quarta-feira, 27 de maio de 2015

Senado pode rejeitar outro diplomata bolivariano

Após a rejeição de Guilherme Patriota para a OEA, há a expectativa no Itamaraty de que outro bolivariano pode vir a ser o próximo rejeitado no Senado: Antônio Simões, indicado embaixador em Madri. A Espanha levou uma eternidade para dar agrément (o “aceito”), sinal eloquente do desagrado com a indicação, em linguagem diplomática. É conhecido o zelo chavista do indicado, que colegas chamam de “Simões Bolívar”.
Simões é acusado por colegas de ajudar a crucificar Eduardo Saboia, que salvou a vida de um senador perseguido pelo governo da Bolívia.


Fonte- Claudio Humberto

IZÂNIO

“Minha caixa de certezas está vazia. Em compensação meu baú de dúvidas está cheio.” (Filosofeno)

A história do "Senhor 10%"



O FBI se debruça sobre o caso de corrupção na Fifa desde 2011, segundo O Globo. Foi quando surgiu uma peça central da investigação: Chuck Blazer, ex-membro do comitê executivo da Fifa. Ele foi acusado de ter recebido propinas entre 1990 e 2011, quando era secretário-geral da Concacaf, que regula o futebol na América do Norte e no Caribe.

Para escapar dos processos, tornou-se informante do FBI. Seu apelido era "Senhor 10%", por causa de uma famosa negociação de contrato na qual conseguiu receber 10% do valor final em propina.

Seu estilo de vida era extravagante. Tinha casa em condomínio de luxo nas Bahamas, mas o verdadeiro luxo estava em Nova York. Lá, o cartola americano tinha dois apartamentos na Trump Tower. Um para ele mesmo e outro para seus... gatos.

As autoridades estimam que ele tenha recebido mais de 20 milhões de dólares enquanto era chefão da Concacaf. Blazer gravou uma série de reuniões com executivos da Fifa e as entregou ao FBI. Ele deixou a entidade em 2013 e sumiu do mundo do futebol.

O Antagonista

Onde os escândalos da Fifa e da Lava Jato se unem

Há um ponto de união entre o escândalo de corrupção da FIFA e a Operação Lava Jato: o altar. A filha do empresário J. Hawilla, réu confesso do esquema de pagamento de propina dos cartolas, Renata, se casou em fevereiro deste ano com herdeiro da construtora OAS, Antonio da Mata Pires. Seu pai, Cesar, é um dos fundadores da empreiteira baiana que teve quatro executivos presos na operação da Polícia Federal e agora está em recuperação judicial. Hawilla, em prisão domiciliar em Miami, não compareceu à festa de união da filha, assim como não viajava ao Brasil há quase um ano. Aos familiares e amigos que perguntavam pelo patriarca, a resposta era uníssona: ele se tratava de um câncer na garganta nos Estados Unidos e não podia fazer viagens longas. A justificativa era falsa. A doença, verdadeira. (Ana Clara Costa, de São Paulo)

À porta de Leite

Kleber Leite: empresa na mira da PF
Kleber Leite: empresa na mira da PF
A Polícia Federal está neste momento na Klefer, a agência de marketing esportivo de Kleber Leite. A empresa, localizada na zona Sul do Rio de Janeiro, é a responsável pela venda dos direitos de transmissão das eliminatórias da Copa de 2018 e da Copa do Brasil.
Por Lauro Jardim

A GAZETA DO AVESSSO- Com o governo do PT o Brasil assume o 1º lugar no ranking mundial de educação

Mordomo Oto

O mordomo Oto amava o amo
Amava a ama também
E na separação dos amos
Ficou o Oto sem um vintém.

“A opinião de um canalha muda conforme lhe pagam.” (Filosofeno)

“Para dar elogios cobro uma pequena taxa. Já para falar mal de qualquer pessoa faço de graça.” (Climério)

“Sonhar é bom, mas para realizar sonhos é preciso sair da cama.” (Mim)

Marin e mais 10 dirigentes são banidos pela Fifa



VEJA

A Fifa anunciou nesta quarta-feira o banimento provisório de 11 acusados de corrupção, incluindo o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, que foi detido a pedido da Justiça americana junto com outro seis altos dirigentes pela manhã, em Zurique, na Suíça. Além do brasileiro, Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Jack Warner, Eugenio Figueredo, Rafael Esquivel, Nicolás Leoz, Chuck Blazer e Daryll Warner foram os outros dirigentes suspensos de qualquer atividade ligada ao futebol.

