sexta-feira, 22 de maio de 2015

Mediocridade Coletiva

MEDIOCRIDADE COLETIVA
Foice e martelo
A ignomínia da tutela
A história já desnudou o seu fracasso
Mas mesmo assim
Entre jumentos diplomados
E alguns da plebe rude
É salvação da raça
Então matar o ser pensante criativo
Em nome da mediocridade coletiva.

Os motivos da expulsão de Rabinovitch

a) O secretário do Partido entrou no escritório do Rabinovitch, viu na parede os retratos de Khruschev e Brezhnev e perguntou:

-- Por que você ainda não se livrou do retrato deste imbecil?

E o Rabinovitch respondeu: -- De qual deles?


O secretário perguntou ao Rabinovitch por que ele não compareceu à última reunião do Partido. E ele respondeu:


-- Se soubesse que era a última eu iria!

VADIAGEM

"O vírus da vadiagem contemporânea está disseminado. O negócio agora é deitar, esperar o tempo passar enquanto se aguarda o dia de passar no banco para receber. O feijão? Não pensei nisso. Boa pergunta: Quem irá plantar e colher o feijão?" (Eriatlov)

O MUTRETAÇO- EDUARDO CUNHA PRESSIONA E CÂMARA APROVA SHOPPING CENTER PRÓPRIO

E o bordel, sai quando?

“Depois de morto até mesmo eu ficarei com cara de gente séria.” (Climério)

SOS estatais? Que nada! A única solução é privatizar!

Em artigo publicado hoje na Folha, o professor de Direito da USP Diogo Coutinho diz que as nossas estatais precisam ser resgatadas, pois estão em crise. Cita o caso da Petrobras e também o da Sabesp, para demonstrar imparcialidade em relação ao partido no comando, e alega que o problema é de falta de transparência e de um controle democrático nessas empresas. Em seguida, defende a importância delas num contexto global, argumentando que quase 20% das cem maiores empresas do planeta são estatais, chegando a um terço nos países emergentes. Escreve ele:
Apesar dos ganhos trazidos pela implementação recente de mecanismos de controle interno (como práticas de governança corporativa no mercado de capitais) e externo (como a atuação crescente dos Tribunais de Contas), o que se nota é que as estatais ainda não conseguem, no desempenho de sua missão, dialogar com a sociedade brasileira com o devido grau de transparência e participação social.
[...]
As empresas estatais são uma ferramenta importante à disposição da sociedade brasileira. São um instrumento constitucional que não pode ser desmobilizado, seja por privatizações açodadas, seja por soluções de emergência que de forma burocrático-formal paralisem suas ações e comprometam seu papel de protagonistas em vários setores-chave para o desenvolvimento.
As estatais demandam um regime jurídico que lhes dê capacidade de ação efetiva e possibilidades de prestação de contas e responsabilização na implementação de projetos devidamente referendados pela sociedade brasileira.
É imperioso que o projeto do estatuto das estatais seja o quanto antes objeto de debate publico, e que discutamos e acompanhemos sua votação. As empresas estatais estão, mais do que nunca, vocacionadas para um projeto de nação e seu histórico no país confirma isso.
É preciso reinventar o planejamento democrático e transparente. Essa tarefa grandiosa não será viável sem a reinvenção das estatais.
Não tenho como discordar de sua premissa – a de que nossas estatais carecem de transparência e visão estratégica de longo prazo – mas discordo totalmente de sua conclusão – a de que o mecanismo para tanto está no “debate público”. É uma perigosa ilusão, em minha opinião, achar que basta a sociedade “acompanhar” mais de perto as decisões dessas empresas para que sejam mais transparentes e racionais.
Creio que o professor não atentou para um fato importante: é o mecanismo de incentivos inadequados dessas estatais que leva a esse tipo de resultado ineficiente. Como tento mostrar em Privatize Já, a falta do escrutínio dos sócios efetivamente preocupados com o destino de seus recursos faz toda a diferença do mundo. O que é de “todos” não é de ninguém. Sem os donos do capital atentos ao seu uso, a tendência é a politização dessas empresas. Enquanto o empresário foca no longo prazo para maximizar o valor presente de seu ativo, o político foca nas próximas eleições. É do jogo, com raríssimas exceções.
Além disso, as empresas privadas possuem mais flexibilidade, podem punir com maior rigor a incompetência e premiar com mais agressividade a excelência, e sabem que irão à bancarrota se não atenderem com eficiência seus consumidores. O mesmo não ocorre com as estatais, que sempre podem contar com mais recursos da “viúva”, ou seja, dos pagadores de impostos. O problema das estatais, portanto, é estrutural.
O que o professor não cita em seus dados é que a China distorce as estatísticas. Boa parte das maiores empresas do mundo é chinesa, pelo próprio tamanho do país e sua recente guinada ao capitalismo, ainda que um capitalismo de estado, bem menos eficiente. O fato de os países emergentes terem bem mais estatais deveria soar um alerta: ora, são mais corruptos e pobres! Os países mais liberais são mais ricos, e possuem bem menos empresas estatais. Esse detalhe foi ignorado pelo autor do texto.
Por isso, não tenho como concordar com sua conclusão. Não acho que precisamos resgatar nossas estatais, como propõe inclusive o PSDB. Não acho que elas possuem importante papel estratégico ou histórico. Acho, ao contrário, que representam normalmente um grande ralo de desvio de recursos públicos, viram cabides de emprego, tornam-se instrumentos partidários e representam um obstáculo ao nosso progresso. O PT conseguiu fazer isso tudo em escala muito maior, mas o mesmo problema existe nos demais governos.
SOS estatais? Nada isso! O jeito é privatizar mesmo. Não precisamos de um estado empresário, pois este será sempre mais ineficiente e mais corrupto. Privatize já!
Rodrigo Constantino

