta suscita várias questões. Em primeiro lugar, mulheres inteligentes e bem sucedidas não adotam religião alguma. Muito menos homens inteligentes. Religião é coisa de pobres de espíritos, que se apavoram ante a intempérie metafísica. Ou de pessoas incultas, sem acesso à educação e à leitura. Ou de sacerdotes, que vêem neste medo uma extraordinária fonte de renda. Em segundo lugar, o leitor se refere ao episódio no Paquistão, país islâmico onde mulher não tem voz. Naquelas plagas, nem mesmo um homem pode não ter religião. Mulher então, nem pensar.

Todo ser humano nasce ateu. Ninguém nasce acreditando em deus ou deuses. Toda religião é decorrência da família e da escola, quando não do Estado. O brutal assassinato das irmãs Hameeda, Ruqqaya e Raheena estão chocando o mundo dito civilizado. Mas esta barbárie está bem mais próxima de nós do que imaginamos. Em fevereiro passado, eu comentava o direito que os indígenas brasileiros se reservam, o de matar filhos de mães solteiras e os recém-nascidos portadores de deficiências físicas ou mentais. Gêmeos também podem ser sacrificados. Algumas etnias acreditam que um representa o bem e o outro o mal e, assim, por não saber quem é quem, eliminam os dois. Outras crêem que só os bichos podem ter mais de um filho de uma só vez. Há motivos mais fúteis, como casos de índios que mataram os que nasceram com simples manchas na pele – essas crianças, segundo eles, podem trazer maldição à tribo. Os rituais de execução consistem em enterrar vivos, afogar ou enforcar os bebês. Geralmente é a própria mãe quem deve executar a criança, embora haja casos em que pode ser auxiliada pelo pajé. 

No Afeganistão, políticos locais defenderam o assassinato das meninas como sendo uma questão de tradição. O senador Israrullah Zehri, do Baluchistão, disse se trata de "um velho costume", e teve o apoio de seu colega senador Jan Mohammad Jamili, que se queixou da "desnecessária politização" do caso. Mir Israhullah Zehri, um representante de Partido do Povo Paquistanês (PPP), do Baluchistão, apresenta como argumento uma justificativa cultural dos crimes de honra. "Estas são tradições que remontam há muitos séculos e eu sempre lutarei em favor da sua manutenção". Ou seja, os representantes máximos da nação aprovam incondicionalmente o enterramento em vida de três meninas que quiseram casar-se com homens que haviam escolhido. Para Ali Dayan Hasan, da organização Human Rights Watch (HRW), com sede em Nova York, os comentários de Zehri são “abomináveis e doentios".

Ora, a prática do infanticídio – e mesmo o sepultamento com vida de crianças - já foi detectada em pelo menos 13 etnias no Brasil, como os ianomâmis, os tapirapés e os madihas. Só os ianomâmis, em 2004, mataram 98 crianças. Os kamaiurás matam entre 20 e 30 por ano. E tudo isto sob os olhares complacentes da Funai, que considera que os brancos não devem interferir nas culturas indígenas. Mesmo entre os sacerdotes católicos que vociferam contra o aborto, não encontramos um só que denuncie estes assassinatos. Muito menos supostos humanistas da HRW se escandalizem com tais práticas.

Um outro leitor acha que a “barbárie relatada (no Paquistão) poderá ter sido, tanto um ato odiento, execrável, repelente, como um exemplo modelar de justica. Tudo dependera do que suceder aos executores. Só há crime quando há castigo, proporcional. Impunidade institui a regra”.

Então será regra. Ou melhor, já é regra. Nada acontecerá aos executores. O instigador do assassinato seria Abdul Sattar Umrani, que não é ninguém mais que o irmão de Sadiq Umrani, o ministro da habitação do governo do Baluchistão, um respeitado membro do PPP, o partido do clã dos Bhutto que está atualmente no poder no Paquistão. Segundo os jornais, o PPP tenta evitar ofender os chefes de tribos do Baluchistão, uma província que contribuiu de maneira decisiva para a eleição, em 6 de setembro, de Asif Ali Zardari, o viúvo de Benazir, para a presidência do Estado.

