sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Pessoas até morrem para conseguir entrar nos EUA. Pessoas até morrem para fugir de Cuba. E o capitalismo é que é ruim?

Por que o Impa é tão diferenciado?



Artur Avila, carioca do Impa que ganhou o “Nobel da matemática”
Antes de mais nada, gostaria de registrar com algum atraso meus parabéns a Artur Avila pelaMedalha Fields, considerada o “Nobel da matemática”. Avila é meu conterrâneo, um carioca com apenas 35 anos e pesquisador do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). Foi o primeiro brasileiro a receber tal prêmio, o que merece efusivos aplausos e serve de grande estímulo aos mais jovens.
Como disse Carlos Heitor Cony na rádio CBN hoje, o Brasil não tem tanta tradição em ciências exatas, apesar de ter ótimos pesquisadores na área. Historicamente, sempre demos mais peso às ciências humanas, o que talvez explique em parte nossa desgraça. Há muito antropólogo, filósofo, psicólogo, historiador e sociólogo, quase todos de esquerda, para pouco matemático, físico ou engenheiro. Somos bem diferentes dos asiáticos nesse quesito.
Nesse texto, pretendo apenas lançar algumas reflexões acerca do evidente sucesso do Impa, que já foi chamado de “Harvard brasileira” muito antes do prêmio, até porque coleciona diversos outros no currículo. Trata-se, sem dúvidas, de um instituto de pesquisa com enorme prestígio no país e no mundo. Por que?
Para começo de conversa, o Impa preza muito a meritocracia. É, nesse sentido, uma instituição elitista, sem preocupação com o preconceito que tal termo carrega hoje em nosso país. São poucos pesquisadores, pois a “democratização” do ensino, para usar o termo em voga pela esquerda, seria sinônimo, naturalmente, de caminhar rumo à mediocridade.
Em outras palavras, é preciso ser realmente diferenciado e demonstrar uma inteligência e um esforço acima da média para chegar e continuar ali. Cotas raciais? Inclusão social? Redução do nível de cobrança para abarcar o menor denominador comum? Nem pensar! Essas coisas não entram ali, e por isso mesmo o Impa pode preservar sua busca por excelência.
Em compensação, e por ser uma autarquia, o Impa paga bons salários, também acima da média, como deve ser para valorizar o mérito. Mas não pensem que é parecido com o que costuma ocorrer nas universidades federais e estaduais, com salários razoáveis, mas pouca cobrança. Os pesquisadores, para manter seu tenure, precisam entregar resultado. Não fazem concurso e depois se acomodam, como muitas vezes vemos nas federais. Precisam trabalhar mesmo, produzir, para garantir seu espaço.
O Impa também abraçou com vontade o mundo globalizado, compreendendo que o conhecimento relevante não tem nacionalidade. Preconceito com o estrangeiro, com o inglês, como vemos com frequência em nossa elite “intelectual”? Piada. Como diz a reportagem da Veja de 2011:
Pelos corredores, o silêncio monástico é cortado de tempos em tempos por diálogos em português, inglês, francês e espanhol. Não raro, incorporam-se a essa babel de idiomas expressões em russo e mesmo persa, uma das línguas mais antigas do planeta.
Ambiente estimulante e aberto para quem realmente quer pensar e pesquisar, assim é no Impa. E aceita doações também, de ricos empresários que desejam contribuir com seu avanço e ter uma cátedra com seu nome em contrapartida.
Ou seja, o Impa é a instituição brasileira de ensino avançado que mais se parece com as americanas. Por isso o rótulo de “Harvard brasileira” é justo. Ficou blindado da poluição ideológica que assola nosso país. Como diz a conclusão da reportagem: “As portas estão abertas. Mas apenas para os melhores”. E é graças a isso que saem de lá pesquisadores como o jovem Artur Avila. Parabéns!
PS: Nas áreas de humanas das federais e estaduais temos “professores” que se mascaram de black blocs e “ensinam” a seus alunos as “maravilhas” do marxismo. Marilena Chaui, da USP, ganha um belo salário para ficar acusando a classe média de ser “fascista” e despejar todo seu ódio contra trabalhadores “burgueses”. Guilherme Boulos, (de)formado em filosofia também na USP, lidera um grupo de invasores criminosos, financiados ninguém sabe direito por quem, para implantar no Brasil o “lindo” modelo cubano. Camila Jourdan, que dá aulas de filosofia na Uerj, foi até presa recentemente. Como cobrar bons resultados assim?
Rodrigo Constantino

Que vergonha, senadora Kátia Abreu!