Jandira Feghali e o nojo do pobre


Jandira Feghali e o nojo do pobre

Por João Cesar de Melo, publicado no Instituto Liberal
Qual pequeno empresário dono, por exemplo, de um pequeno restaurante, tiraria do caixa 2,5 mil dólares para uma passagem na classe executiva sendo que poderia pagar 1/3 desse valor na classe econômica? Nenhum. Nenhum porque todo pequeno empresário sabe o valor do dinheiro, sabe os sacrifícios que precisa fazer para conseguir algum luxo; e viajar de classe executiva é um luxo acessível apenas aos maiores empresários, artistas ou políticos.
Afirmo, com toda certeza, que se a Deputada Federal Jandira Feghali, do PCdoB, vivesse apenas da renda de seu pequeno restaurante, ela não teria viajado na classe executiva de um voo internacional, conforme flagrado dias atrás. Se ela vivesse apenas de seu pequeno negócio, ela teria comprado a passagem mais barata, depois de muita pesquisa. É assim que faz um cidadão comum quando deseja fazer uma viagem. Mas Jandira Feghali não é uma cidadã comum. Ela é uma “nobre deputada”, no sentido trágico-literal da expressão. Jandira só voou de classe executiva porque a passagem foi paga pelo Estado, por meio dos privilégios que lhe concede por ser uma “representante do povo”. Todavia, o que deve nos chamar a atenção não é apenas a falta de pudor com o dinheiro dos outros, mas, também, a evidência de uma grande verdade: Líderes socialistas odeiam pobre, têm nojo de pobre.
Se o socialismo é o sistema de espoliação legal dos esforços privados, seus líderes são vagabundos que se utilizam desse sistema para terem acesso aos luxos que apenas os maiores empresários usufruem − e um dos maiores luxos que uma pessoa pode se dar é o de ser tratada de modo especial.
Os socialistas se anunciam como os porta-vozes da ética e da coerência, pessoas avessas aos luxos promovidos pelo sistema capitalista – por que, segundo os próprios, todo luxo se sustenta sobre a pobreza de alguém – mas nos basta olhar o cotidiano de todo personagem da esquerda que ocupa uma cadeira no parlamento ou na direção de órgãos ou em empresas estatais para comprovarmos o contrário. Todos, assim que têm a oportunidade, chafurdam na lama capitalista. As caríssimas bolsas da presidente de república, os tratamentos médicos dos seus “companheiros” nos hospitais privados mais caros do país, a exigência de Lula de só viajar em avião executivo, o deputado que paga 450 reais num corte de cabelo, a turma toda que faz questão de se hospedar nos melhores hotéis e comer nos melhores restaurantes… Todos fazendo jus ao termo esquerda caviar criado por Rodrigo Constantino – e que ninguém se esqueça de que todos os atuais líderes socialistas, sem exceção, construíram carreira incitando o ódio contra aqueles que ostentam o luxo.
O que o luxo socialista representa é o esforço de cada um de seus agentes em manter uma vida privada distante do pobre, distante daqueles que os sustentam não apenas com impostos, mas com esperança.
Dilma prefere bolsas caras, de marcas estrangeiras, porque isso lhe diferencia de suas eleitoras. A guerrilheira também quer se sentir chique, fina, burguesíssima… Martha Suplicy Style! Lula exige aviões executivos porque não quer se submeter a filas de embargue ou aos banheiros dos aeroportos, nem sentar-se ao lado de um cidadão qualquer, principalmente nesses tempos em que até pobre voa de avião e xinga políticos de ladrão. Jandira pensou como Lula quando mandou reservar seu voo. Todos eles pensam como Lula. Todos tentam cotidianamente ter uma ascensão financeira semelhante à de Lula.  