Da mesma forma, nada acontece aos animais que lapidam mulheres nos demais países muçulmanos. Muito menos aos animais que neste Brasil do século XXI enterram vivas suas crianças. Bugres e muçulmanos em muito se parecem.

A ARTE REFINADA DE DETECTAR MENTIRAS

A compreensão humana não é um exame desinteressado, mas recebe infusões da vontade e dos afetos; disso se originam ciências que podem ser chamadas” ciências conforme a nossa vontade”. Pois um homem acredita mais facilmente no que gostaria que fosse verdade. Assim, ele rejeita coisas difíceis pela impaciência de pesquisar; coisas sensatas, porque diminuem a esperança; as coisas mais profundas da natureza, por superstição; a luz da experiência, por arrogância e orgulho; coisas que não são comumente aceitas, por deferência à opinião do vulgo. Em suma, inúmeras são as maneiras, às vezes imperfectíveis, pelas quais os afetos colorem e contaminam o entendimento.


Francis Bacon, Novum Organon (1620)

SPONHOLZ

Temer selecionando novos Ministros

PODEM CHOVER MARRETAS DO CÉU


Podem chover marretas do céu que não abrirão as cabeças contaminadas pelo estatismo que atrofia o crescimento. O estado provedor é para eles vida e morte, não sabem viver fora disso. Desconhecem o trabalho para montar uma empresa, pagar aluguel, fornecedores e funcionários, os impostos em cascata e o custo imenso da legislação trabalhista obsoleta. Ter que aturar muitos fiscais frustrados querendo tirar uma casquinha em qualquer detalhe, por certo não sabendo o que seja perder noites de sono porque as vendas estão fracas e não há dinheiro em caixa para honrar os compromissos. Os estatistas não sabem nada disso pois nunca arriscaram nada. Sabem sim  mamar em gordas tetas e querem assim continuar  vivendo do estado monstro, fazendo sofrer quem gera riquezas, tudo para manter seus empregos bem pagos e se possível se eternizando no poder, fazendo do assistencialismo sem contrapartida um grande curral eleitoral.

NO TEMPO DAS GUILHOTINAS

Perdeu sua cabeça
Infelizmente não para uma louca paixão
Nem por insanidade
Ainda fosse numa discussão na taverna
Porém nada disso aconteceu
Perdeu sua cabeça
No fio de uma guilhotina fria
Numa tarde de sombras
Apenas por suas ideias
Partiu a cabeça
Dentro de um cesto
Solitária e triste.

INGÊNUO

Navega nas nuvens do pensar o ingênuo salvador do mundo de soluções simplistas
Crê ele ser possível mudar o homem apenas com boa vontade
Como também erguer fogueiras na floresta sem queimar madeira.


“O conhecimento é um buraco que quanto mais você cavouca mais tem vontade de se jogar dentro.” (Eriatlov)

“A religião me ensinou a ser uma ovelha. Mudei, preferi ser um justo.” (Eriatlov)

“Aturar os nossos políticos cansa tanto quanto aturar eleitores imbecis.” (Eriatlov)

“O povo vota, escolhe e tem os políticos que merece ou somos azarados?” (Eriatlov)

“O mau político não cai do céu. Começa pequenino lá atrás, quase sempre seu início é na vereança.” (Eriatlov)

“Aécio, Temer, Lula, FHC e Cia jogam pra plateia. Inimigos apenas na encenação. Estão juntos para salvar os próprios pelos e o pelo dos queridos amigos de roubalheira. Acredita neles ingênuo!” (Eriatlov)

“Antes do PT tínhamos a corrupção ocasional individual. Eles conseguiram implantar a roubalheira sistemática coletiva partidária.” (Eriatlov)

“O povo ainda acredita em governo Papai Noel. A verdade é que quanto maior for o saco dele menor será o nosso.” (Eriatlov)

“A esperança do brasileiro está em estado de coma.” (Eriatlov)

“O Brasil é uma experiência louca da natureza: o caos no paraíso.” (Eriatlov)