segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017
DIOMEDES
As irmãs Ana e Anita brigavam pelo mesmo homem, o galã Diomedes. Ele avisou, elas não ouviram e continuaram brigando. Então no Dia dos Namorados ele fugiu com a sogra.
CONVERSA DOCE
Ante as
artimanhas
Que chegam embarcadas na conversa doce,
Urge erguer
os escudos da desconfiança
Para não ser
mais um enrolado otário.
MOEDAS
Frio de rachar. Fernando zanzando pelas ruas. Moeda de um real dando sopa na calçada. Abaixou-se para apanhá-la. Resultado: rendeu as costas. Consulta: cem moedas de um real.
CAÇANDO PATOS
Ano 2550 DC. Romualdo e Peter saíram no domingo para caçar patos. Os bichinhos faceiros se deliciavam na grande lagoa quando os caçadores chegaram. Os bichos alçaram voo e eles meterem bala. Aí foi que aconteceu um fato novo que mudou a história de todas as caçadas de patos. Chegaram por detrás deles dois patos de terno e gravata que se apresentaram como advogados. Os eles largavam as armas ou seriam denunciados e presos. E ainda ameaçaram: E saibam vocês, o juiz do condado também é um pato. Acho que dá perpétua! Foi assim que acabaram os domingos de caçadas de patos.
BELEZA
Bagunçada
inspiração que em meu cérebro vagueia.
Divagações
sobre a beleza,
Não minha,
Alheia,
De tal
concluo que é fundamental amar as belas
Sem
esquecer-se das feias.
GALHOS
O velho de
bolso cheio
Com brotinho
faceiro desfila
Pelas noites
da vida.
Se ciente que
é apenas um momento de ilusão,
Que o
dinheiro pode comprar,
Não deixa de
ser um feliz.
Porém
acreditando em paixão,
E no amor
desinteressado da jovem,
Será
espoliado sem dó
Enquanto
crescem os chifres.
NO BOLSO
Não parece
doença,
Mas é das
bravas,
Que toma o
sujeito pela mente
E o conduz
gentilmente
A ser um
contribuinte compulsório.
Dos
procuradores do tal senhor onipotente
Que ninguém
vê,
Que ninguém sente,
Salvo o
sentir no bolso mensalmente.
O TEMPO QUE TEMOS
O tempo que
temos
Na jornada da
vida é finito.
É preciso
aproveitar o tempo que temos,
Para deixar
um recado,
E dizer por que
viemos.
DA PAZ, PERO NO MUCHO
Brasileiro
cordial,
País
da paz,
Foi
nisso que acreditou uma pombinha imigrante
Ao
vir para o Brasil fugindo da Venezuela.
Pois
nem bem chegou ao Rio de Janeiro
Recebeu
uma bala no peito,
Prêmio
de um traficante
Que
comemorava mais um dia de boas vendas.
AVÓ NOVELEIRA- ALGORITMO
"Se conheço Aldo Ritmo? Tive um vizinho que se chamado Aldo, mas o sobrenome era outro.”
ELES
Acobertados pelo manto da noite,
Saem de suas moradas os fantasmas de todos os tempos,
Para jogar pedras e bagunçar,
A casa mente dos tolos.SANTO REMÉDIO
Madrugada e o cão Tupi não sossegava, não parava de latir. Vizinhos reclamavam. Após esbravejamentos e xingamentos inúteis seu dono levou para ele o último exemplar da Playdog. Foi um santo remédio.
NO PAÍS DOS OVOS VIRADOS
No país dos ovos virados
A chuva planeja sair da terra,
Os rios pensam em correr para cima,
Eleitores mais ou menos corruptos desejam continuar
elegendo corruptos completos.
No país dos ovos virados,
O diploma universitário pela qualidade de tantas será
papel de embrulho.
E só nos falta agora os filhos parirem os pais,
Bandidos serem os carcereiros de suas vítimas,
E policiais serem açoitados pela audácia suprema de
prender e eliminar ladrões.
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“Eu também só uso os famosos produtos de beleza da Helena Frankenstein. ” (Assombração)
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“Vó, a senhora já ouviu falar em algoritmo?” “Aldo Ritmo? Tive um vizinho que se chamado Aldo, mas o sobrenome era outro.”
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BABY LAMPADA Coisa própria da juventude; o afobamento, o medo do futuro, não ter o apoio da família; tudo isso faz do ser inexperiente ...