No dia 12 de agosto a senadora Kátia Abreu postou em sua página oficial do Facebook a seguinte mensagem e foto:
A presidente Dilma Rousseff sempre manteve as portas abertas para todos os setores. Ela comprova que oferecer políticas adequadas, construídas a partir do diálogo, é fundamental para promover o crescimento do País. Por isso, o meu apoio incondicional para presidente do Brasil é para Dilma, a mulher que seguiu mudando o Brasil e agora também vai nos ajudar a transformar o nosso querido Tocantins.
Katia Abreu
Que papelão, dona Kátia! Portas abertas? Estamos falando da mesma pessoa, a presidente Dilma, aquela que é conhecida por sua arrogância e sua agressividade em reuniões? Aquela que se reúne com 30 grandes empresários e acha que isso é “escutar o mercado”? Aquela que usou o BNDES para a seleção dos “campeões nacionais” e acabou produzindo um fenômeno como Eike Batista, fazendo ainda com que os grandes empresários “investissem” em lobby em vez de produtividade?
Políticas adequadas por meio de diálogos? Só se for o “diálogo” dela com ela mesma em frente a um espelho! Que políticas adequadas foram essas, que trouxeram nossa economia à beira do abismo, com estagnação do crescimento e elevada inflação, além de setores importantes totalmente desorganizados e com rombos bilionários?
Seu apoio é “incondicional”, senadora? Quer dizer que não importa a quantidade de “malfeitos” que vêm à tona, os infindáveis escândalos, a aliança com o que há de mais nefasto na geopolítica, que Dilma poderá contar sempre com seu entusiasmado apoio?
Dilma, a mulher que mudou o país? De fato, mas para pior! Ou a senadora acha que as coisas vão bem por aqui? Quer defender o voto em Dilma para “continuar mudando”? Até chegarmos no modelo argentino ou venezuelano? É isso que o Brasil precisa?
Senadora, compreendo seu medo de Marina Silva, agora a provável candidata após a trágica e infeliz morte de Eduardo Campos. Compreendo, ainda, os limites da política partidária nesse país, e sua dificuldade em compor com o PSDB de Aécio Neves, caminho natural para alguém que sempre defendeu o que a senhora defendeu em seus discursos, artigos e mesmo prática política.
Mas não posso aceitar ou perdoar uma traição dessas! Saiba que muitos brasileiros de direita, defensores da propriedade privada, inclusive rural, que combateram sempre a ameaça socialista, os invasores do MST, as lideranças “indígenas” que colocam em risco muitas fazendas, tinham em sua pessoa uma esperança. Alguns chegavam a imaginá-la uma espécie de Thatcher tupiniquim.
Como defendê-la agora? Como explicar para essa gente toda suas palavras e ações? Como dizer que aquela Kátia Abreu, outrora uma firme combatente em nome do capitalismo e da economia de mercado, debandou-se para o lado de lá, apoiando com tanta paixão um partido golpista, do Foro de São Paulo, camarada da ditadura cubana, irmão dos invasores do MST?
Eu não consigo, confesso. Posso apenas lamentar profundamente sua guinada rumo ao que há de pior na política nacional. O Brasil continua em busca de uma estadista…
Rodrigo Constantino