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Caso Fifa: J. Hawilla admite culpa e devolve US$ 151 mi

"As acusações são ligadas ao futebol, e são de natureza tão séria que foi imperativo tomar medidas firmes e imediatas", infomou o presidente do comitê de ética da Fifa, Hans-Joachim Eckert, em comunicado. "Com base nas investigações do comitê e nos últimos fatos apresentados pela promotoria do distrito leste de Nova York, foram banidos de forma provisória 11 pessoas de qualquer atividade ligada ao futebol, a nível nacional e internacional".

Pela manhã, a polícia suíça prendeu sete dirigentes ligados à Fifa a pedido da Justiça americana, sob a acusação de corrupção e diversos outros crimes. Os detidos, inluindo Marin, devem ser extraditados para os Estados Unidos. Se condenados, podem cumprir até 20 anos de prisão.

Ex-presidente da Conmebol, o paraguaio Nicolas Leoz, de 86 anos, escapou da prisão em Zurique ao lado dos colegas, porque está internado em uma clínica de Assunção para exames de rotina. Segundo o FBI, a investigação envolve 18 pessoas - quatro réus já condenados, que assumiram a culpa (incluindo o empresário brasileiro J. Hawilla) e outros 14 acusados, incluindo os cartolas presos e banidos.

Os 11 dirigentes banidos da Fifa:

José Maria Marín, brasileiro (ex-presidente e atual vice-presidente da CBF)

Nicolás Leoz, paraguaio (ex-presidente da Conmebol e ex-membro do comitê executivo da Fifa)

Jeffrey Webb, caimanês, (vice-presidente da Fifa e membro do Comitê Executivo, presidente da Concacaf e da federação de Ilhas Cayman)

Eduardo Li, costarriquenho (presidente da federação de Costa Rica, membro do Comitê Executivo da Fifa e do Comitê Executivo da Concacaf)

Julio Rocha, nicaraguense (presidente da federação da Nicarágua e membro do comitê de desenvolvimento da Fifa)

Costas Takkas, inglês (braço-direito do presidente da Concacaf)

Jack Warner, trindadense, (presidente da União de Futebol do Caribe, conselheiro especial da federação de Trinidad e Tobago, ex-vice-presidente do Comitê Executivo da Fifa e ex-presidente da Concacaf)

Eugenio Figueredo, uruguaio (vice-presidente da Fifa e membro do comitê executivo, ex-presidente da Conmebol e da federação uruguaia)

Rafael Esquivel, venezuelano (presidente da federação da Venezuela e membro do comitê-executivo da Conmebol)

Charles Blazer, americano (ex-secretário-geral da Concacaf e ex-membro do Comitê Executivo da Fifa)

Daryll Warner, americano (filho do também acusado Jack Warner, ex-membro do comitê de desenvolvimento da Fifa)

(Com AFP)

O day after de J. Hawilla

O empresário J. Hawilla está há quase um ano sem vir ao Brasil. Enquanto prestava depoimentos aos investigadores americanos, foi proibido de deixar os Estados Unidos. Na primeira fase das investigações, ficou em Nova York, sob a guarda do FBI. Em dezembro, depois de firmado o acordo com a Justiça, voltou para sua casa em Miami, onde sua esposa, Eliani, o esperava. Manteve a tornozeleira eletrônica. Agora, depois de deflagrada a operação que capturou dirigentes da FIFA, o empresário poderá viajar, porém, apenas dentro dos Estados Unidos. Para sair, só com autorização judicial. O próximo passo será ajudar seus filhos, Stefano e Rafael, a dar novo rumo aos negócios da família, que incluem não só a Traffic, mas também a TV TEM, afiliada da Rede Globo no interior de São Paulo. O acordo de 151 milhões de dólares com a Justiça americana descapitalizou o conglomerado e os filhos já estão em busca de compradores para alguns de seus ativos, como a rede de jornais Bom Dia, que há muito já não é lucrativa. A TV TEM, por ora, não está na mesa de negociação. Até o momento, Hawilla desembolsou apenas 25 milhões de dólares para honrar o acordo. (Ana Clara Costa, de São Paulo)

FIFA 5 – Por que os EUA comandam a operação?

