sábado, 12 de setembro de 2015

CONTRABALANÇANDO


CONTRABALANÇANDO


A cachorrinha da dona Cleusa saía todo dia de sua casa e ia elegantemente fazer seu cocô matinal na grama limpa e verde do vizinho. Reclamar ele reclamou, mas seus apelos foram em vão. Era um homem gentil, detestava discussões e intrigas. Digamos que era um cavalheiro. Com o tempo achou que o negócio tinha passado dos limites. Resolveu ele também comprar um animalzinho de estimação para contrabalançar. Não foi fácil, mas conseguiu. E assim toda manhã ele saía de casa com seu elefante de estimação para fazer cocô no belo gramado do vizinho.

“Sou um tosador. Tosador de otários.” (Helldir Macedo)

“Não inventei Deus, mas recebo os royalties.” (Helldir Macedo)

“A união faz a força e também a forca.” (Mim)

“Lula convive bem sem o álcool. Bem mal.” (Mim)

Mestre Yoki, o breve

“Mestre, o senhor acredita em reencarnação?”
“Nem morto.”

“A bundamolice comportamental, a flacidez filosófica e a mediocridade nacionalista se espraiam hegemônicas. Todo mundo aqui almeja ser funcionário público, militante de partido, intelectual subvencionado pelo governo ou celebridade de televisão, amigo”. (Lobão)

“Ando tão distraído que estou lendo até obituário para ver se não morri.” (Nono Ambrósio)

O VINGADOR ALERTA: Ou Dilma renuncia ou vamos dar nela um banho completo na Lagoa Rodrigo de Freitas.

“Lula guru? Será que mesmo os parvos ainda se refletem nesse espelho?” (Eriatlov)

LENIN, STALIN, CEAUSESCU, OBAMA: COMO LÍDERES MARXISTAS ESCONDEM SEU PASSADO por Ion Mihai Pacepa, . Artigo publicado em 11.09.2015



(PJ Media em Mundo - Internacional - Este artigo foi publicado originalmente em 13/11/2013, mas permanece atual e de leitura necessária)

Estive ausente destas páginas por um tempo. O meu novo livro Disinformation, escrito em coautoria com o professor Ronald Rychlak, e o documentário nele baseado monopolizaram o meu tempo. Mas, uma nauseante operação estiloglasnost em andamento nos Estados Unidos me faz sentir como se estivesse assistindo a uma reencenação da imensa glasnost que eu costumava conduzir durante a minha época como conselheiro do presidente da Romênia comunista, Nicolae Ceausescu.

Não, glasnost não é um erro de impressão ou digitação. Durante os meus anos no topo da comunidade KGB, glasnost era o codinome de uma ferramenta de inteligência ultrassecreta da ultrassecreta “ciência” negra de desinformação da KGB. A sua missão era transformar o país num monumento a seu líder e retratá-lo como o próprio Deus. Isto me trouxe de volta ao JP Media e aos seus leitores, pois a glasnost só funciona para quem não sabe o que ela realmente significa.

Se você pensa que Gorbachev inventou a palavra glasnost para descrever os seus esforços na condução da União Soviética “para longe do estado totalitário e na direção da democracia, liberdade e abertura”, você não está sozinho. Toda a mídia ocidental e a maioria dos especialistas ocidentais, até mesmo os de órgãos de inteligência e defesa, acreditam nisto também – como o comitê que deu a Gorbachev o Prêmio Nobel da Paz. A venerável Enciclopédia Britânica defineglasnost como “Política soviética de discussão aberta sobre questões políticas e sociais. Foi instituída por Mikhail Gorbachev no fim da década de 1980 e deu início à democratização da União Soviética” (1). E o American Heritage Dictionary define glasnost como uma política oficial do antigo governo soviético enfatizando a sinceridade na discussão de problemas e fraquezas sociais (2).

Mas glasnost é, na verdade, um velho termo russo cujo significado é dar brilho à imagem do ditador. Em meados da década de 1930 – meio século antes daglasnost de Gorbachev – a enciclopédia oficial soviética definiu a palavra glasnostcomo uma interpretação particular nas notícias liberadas para o público: “Dostupnost obshchestvennomy obsuzhdeniyu, kontrolyu; publichnost“, significando a qualidade da informação disponibilizada para o controle ou para a discussão pública (3). Em outras palavras, glasnost significa, literalmente, fazer propaganda, ou seja, autopromoção. Desde o século XVI, desde Ivan, o Terrível, o primeiro ditador a se tornar o czar de todos os russos, todos os líderes daquela nação têm usado a glasnost para se promover dentro e fora do país. Os czares comunistas adaptaram aos nossos dias a longa tradição da glasnost. A cidade de Tsaritsyn foi renomeada para Stalingrado – como São Petersburgo, assim chamada para homenagear Pedro, o Grande, foi renomeada para Leningrado para glorificar Lenin. O corpo embalsamado do mais novo santo da Rússia, Lenin, foi colocado em exibição em Moscou como uma relíquia sagrada para a adoração pública.

Como era de se esperar nos Balcãs, a glasnost romena tomou uma coloração gloriosamente bizantina. Praticamente todas as cidades tinham o seu Boulevard Gheorghiu-Dej, a sua Praça Gheorghiu-Dej, o seu Largo Gheorghiu-Dej. O retrato do seu sucessor, Nicolae Ceausescu, estava pendurado nas paredes de todos os escritórios romenos – como o busto de Putin hoje ornamenta todos os prédios da imensa burocracia russa.