Palácio do Planalto, Brasília

FERNANDO GABEIRA - O ESTADO DE S.PAULO
15 Agosto 2014 | 02h 04

Internet é isto mesmo: um território livre onde se trocam informações, críticas e insultos. É raro uma pessoa pública nela encontrar apenas elogios. E raro um texto sobre ela que não desperte comentários sacanas. Wikipédias, desciclopédias, com informações truncadas, dizem o que querem e, se as pessoas acreditassem firmemente no que leem na rede, ficariam paralisadas caso encontrassem um personagem dos verbetes, o médico e monstro. Suas reações seriam como as de Alec Guines no Dr. Strangelove, de Stanley Kubrick: os gestos desmentiriam as palavras, o abraço se transfiguraria num soco, e vice-versa.
Num prefácio para o livro do treinador Rômulo Noronha sugeri a natação como uma das táticas para enfrentar comentários negativos. Você os lê, mergulha e, nos primeiros cem metros, começa a achar que não foram tão graves assim. Nos 400 metros, já admite que talvez possam ajudar você de alguma forma, na autocompreensão ou na aceitação do mundo.
Algo muito grave acontece quando os ataques nascem num computador do Palácio do Planalto, sede do governo federal. É o caso das inserções feitas na biografia dos jornalistas Carlos Sardenberg e Miriam Leitão.
Como sempre, o governo reagiu, a princípio, dizendo que era difícil rastrear a origem das notas, os dados foram desmanchados - a mesma tática usada para as gravações das câmeras naquele problema de Dilma Rousseff com uma diretora da Receita Federal. A segunda explicação também é clássica: o Wi-Fi do Planalto é usado por visitantes, pode ter sido alguém de fora - de preferência, da oposição.
Às vezes paro para pensar: por que o PT faz tanto mal a si próprio? Deixo o campo estritamente moral para raciocinar apenas de uma forma política. O caso do Santander é típico: uma nota realista sobre o comportamento do mercado provocou uma grande reação, sua autora foi demitida e o banco, forçado a se derreter em desculpas.
O mercado deve ser livre para fazer suas previsões. E arcar com as consequências. O mercado tinha uma visão negativa no primeiro mandato de Lula. E errou, pois o País iniciou um processo de crescimento.
A pressão contra o Santander, além de sugerir censura, amplificou a análise do banco, que em outras circunstâncias ficaria restrita aos clientes especiais. Assim mesmo, aos que se orientam politicamente por cartas bancárias. O governo conseguiu transformar uma simples análise num debate nacional, o que era um consenso entre analistas de mercado se tornou uma consistente crítica à política econômica de Dilma.
A julgar pelo digitador do Palácio do Planalto, as coisas estão pegando aí, na política econômica: os dois jornalistas atingidos são críticos das medidas do governo com base nas evidências.
No universo político, a artilharia sempre foi comandada pelos blogueiros mantidos por empresas do Estado. Eles cuidam de nos combater com dinheiro público e racionalizam essa anomalia com a tese de que uma verba muito maior é usada pelos meios de comunicação que criticam o governo.
Os intelectuais dissidentes em Cuba dão de barato que o governo os vigia, os boicota e promove campanhas para assassinar sua reputação. Mas é uma ditadura.
Num país democrático, essas práticas, além de condenáveis, não são eficazes. Todo este universo de rancor acaba se voltando contra os agressores, que, como dizem os orientais, sempre se desequilibram no ataque. Os nove jornalistas atacados, nominalmente, por um dirigente do PT tiveram a solidariedade internacional, uma nota de apoio da organização Repórteres sem Fronteiras.
O PT sabe que existe um nível de rejeição ao partido nas grandes cidades - em Vitória os petistas já não usam estrelas e bandeiras vermelhas, talvez nem barba. O que parece não perceber é como seus movimentos autoritários aumentam a rejeição. É como se um partido abrisse mão de seduzir e se focasse apenas em intimidar.
Esse é um jogo muito perigoso. Em primeiro lugar, porque há muitos homens e mulheres que não se intimidam. Em segundo, porque envenena uma atmosfera que já é medíocre com atos de campanha sem graça, muitos bebês no colo, Dilma comendo cachorro-quente. Come cachorro-quente, pequena. Olha que não há mais metafísica no mundo, senão cachorro-quente.
O PT conseguiu construir uma linguagem própria. O verbete aloprado é um descoberta para se distanciar de seus combatentes da guerra suja. Digo com conhecimento de causa. Depois das eleições de 2006, interroguei todos os chamados aloprados. Era estranho que aloprados tivessem coletado mais de R$ 1 milhão. Mais estranha, ao longo dos interrogatórios, a recusa em responder, a frieza matemática em usar os mecanismos legais em sua defesa. Aloprados?
Se um dia aparecer o aloprado do computador do Planalto, observem como se esquiva, como é difícil achar nele algum traço que o defina como aloprado, como resiste às provocações. Ele é resultado de uma cultura que domina a política brasileira desde 1992. A constante tentativa de liquidar o outro é uma arma típica de ditaduras. Infelizmente, para uma grande parte da esquerda, a democracia ainda não é um valor estratégico.
Não sei qual será o resultado das eleições. Mas acho que o PT faz tudo para merecer uma derrota, algo que lhe dê pelo menos a chance de refletir sobre o período sombrio que acabou instalando no Brasil.
Uma força verdadeiramente democrática, à esquerda, seria boa para o futuro.
Será que é preciso que Cuba desmorone, que a Venezuela fracasse mais claramente, para que os petistas se convençam de que esse não é o caminho?
Sei que assim procedendo me exponho ao Twitter de todos vocês. Mas é preciso combater essa cultura de ressentimento e mediocridade que leva um digitador do Palácio do Planalto a dedicar sua tarde ao ataque a jornalistas na Wikipédia.
Não é um aloprado, mas um caso extremo e talvez cristalino: revela, em toda a sua profundeza, o abismo em que nos lançaram.
*
JORNALISTA

