segunda-feira, 13 de julho de 2015

“Casei-me com um velho rico esperando que ele morresse logo. Mas o desgraçado é feito de aroeira. Talvez ele mesmo faça o meu enterro.” (Eulália)

LE BOST

“Está tudo dominado, a pasmaceira é geral, começa pelo Bom Dia Brasil e termina no Jornal Nacional. É um alisa-alisa, afaga-afaga e talquinho na bundinha do povo; profundidade nas matérias não se vê, é só tapeação para garantir a verba nossa de cada dia. (Mim)

“Cada indivíduo com suas convicções e verdades existenciais. No meu caso o ateísmo me fez feliz.” (Mim)

“Caminho só. Basta um ignorante na estrada.” (Pócrates)

“Fui ensinado assim: ao tomar um tapa dar o outro lado da face ao inimigo. Pois digo que apanhei até na bunda.” (Limão)

Instituto Millenium- O Estado fascista do Brasil

O Estado fascista do Brasil

O fascismo, reduzido à sua expressão mais simples, é quando o Estado manda em você, e você sequer tem consciência disso, uma vez que tal interação passa quase despercebida, já foi embutida pela sociedade. O contrário do fascismo é, obviamente, uma sociedade libertária, onde cada um usa de seu livre arbítrio para guiar-se na vida e nas atividades cotidianas. Tomados nesse entendimento ideal-típico mais simples possível, é claro que ambos os conceitos não expressam nenhuma sociedade concreta, nossa contemporânea, mas eles podem ajudar a situar os casos nacionais num ou noutro extremo desse espectro que leva do fascismo explícito ao libertarianismo utópico. Em outros termos, uma sociedade será tanto mais fascista, ou tendencialmente libertária, quando os comportamentos típicos dos indivíduos se aproximarem do inferno dirigista a cargo do Estado, ou da mais plena liberdade pessoal, sem interferência estatal.
Sem adentrar na consideração de abstrações sociológicas, pode-se tentar extrair exemplos de como as sociedades se situam em torno de um ou outro modelo de organização social. Tomemos os casos típicos dos Estados Unidos e do Brasil, e mesmo, numa configuração mais ampla, o das sociedades anglo-saxãs, de um lado, e o das sociedades latino-americanas de outro, estas uma extensão do molde ibérico original. Qualquer pessoa sensata reconheceria que os EUA se aproximam bem mais do modelo libertário do que do modelo fascista, e que, inversamente, o Brasil é um típico caso de corporatismo, ou seja, um clássico modelo tendencialmente fascista.
Exemplos abundam, num e noutro sentido. Vou tentar ficar em casos práticos, da vida diária, e que, portanto, influenciam o modo de vida, para melhor ou para pior, de milhões de pessoas. Sabe-se, por exemplo, que normas industriais são padrões adotados pelas indústrias para facilitar o uso e a disseminação de bens de consumo duráveis que possam gozar de ampla aceitação entre os consumidores, como uma tomada elétrica de parede, utilizável indistintamente para os mais diferentes aparelhos. As normas são adotadas progressivamente e voluntariamente pelas indústrias, e passam a ser, a partir de certa extensão de aceitação e uso, um componente da vida diária ao qual sequer se presta atenção. Já as regulações são típicos decretos estatais que impõem, por via de um instrumento legislativo, o uso exclusivo e obrigatório de um determinado padrão, estabelecido burocraticamente, e não por livre disposição das indústrias.
No caso das já citadas tomadas elétricas, é sabido, também, que o Brasil, depois de conviver durante décadas com a mais simples tomada, a de dois furos redondos (de acordo com normas industriais de corrente elétrica estabelecidas naturalmente ao longo de toda a história da indústria elétrica), passou a adotar a famosa tomada de três pinos, nas quais o terceiro se referia ao pino de segurança (ou de aterramento), e que os dois redondos originais foram complementados por fissuras verticais chatas, aproximando-se do padrão típico em uso universal nos EUA.
A diferença básica entre as sociedades anglo-saxãs e as ibéricas é que, nas primeiras tudo o que não estiver proibido na legislação está liberado para a iniciativa privada dos indivíduos, ao passo que nas segundas tudo o que não estiver autorizado pelo poder público está proibido aos particulares
Pois bem, essa norma adaptada ao Brasil pelo seu caráter praticamente universal, foi alterada anos atrás pela imposição de um novo padrão, uma regulação absolutamente exótica, determinada pelo Inmetro como de uso compulsório pelas indústrias, consistido de três pinos redondos em linha, mas com o central em superposição, formando um pequeno arco. Os leitores já pararam para pensar nos custos imensos, impossíveis de serem mensurados, mas se situando na casa das centenas de bilhões de reais (traduzidos nos orçamentos familiares e empresarias de 200 milhões de brasileiros e de centenas de milhares de empresas) que resultaram dessa imposição absolutamente fascista do Estado brasileiro? A totalidade da população sofreu com a medida, que, por outro lado, deu benefícios e lucros fantásticos, até hoje, às poucas dezenas de milhares de empresas que se dedicam à fabricação de tomadas de aparelhos e de parede (e dos adaptadores, claro).
Eu poderia multiplicar os exemplos do mesmo tipo, como o fato de, por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) as farmácias terem sido proibidas de comercializar produtos típicos de padaria, como chicletes e refrigerantes. Qual grave atentado à saúde dos consumidores adviria da liberdade concedida às farmácias de comercializarem quaisquer produtos que são normalmente encontrados nas padarias? Penso, penso e não encontro nenhum motivo sensato para justificar a medida, a não ser o comportamento tipicamente fascista dos burocratas da Anvisa. Que tal o comportamento dos burocratas da Agência Nacional do Cinema (Ancine), impondo cotas obrigatórias de exibição de filmes nacionais, se substituindo autoritariamente às preferências dos frequentadores de salas de cinema? Para mim, isso é típico do fascismo ambiente no Brasil.
A diferença básica entre as sociedades anglo-saxãs e as ibéricas é que, nas primeiras tudo o que não estiver formalmente proibido na legislação está ipso facto liberado para a iniciativa privada dos indivíduos, ao passo que nas segundas tudo o que não estiver devidamente autorizado pelo poder público está automaticamente proibido aos particulares. Esta é a diferença entre a liberdade e o fascismo. Pense nisso, caro leitor, na próxima vez que for à farmácia, usar algum aparelho elétrico ou sair para ir ao cinema. Lamente viver em um Estado fascista.