Durante as eleições de 2008, quando o Partido Democrata proclamou o senador Barack Obama como um messias americano, eu desconfiei que a glasnost havia começado a infectar os Estados Unidos. O senador concordou. Em 8 de junho de 2008, durante um discurso em New Hampshire, ele disse que o início do seu mandato presidencial seria “o momento em que a elevação dos oceanos começaria a diminuir e o nosso planeta começaria a ser curado” (4). Uma sequência indiscreta no YouTube exibida na Fox TV revelou a imagem do ídolo comunista Che Guevara pendurada na parede do escritório de campanha do senador Obama em Houston (5). Logo em seguida, as assembleias eleitorais do Partido Democrata começaram a se parecer com as reuniões de despertar religioso de Ceausescu – mais de oitenta mil pessoas reunidas em frente do agora famoso templo grego semelhante à Casa Branca erguido em Denver para a aclamação do novo messias americano.

Muitos poucos americanos consideraram esta retórica como uma nova expressão de democracia. Para mim, foi uma repetição da glasnost de Ceausescu, concebida para transformar a Romênia num monumento a ele. “Um homem como eu só nasce a cada quinhentos anos”, dizia ele sem cessar.

Estaria o senador Obama usando uma glasnost ao estilo Ceausescu? Bem, eu duvido que ele tivesse uma ideia do real significado da glasnost. Ele estava usando calças curtas – na Indonésia comunista – quando a glasnost estava na moda. Mas, quando comparo algumas das coisas que o senador, e mais tarde presidente, Obama fez, ao lado dos seus pronunciamentos públicos, com o modus operandi e a história da glasnost, eu me vejo terrivelmente perto de uma glasnost real.

Vamos fazer o exercício juntos para você julgar por si mesmo.

Em 2008, o agora falecido veterano jornalista David S. Broder comparou as táticas do senador Obama para esconder o seu passado socialista às táticas de proteção usadas pelos pilotos militares ao sobrevoar um alvo fortemente defendido por armas antiaéreas: “Eles liberam uma nuvem de fragmentos metálicos leves na esperança de confundir a mira dos projéteis ou mísseis lançados na sua direção” (6). Eis uma boa definição de glasnost.

Toda glasnost que eu conheci tinha como tarefa prioritária apagar o passado do ditador dando-lhe uma nova identidade política. A glasnost de Stalin apagou o seu horrível passado de assassino de cerca de 24 milhões de pessoas retratando-o como um deus na terra, com o seu ícone exibido proeminentemente por todo o país. A glasnost de Khruschev visava construir uma fachada internacional de paz para o homem responsável por trazer para o Ocidente os assassinatos políticos da KGB. Isto foi provado pela Suprema Corte da Alemanha Ocidental em outubro de 1962, durante o julgamento público de Bogdan Stashinsky, oficial da KGB condecorado pelo próprio Khrushchev por ter assassinado inimigos da Rússia residentes no Ocidente (7). Gorbachev, informante da KGB quando estudante da Moscow State University (8) incumbiu a sua glasnost de tirar a atenção do seu passado na KGB retratando-o como um prestidigitador que exibia uma galanteadora “Miss KGB” para os correspondentes ocidentais e era o responsável pela transformação da União Soviética numa “sociedade marxista de pessoas livres” (9).

Em 2008, quando o senador Obama concorria para presidente, as suas políticas de tributos e o seu histórico de votos mostravam-no como “o candidato mais à esquerda jamais nomeado para presidente dos Estados Unidos” (10). Você se lembra? Concorrer como socialista, entretanto, significava navegar por águas desconhecidas, e o senador decidiu dissimular a sua imagem socialista apresentando-se como um Reagan contemporâneo (11). Após ser eleito, o presidente Obama foi mais longe, exibindo-se como um Lincoln dos dias de hoje (12) ou como um novo Teddy Roosevelt (13).

Os discursos de autopromoção foram outra arma da glasnost. Os discursos daglasnost de Lenin mudaram tanto o marxismo que os seus seguidores acabaram por chamá-lo de “leninismo”. Stalin colocou o marxismo, o leninismo, a dialética de Hegel e o materialismo de Feuerbach num mesmo balaio de glasnost e criou o seu próprio “marxismo-leninismo-stalinismo”.

Os discursos da glasnost de Ceausescu eram uma ridícula mistura de marxismo, nacionalismo e adulação bizantina chamada ceausismo. Todos os seus discursos eram focados em Ceausescu, e todos eram tão escorregadios, indefinidos e inconstantes que ele encheu 24 volumes dos seus trabalhos reunidos sem ser capaz de descrever o real significado do ceausismo. Em 9 de novembro de 1989, o Muro de Berlin caiu, sinalizando o fim do Império Soviético. No dia 14 de novembro, Ceausescu convocou o XIV Congresso do Partido Comunista no qual fez um discurso de glasnost de quatro horas que convenceu os participantes a reelegerem-no e a sua iletrada esposa como líderes da Romênia.

Os discursos de glasnost funcionam para quem não sabe o que ela realmente significa. Eles também funcionaram para o presidente Obama. Nos seus primeiros 231 dias na Casa Branca, ele fez 263 discursos (14). Todos eram, basicamente, sobre ele mesmo (15). O seu discurso State of Union de 2010 exibiu a palavra “eu” 76 vezes. Em 2011, quando anunciou a morte de Osama bin Laden pelas forças americanas, o presidente Obama usou as palavras “eu”, “mim” e “meu” 13 vezes combinadas num discurso de apenas 1300 palavras (16).

“Eu mandei o diretor da CIA… Eu me reuni repetidamente com a minha equipe de segurança nacional… Eu determinei que tínhamos inteligência suficiente para agir… Sob a minha direção, os Estados Unidos lançaram uma operação contra o Complexo de Abbottabad, no Paquistão” (17).

O discurso State of Union de 2012 do presidente Obama continha a palavra “eu” 45 vezes, e a palavra “mim” 13 vezes. Na ocasião, ele estava na Casa Branca fazia 1080 dias, e havia feito 726 discursos (18).