Mesmo se o SUS oferecesse um serviço de melhor qualidade, nenhum líder socialista se submeteria a ele por uma simples razão: É lá onde estão os pobres! Mesmo os líderes que vieram das comunidades mais pobres, assim que conquistam um cargo no governo ou no parlamento mudam radicalmente de critérios não apenas em relação ao tratamento da saúde, mas também em relação ao conforto e ao paladar. Do churrasco no sindicato ao Fasano! De uma hora para outra, passam a amar tudo o que repudiavam: o caro e o exclusivo. Mudam também os critérios sobre renda. Os mesmos que em seus tempos de rua davam faniquito por causa da baixa renda do cidadão assalariado, principalmente em relação aos rendimentos dos políticos, assim que assumem seus cargos passam a achar não apenas normal, mas também justo os rendimentos de parlamentares e de funcionários do alto escalão do governo, cujos salários somados a benefícios sempre estão na casa das dezenas de milhares de reais, vinte, trinta, quarenta, cinquenta vezes superiores ao salário mínimo estabelecido pelo governo.
Jandira Feghali, por ser uma representante do proletariado, poderia ter aberto seu restaurante mais próximo do povo, na baixada fluminense, gerando emprego numa comunidade pobre, oferecendo a esta seus INCRÍVEIS quibes recheados de boas intenções socialistas, mas preferiu um shopping em Copacabana, entre burgueses locais e turistas estrangeiros.
Qual cidadão comum, mesmo tendo um bom salário ou que seja dono de uma pequena empresa, se dá ao luxo de pagar 450 reais num corte de cabelo? Nenhum, mas um certo político socialista carioca não é um cidadão qualquer. Já foi. Ele até já tomou uma cerveja com o autor que assina esse texto! Mas sua vida mudou… Hoje, ele e seus companheiros estão financeira e legalmente acima da maioria dos brasileiros, precisam de privacidade, precisam de um atendimento à altura de suas “responsabilidades sociais”, não podem se submeter a ambientes infestados de pobres. Precisam de tranquilidade para terem novas ideias de como roubar a sociedade sem que sejam percebidos como ladrões.
Empresários e políticos utilizam-se das massas para usufruírem do luxo, mas há uma grande diferença entre os dois grupos: o primeiro assume sua condição de vendedor ou de prestador de serviço visando o lucro, enquanto o segundo insiste em se dizer um herói altruísta que trabalha em função dos mais pobres, nunca em benefício próprio. Não por acaso, são esses pseudo-altruístas que dizem desejar um Brasil com o mesmo padrão de vida da Suécia, aquele país onde um deputado ganha apenas 50% a mais do que ganha um professor da rede pública. Será mesmo que os socialistas desejam que o Brasil se torne uma Suécia tropical? Os socialistas brasileiros poderiam comprovar o altruísmo ao qual se atribuem distribuindo seus próprios salários entre todos aqueles que lhes servem, nivelando seus rendimentos aos deles; e preferir, sempre, frequentar os mesmos ambientes frequentados pela classe trabalhadora, alimentando-se das mesmas gororobas, hospedando-se em hotéis baratos ou na casa de seus eleitores, usando roupas e relógios comprados em lojas populares.
A verdade: Perseguir o luxo, desejar ambientes e tratamentos exclusivos é um direito de cada indivíduo, mas esse direito se torna uma grande hipocrisia quando não é assumida sua intenção e um crime quando é feito à custa do dinheiro dos outros.
Nota do blog: não fui o criador da expressão “esquerda caviar”, conforme dito acima, apenas a tornei mais popular com meu livro homônimo. Mas agradeço a gentil citação do autor e concordo: Jandira e todos esses políticos “socialistas” são representantes perfeitos desse fenômeno bizarro!