Mensagens de protestos lotam e-mail de ministro do TCU

Mais de 11 mil emails, a maioria com críticas, foram encaminhados nos últimos dias ao ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes. Ele é o relator do processo das pedaladas fiscais na corte. Motivo principal: ele deixou de anexar o memorial do procurador do Ministério Público no TCU, Júlio Marcelo de Oliveira, aos questionamentos enviados ao Palácio do Planalto sobre as manobras fiscais. Nardes se defende dizendo que há muita desinformação sobre o assunto. Seu argumento é que os 13 questionamentos que emparedam o Palácio do Planalto na questão das pedaladas foram devidamente encaminhados e, isso, segundo ele, é o mais importante. Ele diz que o memorial de Oliveira não foi anexado por razões procedimentais. O julgamento das pedaladas no TCU deve ocorrer em meados de agosto.
Fonte: Época

“Não é fácil ser ateu. Agora é Deus que tenta provar que eu não existo.” (Mim)

“Quem votou no PT não precisa cometer suicídio em prol do remorso. Basta deixar de ser besta.” (Eriatlov)

“O álcool só é amigo dele mesmo.” (Filosofeno)

"Trabalho num chiqueirão. Meu perfume é o Porco Rabane." (Climério)

"Já fui fulano, sicrano e beltrano. Hoje sou um rato." (Climério)

"Não temo o amanhã. Borro-me de medo do hoje mesmo." (Climério)

"Se me fosse permitido votar eu não votaria em Dilma nem que ela fosse uma poodle." (Bilu Cão)

“Recebo inúmeros e-mails informando que posso aumentar meu pênis em 10 cm. Penso: Se já não funciona como está, não vejo motivo para aumentar sua carga.” (Nono Ambrósio)

“Hoje em dia qualquer mulher me mostra a bunda sem correr perigo.” (Nono Ambrósio)

“De sexo a Nona faz tempo não quer saber. Tenho comigo uma caixa de preservativos adquirida em 1986.” (Nono Ambrósio)

“Para 2018 os meus candidatos são o AVC e o INFARTO.” (Nono Ambrósio)

Insetos

INSETOS

Como gosmentos insetos
Os inaptos se agarram ao poder
Não podendo contar com seus talentos
Para uma ascendência decente
Urge aos jumentos
A prática na administração
Da velha arte do puxa-saquismo
Desprezada por quem é capaz.

“PT, de salvador do Brasil a coveiro-mor.” (Mim)

O comentário de Políbio Braga- O gaúcho Valter Cardeal é o protagonista principal do Eletrolão

Por aqui corrupção virou ação entre amigos. Tá difícil...

LA MERD COMUNISTA- Mais de 100 advogados e ativistas são presos na China

Pelo menos 106 advogados e ativistas de direitos humanos foram detidos ou interrogados pela polícia chinesa e denunciados como uma "quadrilha criminosa". Outras 17 pessoas estão desaparecidas, entre elas o conhecido advogado Li Heping, defensor de ativistas dos direitos humanos, e pelo menos três escritórios de advocacia foram vasculhados pela polícia. Pela quantidade de prisões, ativistas temem que esteja em curso uma das mais agressivas operações de repressão contra grupos de direitos humanos.

http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/mais-de-100-advogados-e-ativistas-de-direitos-humanos-sao-presos-na-china

“Apesar dos pesares Obama é muito melhor que Lula. Não é ignorante e trabalha sóbrio.” (Eriatlov)

“O bem anda por aí de cara limpa. O mal se maquia para se parecer com tudo, menos com ele mesmo.” (Filosofeno)

“A Igreja Católica adora falar mal dos bens sucedidos, mas não abre mão das contribuições deles.” (Mim)

“Sou muito azarado, desconfio que fui batizado com mijo.” (Limão)

MERDA POR OURO

Havia um sujeito que se achava muito esperto. Comprou um quilo de ouro por uma bagatela. Quando foi verificar não era ouro, era merda petrificada. Guardou bem o pacote e nunca admitiu que fora enganado. Assim agem os intelectuais enganados pelo anarfa Lula. Apoiam o governo Dilma para não admitir que compraram merda.