Em 2011, quando a agência S&P rebaixou a taxa de crédito dos Estados Unidos pela primeira vez na história do nosso país, o presidente Obama fez outro discurso. Foi um bom discurso, tão bom quanto um discurso pode ser – ele é um excelente orador. Mas aquele discurso foi tudo o que o presidente Obama fez. Por isso, o débito nacional aumentou, e o custo de garantia contra a inadimplência aumentou de uma base de 25 para 55 pontos.

Logo após o bárbaro assassinato do embaixador J. Christopher Stevens e três dos seus subordinados dentro do nosso posto diplomático em Benghazi, cometido na emblemática data de 11 de setembro por terroristas islâmicos assumidos, o presidente Obama fez outro discurso. Foi outro bom discurso, mas discursos não detêm o terrorismo. O subsequente ataque terrorista de 2013 na Maratona de Boston foi seguido por mais um discurso presidencial. “Extremistas domésticos. Este é o futuro do terrorismo”, proclamou o presidente. Tudo o que tínhamos a fazer era fechar Guantánamo e realizar uma ligeira alteração no modo como os drones eram usados.

Poucos meses atrás, quando o governo terrorista da Síria matou cerca de 1.300 pessoas com armas químicas, o presidente Obama fez diversos discursos. Mas discursar foi a sua única atitude, e isto permitiu à KGB de Putin, agora instalada no Kremlin, assumir o controle da nossa política em relação à Síria. Poucos dias atrás, quando o website do Obamacare fechou, o presidente reagiu com mais um discurso, garantindo ao país que o Obamacare “está funcionando excelentemente. Em alguns casos, na verdade, supera as expectativas.” Na opinião do jornalista do Washington Post, Ezra Klein, o discurso era quase idêntico ao que ele poderia ter feito se o lançamento de um produto tivesse ocorrido sem problemas. Ele estava certo. Foi apenas outro discurso à glasnost.

Por fim, há a tendência atual de transformar os EUA num monumento estiloglasnost ao seu líder. Mostro abaixo uma lista de instituições e locais já nomeados em homenagem ao presidente Obama:
Califórnia: President Barack Obama Parkway, Orlando; Obama Way, Seaside; Barack Obama Charter School, Compton; Barack Obama Global Preparation Academy, Los Angeles; Barack Obama Academy, Oakland.
Flórida: Barack Obama Avenue, Opa-loka; Barack Obama Boulevard, West Park.
Maryland: Barack Obama Elementary School, Upper Marlboro.
Missouri: Barack Obama Elementary School, Pine Lawn.
Minnesota: Barack and Michelle Obama Service Learning Elementary, Saint Paul.
Nova Jersey: Barack Obama Academy, Plainfield; Barack Obama Green Charter High School, Plainfield.
Nova York: Barack Obama Elementary School, Hempstead.
Pensilvânia: Obama High School, Pittsburgh.
Texas: Barack Obama Male Leadership Academy, Dallas.

Não quero dizer que o presidente Obama seja um Putin ou Ceausescu. O presidente é certamente ele mesmo – bem educado, bem falante, carismático e agradável. Pertence a uma minoria, como eu também pertenço a outra minoria. Mas ele aparentemente caiu no canto da sereia socialista e da glasnost, como eu mesmo e milhões de outros como eu em todo o mundo também caímos naquela idade da vida.

Os Estados Unidos venceram a Guerra Fria porque Ronald Reagan foi eleito presidente bem depois de ter se purgado de uma passageira paixão socialista. Foi então capaz de identificar a glasnost de Gorbachev como a fraude política que realmente era, e assim conseguiu vencê-la. Vamos torcer para que o presidente Obama faça o mesmo.
Em novembro de 2014 enfrentaremos, em minha opinião, as mais importantes eleições da história americana. Aparentemente, os eleitores decidirão quais dos dois principais partidos políticos controlará o Congresso dos EUA. Na realidade, o eleitor decidirá entre manter o nosso país como o líder do mundo livre ou transformá-lo numa irrelevância glasnost.

O PJ Media está unindo forças com o WND (o editor de Disinformation) para ajudar os seus leitores a adquirir o conhecimento para falar franca e abertamente – os inimigos a serem derrotados são o socialismo e a glasnost.