Mercado precifica cenário ‘todos contra o PT

Apesar de todas as incertezas que cercam o quadro político depois da morte de Eduardo Campos, as ações da Petrobras sobem 4% hoje.Marina Silva
O mercado está fazendo o seguinte cálculo:
1. Com Marina Silva candidata, o segundo turno é garantido.
2. Mesmo que o segundo turno seja entre Dilma e Marina, o PSDB muito provavelmente a apoiaria. Os tucanos não nutrem por Marina o horror que ela frequentemente manifesta em relação a eles. Além disso, figuras como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, reconhecendo a fragilidade partidária de um Governo Marina Silva, provavelmente incentivariam o PSDB a ajudá-la no Congresso e com equipe de governo.
3. Na política econômica, a equipe que aconselhava Campos e foi herdada por Marina — Eduardo Giannetti da Fonseca e André Lara Resende — tem total afinidade com o time do PSDB, capitaneado por Armínio Fraga.
4. Na parte de energia e infraestrutura, dá-se a mesma afinidade. O economista Adriano Pires (pelo PSDB) e Alexandre Rands (pelo PSB) têm dito coisas na mesma direção.
Em linha com esta tese, as ações da Eletrobras sobem hoje, mas bem menos. No setor de energia, Marina Silva e o PSDB têm posturas diferentes, particularmente em relação ao tipo de reservatórios nas hidrelétricas. Marina é uma crítica das hidrelétricas na Amazonia e favorável aos reservatórios a fio d’água, que armazenam menos energia.
ATUALIZAÇÃO às 16:20 – A 40 minutos do fechamento do pregão, Petrobras PN sobe 7,3%.
Por Geraldo Samor

Minha internet agora sim está rápida. Não preciso nem clicar, basta pensar.

“Eu e o dinheiro podemos dizer que temos um caso, ou melhor, vivemos um amor platônico.”(Mim)

“Quando jovem transei pouco e beijei muito. Tanto que meu apelido na vila era ‘prova batom’.” (Climério)

“Sempre chego atrasado. No tempo das lambretas eu andava montado numa cabrita. Posso dizer que não fiz sucesso.” (Climério)

“Mais quatro anos de governo petista e o Brasil não terá mais analfabetos fora do governo.” (Climério)

“Erramos quando dizemos: ’na dificuldade fui abandonado pelos amigos’. Podiam ser de tudo, menos amigos.”

“Animal, ensina teu filho desde pequeno a jogar descartáveis nas lixeiras e não pelas ruas. De porco já basta o pai.” (Limão)

“Num litígio religioso é bom ouvir o conselho do diabo, pois ele trabalha tanto para evangélicos quanto para católicos e protestantes.” (Limão)

LE BOST- Chinês de 84 anos quer fazer operação para mudar de sexo. Agora que o pinto está morto o galo quer virar galinha.

Diário das Labaredas- Hugo Chávez foi corrido do inferno. Diz Satanás Ferreira que aturar pé no saco é para cristãos.

Celibato: O vício que algumas pessoas têm de não praticar sexo.

“Quem nasceu primeiro? Primeiro foi a galinha, depois o ovo cozido, mais tarde o ovo frito e por fim a omelete.” (Pócrates)

“Tenho uma vizinha tão linguaruda que quando ela sai de casa a língua fica na janela para espionar quem passa pela rua.” (Climério)

“Abertura em Cuba? Só de pernas.” (Cubaninho)

“Meu beijo é tão doce que volta e meia vem uma abelha junto.” (Mim)

“O comunismo é um regime que agrada pessoas menores que precisam de um estado controlador para nivelar as suas mediocridades.” (Eriatlov)

“Ontem cortaram meu telefone. De raiva fiquei por horas falando sozinho só para mostrar o quanto eles perderam em impulsos.” (Climério)

“A mãe de Hitler achava ele um anjinho. O certo é que mães também se equivocam.” (Filosofeno)

Em outubro o Brasil precisa renascer. Basta de safadeza e mediocridade!

OUTUBRO DO RENASCIMENTO


Quando um comunista chega ao inferno o capeta-recepcionista fala: -Não se preocupe,você não irá estranhar. Este ambiente você já conhece.

Alguns governos só sabem tutelar e roubar. Distribuem pequenas esmolas para que todos se conformem onde estão e continuem eternamente dependentes.