“Dilma não foi, não é e nunca será alguém que mereça a minha sincera atenção. Seu intelecto é sofrível, só faz babar mesmo analfabetos funcionais.” (Eriatlov)

Liberdade é pessoal - Minha vida na URSS, por Igor

A JANELA FABIANA. OU: A PEDRA NA VIDRAÇA DO PSDB-por David Amato. Artigo publicado em 13.07.2015



Publicado originalmente em www.midiasemmascara.org

Estará você destinado a ser triturado no contínuo ciclo da falsa polarização?

Tido como um partido de direita pela massa desinformada - e apresentado como tal pelos desinformantes -, o PSDB, Partido da Social Democracia Brasileira, carrega consigo uma das mais brilhantes estratégias de articulação de dois socialismos: a Estratégia das Tesouras.
Assim chamada por Stalin, a estratégia consiste em deixar uma das lâminas da tesoura a cargo dos revolucionários marxistas, enquanto outra fica a cargo dos socialistas fabianos. Desse modo, apesar de estarem em posições físicas opostas, ambas cortam no mesmo sentido, garantindo uma falsa polarização na qual os fabianos ocupam estrategicamente o lugar da direita.
Por falar em polarização, o general prussiano Carl von Clausewitz já ensinava em seu tratado sobre arte militar, chamado Da Guerra, que "ao pensar que os interesses dos dois comandantes são igualmente opostos um ao outro, estamos admitindo a existência de uma verdadeira polaridade. O princípio da polaridade só é válido em relação a um e ao mesmo propósito, no qual os interesses ofensivos e defensivos ANULEM-SE totalmente. Numa batalha, cada lado visa a vitória”.
Perspicaz, Clausewitz arremata: “este é um exemplo de uma verdadeira polaridade, uma vez que a vitória de um lado exclui a vitória do outro. Quando, entretanto, estivermos lidando com duas coisas diferentes, que tenham uma relação comum externa a elas, a polaridade não estará nas coisas, mas sim na relação existente entre elas. ”
E qual é a relação existente entre marxistas e fabianos? O próprio Fernando Henrique Cardoso responde, em matéria republicada na Folha, em 2005:
“O que separa PT e PSDB não é nenhuma diferença ideológica ou programática, mas pura e simplesmente a disputa pelo poder.”
Mas o que é exatamente o socialismo fabiano?
O socialismo fabiano é derivado da Sociedade Fabiana, uma organização socialista britânica criada em 1884 pelo casal Beatrice e Sidney Webb e outros colaboradores, cuja proposta era a de implantar o socialismo de maneira gradual e reformista, fazendo um contraponto com a ala marxista, esta menos sofisticada e muitíssimo mais apressada.
O modelo fabiano é de especial interesse às verdadeiras elites, uma vez que, para aqueles que já estão no topo, o tempo não é necessariamente um problema, já que a continuidade histórica de seus clãs familiares se dará através da perpetuação por ordem dinástica. Não é à toa que, para a elite dominante e da militância ruminante, a destruição da família dos outros é sempre um bom negócio.
Mas vamos ao que interessa, afinal, a imagem deve estar lhe causando certa curiosidade. Trata-se de um vitral projetado por George Bernad Shaw e cujo nome é A Janela Fabiana. A peça foi retirada da casa de Beatrice Webb, em Surrey, Inglaterra, e hoje encontra-se na London School of Economics and Political Science, fundada em 1895 por membros da Sociedade Fabiana.
Logo no topo do vitral é possível ler a última linha de um trecho tecido pelo matemático, astrônomo, filósofo e poeta persa Omar Khayyám:
“Dear love, couldst thou and I with fate conspire
To grasp this sorry scheme of things entire,
Would we not shatter it to bits, and then
Remould it nearer to the heart's desire! ”
Uma tradução mais apropriada ao tema seria:
“Querido amor, não poderíamos eu e você
Conspirar com o destino para afastar completamente
Este lamentável esquema das coisas?
Não o despedaçaríamos por completo,
Apenas o remodelaríamos ao nosso gosto! ”
Abaixo da linha de Omar, no canto direito, podemos ver Sidney Webb e Bernard Shaw manipulando um globo incandescente, recém-saído da fornalha alimentada por Edward R. Pease. O globo é a Terra sendo martelada sobre uma bigorna, ou seja, a construção de um novo mundo, remodelado ao gosto da Sociedade Fabiana. Um escudo que sobrepõe a fornalha diz “pray devoutly, hammer stoutly” (ore devotadamente, martele fortemente), o que indica ação contínua na busca pelo objetivo.
Acima da Terra, uma das imagens mais emblemáticas e que ilustra o caráter subversivo dos fabianos: um brasão com um lobo em pele de cordeiro. Na porção inferior da janela, ao lado esquerdo, podemos ver o historiador, filósofo e novelista britânico H. G. Wells, que depois de deixar a sociedade Fabiana, a denunciou como sendo maquiavélica. Wells aparece consternado ao ver a burguesia ajoelhada parente uma pilha de livros que advogam as teorias socialistas.
Se depois de tudo isso ainda não ficou clara a promíscua relação entre PT e PSDB e o motivo pelo qual o lobo em pele de cordeiro jamais representou verdadeira oposição, você estará fatidicamente destinado a ser triturado no contínuo ciclo da falsa polarização. Pior: invariavelmente, tomará partido de algum deles, enquanto ambos, juntamente com suas linhas auxiliares, riem da sua cara.
A essa altura do campeonato, a situação é cristalina: enquanto o PSDB atende aos anseios do Diálogo Interamericano, o PT desgoverna em prol do Foro de São Paulo, sucursal arquitetada pelo próprio Diálogo, que decidiu terceirizar a revolução na América Latina.
A propósito: além do lobo em pele de cordeiro, outro símbolo utilizado pelos fabianos é o de uma tartaruga raivosa, que carrega os seguintes dizeres: “quando eu bato, eu bato forte”. Portanto, caro leitor, antes de mais nada, prepare-se intelectualmente, de modo a engrossar um novo caldo cultural e então revidar. Duas vezes mais forte, é claro.