J. R Guzzo: Coquetel de formicida

Publicado na versão impressa de VEJA
J.R. GUZZO
Este país, a cada dia que passa, vai se tornando um competidor favorito na disputa do Campeonato Mundial das Discussões sem Pé nem Cabeça. A contribuição mais recente das nossas altas autoridades para esse novo título nacional é o palavrório enfezado, tolo e pretensioso que se armou em torno da seguinte questão: a campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff foi feita dentro ou fora da lei? A resposta, pelo jeito que tomaram as coisas até agora, é que não pode haver resposta, pois não vale fazer a pergunta.
Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o homem que deveria procurar saber se aconteceu ou não aconteceu algo de errado na história, “não interessa à sociedade” discutir essas “controvérsias”; é inconveniente, a seu ver, que a Justiça se meta nisso, pois a eleição já foi, os vencedores devem “usufruir as prerrogativas de seus cargos” e os derrotados devem se preparar para a próxima. Não será possível, assim, saber se houve ou não houve algum crime ─ pela vontade da Procuradoria, não deve haver investigação, sem investigação não há prova e, sem prova, ninguém pode dizer que houve crime.
O passado passou. Ficam arquivadas as dúvidas. É melhor não fazer perguntas, pois há o risco de se encontrar respostas. A campanha para a reeleição de Dilma Rousseff e do seu entorno é uma viagem completa no trem fantasma da política brasileira. Apareceram a empregada doméstica que, pela contabilidade oficial, recebeu 1,6 milhão, mas não sabe que recebeu, o motorista que é sócio de empresa prestadora de serviços à candidatura oficial, o pobre-­diabo que é promovido a empresário para passar notas fiscais com temperatura de 10 graus abaixo de zero. Há uma indústria gráfica que recebe mais de 20 milhões de reais da campanha, mas não tem máquinas gráficas, nem funcionários, nem sede social.
Há de tudo ─ e ao mesmo tempo não há nada, pois, sem uma decisão judicial, os fatos que ocorreram não produzem efeito algum. Por via de consequência, como diria o doutor Aureliano Chaves, não se pode dizer que a presidente é culpada e não se pode dizer que é inocente; ficamos apenas com uma discussão de hospício. Já seria bem ruim se a questão ficasse só nesse porre mental, mas é pior. Antes e além da rixa entre a PGR e a Justiça Eleitoral, o que existe aqui é um caso para a vara de falências do mundo moral.
É bem simples. Todos falam, falam e falam, e ninguém toca no ponto de onde realmente vem o curto-circuito: como pode haver limpeza numa campanha presidencial que recebe contribuições oficiais, contabilizadas e pagas em moeda corrente, de empreiteiras de obras públicas, fornecedores do governo e toda a tropa de empresas que dependem de licenças, autorizações ou favores governamentais para sobreviver? Dá para levar a sério, sinceramente, o argumento mais sagrado de todos os candidatos a algum cargo eleitoral quando lhes perguntam quem financiou sua campanha? “Ah, bom, a doação que recebemos foi perfeitamente legal”, dizem eles. “Está tudo declarado, direitinho. A lei permite. Qual é o problema?”
O problema é que a contribuição legal é feita basicamente com dinheiro ilegal. Em português claro: dinheiro que vem da corrupção. Esqueçam-se a empregada, o motorista, a gráfica etc. A flor do mal está na origem contaminada das doações ─ se elas são fruto do crime, a coisa toda vai para o diabo. Eis aí o verdadeiro coquetel de formicida que envenena as eleições brasileiras. No caso da eleição presidencial de 2014, a campanha de Dilma Rousseff recebeu dinheiro de empresas dirigidas por criminosos processados e condenados por corrupção ativa na 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba. Não há mais nada a provar quanto a isso: o processo tem 28 réus confessos, a maioria deles ligada a empreiteiras de obras públicas que declararam ter feito doações à candidata oficial.
Só uma delas, a Camargo Corrêa, vai devolver 700 milhões de reais ao Erário, após reconhecer que ganhou ilicitamente essa importância, pelo menos, em seus contratos com o governo. Será que Dilma não sabia nada sobre a origem dos 350 milhões de reais que gastou para se reeleger? Levou um susto quando soube? Nunca ouviu falar em empresas que roubam do governo e fazem contribuições de campanha? Naturalmente, não é só o PT que age assim ─ todos os seus adversários se servem dessa mesma rapadura. Mas os adversários não foram eleitos para a Presidência da República em 2014 ─ o problema concreto é de quem está sentado, hoje, num cargo ganho com a ajuda de dinheiro que veio do crime.

Do Baú do Janer Cristaldo- ÓBVIO IRRITA PLANALTO- sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Comentei ontem a insólita afirmação do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que afirmou que financiar o ilícito é também uma ilicitude. O ministro classificava ainda como ilegais as invasões do MST. Finalmente uma alta autoridade do Judiciário descobria o óbvio.

O primeiro a se coçar foi – et pour cause – o governo, um dos grandes financiadores da guerrilha católico-comunista. Leio no Estadão de hoje que assessores do Planalto consideraram inadequada a atitude do ministro. Qualificaram como descabido o fato de Mendes opinar fora dos autos.

Ora, o ministro não estava exatamente opinando fora dos autos. Estava apenas enunciando um princípio geral de Direito. Se financiar o ilícito não é também ilícito, então posso contratar quem quiser para eliminar um desafeto e não estou cometendo crime nenhum. O paralelo pode parecer chocante, mas é isso mesmo. O fato é que, nas esferas do atual poder, há muito deixou-se de considerar crime a invasão de terras ou prédios pelos ditos “movimentos sociais”. Se é movimento social, pode invadir à vontade. O que não pode é invadir por razões individuais. Se você invadir o campo de seu vizinho por achar que precisa de mais espaço para seu gado, é óbvio que estará comentendo um crime. Mas se invadir em nome do MST, está apenas reivindicando o bom direito.

Há muitos crimes no Brasil que há muito deixaram de ser crimes. Entre estes, o aborto ou o uso de drogas. Estima-se em um milhão o número anual de abortos no país. Será que a polícia ignora onde se situam as clínicas que praticam um milhão de abortos? Ou uma rave. Todo mundo sabe, desde à polícia até os pais que financiam seus filhos, que não se concebe rave sem drogas. Mas todo mundo faz que não vê e estamos conversados. Se para o Planalto é descabido afirmar que financiar o crime é crime, mais um pouco e não será crime financiar o tráfico de drogas. Passará a ser algo tão simples, justo e legal como investir na Bolsa.

Para o governo, contra toda a lógica, não há ilegalidade no repasse de recursos para o Movimento dos Sem-Terra (MST). Assessores palacianos lembram que, no passado, quando houve denúncia semelhante, estudos feitos pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário não detectaram repasses irregulares. Ora, não é que os repasses sejam irregulares. Que eles são regulares, disto sabemos. Mas regular não é sinônimo de legal. Tanto o governo como as ONGs internacionais que financiam o MST estão financiando bandoleiros que fazem do crime uma bandeira.

Já a cúpula do Congresso endossou as críticas de Gilberto Mendes ao financiamento público dos sem-terra. Para os presidentes do Senado e da Câmara, José Sarney e Michel Temer , o Poder Judiciário deve coibir ilegalidades quando houver desrespeito à Constituição. Mais duas antas descobrindo a América.