Por que o escândalo da Fifa é investigado pelos EUA, mais propriamente pelo FBI, e por que o Departamento de Justiça anuncia que vai pedir a extradição de todos os envolvidos, inclusive estrangeiros? Será aquela velha mania do país de se comportar, segundo seus críticos, como polícia do mundo?
Não!
Ocorre que parte dos crimes, especialmente aqueles relacionados à empresa do brasileiro J. Hawilla, foi cometida nos Estados Unidos. Não por acaso, o dono da Traffic fez o acordo com a Justiça do país, admitindo uma penca de crimes. E foi nos EUA que aceitou pagar uma multa de US$ 151 milhões. Essa foi uma das condições para não ser preso.
As leis americanas conferem ao Departamento de Justiça o poder de pedir a extradição de estrangeiros que cometam crime em solo americano. As propinas aos dirigentes teriam sido pagas por intermédio de bancos dos EUA.
A operação foi realizada numa colaboração das autoridades suíças e americanas, e o pedido de extradição será encaminhado à Suíça — que pode recusá-lo. Dificilmente acontecerá nesse caso, especialmente quando já se tem uma confissão. J. Hawilla entregou o serviço.
Mais: as autoridades americanas contaram também com a colaboração de outro corrupto confesso: o americano Chuck Blazer, que já foi membro do Comitê Executivo da Fifa. Ele colaborava com a investigação e teria feito uma série de gravações que comprometem dirigentes da entidade, evidenciando que os EUA foram usados como teatro de operações dos corruptos.
Por Reinaldo Azevedo

Um Barusco e meio

Hawilla
Hawilla: devolução de dinheiro
Não tem jeito. Os inacreditáveis 97 milhões de dólares desviados da Petrobras e devolvidos pelo ex-gerente Pedro Barusco são a nova unidade de medida para roubalheira no Brasil (leia maisaqui).
Os maldosos de plantão já dizem que J. Hawilla, o dono da Traffic que topou devolver 151 milhões de dólares no escândalo da Fifa, vale um Barusco e meio.
Por Lauro Jardim

“A tutela do estado só serve para seres menores. Passarinho sabido gosta mesmo é de voar.” (Filosofeno)

O MUTRETAÇO-O presidente da CBF, Marco Polo del Nero, disse estar surpreso com a prisão de José Maria Marin.

Não deveria, as mutretas um dia aparecem, e lá fora o furo é mais embaixo.  Marin irá enfrentar a justiça americana que não é caridosa com os corruptos.

“Meu avô não trabalhou muito, mas fez vinte e quatro filhos.” (Climério)

“Tive uma namorada tão feia que só saía com ela disfarçado de irmão.” (Climério)

“Minha tia era uma mulher prática. Quando o marido que não valia nada morreu ela vendeu o corpo para uma fábrica de ração.” (Limão)

A ciência, o estudo, a ciência, o estudo...Ave!

Tempo virá em que uma pesquisa diligente e contínua
esclarecerá aspectos que agora permanecem escondidos. O
espaço de tempo de uma vida, mesmo se inteiramente devotada
ao estudo do céu, não seria suficiente para investigar um
objetivo tão vasto... este conhecimento será conseguido somente
através de gerações sucessivas. Tempo virá em que os
nossos descendentes ficarão admirados de que não soubéssemos
particularidades tão óbvias a eles... Muitas descobertas
estão reservadas para os que virão, quando a lembrança de
nós estará apagada. O nosso universo será um assunto sem
importância, a menos que haja alguma coisa nele a ser investigada
a cada geração... A natureza não revela seus mistérios
de uma só vez.
— Sêneca, Problemas Naturais
Livro 7, século I

Morreu em Miami ex-segurança de Fidel Castro que o retratou como um “nababo do Caribe”