Leandro Narloch- O manifesto eco-modernista: “só com tecnologia seremos capazes de proteger a natureza”

Muita gente acredita que uma vida sustentável exige entrar em harmonia com a natureza – viver entre as árvores, construir casas de madeira ou comer alimentos orgânicos. Um grupo de ambientalistas lançou na semana passada um manifesto com a afirmação oposta: a melhor forma de reduzir o impacto humano sobre o meio ambiente é com inovação, tecnologia, agricultura intensiva e cidades com milhões de pessoas.
Os autores do Eco-modernism Manifest, boa parte deles professores em universidades britânicas e americanas, se declaram eco-pragmáticos. Deixaram ideologias no armário e passaram a pensar no que pode conciliar a redução da pobreza com a preservação ambiental. Concluíram que só a tecnologia é capaz disso. “Intensificar diversas atividades humanas – principalmente agricultura, extração de energia e reflorestamento – de modo que usem menos energia e interfiram menos no mundo natural, é a chave para dissociar o desenvolvimento humano dos impactos ambientais”, dizem eles.
Outros trechos:
Neste manifesto, nós reafirmamos um antigo objetivo ambiental, o de que a humanidade deve reduzir o impacto sobre o ambiente para preservar a natureza, e ao mesmo tempo rejeitamos outro antigo ideal, que as sociedades humanas devem entrar em harmonia com a natureza para evitar o colapso econômico e ecológico.
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Tecnologias humanas, desde aquelas que possibilitaram que a agricultura substituísse a caça e a coleta, até aquelas que hoje guiam a economia globalizada, tornaram os humanos menos dependentes de diversos ecossistemas que uma vez foram sua única forma de subsistência.
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Cidades ocupam somente de 1% a 3% da superfície da Terra, mas abrigam 4 bilhões de pessoas. As cidades tanto guiam como simbolizam a dissociação da humanidade da natureza, com um desempenho melhor que economias rurais ao fornecer de modo eficiente necessidades materiais e ao mesmo tempo reduzindo impactos ambientais. 
O crescimento das cidades, junto aos benefícios econômicos e ecológicos que as acompanham, são inseparáveis dos avanços da produtividade da agricultura. Enquanto a agricultura se tornou mais eficiente em aproveitamento de terra e trabalho, populações rurais deixaram o campo para as cidades. Mais ou menos metade da população americana trabalhava na terra em 1880. Hoje, menos de 2% o fazem.
Como vidas foram liberadas do trabalho no campo, recursos humanos gigantescos foram destinados a outros desafios. Cidades, como as pessoas as conhecem hoje, não existiriam sem mudanças radicais na agricultura. Em contrate, modernização não é possível numa economia de subsistência.
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Há muitas histórias a comprovar as afirmações do manifesto. A agricultura mecanizada utiliza hoje 70% menos área de cultivo para produzir um quilo de alimento que antigos campos de agricultura de subsistência. Um carro emite hoje menos de um terço da poluição que produziam modelos de 30 anos atrás. Uma lâmpada de LED gasta menos de um quarto de energia de uma lâmpada tradicional.
O meu exemplo preferido da inovação a favor da natureza tem a ver com os pinguins. No século 19, um jeito ganhar dinheiro era arranjar um barco, viajar até a Antártida e voltar com um carregamento de óleo – óleo de baleia ou óleo de pinguim. Esses animais têm uma capa grossa de gordura para protegê-los do frio, então basta caçá-los e ferver a gordura para obter um bom combustível para lampiões e luminárias de rua. Em 1867, uma expedição de quatro barcos ingleses fabricou 200 mil litros de óleo de pinguim. Como cada ave rende meio litro de óleo, dá para estimar que só aquela expedição, só naquele ano, matou cerca de 400 mil pinguins.
Por causa da caça industrial, a população de pinguins estava desaparecendo no fim do século 19. Mas de repente os barcos de pescadores deixaram aportar na Antártida. Ninguém mais se interessava em caçar pinguins, pois um combustível mais barato e eficiente estava ganhando mercado na Europa e nos Estados Unidos. Foi assim que a invenção do querosene, um combustível fóssil, salvou milhões de pinguins na Antártida.