Para o advogado Patrick Mariano, porta-voz da Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca), Mendes "usa o cargo de magistrado para fazer política. Isso é arriscado para a democracia. Afinal, o que se pode esperar de um magistrado que se manifesta politicamente a respeito de uma questão, que mais tarde será julgada por ele? O que se espera de um juiz é imparcialidade e serenidade".

Ora, Mendes não estava fazendo política. Tampouco estava se manifestando politicamente a respeito de questão alguma. Estava apenas enunciando um postulado elementar do Direito: é crime financiar o crime. Mariano também lembrou que não foi a primeira vez que Mendes investiu contra o MST. "No discurso de posse ele já havia atacado o movimento".

Como afirmei ainda ontem, tudo não passará de um arroubo de retórica, um sonho de uma noite de verão. Ficará o dito pelo não-dito e o governo continuará financiando serenamente a bandidagem. Para poupar o Supremo Apedeuta de um pronunciamento, os áulicos do Planalto já tomaram a iniciativa de desqualificar o ministro. Isto não é coisa que se diga. Ainda mais quando quem a diz é um dos mais altos magistrados da nação. Espera-se a manifestação urgente do comissário do povo Tarso Genro.

Mais um pouco, e ilícito será afirmar que é ilícito financiar o ilícito.

“Sou muito emotivo. Quando uma mulher bonita me joga um beijo eu desmaio.” (Assombração)

“Rio porque gosto da vida. E só não rio mais por causa de unha encravada, das doze facadas no peito e de um furúnculo que tenho na bunda.” (Chico Melancia)

Mercadante vai ficando, Dilma vai saindo, o empresariado vai desembarcando, até Lula está fugindo…

Se a presidente Dilma Rousseff não sabe, informo. O clima é de desembarque. Não importa para onde se olhe. Recente nota-manifesto assinada pela Fiesp e pela Firjan traduziu o que anda pensando o empresariado. Lideranças de outros setores da economia já buscam interlocuções de olho no pós-impeachment. Se a situação já era muito difícil antes de a Standard & Poor’s pôr o guizo no pescoço do gato, piorou bastante agora. Ninguém vê saída para a presidente — e isso inclui os petistas.
Não sei se notam, mas o próprio Lula começa a buscar um lugarzinho no pós-Dilma. É ele, não outro, quem está por trás de uma tal Frente Brasil Popular, que busca resistir ao governo pela esquerda.
Por enquanto, somos governados pela paralisia. O Planalto ainda não fez anúncio de corte nenhum nem deixou claro quem pretende tungar para aumentar a receita. Seus cinco milhões de coordenadores políticos anunciaram para esta sexta um esboço ao menos de resposta para a crise terminal, mas não veio nada. Estamos falando de uma gente que se especializou em dar tiro no próprio pé. Em vez disso, o dia foi tomado pela negativa enfática de que Aloizio Mercadante vá deixar a Casa Civil, embora Dilma busque alguém para a… Casa Civil.
Conforme o esperado, conforme o sabido, conforme o óbvio, o PT não quer entregar a pasta. Ficará feliz se ela sair das mãos de Mercadante, que é, primeiro, mercadantista e, secundariamente, petista. O partido insiste em manter o ministério que, em tese, ao menos, faz a coordenação geral do governo. Estamos diante de uma natureza. Ainda que sob o risco de perder tudo, a legenda não aceita abrir mão de um pedaço. E, assim, Dilma vai caminhando para o abismo.
Não sei se há tempo, a esta altura, de fazer alguma coisa. A presidente conta em seus quadros com políticos com mais trânsito do que as pastas às quais estão confinados. Há Gilberto Kassab (Cidades), do PSD, um bom articulador. O problema, nesse caso, são as resistências que enfrentaria em alas do PMDB.
Há Kátia Abreu (Agricultura), peemedebista ainda recente, é verdade, mas com abrangência suprapartidária em razão de ser também uma liderança do único setor da economia que não está no vermelho — o agronegócio. Até Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), do PCdoB, seria uma alternativa para tentar ampliar o diálogo. E, quando escrevo, “até”, refiro-me ao fato de que seu partido é pequeno. Sua interlocução no Congresso, no entanto, é bem maior. Afinal, já presidiu a Câmara.
Mas não tem jeito. O PT insiste em ter o controle da máquina — máquina sabidamente desgovernada, que atira para todo lado. O petista Jaques Wagner (Defesa), em razão de sua fala fácil, aparecia como cotado para a função, mas se desmoralizou com o episódio do decreto que tentou destituir os comandantes militares de atribuições… militares! A porcaria foi redigida por sua secretária-executiva sem que ele soubesse. A tal continua no cargo. Não me parece que isso o credencie para a Casa Civil.
O governo chegou a emitir nesta sexta uma nota negando que Mercadante vá deixar o cargo, destacando, adicionalmente, seus relevantes serviços ao governo. Soou como piada nos meios políticos porque se sabe que não há serviço relevante nenhum.
Encerro com um trecho da minha coluna de ontem na Folha:
“Algum entendimento terá de ser feito para convencer a sociedade de sacrifícios adicionais, além daqueles que já estão em curso. Ou é isso, ou vem por aí uma espiral negativa de longuíssima duração. E a arena desse pensamento não é o Ministério da Fazenda. A Joaquim Levy, ou a outro, entregar-se-á uma máquina de calcular números. A realidade exige alguém que seja bom no cálculo político.
Ocorre que isso não se faz sem uma relação de confiança, que não existe mais. É preciso saber identificar o momento em que todos os bares se fecham e as virtudes se negam. Tá bom, presidente! Eu a deixo com o seu Riobaldo. Mas com um outro –aquele que cobra da senhora é coragem.”
Por Reinaldo Azevedo

“Não tenho mais vitalidade, mas continuo o mesmo sem-vergonha de sempre.” (Nono Ambrósio)

“Minha cabeça até que está bem boazinha. Mas o corpo já era.” (Nono Ambrósio)

“Hoje em dia qualquer mulher me mostra a bunda sem correr perigo.” (Nono Ambrósio)

“Sou tão velho que se ficar ao sol começo a derreter.” (Nono Ambrósio)

NARDES DENUNCIA AMEAÇAS: "QUEREM ACABAR COMIGO"

Em entrevista à Jovem Pan, o ministro Augusto Nardes disse que está sendo ameaçado e que há uma campanha de perseguição contra ele e os técnicos que analisam as contas de Dilma no TCU.