CHEGOU A CONTA DA GASTANÇA- Governo anuncia corte de R$ 69,9 bilhões no Orçamento 2015; PAC perde R$ 25,7 bilhões

“Tema povo, tema mais o PT que o diabo. O PT é um mal que é real.” (Mim)

“Acredito em vida após a morte. Acredito também que Dilma é inteligente.” (Pócrates)

“A melhor amiga do cachorro-quente é a salsicha.” (Pócrates

“O melhor amigo do homem é o cão, já para nós restam poucas alternativas.” (Bilu Cão)

RANKING- "O Brasil na educação e eu no ranking da preguiça.Carreira dura!" (Climério)

“Brasileiro feliz? Ninguém é sinceramente feliz lidando com tantos impostos e ladrões. Só mesmo um alienado.” (Mim)

“A riqueza nunca me fez falta porque não cheguei a conhecê-la.” (Pócrates)

“A felicidade é um troféu que troca de mãos.” (Filosofeno)

E se Aécio tivesse ganhado a eleição?

Manifestantes ligados ao PT e às centrais sindicais pararam ontem a Avenida Paulista, em São Paulo, em protesto contra o anúncio do governo federal de cortar 70 bilhões de reais do orçamento de 2015. Também houve manifestações em Brasília, onde cerca de 400 pessoas tentaram impedir a reunião do presidente Aécio Neves com a chefe do FMI, Christine Lagarde.
O ex-presidente Lula classificou a reunião com o FMI de um ato de submissão do Brasil ao sistema financeiro internacional. “As elites conseguiram o que queriam: curvar o país ao FMI e tirar o dinheiro da saúde e da educação”, disse Lula. “Não podemos interromper a nossa luta contra o sistema neoliberal tucano.”
Paredes de sete ministérios amanheceram pixadas com as frases “Contra o ajuste neoliberal”, “Fora Aécio, Fora FMI”, “Volta, Dilma” e “Fora, tucanos”.
Em protesto contra o corte do orçamento da Educação, pelo menos quarenta universidades federais decidiram manter a greve que já completa três meses. “Se Dilma tivesse sido reeleita, não estaríamos passando esse vexame”, afirmou o presidente do sindicato dos professores.
Celebridades ligadas à esquerda também se pronunciaram. Segundo a coluna de Mônica Bergamo, o ator José de Abreu e o escritor Fernando Morais preparam uma marcha de intelectuais a Brasília. O cantor Chico Buarque publicou nas redes sociais uma foto vestindo uma camiseta com a frase “Ajuste fiscal não”.
Em Porto Alegre, a ex-presidente Dilma Rousseff classificou o corte de gastos como absurdo e inadmissível. Ao lado de Arno Augustin, ex-secretário do Tesouro Nacional, ela disse: “O que eu posso dizer a vocês, no sentido de afirmar mesmo, é que o Brasil está numa posição, ou melhor, num posicionamento e de atitudes que jamais aconteceriam se a eleição tivesse outro resultado, não aquele resultado que teve efetivamente”. Pelo que a reportagem conseguiu entender da declaração, a presidente quis dizer que jamais colocaria um banqueiro no Ministério da Fazenda ou concordaria com cortes de gastos.
Leandro Narloch

A BÚLGARA RETICENTE- Dilma ignora Congresso e mantém sigilo em operações do BNDES

O GRANDE TOMBO DO JABUTI- Emprego formal tem o pior abril em 23 anos de registro histórico: 97.828 vagas fechadas

"Aqui na vila chamam a minha mulher pelo sugestivo apelido de 'perereca em chamas'." (Climério)

"O torresmo também salva." (Fofucho)

"Adoro frutas no café da manhã. Uma melancia e um cacho de bananas." (Fofucho)

O Antagonista- O coveiro de José Janene

Veja o documento publicado nesta página.
É a certidão de óbito de José Janene, aquele que a CPI da Petrobras pensou em exumar, para esclarecer se ele simulou ou não a própria morte.
O declarante não é um parente de José Janene: é Alberto Youssef.
Alberto Youssef não se dedicou apenas a lavar o dinheiro roubado por José Janene - ele se dedicou até mesmo a enterrar seu cadáver.