PAÍSES QUEBRAM! por Percival Puggina. Artigo publicado em 13.07.2015

A Grécia está mostrando ao mundo o que acontece com os Estados perdulários que gastam riqueza não produzida e buscam manter seu padrão de vida usando a poupança alheia. Por esse caminho, formam-se dívidas dotadas de uma extraordinária capacidade de multiplicação. Um dos fatores determinantes dessa multiplicação leva o nome antipático de taxa de juros. Outro consiste em tomar dinheiro novo para pagar dívida velha. Outro ainda é a irresponsabilidade fiscal que leva governantes a não enquadrarem a despesa pública na capacidade contributiva da sociedade.
Países quebram. Leva bom tempo para isso acontecer, mas a estrada acaba. Um dia, não há mais pista para rodar. No horizonte só se avista, então, terra inóspita, mata cerrada, montanhas e rios sem pontes. É a situação grega, um país que deve quase dois anos inteiros de seu decrescente PIB e já perdeu 400 mil jovens para outras oportunidades de trabalho e de vida no exterior. Os gregos creram que seu ingresso na Zona do Euro era um cartão de crédito ilimitado para implantar no país um estado de bem-estar social. Com o dinheiro dos outros. E isso, simplesmente, não existe no mundo real.
Países quebram. No mundo irreal, os políticos que seduziram os gregos e deles colheram votos com a ideia de um Estado provedor, benfazejo, inexaurível em sua prodigalidade, trataram de convencer a opinião pública de que o resto do mundo tem o dever de subsidiá-los com novos empréstimos. A Grécia deve 360 bilhões de euros, não conseguiu pagar uma parcelinha de 1,5 bilhão (ou seja, 0,5% do que deve) e segundo os cálculos dos principais credores (ministros da Zona do Euro), pode estar precisando de mais 83 bilhões de euros. Além de ser difícil estabelecer um consenso sobre esse atendimento, muito mais difícil será obter acordo interno na sociedade grega e em seu círculo de poder para as duríssimas e necessárias medidas de contenção de gastos, aumento de tributos, venda de patrimônio, redução de salários e pensões.
Países quebram. Estados da federação quebram. Durante a campanha eleitoral de 2014 no Rio Grande do Sul, alguns analistas denunciavam hecatombe fiscal em que se constituiu o governo Tarso Genro. Ele estava deixando a seu sucessor uma situação de insolvência que, em breve se tornará nacionalmente conhecida. Perante tais acusações, os políticos petistas afirmavam em orgulhosos rompantes: "Nós não nos submetemos a essa lógica neoliberal". O que chamavam lógica neoliberal era, simplesmente, o zelo pelos recursos do contribuinte, contendo-os nos limites da receita, conforme impõe a lei de responsabilidade fiscal.
O governo petista no Brasil, indo pelo mesmo caminho das pedaladas e da gastança desmedida, jogou-nos numa crise pela qual não precisaríamos estar passando. Vínhamos bastante bem. Nossos governantes dos últimos 13 anos, porém, gastaram demais, fizeram loucuras demais, jogaram dinheiro fora e mandaram dinheiro para fora, torraram reservas demais, locupletaram-se demais. Foram longe demais. E agora chamam golpistas quem busca uma saída política e constitucional para que não sejamos mais golpeados por tanto desmando, incompetência e irresponsabilidade.
* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.

Do baú do Janer- segunda-feira, dezembro 31, 2007 DISSERAM POIS OS ÍMPIOS...

Disseram pois os ímpios no desvario de seus pensamentos: o tempo de nossa vida é curto e cheio de tédio, e não há nenhum bem a esperar depois da morte, e também não se conhece ninguém que tenha voltado dos infernos.

Pois do nada somos nascidos e depois desta vida seremos como se nunca tivéssemos sido. Pois a respiração de nossos narizes não passa de fumaça; e a razão é como faísca para mover o nosso coração.

Apagada ela será e nosso corpo reduzido a cinza e o espírito se dissipará como um ar sutil.

E a nossa vida se desvanecerá como uma nuvem que passa e se dissipará como um nevoeiro que é afugentado pelos raios de sol e oprimido pelo seu calor.

E o nosso nome com o tempo ficará sepultado no esquecimento, e ninguém se lembrará de nossas obras.

Pois nossa vida é a passagem de uma sombra, e não há regresso depois da morte. Pois, lacrada, dela ninguém retorna.

Vinde portanto, e gozemos dos bens presentes, e apressemo-nos a usar das criaturas como na mocidade.

Enchamo-nos de vinho precioso e de perfume e não deixemos passar a flor da primavera.

Coroemo-nos de rosas antes que murchem; não haja prado algum em que a nossa intemperança não se manifeste.

Nenhum de nós falte às nossas orgias. Deixemos em toda parte sinais de alegria, porque esta é a parte que nos toca e esta é a nossa sorte.

(Livro da Sabedoria, II:1,7)


Bom 2008 a todos leitores!
Janer Cristaldo- 1947-2014

Esmagados pela realidade

Esmagados pela realidade.