O que ele disse, palavra por palavra:


- Estou recebendo uma pressão muito forte, recebi três mil e-mails, muitos dizendo que vão acabar comigo. Nossos técnicos estão recebendo pressão, estão procurando saber a vida de cada um.

E não é só.

Há uma campanha sórdida na Internet, tentando envolver o ministro no caso da Operação Zelotes. 

O PT e seus agentes são conhecidos pelos assassinatos de reputação que já promoveu, mas dos quais, agora, é vítima. 

Nardes precisa dar nomes aos bois e tratar de almoçar Dilma e seus agentes antes que eles o jantem. 

Políbio Braga

“Pensava em ficar viúva logo. Mas acho que meu marido é imortal. É muito velho. Mas velho mesmo! Dançou em bailes com a Princesa Isabel.” (Eulália)

Até os petistas acham provável o impeachment de Dilma. Até o TSE pode cassar o PT



Mônica Bergamo informa na Folha:

“Ministros, deputados e senadores do PT já consideram não apenas possível mas provável que a presidente Dilma Rousseff seja afastada do governo num processo de impeachment ainda neste ano. O clima é de abatimento”.

Outra matéria do jornal acrescenta que o TSE vai decidir se abre uma investigação para apurar se o PT foi financiado com recursos desviados do petrolão.

O ministro João Otávio de Noronha emparedou o presidente do tribunal, Antonio Dias Toffoli, encaminhando-lhe o pedido.

Se Toffoli der andamento, o PT poderá ter o sigilo de suas contas quebrado e, caso comprovadas as notórias irregularidades, ser punido com a cassação do registro.

Não se sabe se Toffoli também está abatido. Mas o fim do partido está a cada dia mais próximo.

Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

QUE SEJA ETERNO ENQUANTO DURE- “Estaremos juntos sim meu amor... Até o cancelamento dos cartões.” (Eulália)

ATACADO PELA HIENAS DURANTE UMA DÉCADA- DONO DA UTC DISSE AO JUIZ SÉRGIO MORO QUE FOI EXTORQUIDO PELO PT DURANTE 10 ANOS

Disse Hélio Bicudo- Lula é um homem ultramilionário" "Lula é o grande responsável - um dos grandes responsáveis - pela Dilma e pela corrupção no Brasil"...

A inutilidade do 'gabinete militar'



A Folha relata episódio envolvendo o bufê contratado para recepcionar Dilma Rousseff em Teresina ontem. Uma funcionária da empresa postou mensagem no Facebook revelando detalhes do evento e pedindo sugestões de cardápio.

A publicação na rede social foi considerada uma falha na segurança da presidente. O Antagonista sugere que Dilma comece os cortes na Esplanada pelo GSI. Comandado pelo general José Elito Carvalho, o gabinete usa a ABIN para produzir informes de inteligência inúteis.

A inutilidade do GSI ficou estampada na recusa do brigadeiro e ex-piloto presidencial Joseli Camelo a assumir o posto em janeiro. Inutilidade por inutilidade, Camelo optou pelo STM, que paga melhor e tem mais benefícios. Aliás, dava para economizar um bocado cortando também o tribunal militar.

O Antagonista

De dar náusea



O PT quer a cabeça de José Eduardo Cardozo porque ele "deixou" a PF pedir para que Lula seja ouvido na Lava Jato.

Eduardo Cunha rejeita que Lula possa ser convocado pela CPI da Petrobras porque a figura do ex-presidente "exige respeito".

A falta de vergonha na cara dessa gente toda é de dar náusea.