Sánchez. Fonte: GLOBO
Juan Reinaldo Sánchez, ex-segurança do líder cubano Fidel Castro, morreu nesta terça-feira em Miami, informaram sites cubanos e americanos. De acordo com site Telemundo 51, Sánchez, autor do livro “A vida oculta de Fidel Castro”, morreu de câncer no pulmão, aos 66 anos. Fontes familiares disseram que ele estava hospitalizado há semanas.
O ex-segurança trabalhou 17 anos com o líder cubano e caiu em desgraça em 1994 após pedir a aposentadoria. Foi preso, mas conseguiu escapar em 2008 e viajar para os Estados Unidos. Segundo afirma, foi torturado e colocado na cadeia “como um cão”.
Sánchez tinha 10 anos quando a revolução de 1959 triunfou. Amante de esportes e especialista em artes marciais, ele dedicou grande parte de sua vida à proteção do homem que guiou o destino de Cuba durante décadas. Com Castro, o ex-segurança percorreu todos os cantos da ilha e o acompanhou em suas viagens ao redor do mundo.
Segue, em sua homenagem, a resenha que fiz de seu ótimo livro para o GLOBO:
O nababo do Caribe
Mais jovem, ele gostava de curtir seu enorme e luxuoso iate de 90 pés, decorado com madeiras nobres importadas de Angola, cercado de forte aparato de segurança. Frequentava sua linda ilha particular, ao lado de tartarugas e golfinhos.
Adorava pescarias e caçadas submarinas. Se o trabalho o chamasse, havia um helicóptero à sua disposição. Degustava iguarias caras como os presuntos pata negra e seu uísque Chivas Regal. Ainda possui dezenas de casas espalhadas pelo país, com quadra de basquete e cinema particular.
De qual magnata capitalista ou herdeiro playboy estamos falando? Nada disso. Esses eram os hábitos do “espartano” Fidel Castro, revelados por seu ex-segurança que foi sua sombra por 17 anos. Juan Reinaldo Sánchez, em “A vida secreta de Fidel”, conta inúmeros detalhes sobre o mais longevo ditador latino-americano. São coisas que ninguém lhe contou; ele mesmo viu!
Mais um mito cai por terra. Cuba é uma redoma de mentiras, inventadas pelo regime opressor e aceitas sem muita crítica pelos cúmplices e os idiotas úteis. Saúde de boa qualidade, educação de primeira, e um líder revolucionário que conseguiu manter um estilo de vida simples: tudo propaganda enganosa.
Fidel sempre disse que levava uma vida modesta, que tinha apenas uma “cabana de pescador”, e que sequer tirava férias, coisa de burguês. O que vem à tona é o esperado por qualquer um com bom senso: ele é o verdadeiro nababo do Caribe. “Comparada ao modo de vida dos cubanos”, diz Sánchez, “essa dolce vita representa um privilégio absurdo”.
Mas essa vida abastada é o de menos, apesar de demonstrar toda a hipocrisia do “igualitário” (como ocorre com nossa esquerda caviar, que adora o socialismo do conforto de Paris, ou com os milionários Lula e José Dirceu, representantes do “povo”). O que emerge dos relatos é um traço psicológico assustador, típico de um psicopata. Fidel “utilizava as pessoas enquanto elas lhes fossem úteis”, e depois “as jogava no lixo sem o menor escrúpulo”.
O destino do próprio autor é prova disso. Totalmente fiel por quase duas décadas ao “líder máximo”, que considerava um deus, quando resolveu se aposentar simplesmente foi jogado na prisão por dois anos, em uma cela infestada de baratas, foi torturado e sofreu até tentativa de assassinato. Após 12 anos e várias tentativas, conseguiu finalmente fugir para Miami, de onde contou sua história para abrir os olhos daqueles que ainda são cegos diante da realidade.
Egocêntrico, que precisa ser o centro das atenções e jamais pode ser contrariado, extremamente manipulador e disposto a sacrificar o mais próximo dos aliados se isso lhe parecer necessário para preservar o poder: assim é Fidel Castro, visto pelos inocentes úteis como um ser abnegado que dedicou sua vida aos outros. O fanatismo de seus seguidores impede qualquer análise crítica.
Até mesmo sua família foi alvo de sua insensibilidade, e seus filhos nunca receberam carinho paterno. Na linha de boa parte da esquerda, Fidel sempre amou a Humanidade como abstração; era o próximo de carne e osso que ele não suportava.
Outra confissão explosiva feita pelo autor, ainda que já conhecida por muitos, é a ligação de Fidel com o tráfico de drogas. Que Cuba sob seu comando virou uma escola de terroristas, isso é notório, e basta pensar no “Chacal”. Cuba treinou milhares de guerrilheiros também, exportando a “revolução” mundo afora.
Para financiar fim tão “nobre”, o tráfico de drogas era visto como um meio aceitável. Sánchez escutou Fidel coordenando diretamente a exportação de cocaína. Os narcotraficantes das Farc sempre receberam apoio de El comandante também. E pensar que nosso BNDES financiou a reforma do Porto de Mariel, ao custo de um bilhão de dólares!
Cuba se tornou um antro de prostituição infantil, tráfico de drogas e de armas, tudo sob o estrito controle do ditador, já que nada ocorre por lá sem seu conhecimento ou autorização. O aparato de vigilância é similar ao de todos os regimes totalitários. Cuba é uma “coisa” de Fidel, como diz Sánchez. “Ele é seu dono, à maneira de um proprietário de terras do século XIX.”
O autor conclui o livro questionando por que as revoluções sempre acabam mal e seus heróis se transformam em tiranos piores que os ditadores que combateram. Parte da resposta é que o poder corrompe. Outra parte é que, muitas vezes, psicopatas buscam nas revoluções um pretexto para colocar sua sede patológica pelo poder em prática. Fidel parece pertencer ao segundo tipo. E pensar que Dilma gosta de fazer afagos em um tirano desses…
Rodrigo Constantino