Ou vocês aceitam os nossos termos ou caem fora!” Em resumo, foi isso que os líderes da União Européia, encabeçados pela Alemanha, disseram a Alexis Tsipras e sua trupe de marxistas bobocas, que se acham mais espertos que todo mundo.
O Parlamento grego tem até quarta-feira para aprovar (ou não) as novas medidas de austeridade impostas pela União Europeia, se não quiser ver seu país ir à bancarrota, com todas as conseqüências econômicas e sociais que isso acarretaria.
É uma escolha terrível para Tsipras e seu séquito. As condições impostas para um novo resgate da dívida grega são duríssimas, muito mais até que as anteriormente recusadas no plebiscito do último dia 05.
Haveria aumentos de impostos, reforma no sistema de pensões, privatizações em massa de empresas estatais e cortes profundos de gastos públicos, tudo isso supervisionado pela famigerada “Troika”, que inclui o Banco Central Europeu, a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional.
É claro que o parlamento grego ainda pode recusar a proposta, mas a alternativa será, provavelmente, um mergulho no caos. Isso porque Tsipras, como bom amador que é, jogou todas as sua fichas num grande blefe, sem pensar num plano alternativo, sem nem mesmo ter uma carta na manga, caso o “adversário” pagasse para ver suas cartas.
Como não houve qualquer planejamento para uma eventual saída do Euro, demoraria semanas para que uma nova moeda pudesse ser colocada em circulação com alguma eficácia e segurança.  Por outro lado, não dá para manter os bancos fechados por muito mais tempo, sem que se provoque um colapso econômico de grandes proporções.
O blefe de Tsipras falhou porque alguns membros da Zona Euro simplesmente deixaram de se importar caso a Grécia deixe o bloco monetário.  Como resumiu Larry Elliot para o jornal esquerdista britânico “The Guardian”, Alemanha e demais países da linha dura do Norte da Europa deixaram claro que eles não confiam mais nas promessas das lideranças gregas.  Confrontados com as suas próprias pressões políticas internas, aqueles países gostariam de manter o bloco coeso e intacto, mas não a qualquer preço.
Isso fica muito claro quando se olha para a exigência, não incluída na proposta anterior, de que, a título de garantia, Atenas entregue € 50 bilhões em ativos para um fundo, a ser administrado pelo FMI, a fim de que sejam privatizados ao longo do tempo.  Como Tsipras vai justificar esse “entreguismo das riquezas do povo grego”, ninguém sabe…
Mas quem melhor resumiu os recentes embates na Europa foi João Pereira Coutinho, em sua coluna na Folha de São Paulo:
Por agora, o “caso grego” apenas oferece uma lição aos pequenos “che guevaras” que gostam de brincar de política com a vida de milhões de seres humanos: ocultar a realidade com mentiras e soberba é o primeiro passo para que a realidade nos esmague sem perdão.”
Sábias palavras!
Administrador de Empresas e Diretor do Instituto Liberal
João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

A TROMBETA DOS ARREPENDIDOS- Eleitor da Dilma foi visto ontem num posto de combustível em Chapecó bebendo gasolina na bomba. E gritava: Eu mereço! Eu mereço!

A GAZETA DO AVESSO- Após cheirar um pacote de talco Morales se declara à Cristina e os dois fogem para Miami.

334 MIL EMPREGOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL VIRARAM PÓ EM UM ANO

Se todos os demais setores da economia tivessem direito ao seu próprio programa de manutenção dos postos de trabalho, ainda assim seria praticamente impossível segurar a taxa de emprego neste ano. Não há FAT ou política de desoneração da folha capaz de compensar o esfarelamento da área de construção civil no país. Nenhuma outra atividade tem deixado um número tão expressivo de trabalhadores pelo caminho.


A análise é do Relatório Reservado de hoje. Leia tudo:


Os dados são assustadores; só não vê quem não quer. Entre maio de 2014 e maio de 2015, o Brasil registrou, no total, um decréscimo de aproximadamente 593 mil postos de trabalho. Sozinho, o segmento de construção entrou com 56% dessa estatística macabra, informa o Relatório Reservado. Significa dizer que mais de 334 mil vagas viraram pó em 12 meses, o equivalente a quase mil carteiras de trabalho a menos por dia nos canteiros de obra do país.


Há pouco mais de um ano, o setor representava 6,4% de todos os empregos do país. Hoje, este índice já está em 5,8%. E que ninguém pense que a devastação está restrita à indústria da construção pesada, duramente afetada pela paralisia de investimentos em infraestrutura. Este nicho do mercado, de melhor remuneração, perdeu mais, é verdade: 174 mil postos de trabalho em 12 meses, o correspondente a 29,4% de todas as vagas fechadas no Brasil. No entanto, o segmento de construção civil não ficou muito atrás: a degola atingiu 160 mil empregos, ou 27% do total. A deterioração do setor de construção tem um enorme efeito corrosivo sobre a economia como um todo. Cada R$ 1 milhão que deixa de ser investido em obras significa um corte de R$ 1,6 milhão em termos de valor adicionado. Se convertida em gente, a perda é ainda mais dolorosa: 56 postos de trabalho a menos.
Este quadro é consequência direta de uma trágica combinação. De um lado, a Lava Jato, que criminalizou quase um setor inteiro e atinge o futuro das empreiteiras, por praticamente inviabilizar sua entrada em novos projetos na área de infraestrutura; do outro, a grave crise financeira do Dnit, um explosivo de efeito imediato, que espalha estilhaços por obras já em andamento. Some-se a isso os cortes de investimento decorrentes da política de ajuste fiscal do governo. É como se as bombas de Hiroshima e Nagasaki caíssem no mesmo lugar e na mesma hora, num catastrófico sincronismo.





