quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O risco de Lula se perder a eleição

ALOÍSIO DE TOLEDO CÉSAR - O ESTADO DE S.PAULO
16 Setembro 2014 | 02h 03

É muito provável que o ex-presidente Lula esteja vivendo o mais tormentoso período de sua vida política, porque pela primeira vez, desde que assumiu a Presidência da República, 12 anos atrás, percebe que o plano de perpetuação no poder existente nas raízes de seu partido ameaça ir por água abaixo.
Realmente, nunca Lula e o seu partido viveram antes incerteza igual à que se instalou no quadro político brasileiro com a morte do candidato Eduardo Campos e o consequente crescimento de Marina Silva. As coisas sempre transcorreram suaves para o Partido dos Trabalhadores desde que ganhou a primeira eleição que o levou ao Palácio do Planalto.
Houve um momento de risco, quando Lula disputava o segundo mandato, e se deu mal, muito mal, num debate pela televisão com outros candidatos. Naquela ocasião, amaldiçoou ele os assessores, em quem pôs a culpa, e permaneceu em estado de insegurança, mas não tão acentuada como a dos dias presentes.
Agora, é curioso perceber que a sua sucessora, a quem ele atribuía enorme competência, vem mostrando um despreparo de assustar, pois desde que assumiu o cargo atua de forma tão desastrosa que coloca o País no plano inclinado, ladeira abaixo. No exterior, principalmente, percebe-se que o Brasil encolhe de tamanho e perde credibilidade, sobretudo em face de dever muito mais do que dispõe nas reservas e de viver inflação alta com baixíssimo crescimento econômico.
É possível admitir que Lula realmente acreditasse na competência de Dilma Rousseff, mas agora, vendo suas atrapalhadas, talvez esteja arrependido da escolha feita quatro anos atrás. O pior é que não pode deixar transparecer isso, sob pena de fortalecer ainda mais os dois candidatos concorrentes.
Vê-se obrigado, enfim, a jogar todas as suas fichas em Dilma, porque essa é a única forma de salvar a própria pele. Ele sabe que eventual derrota dela poderá significar o ocaso da carreira política de ambos, bem como o encolhimento do Partido dos Trabalhadores e do sonho de perpetuação no poder, cujo objetivo final sempre pareceu ser fazer do Brasil uma enorme Cuba.
Não há exagero quando se afirma que o propósito dos petistas sempre foi realmente nos impor uma República popular e sindical governada pelo partido. Na visão petista, quem tem de mandar é o partido, e não "a elite branca e reacionária". Como parte principal do programa está a necessidade de disciplinar a imprensa, ou seja, torná-la dócil e obediente como a imprensa cubana.
Em Cuba há mais de 20 jornais de maior importância, porém em nenhum deles se lê notícia alguma sobre descontentamento dos seus habitantes. Tudo naquela ilha está uma maravilha e o que não está bom é culpa dos Estados Unidos. Lá foi totalmente sufocada a "elite branca e reacionária", aquela que no linguajar petista não aceita a participação do povo na missão de governar. Quem manda é o partido - e por isso mesmo a ilha, tão bonita, ficou pobre e sem nenhuma perspectiva de desenvolvimento.
A elite incômoda, segundo os adeptos de Lula, precisará se submeter a necessárias modificações nas leis que regulamentam o exercício das atividades de comunicações no País. Sim, seria necessário fazer que obedeçam ao poder central e passem a divulgar o que interessa ao partido que está no poder, como ocorre em Cuba.
A pressão por tais mudanças transcorria nessa direção - inclusive com o estímulo de exemplos de sufocação de jornais na Venezuela, na Argentina e no Equador - até que a própria imprensa brasileira, a "elite branca e reacionária", passou a denunciar e a ridicularizar o plano.
Num país onde a imprensa é livre as forças totalitárias não conseguirão jamais manter-se no poder. Isso porque as injustiças e os desmandos, quando perpetrados, são denunciados para o grande público, o que provoca revolta e faz ampliar os ressentimentos contra os governantes.
Exemplo claro disso está na circunstância de o Partido dos Trabalhadores haver transformado a Petrobrás, a maior empresa do Brasil e uma das maiores do mundo, num cabidão de empregos e de negócios sujos. Ali, atividades que deveriam ser exercidas unicamente por pessoas comprovadamente habilitadas acabaram delegadas a apaniguados políticos, com voo livre para atos de corrupção e de enriquecimento pessoal.
Isso teve começo quando Lula era presidente da República, mas Dilma Rousseff estava lá e agora procura figurar como inocente ou desinformada, circunstância que faz lembrar o milenar princípio jurídico, insculpido em nosso Código Penal, de que existe crime tanto por ação como por omissão.
Algumas pessoas conseguem escapar da penalidade por omissão, como o próprio Lula no caso do mensalão, em que autorizou pelo consentimento tácito o avanço no dinheiro público para seduzir os congressistas e fazê-los aprovar as leis de interesse do programa político petista de perpetuação no poder.
Dilma também está escapando, mas tão somente quanto ao aspecto penal. Do ponto de vista político e eleitoral tornou-se evidente que os exemplos de corrupção na Petrobrás a atingem em cheio, sobretudo agora, quando é candidata de si mesmo e tem de contar com as próprias pernas. Na eleição anterior Dilma era tão somente a figura feminina de Lula e ganhou a eleição sem fazer nenhum esforço.
No momento presente o quadro é outro e para sair vitoriosa a candidata à reeleição precisa demonstrar melhor preparo do que seus dois principais concorrentes - e isso não está nada fácil, pois o que a atrapalha é o seu próprio despreparo. Não há como esconder que a sua gestão na Presidência da República está afundando o Brasil. Nós hoje somos muito menores e menos importantes do que dez anos atrás.
*Aloísio de Toledo César é desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo. Email: aloisio.parana@gmail.com 