O Antagonista

CONTO- O ATAQUE DOS DIABOS


 O ATAQUE DOS DIABOS

O anjo revoltoso de tantos nomes saiu do inferno juntamente com seus partidários para fazer barbaridades sem fim.  Chegaram às areias do deserto voando com suas asas peludas e fedorentas justamente num dia festivo. Pousaram dentro do enorme palácio Universal Dourado, construído no deserto para grandes orgias pelo soberano Mohamed, filho do grande Parduan Mohamed, que raios o partam; também era filho do não menos grande safado, sultão Hedir Mohamed, conhecido pelas vizinhanças como o rei das bronhas. Ocorria no momento a maior das sacanagens, e o soberano e a sua corte bebiam com suas mulheres, estando elas em pelo quando foram interrompidos pela chegada dos estranhos que, vendo tanta fartura, cresceram seus olhos e tiveram involuntárias ereções.Os mais assanhadinhos babavam tanto que um córrego de baba se formou nas areias palacianas.Porém engana-se quem pensa que chegaram mostrando armas: apresentaram-se como carneirinhos de faces angelicais, nada temíveis.Uns rezavam, outros entoavam cânticos de louvor.Diziam-se viajantes de uma terra distante e que ali estavam para negócios com camelos.Mediante uma certa quantia em ouro, pois o grande Mohamed era um mão –de- vaca daqueles, conseguiram autorização para fazer uma parada.Foram aos poucos conquistando a confiança do soberano e dos súditos. Presentinho pra lá, presentinho pra cá, uma verdadeira orgia de escritório. Eram capazes de mágicas espetaculares e não faltavam bebidas e diversas iguarias. Com tantos poderes maléficos adquiridos quando estavam ainda na esfera infernal, principalmente nas especiais artes das intrigas palacianas, ensinadas lá com muita qualidade por políticos, advogados, bispos, padres e pastores que fazem muitas horas no inferno dando produtivas aulas.Fizeram pois suas artimanhas, e aconteceu que os homens em pouco tempo desconfiassem um dos outros e se engalfinhassem em duelos mortais.Usaram as mulheres com ambições desmedidas para terminar com a pouca ordem que ali existia.O caos promovido pelos diabos foi enorme.Aos poucos os malvadinhos tomaram conta de tudo, e passaram a usar não somente a forma humana para enganar os mais ingênuos e tolos membros da elite palaciana.Ansiosos para demonstrar suas habilidades transformaram-se em cães e lobisomens; outros em borboletas e colibris.Nesse rolo todo estava Asmodeus, organizando a partir de então o maior festival anual de sacanagens da época.Ninguém, mas ninguém mesmo era dono da própria retaguarda. Asda, a piranha preferida do soberano, cooptada por Belzebu, usou sua língua poderosa para espalhar um arsenal de maldades sem precedentes na história do mundo.Até mesmo a própria irmã foi por ela caluniada.Em semanas capetas tomaram conta do palácio, sendo os donos do inferno e suas alegres mulheres também os donos da situação.Lubrichaia,mulher de peitos enormes e bunda empinada deu conta tranqüilamente de Diangras e Zarapelho, após ter jogado seu paciente marido Osmod num poço ornado de serpentes peçonhentas.Dhasla, a negra reluzente deslizou dias pelos corredores levando alguns diabinhos acorrentados, que usou alegremente para eliminar seus inimigos palacianos.Dhilas, a mais bela das feras, açoitou rindo seu servo Romerdo por trinta dias, acabando completamente com o couro do pobre.O sangue manchou o chão do palácio e o murmúrio do vento não isolava do mundo o grito dos sofredores aprisionados.Tabhita, a pervertida, encontrou em Pan o companheiro ideal para noitadas sem fim.Somente descansou quando teve nas mãos a pele do pênis do amante, feito pedaço de trapo após tanto uso.Com todos os homens do palácio eliminados, inclusive o soberano Mohamed, corria pelos corredores as conversas a boca pequena de quem seria o líder que comandaria os caídos.Lubrichaia já havia chamado Asda para uma conversa.
-Precisamos nos unir para que tenhamos mais força. Está chegando o dia em que alguém vai querer comandar nosso grupo por aqui.Precisamos unir Diangras e Zarapelho com Belzebu; nós, estando unidas, não deixaremos que outras assumam o comando.Vamos nos organizar por aqui e depois partiremos para novas conquistas.O mundo é nosso, está aí para que tomemos posse dele - disse Lubrichaia.
Asda concordou prontamente e decidiram que o primeiro passo seria contra Asmodeus e sua mulher Belenot.Mas...
Antes do cair daquela noite chegou um viajante inesperado chegou ao palácio de Mohamed perguntando por ele. Era o coxo Rasput, mas feio e enrugado que saco de velho, que passava por ali todos os anos vendendo charque de buchada de camelo.Achou estranho não encontrar Mohamed e tampouco nenhum dos antigos conhecidos, apenas suas belas mulheres.Disseram-lhe que tinham saído para caçar leões e outras feras.Rasput era coxo, mas não ingênuo, e logo percebeu que havia alguma coisa errada acontecendo.Disfarçou um pouco sua desconfiança e antes do dia amanhecer fugiu rastejando para fora do palácio, mesmo enchendo a boca de areia e deixando seus camelos carregados para trás.Foi ainda perseguido por Nicodemos Mão-de-Sangue, fiel capanga de Belzebu, mas como estava uma noite sem luar não foi localizado nas areias do deserto.Nicodemos não teve sorte e acabou morto pela picada de um escorpião Red Back.Conseguiu chegar ao oásis do grande líder das areias do deserto, Klokan, e relatou para ele os acontecimentos estranhos e o fato de não haver encontrado o soberano. Moham Klokan ficou por alguns minutos coçando sua enorme barba carregada de piolhos e pensando em quem seriam os estranhos que estavam no palácio do amigo.
- Mas você tem certeza de que de que Mohamed não está em lugar algum daquele palácio?-perguntou Klokan.
- Acho sim que Mohamed não está mais entre nós. Vi suas mulheres andando nuas pelo palácio com homens estranhos - respondeu Rasput.Klokan lembrou doa velhos tempos em que participava das festas de Mohamed, inclusive uma especial lembrança de certa formosura turca que tinha mel na vagina.