O mais estranho é que um setor com tamanho impacto econômico e social como a da construção civil tenha sido colocado à margem dos seguidos programas de manutenção dos postos de trabalho. Parece até que o esquecimento tem como segundas intenções reduzir o salário real do trabalhador com o objetivo de colaborar no ajuste fiscal e no combate fiscal. O governo joga uma roleta russa, que salva, sim, alguns segmentos da economia intensivos em mão de obra, mas atinge a femoral do maior de todos os empregadores do país. Curiosa seleção nem tão natural assim. Mecanismos como a desoneração da folha de pagamentos e o recém- anunciado Programa de Proteção ao Emprego têm servido para eleger uma elite do trabalho. Alguns setores vêm merecendo uma deferência negada a outros. No fim das contas, a quem é essa deferência: ao trabalhador ou ao empregador?

Do blog do Políbio Braga

Convide seus amigos. Comece hoje!

IMB- Populações de mentalidade anticapitalista têm mais dificuldades para sair de crises

Nos dias de hoje, é considerado politicamente incorreto criticar a cultura a alheia. E é exatamente isso o que irei fazer aqui, mas de uma maneira muito específica.

O fato é que a Grécia, seja utilizando euros ou dracmas, faça ela parte ou saia da União Europeia, tem de resolver, de alguma maneira, sua disfunção cultural. E não estou aqui falando de seus costumes, tradições, arquitetura ou música. E, definitivamente, também não estou falando de sua gastronomia. Estou falando de sua cultura anticapitalista.

As negociações, os acordos, as contra-propostas, os referendos, as manifestações, os protestos e tudo o que pode existir no meio desse bolo não terão nenhuma importância se os gregos, de modo geral e em grande escala, não se livrarem de seu espírito estatizante e redescobrirem sua excepcionalidade capitalista.

Um perfeito exemplo das consequências de uma cultura anticapitalista pode ser visto na Argentina. Em teoria, uma crise da dívida soberana seguida de um calote deveria moderar uma nação e fazer com que sua população passasse a defender uma agenda mais racional e pró-livre iniciativa; afinal, foram as loucuras de um estado intervencionista, viciado em endividamento, e adepto de políticas socialistas que tornaram o país totalmente desacreditado no mercado mundial. Só que isso fica só na teoria.

Na prática, a Argentina, treze anos após seu calote em 2002, e após anos de inflação galopante, escassez de dólares e mal-estar econômico, ainda se mantém inarredavelmente apegada a seus políticos completamente ignorantes, incompetentes, socialistas e hiper-intervencionistas, que continuam destruindo a economia.

O motivo desse apego? A cultura. A essência da cultura econômica argentina nunca mudou. Quando se tem uma cultura, alto vira baixo, preto vira branco, e fracasso socialista vira fracasso capitalista.

Em seu livro A Mentalidade Anticapitalista, Ludwig von Mises descreveu essa cultura anticapitalismo:



No entender do indivíduo ignorante em economia, todas essas novas indústrias que lhe fornecem produtos básicos, os quais seu pai nunca chegou a conhecer, surgiram por obra de uma entidade mítica chamada progresso. A acumulação de capital, o empreendedorismo e a inventividade tecnológica em nada contribuíram para a geração espontânea da prosperidade. Em sua visão de mundo, se há alguém que tem de ganhar os créditos pelo que ele julga ser um aumento da produtividade do trabalho, esse alguém deve ser o operário na linha de montagem. ...

Os autores dessa descrição da indústria capitalista são considerados nas universidades como os maiores filósofos e benfeitores da humanidade; seus ensinamentos são aceitos com respeito e reverência por milhões de pessoas cujas casas, além de outros acessórios, estão equipadas com aparelhos de rádio e de televisão.

O maior risco para a Grécia não é a adoção de uma austeridade (real ou falsa), não é um calote, não é permanecer no euro e não é retornar ao dracma. E certamente não é ser expulsa dos mercados internacionais de crédito (o bicho-papão do momento). O maior risco para a Grécia é o fato de que sua cultura continua inflexivelmente contrária ao livre mercado e ao empreendedorismo, e segue cronicamente adoradora do estado.

Peguemos outro país latino-americano: a Venezuela. Após vivenciar taxas crescentes de inflação nas décadas de 1980 e 1990, seus eleitores decidiram "inovar": em 1998, para solucionar as inevitáveis consequências do planejamento central e da inflação, os venezuelanos votaram em um planejador central inflacionista: Hugo Chávez.

E o reelegeram em 2000, 2006 e 2012. E elegeram seu sucessor, Nicolás Maduro, em 2013, mesmo com a economia já vivenciando uma espiral hiperinflacionista e no rumo certo de um colapso econômico.

Ou seja, o problema supremo da Venezuela não era a política fiscal e monetária do seu governo, mas sim sua cultura anticapitalista.