Mosquitinho vai, mosquitinho vem- Casos de dengue chegam a 846 mil, mas doença avança mais lentamente

SEM GOZAR? - PT entra com ação para tentar tomar mandato de Marta

“Tenho uma vizinha tão linguaruda que quando ela sai de casa a língua fica na janela para espionar quem passa pela rua.” (Climério)

“Casei-me com uma mulher feia para não ter incômodos. Pois não adiantou, tornei-me um alce.” (Pócrates)

“VAI PRA CUBA!” E O CRIME DE PT-FOBIA por Percival Puggina. Artigo publicado em 25.05.2015

Todos já sabem que o tal “Humaniza Redes” é jogada de marketing saída da cabeça do João Santana. Ou assemelhado. Resulta em bem concebida forma de censura a todos que não amam o PT, o petismo, o governo petista, a presidente Dilma e o ex-presidente Lula. Portanto, é violência disfarçada. É a “criminalização” do antipetismo.
 As organizações, personalidades e práticas políticas construídas em torno do partido da estrela, na cabeça dos que conceberam o Humaniza Redes, devem ser objeto de devoção e reverência nacional. Saudados com “Hasta la vitoria, siempre!”.
 A expressão “Vai pra Cuba!”, aliás, tem sido apontada como sólido indício de ódio contra o PT. Entretanto, poucas coisas tão ansiosamente desejadas por qualquer petista, da base ao topo da pirâmide partidária, quanto uma excursão a Cuba. Viajar a Havana, com ou sem a companhia de Lula, já foi prêmio disputado pela militância. Toda visita à ilha de Fidel Castro constitui ato litúrgico, uma espécie de batismo de fogo simbólico. Encontro-me frequentemente, em debates, com muitos desses “compañeros” que estudaram por lá com aval do partido, ou que fazem peregrinações periódicas à ilha, de onde retornam como quem transpôs os umbrais do paraíso socialista.
 Portanto, todo petista que se preze deveria responder a um “Vai pra Cuba!” com um “Se Deus quiser!”, principalmente porque a expressão poderia substituída por coisa muito mais desagradável e ofensiva, tipo “Vai pra Miami!” ou “Vai pra Nova Iorque!”. Mas isso sim, seria coisa de gente mal-humorada, intolerante, do tipo que se irrita com o Mensalão, o Petrolão, os sucessivos escândalos, as mordomias, as “pedaladas”, a irresponsabilidade fiscal, as mentiras e mistificações, as explicações esfarrapadas, a carestia, a inflação, o aumento de impostos e o crescente desemprego. Para ficar no que se sabe.
Ódio não é um sentimento que se deva cultivar. Por isso, sugiro um programa “Harmonize PT”, para acabar com a semeadura de ódio que o partido, há anos, semeia onde quer que a imaginação humana possa vislumbrar uma fissura em grupos sociais. Foi por esse caminho que o PT foi jogando os brasileiros uns contra os outros até darem conta do que estava acontecendo.
Mas se o ódio faz mal, tampouco seria benéfica e respeitável a passividade tolerante que o petismo apreciaria neste momento. O fiapo de democracia que nos resta está sustentado nos movimentos de rua e nas redes sociais porque as instituições, bem, as instituições estão com a vida ganha. E o país tem um governo petista com uma oposição tucana. Pode haver infortúnio maior?
 