“Dilma me lembra duma hiena, pois ri enquanto dilacera nossa economia.” (Eriatlov)

O fracasso de Dilma: -1,2% de PIB e 8,26% de inflação



Joaquim Levy já sabe que o tombo da economia será ainda pior do que o previsto.

Ao definir o tamanho do corte de despesas deste ano, o ministério da Fazenda estimou que o país terá uma retração de 1,2% do PIB e que a inflação oficial será de 8,26%, bem acima do centro da meta, de 4,5%.

O Antagonista

Políbio Braga- VACCARI AMEAÇA "DEDAR" A CUMPANHERADA PETISTA COM DELAÇÃO PREMIADA

O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que está preso em Curitiba, deixou a direção do partido em pânico. Sentindo-se “abandonado”, ameaça fazer acordo de delação premiada e revelar à Justiça o papel da “cumpanherada” no assalto à Petrobras.

Ligado a Lula, de quem é homem de confiança, Vaccari mandou recados exigindo “postura firme” do partido em sua defesa, inclusive fazendo pressão no Judiciário. Familiares e amigos próximos de João Vaccari se dizem preocupados com informações sobre o “estado depressivo” do petista, na cadeia.

Acordos de delação na Lava Jato têm sido propostos pelos acusados ao final do primeiro mês de prisão. Vaccari está preso há 36 dias. Vaccari tem muito a revelar: segundo o ex-gerente Pedro Barusco, o PT recebeu até R$ 200 milhões de propina, entre 2003 e 2013. Segundo o site Diario do Poder, Vaccari anda preocupado com a situação da família, inclusive da cunhada que chegou a ser presa. Ele exige imunidade para todos eles.