Do Baú-Diogo Mainardi - Minha pastinha implacável

"Lula ofereceu um cargo a Franklin Martins.
Se tudo se confirmar, Franklin Martins terá
o poder inédito em nossa história de fornecer
a notícia e de pagar por ela"
Lula ofereceu um cargo a Franklin Martins. Lembra dele? Eu tenho uma pastinha para cada um dos meus processos. A pastinha de Franklin Martins é uma das mais espessas, porque ele me processou duas vezes. Na semana passada, quando Lula o convidou para integrar o ministério, com a tarefa de cuidar da imprensa e da propaganda do governo, abri a pastinha e comecei a recapitular meu caso com ele.
O primeiro confronto ocorreu em 7 de dezembro de 2005. A data é importante. Àquela altura, já sabíamos que Lula conseguiria abafar as denúncias contra o governo. Para isso, ele podia contar com oposicionistas, magistrados, policiais, artistas, publicitários, banqueiros e doleiros. Ele podia contar também com a cumplicidade de um monte de jornalistas. Fiz uma coluna identificando aqueles que me pareciam ser os maiores acobertadores do lulismo na imprensa. Um deles era Franklin Martins, que defini como "José Dirceu até a morte".
Retomei o assunto algum tempo depois, em 19 de abril de 2006, em meio ao caso Francenildo. Franklin Martins era comentarista doJornal Nacional. Mais ainda: ele era diretor da sucursal brasiliense da Rede Globo, responsável pela cobertura política da maior emissora do país. Na ocasião, acusei-o de promiscuidade com o poder, argumentando que seu irmão fora indicado diretamente por Lula para uma diretoria da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Em sua resposta, publicada na internet, Franklin Martins me acusou de ser um "difamador travestido de jornalista". Ele negou ter pedido votos aos senadores em favor de seu irmão. Negou também que sua mulher, Ivanisa Teitelroit, trabalhasse para o governo em cargo comissionado, outro ponto citado no meu artigo.
Mas Franklin Martins se estrepou. Eu tinha uma cópia do Boletim Administrativo do Pessoal, que ainda guardo em minha pastinha:
RESOLVE nomear, na forma do disposto no Inciso II do artigo 9º da Lei nº 8.112, de 1990, IVANISA MARIA TEITELROIT DE SOUZA MARTINS para exercer o cargo, em comissão, de Assistente Parlamentar, AP-1, do Quadro de Pessoal do Senado Federal, com lotação e exercício no Gabinete da Liderança do Governo.
O documento o desmentia integralmente. Em primeiro lugar, sua mulher foi contratada, em cargo comissionado, para o gabinete do líder do governo no Senado. Em segundo lugar, se Franklin Martins nunca tratou da ANP com os senadores, sua mulher tratou, porque naquele período ela já era assessora de Aloizio Mercadante. Alguns dias depois de ser nomeada assistente parlamentar, ela foi promovida a secretária parlamentar, com um ligeiro incremento salarial. Permaneceu no cargo durante a CPI dos Correios, ajudando Lula a enterrar a crise.
A Globo demitiu Franklin Martins. José Dirceu se declarou "estarrecido" e me chamou de "pistoleiro sem credibilidade". Franklin Martins ficou esquecido até a semana passada, quando Lula premiou sua lealdade oferecendo-lhe o cargo de ministro. Sua pasta poderá reunir a secretaria de imprensa e a Secom, que controla a verba de propaganda do governo. Até hoje, as duas áreas sempre foram prudentemente separadas. Se tudo se confirmar, Franklin Martins terá o poder inédito em nossa história de fornecer a notícia e de pagar por ela. Isso dá uma idéia do grau de verdade, de confiabilidade e de rigor moral que Lula pretende conferir ao segundo mandato. Agora já posso fechar minha pastinha.