______________
* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar.
  

BC sabia de atrasos nos repasses a bancos públicos desde 2014



Antes de o Tribunal de Contas da União (TCU) instaurar auditoria para apurar indícios de irregularidades nos repasses do Tesouro Nacional para os Bancos públicos, o Banco Central (BC) já havia detectado o problema no início de 2014 e solicitou explicações à Caixa, disse nesta terça-feira o presidente do BC, Alexandre Tombini.

De acordo ele, a resposta da Caixa foi que se tratava da antecipação de pagamento de benefícios sociais. "Em resposta, a instituição financeira informou que os montantes relacionados à ocorrência, lançados em conta de uso interno eram referentes à antecipação de pagamento de benefícios sociais", disse.

Tombini explicou que em maio de 2014 a supervisão do Banco Central finalizou o relatório sobre o assunto, "recomendando o encaminhamento de consulta jurídica à procuradoria-geral do BC". A Caixa, segundo Tombini, também informou ao Banco Central que havia recorrido, em novembro de 2013, à Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal, vinculada à Advocacia-Geral da União.

Tombini disse ainda que o mérito jurídico não é da alçada do BC. Contudo, Tombini afirmou, citando a avaliação da Advocacia-Geral da União (AGU), de que não houve descumprimento da LRF.

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O presidente do BC frisou o entendimento da AGU de que os contratos com os agentes financeiros não são relativos a operações de crédito, e sim de prestação de serviços. Segundo ele, o BC não é a instância adequada para fazer esse tipo de avaliação. "É uma avaliação jurídica. Não é em relação a isso que o BC está prestando esclarecimentos ao TCU".

"No primeiro julgamento que fez, a corte de contas, sem entrar em todos os aspectos de mérito ou considerar argumentos do contraditório, o que é próprio da fase inicial, concluiu que a LRF não teria sido observada. O parecer da Consultoria-Geral da União, vinculada à AGU, concluiu pela existência de [contratos de] serviços bancários [e não de crédito]. A partir de agora, a corte passará a analisar os recursos que pediram a revisão das conclusões iniciais daquele tribunal", disse.

O entendimento do TCU é que houve violação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) no atraso de repasses do Tesouro Nacional a bancos para a execução de programas sociais.

O presidente do Banco Central participou nesta terça de audiência na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, que reúne seis comissões da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A explicação detalhada de Tombini sobre a questão dos repasses ocorreu após queixas de parlamentares que consideraram evasivas as respostas de Tombini sobre o assunto.

(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

Brasil 2014 - Zurique 2015



O FBI denunciou 14 dirigentes da FIFA pelo recebimento de propina na venda de direitos de TV.

Todos eles são da América Latina. Todos eles apoiaram Brasil 2014.

Além de José Maria Marin, que foi preso nesta madrugada, em Zurique, o FBI acusou Rafael Esquivel, da Venezuela, Julio Rocha, da Nicaragua, Eugenio Figueredo, do Uruguai, Nicolás Leoz, do Paraguai, Eduardo Li, da Costa Rica, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, Jeffrey Webb, das Ilhas Cayman.

O Antagonista

José Maria Marin preso



José Maria Marin foi preso nesta madrugada, em Zurique, juntamente com outros dirigentes da FIFA. Eles foram denunciados pelo FBI por corrupção.


O presidente da FIFA, Sepp Blatter, não foi preso, mas está entre os investigados.


