
sábado, 7 de abril de 2018
SPONHOLZ-
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Um bandido canalha condenado ridicularizando a justiça e transformando o país na pior republiqueta das (e dos) bananas da américa latrina. Motivo de piada no mundo todo. Fundo do esgoto! |
AMARO
Amaro era um homem correto; nunca havia saído da
linha, nunquinha. Num sábado ficou só, a esposa Amália fora visitar a mãe. Ele
então foi dominado nos encantos de uma vizinha separada, linda que só. Corpão daqueles de derreter sorvete no
copinho. Caiu em tentação e foi ao motel com ela, todo feliz com o material que
levava. Primeira vez fora da estrada, mas com carrão top de linha. Pega aqui,
pega lá, os dois peladinhos quando um terrorista filho da puta explodiu o
motel. Pois azar do Amaro que morreu; foi que ele rodou nos comentários como
hipócrita e safado, como se tranqueira fosse. E saber que nem deu tempo para
molhar o biscoito.
CHUCKY E BOB
Chucky, o brinquedo assassino depois de cometer
mais alguns crimes estava sendo procurado pela polícia. Para safar-se, fez-se
de morto e foi misturar-se entre bagulhos que estavam no lixo. O Bob passou e
levou o boneco para casa. É evidente que Chucky encheu-se de alegria; ficaria
adormecido por algum tempo e depois que tudo se acalmasse voltaria aos ataques
sangrentos. O que ele não sabia é que Bob era na verdade um destruidor. Em oito
anos de vida já havia matado três bicicletas, vinte e dois carrinhos de lata e
oitenta bonecos da Marvel, salvo outros trucidados que eram de seus amigos.
Chucky teve vida curta nas mãos de Bob, muito curta. Antes da primeira hora no
quarto de Bob já havia perdido os pés e teve arrancados os olhos, pois o
garotinho desejava saber se eram de vidro ou não. Após cortar braços e também a
cabeça levou tudo ao quintal, jogou gasolina sobre e colocou fogo. Tencionava
derreter tudo e confeccionar uma espada de plástico. Na verdade, Chucky nas
mãos de Bob não passava de um principiante.
AS COBRAS
A cobra macho Sspy entrou na casa para curtir uma sombra e deu de cara com uma cobra de areia colorida que cobria o vão inferior da porta. Ainda não muito experiente nas coisas mundanas de amores e agarramentos, ficou vidrado na arenosa e não mais saiu de perto até ser morta a pauladas pelo dono da casa que desejava apenas enxotá-la, porém não teve outro jeito. Morreu no piso frio da despensa com os olhinhos cheios de paixão, sabendo da pior maneira possível que toda paixão é mortal.
FUMANTE
Breno tinha ojeriza de cigarro. Ninguém podia fumar dentro e nem fora de sua
casa, dentro do seu carro ou perto dele, mesmo se estivesse na rua. Na sua
empresa não contratava fumantes, não os queria por perto. Caso visse um fumante
na mesma calçada, atravessava. Mas o destino às vezes é cruel; pois o mimo de
Breno, Sandra, filha única amada adorada da qual fazia toda e qualquer coisa
para agradar, apaixonou-se por um fumante inveterado. Então agora vemos Breno,
o detestador de fumantes no meio da fumaça da sala deixando limpo o cinzeiro do
futuro genro e pitando seu cigarrinho também, afinal nada melhor que um
cigarrinho para acalmar os nervos.
O INSUPORTÁVEL
Radamés era mesmo insuportável; arrogante, mesquinho, oportunista, mau colega, mau vizinho, péssimo marido e pai. Mas ele demorou em tomar consciência disso, como demorou. Somente quando morreu ficou sabendo quem realmente era, confrontado com a visão que tinha de si no replay da vida. Indignado com o que viu, foi o primeiro a cuspir no defunto e abandonar o próprio velório.
PODER
O mundo não é rosa
Os homens não são anjos
O poder é amigo da cobiça
E irmão da safadeza
E lá no alto
Todos querem ficar
Para se locupletar
Para depois sorrindo pisar na cabeça dos sem poder.
ESPERTEZA
A esperteza saiu a passear pelo mundo
Dando tombos nos incautos
Enganando homens de bem
Porém o tempo
Que é senhor da verdade
Avançou sobre ela
Tirando suas vestes
E mostrando para o mundo
Seu espírito imoral.
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