Aécio ou Marina devem acabar com verbas para o MST e afins. Reforma Agrária sem politicagem comunista. Por um Brasil liberto dos chupins!

Quero um Brasil para todos. Pra quem investe, trabalha e estuda.Que cuide dos idosos, doentes e crianças.Vagabundos e arruaceiros fora!

GRANDE TALENTO

 Naquele dia Paulo resolveu mudar de vida. Já estava com trinta anos, o momento era aquele. Ou agora ou nunca! Tinha que ser, não dava mais para esperar. O plano estava feito, não mudaria de ideia. Iria sem falta procurar uma TV local para mostrar o seu talento excepcional. A ansiedade foi tanta que quase teve um ataque. Então foi. Entrou gritando no escritório da TV ALIANÇA: eu sou um pássaro, eu sei voar! Eu sou um pássaro, eu sei voar! Quero uma chance para mostrar! Todos pararam. Mais um louco, pensaram. Queria ele ser apresentado ao diretor artístico, sem perda de tempo. A secretária da presidência chamou os seguranças conforme determinou o diretor administrativo. Ele não se deu por entregue. Antes da chegada dos brutamontes saiu ele voando pela janela levando a secretária nos braços. Foi visto pela última vez cruzando o céu de Londres.

O CÃO E O PRESO

Janaína era uma boa mulher. Muito bela, honesta, cuidava com zelo da pequena casa. Só tinha olhos para o marido, Rufino, o marido, um bruto. Tinha um pequeno caminhão e fazia fretes pela cidade. Ciumento demais, seguidamente dava umas pancadas na boa mulher, sem motivo. Ela coitada, ignorava a Maria da Penha. Apanhava mais que bumbo no carnaval. Certo dia o maldito exagerou no espancamento e a pobre mulher morreu. O bandido enterrou o corpo no mato e espalhou que ela tinha ido embora com um rapagão do circo. Dias depois um caçador encontrou o corpo e Rufino foi preso. Na cadeia, curtindo um chá de grades, foi chamado a razão pelo cãozinho do carcereiro.
- Então matou sua mulher covardemente, né bandido? Pessoa boa que não merecia. Você é mesmo um merda!
-Sai pra lá, que cachorros não falam!-disse Rufino.
O cão retrucou: -Falamos sim, mas só os burros  nos entendem!

Piadas sobre comunas

Segundo o historiador soviético Roy Medvedev, mais de 200.000 pessoas foram para a cadeia no tempo de Stalin pelo crime de contar piadas sobre os comunistas. Se a Dilma e Lula souberem disso...

Não passei fome, sou apenas burro, como ela, a gerentona.Posso ser presidente?

Perguntaram para Nicolas Maduro:

-É possível construir o bolivarianismo em toda a América?"
 possível, mas de quem iremos comprar papel pra limpar o rabo? 

Cheguei agora. O Brasil está indo pra onde mesmo?