O Antagonista

Além das derrotas

Na rua, novamente
Na rua, novamente
A lista de irritações da diretoria do Flamengo com Vanderlei Luxemburgo era extensa. Mas o que esgarçou de vez a corda foi a oposição de Luxemburgo em relação à Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte – além, claro, do desempenho medíocre do time.
Luxemburgo se declarou contra a proposta de o dirigente ser responsabilizado com os próprios bens por desvios ou má gestão. A medida é defendida com todas as forças pelo Flamengo. Ao posicionar-se contra um tema tão caro à diretoria, Luxemburgo comprou uma briga grande demais – uma briga que ele só poderia bancar se estivesse vencendo, vencendo e vencendo.
A lista de contrariedade se estendia a uma agenda própria de Luxemburgo que, de acordo com a cúpula, se manifestava sobre temas que não eram de sua alçada (como e Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte) e dava entrevistas sem combinar nada com o clube.
Irritava também o que um  dirigente do Flamengo classifica de “estilo Luxemburgo” de justificar os resultados:
- Ele sempre se colocava na seguinte posição: eu ganho, nós empatamos e eles perdem.
Os dirigentes do Flamengo não negam, porém, que o que o derrubou mesmo foram os resultados em campo. Se o time estivesse vencendo, teriam que aturar Luxemburgo como ele é.  Com desempenhos pífios da equipe, certas características do técnico ficaram insuportáveis.
Por Lauro Jardim

Crise antiga

Muy amigos
Muy amigos
A relação entre Lindbergh Farias e Dilma Rousseff e, consequentemente, com todo o Palácio do Planalto nunca foi boa.
Piorou muito durante a campanha pelo governo do Rio de Janeiro, quando Dilma abandonou Lindbergh.
E desandou de vez agora, quando ele tenta comandar uma rebelião contra o ajuste.
Por Lauro Jardim

Cunha obtém uma grande vitória e uma grande derrota na votação da reforma política: sistema eleitoral fica como está

Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, obteve uma grande vitória e uma grande derrota nesta terça-feira. Ele afirmou que daria início à votação da reforma política e deu. O PT está cozinhando o galo faz 12 anos. E conduziu a sessão com extrema habilidade: firme, cordial, regimental e cumpridor de acordos. Mas também colheu uma grande derrota — ele o PMDB: o “não” ao distritão, recusado pela Casa por 267 votos a 210.
Ocorre que essa não foi a única mudança rejeitada pela Câmara. A casa já havia recusado o voto proporcional em lista fechada, como defende o PT, por 402 votos a 21. Curiosamente, os próprios petistas fizeram encaminhamento contrário — só o PCdoB defendeu o modelo. O distrital misto, apoiado pelo PSDB, foi derrotado por 369 a 99.
Então como ficamos?
Bem, segundo a Câmara, ficamos como estamos: com o modelo proporcional. É claro que isso não significa que nunca mais se possa discutir a questão. Mas será que adianta? Digamos que o Senado aprove um novo modelo: deve-se concluir, por óbvio, que será recusado pela Câmara.
Vamos lá. O sistema proporcional traz evidentes distorções, sim. Como se sabe, um deputado que conquiste um caminhão de votos ajuda a eleger quem não tem voto nenhum. O distritão, no entanto, como queriam o PMDB e Cunha, traria defeitos ainda maiores. Em que ele consistia? Eleger-se-iam os mais votados e pronto! O modelo levaria a efeitos deletérios ainda maiores: continuaria a atrair celebridades, encareceria enormemente as campanhas e provocaria uma guerra de todos contra todos nas próprias legendas.
Infelizmente, nem mesmo havia uma proposta com o voto distrital puro — que também não passaria, já que o distrital misto ficou muito longe dos 308 votos necessários. É o único modelo que aproximaria o eleito do eleitor e que baratearia substancialmente as campanhas.
Mas tudo ficará como está. E só para encerrar: a forma adotada por Cunha, que levou a votação para plenário, não determinou o resultado. Vamos ser claros? A Câmara não quis mudar o modelo. E ela é uma das Casas que têm a prerrogativa de tomar decisão nessa matéria.
Por Reinaldo Azevedo