José Nêumanne: Padim Lula, da unção à maldição

Publicado no Estadão
JOSÉ NÊUMANNE
Ricardo Pessoa, ex-engenheiro da OAS e empreiteiro da UTC, foi escalado na seleção dos “campeões mundiais” ungidos com as bênçãos do padim Lula de Caetés. Egresso de uma carreira anônima de executivo da construtora baiana, cujo dono era genro de um figurão da República nos anos JK, na ditadura militar, na Nova República e no mandarinato tucano, Antônio Carlos Magalhães, o ACM – dependendo das circunstâncias, Toninho Malvadeza ou Ternura –, subiu na vida como um foguete. E caiu ao fundo do pré-sal acusado de chefiar um cartel que demoliu o patrimônio e a credibilidade da joia da coroa estatizada brasileira, no qual dava cartas para os ex-patrões da OAS e outros figurões carimbados da construção civil nacional: Camargo Corrêa e Odebrecht, entre eles. Subida ao céu e descida aos infernos sob a égide do padroeiro.
Os irmãos Joesley e Wesley Batista, filhos de José Batista Sobrinho, o Zé Mineiro, que em 1953 abriu a Casa de Carnes Mineira, um pequeno açougue em Anápolis (GO), adotaram as iniciais do nome do pai, JBS, para denominar um grupo que, no século 21, passou a ser o maior processador de proteína animal do mundo, com 152 mil empregados. Para recorrer a uma metáfora futebolística, tão ao gosto do padim, é como se a Anapolina, cuja torcida chama de xata (com x mesmo), decolasse da Série D do Campeonato Brasileiro de Futebol para ganhar o título mundial contra Barcelona ou Juventus de Turim, não importa.
Há, contudo, uma diferença capital entre os Batistas e Pessoa: enquanto este usa uma tornozeleira para não sair de casa, os goianos comemoram, ano após ano, lucros fabulosos. O máximo de incômodo pode ter sido a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de exigir que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) abra o sigilo, que tem mantido teimosamente, sobre as vultosas quantias a que a instituição pública se tem associado em suas conquistas no Brasil e alhures. O estouro da boiada, de Consuelo Dieguez, na Piauí, conta como.
Se o TCU não encontrar nada de errado nas relações entre empresa particular e banco estatal, a não ser generosidade de compadre, a esta altura do campeonato restará a constatação de que os filhos de Zé Mineiro serão privilegiados também pelo fato de o ouro do esperto alquimista de Caetés não ter virado cinzas. Mas o clã mineiro em Goiás nunca será acusado de esbanjar, pois tem multiplicado cada centavo da “viúva” injetado. Ao contrário de Eike Batista, filho de Eliezer, o badalado gestor da Vale estatal que operou o “milagre” da transformação de metal precioso em porcaria, reduzindo a pó todos os papagaios de notas de dólar que empinou e tornando uma herança de mandarim um festival de falências.
Já houve quem dissesse que o melhor negócio do mundo é um poço de petróleo bem administrado e o segundo melhor, um poço de petróleo mal administrado. Eike desafiou essa lei do mercado, mas não passou de um golden boy num ringue de pesos pesados. Se é verdadeiro o grave conteúdo das delações premiadas coletadas pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) do Paraná e que têm merecido atenção e aprovação do juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, a ex-maior empresa brasileira, a estatal Petrobrás, despencou do alto de desempenho e reputação invejáveis no mundo para o fundo dos próprios poços na profundeza dos mares, em caixa, patrimônio e credibilidade.
Um dos presos na investigação, antes condenado no escândalo do mensalão, o ex-deputado Pedro Corrêa disse à CPI da Petrobrás que o ex-presidente Luiz Inácio só não foi preso porque ninguém teve coragem de fazê-lo. No depoimento, ele delatou: “Lula achava que o Paulo deveria ser diretor de Abastecimento”. O delator recorreu ao testemunho de um morto, José Janene, mas não faltam vivos que se lembrem do carinho com que Lula tratava seu afilhado de “Paulinho”.
Essa talvez seja a única explicação razoável para o desabafo que o dono do dedo que ungiu os “campeões mundiais” andou fazendo em Brasília na semana passada. De acordo com relato dos colegas Andreza Matais e Ricardo Brito, da sucursal de Brasília, publicado neste jornal no sábado, o ex “admitiu” que “não atravessa uma boa fase”. Duvida quem, como o autor destas linhas, frequentou sua casa na vila operária do Jardim Assunção e sabe que hoje o padim mora em apartamento de luxo na mesma cidade de São Bernardo. E tem garantido conforto para veraneios no Guarujá em apartamento tríplex que, segundo seus acusadores, foi concluído pela OAS para a Bancoop, que não tem um histórico muito católico de entregar vivendas que vendeu. Será exagero concluir que ele cospe na própria sorte? Talvez.
Mas uma parábola futebolística é muito adequada se se juntar o que se publica nas páginas de política, polícia e esportes hoje em dia. O Corinthians não sabe, nem tem, como pagar dívida de R$ 1,15 bilhão pelo estádio ainda sem nome que o BNDES ajudou a Odebrecht a construir para o time do coração de Lula. E este e vários dos ungidos por ele enfrentam dificuldades mais amargas do que a eliminação do ex-campeão mundial da Libertadores.
O MPF leva adiante investigação sobre o poder de indicar executivos heterodoxos para gerir dinheiro público de uma amiga íntima de Lula, Rosemary Noronha, que, nomeada por ele, chefiou o escritório da Presidência da República em São Paulo. Em Portugal, o ex-premier José Sócrates, preso, responde por suspeita de protagonizar o escândalo dos sanguessugas. No processo, o colega brasileiro é citado, e não pelo feito de ser autor do prefácio de seu livro sobre tortura.
Relatam os repórteres que o preocupa mais a eventual delação premiada de Pessoa, cuja empresa tinha há sete meses R$ 10 bilhões em contratos ativos com a Petrobrás. Se este contar por que chefiava os maiores tocadores de obras de Pindorama, aí, quem sabe, a vaca tussa e a porca torça o rabo.

O MUTRETA- Dono da UTC vai entregar nomes de políticos na próxima semana

Tem muita gente passando mal e estudando como chegar ao Paraguai sem levantar suspeita.

GAZETA DA FAMÍLIA CORLEONE- Justiça bloqueia R$ 78 milhões de lobista ligado a José Dirceu

Milton Pascowich, preso nesta quinta, é suspeito de mediar doações para o PT. Ele fez pagamento de 1,45 milhão de reais para a empresa do mensaleiro.

ENSINANDO DILMASOCA- Programa social não funciona sem disciplina fiscal, diz chefe do FMI

FOREVER BRUCUTUS- Após conquistar Palmira, Estado Islâmico dá início a decapitações

PARA FACILITAR OS MÃOS GRANDES ASSENTADOS NO ESTADO? AI MEU BOLSO!- Câmara aprova a criação de banco formado pelos Brics

GAZETA DO TROGLODITA VERMELHO SANGUE- Governo russo ameaça bloquear o acesso ao Google, Facebook e Twitter