“Não dá para seguir os passos de um homem bom se ele caminhar sobre o asfalto. Salvo se ele andar com um saco de farinha no lombo.” (Filosofeno)

“Tudo é válido quando usado para que eu vença, menos quando esse tudo é usado contra mim.” (Filosofeno)

Vida longa

“De nada adianta viver cem anos e só fazer merda.” (Pócrates)

“Os homens querem matar o silêncio. Deve ser por este motivo que está tão difícil encontrá-lo.” (Filosofeno)

“Meu avô não trabalhou muito, mas fez vinte e quatro filhos.” (Climério)

Pedrão e Deus

“Pedro, o que vem a ser o termo sexual swing? Temos swing aqui no paraíso?” (Deus)

“Minha família não freqüenta zoológico porque o povo faz confusão. Já tentaram nos alimentar algumas vezes.” (Assombração)

“Gosto muito de visitar cemitérios. Mas de ir em pé.” (Climério)

“Fumo, mas não sou viciado, deixo quando quiser. No ano passado, por exemplo, deixei de fumar 365 vezes.” (Limão)

“Se o povo proporcionasse o mesmo tempo que destina para abobrinhas para leituras políticas o Brasil seria outro.” (Filosofeno)

“Minha tia era uma mulher prática. Quando o marido que não valia nada morreu ela vendeu o corpo para uma fábrica de ração.” (Limão)

Petistas, peemedebistas e afins: Se é para todos se locupletarem, não se esqueçam da gente! (Pócrates)

Brasileiro é igual enteado de madrasta má. Leva pau de todos os lados! Arre!

Mais Petrolão, mais escândalo. Delator da Petrobrás apresenta novos nomes da corrupção na Petrobrás. Istoé lista Dilma, Delcídio Amaral, Cid Gomes, Renan Filho,

Mais Petrolão, mais escândalo. Delator da Petrobrás apresenta novos nomes da corrupção na Petrobrás. Istoé lista Dilma, Delcídio Amaral, Cid Gomes, Renan Filho,

A revista Istoé que já circula, publica ampla reportagem de capa, botando mais gasolina no incêndio que engole a Petrobrás no maior escândalo de uma estatal em todo o século, levando junto a presidente Dilma, o PT e boa pasrte da base aliada. Diz a revista que enquanto os peemedebistas adotam um método pulverizado de doação de campanha, o PT é o que concentra a maior fatia do dinheiro das empresas citadas no escândalo. Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão, Engevix e UTC destinaram R$ 28,5 milhões à direção nacional do PT. À candidata Dilma Rousseff, R$ 20 milhões foram repassados pela OAS e outros R$ 5 milhões pela UTC.No total, são 53,5 milhões, mais do que o total que Aécio recebeu até agora de todos os doadores somados, empreiteiros, banqueiros, empresários em geral. 

Istoé conta em detalhes, inclusive com nomes e valores, como o esquema na Petrobras abasteceu o caixa de aliados do governo e apresenta os novos nomes denunciados pelo ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa na delação premiada

. A reportagem é de Mário Simas Filho, Sérgio Pardellas e Josie Jerônimo. Leia material trabalhado pelo editor em cima dela. O texto completo vai no link ao final desta nota. 

. Até agora, eram conhecidos trechos da delação do ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa, considerado o maior arquivo vivo da República. Em depoimento à Polícia Federal, o ex-executivo da estatal entregou nomes de políticos e empresas que superfaturaram em 3% o valor dos contratos da Petrobras exatamente no período em que ele comandava o setor de distribuição, entre 2004 e 2012.

, A relação de nomes entregue pelo ex-executivo da Petrobras é ainda mais robusta. ISTOÉ apurou com procuradores e fontes ligadas à investigação que, além desses políticos já citados, também foram delatados por Paulo Roberto Costa o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o governador do Ceará, Cid Gomes, e os senadores Delcídio Amaral (PT-MS) e Francisco Dornelles (PP-RJ).