Klokan chamou então Maremor, o espião invisível para fazer uma visita escondida ao palácio. Antes de tomar qualquer atitude, queria saber quem eram os forasteiros que tomaram o palácio e quais suas intenções.Quando a noite começava a cair, Maremor saiu de sua tenda em direção ao deserto.Após andar de camelo algumas horas e ter o rego assado, estava ele próximo ao castelo donde ouviu altos gemidos carregados de lascívia.Uma velha entrada secreta ao castelo há muito não era utilizada seria seu caminho de entrada no palácio.Removeu uns arbustos e da solidão das areias entrou no túnel que saía nos aposentos do guardião primeiro, Raduan.Na história das grandes e poderosas famílias das areias escaldantes, o guardião primeiro sempre fora o principal homem de confiança dos reis e príncipes, e não menos das rainhas e princesas carregadas de grande energia.Dotado de força e destreza descomunal, também atendia com total dedicação os dengos das mulheres palacianas.Ao entrar nos aposentos do guardião, Maremor ouviu alguns gemidos femininos: Raduan estava de carícias com Asda, a preferida de Belzebu.Maremor deslizou por entre cortinas de seda e ficou observando os acontecimentos.Raduan forte e destemido respeitava, mas não tinha medo de Belzebu e de nenhum capeta, e se aproveitava bem da carne macia de Asda.Quando o amante estava sobre ela iniciando o coito, foi surpreendido por uma ferroada de um escorpião venenoso, levado até suas costas pelas mãos invisíveis de Belzebu. Maremor ainda gritou: cuidado Raduan, suas costas!Raduan apanhou o escorpião e enraivecido levou-o a boca destroçando o bicho com os dentes. Sentiu na boca ainda o gosto nojento do restante do veneno. Urinou rapidamente numa velha caneca e lavou a picada com sua própria urina.As dores logo se acalmaram e ele pode pensar com clareza.   Nisso Belzebu entrou no quarto e lançou labaredas contra o rival, que mesmo atordoado e sapecado, conseguiu rapidamente erguer uma grande mesa e desviou o fogo poderoso.A bela e formosa         Asda, tomada de paixão repentina por Raduan, que observava a luta sem tomar partido, resolveu ir para o lado do seu amor; por certo não achou uma boa idéia morar no inferno; tomou então nas mãos um frasco de água benta que tinha recebido de sua avó cubana católica fervorosa, e derramou-o sobre a cabeça do pavoroso, que se desmanchou no mesmo momento.Um grande estrondo foi ouvido e um clarão vermelho cegou a todos no palácio.Capetas abriram suas asas fedorentas e voaram pelos céus.Urravam como grandes felinos, soltando fogo pelas narinas.Quando um demônio é evaporado por água benta jamais poderá voltar a terra; então deveriam dar explicações aos superiores infernais.Todos os diabinhos voltaram ao inferno para tomarem suas novas ordens.Diante do presidente do conselho infernal e do diabo-mor, os maléficos jogaram pedras uns nos outros.Enquanto isso Raduan mais do que depressa montou seu harém e convidou Maremor para juntar-se a ele.          Maremor vendo tantas formosuras decidiu entrar para o grupo, deixando de lado seu chefe Klokan.Raduan fez seus contatos e arrumou um pequeno exército para defender seu harém.Porém eles não contavam que os conselho mandasse imediatamente dois diabos para vingar o ataque a Belzebu.Os escolhidos foram Pluto e Set, com a missão de destruir a todos que colaboraram         com Raduan.Armados de todas as ferramentas disponíveis no inferno, saíram eles para cumprir sua missão.Mas nas câmaras infernais também reinava uma inveja desgraçada e alguns diabinhos não gostaram da escolha, entre eles Temba e Yaotzin.Emboscaram Pluto e Set no desfiladeiro maldito, jogando sobre eles uma mistura de pó-de-mico com folha de palmeira abençoada na semana santa.Houve uma troca de labaredas e maldições, além do coça-coça.Mas não valeram suas artimanhas e foram devolvidos ao inferno, arrastados pelo saco como é de praxe no estranho mundo dos diabos.Suas penas foram de mil dias mergulhados em tonéis de vinagre.Pluto e Set chegaram então ao palácio como cobras, escondidos pelos cantos imundos.Rastejando pelo piso gelado do palácio, às vezes tropeçavam em bosta de cachorro, bosta de bichanos e diabolicamente irados gemiam de raiva. Os capetas foram acumulando informações sobre tudo e todos. Matariam todos e voltariam ao inferno para receber condecorações.Enquanto isso no seu grande oásis, Klokan estava beiçudo e enciumando por perder Maremor, e mais ainda por estar nas mãos dele tantas mulheres formosas.Pensava numa maneira de entrar no palácio e se apoderar de tudo.Asda, que fora amante e depois traidora de Belzebu foi à escolhida para ser a primeira das vítimas da dupla Pluto e Set. Quando tomava seu banho de espuma e de rosas africanas, cantando feliz na sua banheira de mármore, foi atacada com uma mistura feito de sangue de morcego gay misturado ao pó de Cimentolik.Surpresa com o rápido ataque, não pode reagir.Jogada a mistura na água de banho, em segundos Asda torno-se uma bela estátua de jardim.Seu corpinho antes moreno agora cinza, totalmente endurecido foi encontrado por Belenot, que apavorada correu para chamar Raduan.Os capetas enquanto isso se transformaram em pulgas e foram dormir no lombo de um pobre cachorro que perambulava por ali.Raduan e Maremor chegaram juntos da estátua de Asda, vendo toda sua beleza petrificada.Quase enlouquecido de ira, Raduan apanhou o pobre cachorro que por ali andava e o jogou no  forno de fundição.Pluto e Set finalmente fodidos e torrados.Nisso foi anunciado nos portões a chegada de Klokan e sua comitiva.Vinham para tratar de resolver os atritos antes que acontecesse uma guerra entre eles.Klokan já estava um pouco passado e queria sossego junto de muitas mulheres; sinceramente algo difícil de conseguir.Pelo lado dos capetas, após a destruição de Pluto e Set houve uma nova conferência e ficou determinado que o melhor era deixar os homens de lado e farrear no inferno,pois os humanos estavam cada vez mais parecidos com eles. Ainda mais que o grande capeta soube que Kembo, o destruidor de demônios estava bem próximo de chegar ao castelo. Entre muitas conversas Raduam, Maremor e Klokan dividiram as mulheres, inclusive as feias e banguelas, pois todas queriam entrar para o rodo.O castelo foi dividido em três partes e todos viveram felizes por um curto espaço de tempo até que...
 


É por trás

Como dizia o nobre deputado interpretado pelo humorista Paulo Silvino ao seu secretário Vazenildo: -Vazenildo, meu negócio é por trás Vazenildo, é por trás.

“Além de Cristina Kirchner, Dilma é outra que não usa desconfiômetro. Precisam avisá-la que seu governo -papel está muito perto do fogo.” (Mim)