Não fosse pelo petróleo a Venezuela já seria um Haiti. Bolivarianos corruptos e incompetentes para gerir riquezas. Investem em educação?

Investir em educação é valorizar e preparar bem os mestres, incentivar o mérito, pensar na qualidade antes da quantidade.

Impostos justos incentivam o empreendedorismo. Ninguém quem trabalhar com afinco para sustentar governantes ladrões.

Reação da imprensa internacional à morte de Campos deveria envergonhar setores da… imprensa brasileira!

Setores consideráveis da imprensa brasileira parecem um tanto surpresos com a reação da imprensa internacional — e até da Casa Branca, como dizem alguns com espanto! — à morte de Eduardo Campos. Todos os grandes veículos de comunicação do mundo  deram espaço e destaque consideráveis à trajetória do ex-governador de Pernambuco que ousou divergir do grupo com o qual se aliara havia muitos anos. Ainda que terceiro colocado na disputa e com chances remotas de se eleger, o candidato do PSB foi saudado, no mais das vezes, como um político operoso e popular e como um democrata. A respeitada The Economist lhe dedicou um de seus obituários, em espaço nobre.
Há, sim, certa surpresa no ar. Não se esperava tanto. E isso dá conta de como o debate político se tornou pobre e bruto no Brasil. Por que a imprensa do mundo democrático dá a Campos uma relevância que ele parecia não ter por aqui? Porque, nesses países, preza-se a divergência como o sal da terra, como o sal da democracia, como o sal de um regime de liberdades públicas.
Entre nós, infelizmente, o debate está acanalhado. Acostumamo-nos a ver a máquina pública a serviço de um governo, de um partido, de milícias de pensamento. Acostumamo-nos a ver palacianos cinzentos operando nas sombras para mudar perfis na Wikipédia. Parece-nos normal que o chefão do maior partido do país faça uma lista negra de jornalistas. Estamos começando a achar razoável que o supremo mandatário do país utilize uma solenidade oficial para fazer campanha eleitoral. Não nos escandalizamos quando um ministro de estado, no uso pleno da máquina pública, ataca adversários não da presidente Dilma, mas da candidata Dilma.
Há um processo de demonização da divergência no Brasil. Ou não vimos uma presidente da República e um ex-presidente a pedir a cabeça de analistas de um banco, o Santander, porque, afinal, não gostaram das afirmações que fizeram? E, acreditem!, muitos jornalistas acharam, sim, razoável a punição. Há dias, fez-se um grande escarcéu porque uma consultoria emitiu críticas duras ao governo. Nas redes sociais, a divergência com a voz oficial é tratada como crime, numa odienta ação de milicianos industriados, que agem a soldo. Até uma subimprensa venal, alimentada com dinheiro público para elogiar o poder e atacar seus críticos, é  vista como coisa normal.
Mas não é assim que a coisa funciona mundo afora, não! Ao contrário. As democracias sabem muito bem que é a divergência que torna um regime democrático, já que, como costumo dizer, todas as tiranias dispõem de governo.
De certo modo, a justa repercussão que a morte de Campos tem no exterior deveria nos envergonhar, a considerar o tratamento que mereceu por aqui enquanto estava vivo. Ainda hoje, um notório colunista governista exalta o homem que “buscava o sonho”. Eu aplaudo, e tinha divergências com ele, o homem que queria outra realidade.
Chegou a hora de a imprensa, boa parte dela ao menos, também repensar o seu papel e se perguntar até onde, com alguma frequência, não serve de esbirro a um projeto de poder que pretende eliminar o contraditório.
Por Reinaldo Azevedo

GÊNESIS Deus disse: “Faça-se a luz!” Aí entraram os governos e nos socaram 25% de ICMS.

“Quando eu morrer farão feriado só as putas.” (Climério)

“Tenho as mãos calejadas de tanto contar propinas. E povo ingrato não reconhece este meu esforço.” (Deputado Arnaldo Comissão)

Nada escapa a mediocridade no governo Dilma. Lucro do Banco do Brasil cai mais de 60% no 2º trimestre

“Não vá trabalhar com cara de bunda. Se você não se encaixa, desista, procure outra coisa para fazer. Saúde mental é tudo.” (Mim)

“Em casa de ferreiro tudo é de ferro, menos o espeto.” (Climério)

“O que mais incomoda os puxa-sacos é ter que trabalhar. O trabalho atrapalha o serviço bajulatório.” (Limão)

“É perigoso visitar a Venezuela de Maduro. Tenho medo que nacionalizem o meu saco.” (Climério)