 . O Presidente do Senado, Renan Calheiros -  Montanhas de dinheiro abarrotaram o caixa de campanha de Renan Filho (PMDB), herdeiro político do senador. Cinco empresas relacionadas ao esquema entraram com R$ 8,1 milhões na campanha, o equivalente a 46,8% dos R$ 17,3 milhões arrecadados pelo diretório estadual do partido, presidido pelo parlamentar. No fim de agosto deste ano, um cheque de R$ 3,3 milhões da Camargo Corrêa irrigou o caixa controlado por Renan. Para que os recursos não saíssem diretamente para a campanha do filho do presidente do Senado, o dinheiro foi pulverizado em campanhas de deputados estaduais de diferentes partidos que compõem a coligação formada em torno de Renan Filho.
Partidos como PDT, PT, PCdoB e PROS dividiram os recursos.

 . O Presidente da Câmara, Eduardo Alves -  Ele nega ter recebido recursos de Paulo Roberto Costa, mas, a exemplo de Renan, tem a campanha abastecida por empresas situadas no epicentro do escândalo. Henrique Eduardo Alves lidera a corrida ao governo do Rio Grande do Norte. Até agora, recebeu R$ 6,7 milhões de três empreiteiras apontadas no esquema de desvio de verbas da estatal.

. O ex-presidente do PP, Francisco Dornelles - O senador Francisco Dornelles, alvo do delator Paulo Roberto Costa. Ele obteve R$ 400 mil da Andrade Gutierrez e R$ 800 mil da Queiroz Galvão

. O filho do Ministro de Minas e Energia -  Ainda no Estado maranhense, o filho do ministro de Minas e Energia, integrante da lista de Paulo Roberto Costa, e candidato do PMDB ao governo do Maranhão, Lobão Filho, recebeu para sua campanha R$ 500 mil da empresa Andrade Gutierrez. A PF apura ligações do candidato com a empresa fornecedora de material para a construção da refinaria, no município de Bacabeira. O ex-ministro de Minas e Energia Silas Rondeau atua há muito tempo nessa área para a família do ex-presidente José Sarney (PMDB), pai da governadora do Maranhão, Roseana Sarney. Quando saiu do ministério, Rondeau foi trabalhar na Engevix, uma das cinco empreiteiras abraçadas pelo escândalo.

. O senador do PT e candidato ao governo do Mato Grosso, Delcídio Amaral - Recém-incluído na rumorosa relação do delator, o senador petista Delcídio Amaral também obteve recursos para sua campanha de empresas mencionadas como integrantes do esquema. A campanha de Delcídio ao governo de Mato Grosso do Sul recebeu R$ 622 mil da OAS, R$ 2,8 milhões da Andrade Gutierrez e R$ 2,3 milhões da UTC. Entre 2000 e 2001, Delcídio ocupou a diretoria de Gás e Energia da Petrobras.

O líder do PMDB,  deputado Eduardo Cunha -  É  outro integrante do PMDB incluído na lista do ex-diretor da Petrobras

. O ex-líder do PT, Cândido Vacarezza - O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) foi agraciado com R$ 150 mil provenientes da UTC. J

. O governador do Ceará, Cid Gomes, do Pros - Na delação que fez à PF, Paulo Roberto Costa menciona ainda o governador Cid Gomes, do Ceará, com quem negociou a instalação de uma minirrefinaria no Estado. O projeto seria apenas uma fachada para um esquema de lavagem de dinheiro por meio de empresas que nunca sairiam do papel, conforme ISTOÉ denunciou em abril. “Não sei quem é Paulo Roberto. Nunca estive com esse cidadão e sou vítima de uma armação de adversários políticos”, disse o governador Cid Gomes à ISTOÉ na tarde da sexta-feira 12.

. Pelo que se pode depreender até agora, as movimentações feitas com os recursos desviados da Petrobras abrangem o caixa formal dos candidatos, como mostra esta reportagem, e também dinheiro de caixa 2. No curso de seu trabalho para desvendar as tenebrosas transações, Sérgio Moro deu uma ordem: não quer depender de grampos ou suposições e vai fugir da “teoria do domínio do fato”, método que permeou o julgamento do mensalão, o maior escândalo de corrupção dos governos do PT.

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Do blog do POLÍBIO BRAGA

PT TURISMO- Visite a Venezuela hoje e conheça o Brasil de amanhã. Putz!

Gular e o papo furado do Chico Buarque


Caio Blinder- Escoceses, naw, naw, naw!

Há um ano, eu não acordava pensando na Ucrânia (com todo respeito por meus avós que nasceram naquelas bandas). Agora, tenho pesadelos diários (geopolíticos) por causa do belicismo de Vladimir Putin. Esta semana até a Suécia, aquele paraíso nórdico da tolerância, me deixou sobressaltado devido ao avanço da extrema-direita com raízes neonazistas nas eleições de domingo. E ainda por cima tem este referendo sobre independência na Escócia na quinta-feira para nos assustar.
É para assustar mesmo. O referendo dá uma medida de convulsões na velha Europa. Por que desfazer uma união tão bem sucedida e civilizada de 307 anos entre Inglaterra e Escócia, no casamento dentro da Grã-Bretanha? Pelas pesquisas, metade dos escoceses não pensam assim e acham que chegou a hora do divórcio, que, no final das contas, não será tão amigável, tão fleugmaticamente britânico.  Hora de dizer “sim” pela independência. Pelas pesquisas, o resultado de quinta-feira vai ser no sufoco, embora haja alertas de que os números finais podem enganar pela margem mais folgada, a favor ou contra.
Já li tantas teorias que a crise no casamento é culpa do tédio, da arrogância inglesa e do desejo de aventura dos escoceses (que tiveram esta tradição na expansão do império britânico). Outros fatores: nacionalismos e tribalismo estão em alta. Há também uma explicação ideológica. Os escoceses estão à esquerda dos ingleses e não gostam do governo conservador em Londres (no Parlamento britânico, dos 59 deputados escoceses, apenas um é conservador).
No entanto, nada disse me convence muito, embora haja uma dose de cada explicação no drink. A Escócia não é colônia do império e preserva sua identidade nacional dentro do Reino Unido. Pelas contas, já foram onze primeiros-ministros escoceses a serviço de sua majestade. O ex-primeiro-ministro trabalhista (e escocês) Gordon Brown se tornou figura indispensável e infatigável na campanha pelo “não” no referendo.
Houve, aliás, muito descaso, na campanha do “não” e agora é este desespero para recuperar o tempo perdido. Semanas atrás, parecia conversa de bêbado achar que o “sim” venceria o referendo. Agora, é uma campanha movida pelo medo, com o objetivo de aterrorizar os escoceses sobre o preço que irão pagar pelo divórcio. Será um acerto litigioso sobre moeda, dívida, receitas, petróleo no mar do Norte e adesão à União Europeia. A retórica é apocalíptica: será o fim da Escócia, o fim da Grã-Bretanha, o fim da União Europeia. Haverá o efeito cascata de movimentos separatistas na Espanha, Itália e Bélgica. Meu Deus, até no Texas.
Alguns têm medo que esta campanha de medo irrite os teimosos escoceses e muitos decidam votar aye de pirraça. É verdade que este terror eleitoral da campanha do “better together”, melhor juntos, é acompanhada de promessas de mais poderes e controle de recursos pelo  Parlamento escocês, conforme o documento firmado na terça-feira pelo primeiro-ministro conservador David Cameron e pelos líderes trabalhista, Ed Miliband, e liberal democrata, Nick Clegg.
Eu reitero minha aposta. Para o Instituto Blinder & Blainder, este esforço que mescla terror e ternura irá funcionar a favor do naw na quinta-feira. Já o líder separatista, o primeiro-ministro escocês Alex Salmond, promete demais, a destacar que com o petróleo do mar do Norte, a Escócia independente será uma Noruega rica e igualiatária. A maldade de chamar Salmond de Hugo Chávez do Norte é saborosa, mas mentirosa (ele não tem os delírios messiânicos e autoritários do finado). O risco é que não haja tanta petróleo assim para as próximas décadas para pagar os generosos gastos sociais. Assim, a Escócia independente termina, não como uma Noruega, e sim como uma Grécia.
Espero que na hora E, os escoceses votem com sobriedade e decidam manter o casamento de 307 anos.  Se optarem pelo porre, só me resta repetir a minha piadinha de balcão de pub. O nome da nova moeda poderia ser scotch.