E o mesmo ocorre hoje com a Grécia. Após já ter tido sua dívida reduzida em 50%, de ter tido a permissão de dar um calote parcial — ao poder reestruturar suas dívidas pelos próximos 50 anos a taxas de juros subsidiadas —, e de ter alcançado taxas positivas de crescimento econômico em 2014 após ter reduzido alguns impostos e diminuído um pouco o tamanho de seu governo esclerótico e inchado, essa tóxica cultura grega prevaleceu mais uma vez e optou por eleger um time de socialistas empedernidos e obstinados. Consequência: o país voltou para o atoleiro.

É claro que não ajuda muito o fato de que, do outro lado da mesa de negociações, haja outro bando de planejadores centrais, como a União Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI. Não obstante, a Grécia só está presa em uma negociação envolvendo dois lados adeptos do planejamento central porque sua população se manteve muito ocupada exigindo benesses estatais em vez de liberdade.

A maioria dos países vivencia problemas — mas alguns se saem melhores que outros

Qualquer nação soberana pode cometer o erro de eleger um governo irresponsável que irá gastar mais do que arrecada e, consequentemente, jogar o país em problemas financeiros. A maioria dos países já fez isso.

Há não muito tempo, mais precisamente em 1976, a Grã-Bretanha foi a obrigada a, de chapéu na mão, ir ao FMI implorar por ajuda financeira e, com isso, ceder sua soberania fiscal àquela instituição. Já no final da segunda metade da década de 1970, a Grã-Bretanha estava uma completa bagunça. Não foram poucas as previsões da imprensa de que a derrocada do país era definitiva.

E os EUA não estavam em uma situação muito melhor. Após o governo americano ter dado um calote sorrateiro em suas obrigações internacionais em 1971 — ao abolir o que restava do padrão-ouro, e com isso se ver desobrigado de restituir em ouro todos os dólares em posse dos Bancos Centrais mundiais —, os EUA sofreram uma crescente crise inflacionária por toda a década de 1970, à medida que a confiança no dólar desabava e, com ela, seu poder de compra.

Ambos esses países, no entanto, se recuperaram.

E o mesmo aconteceu com Chile, Uruguai e as Filipinas após suas turbulências fiscais e financeiras nas décadas de 1970 e 1980.

Mas alguns países simplesmente não conseguem se recuperar, e acredito que isso acontece quando a cultura nacional é, ou se tornou, fundamentalmente anticapitalista, com sua população resignando-se à patética condição de dependência estatal, implorando por um estado que promete cuidar do cidadão do berço ao túmulo.

Além de Argentina e Venezuela, também já testemunhamos duradouras prostrações econômicas, após dolorosas crises, em países como Zimbábue, Gana, Bolívia, Nigéria, Rússia, Turquia e, agora, o sul da Europa. Esses países não aprendem com seus erros, pois eles parecem não quererem — ou não serem capazes de — entender a lição em meio à névoa intelectual gerada por seu decadente estado de espírito cultural.

A lição é realmente clara. Uma crise econômica pode sacudir uma nação fundamentalmente pró-capitalismo (ou majoritariamente pró-capitalismo) — que, em decorrência de um erro político, fez alguma lambança na economia —, e impulsioná-la novamente ao rumo certo. Por outro lado, não há nenhuma garantia de recuperação quando a cultura já se afundou em um anticapitalismo infantil, em um estatismo disfuncional, em uma dependência paralisante em relação ao governo, e em um antagonismo adolescente em relação empreendedorismo e à autoconfiança.

Para esse estado de espírito, uma crise não apenas não será a precursora de uma recuperação, como também será apenas o início de um longo, profundo e irreversível declínio nacional.

Somente uma mudança cultural resultante da difusão de ideias sólidas e sensatas pode fazer com que Grécia, Argentina, Venezuela e outros países se tornem uma terra fértil capaz de aceitar soluções reais. A necessidade de difundir ideias pró-liberdade, pró-mercado e pró-livre iniciativa nunca foi tão urgente quanto agora.



Russell Lamberti é co-fundador do Instituto Ludwig von Mises da África do Sul e estrategista-chefe da firma de investimentos ETM Analytics. É também co-autor do livro When Money Destroys Nations. Mora em Joanesburgo.

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“Algumas mulheres lindas saem comigo somente para realçar ainda mais as suas formosuras.” (Assombração)

Por que odeio o comunismo ...

FUGA DO CAMPO 14- Correia do Norte

Fragmentos

...Mais tarde  lhe contou sobre o dia de 1965 em que a família foi levada pelas forças de segurança. Antes do amanhecer, homens armados invadiram a casa que pertencia ao avô de Shin no condado de Mundok, na província de Pyongan do Sul, uma fértil região agrícola situada a cerca de sessenta quilômetros da capital, Pyongyang. “Arrumem suas coisas coisas”, gritaram. Eles não explicaram por que a família estava sendo presa ou para onde os levariam. Quando amanheceu um caminhão apareceu para buscar seus pertences. A família viajou durante um dia inteiro (uma distância de cerca de setenta quilômetros em estradas montanhosas) antes de chegar ao Campo 14.

...No que parece ser a manhã do terceiro dia, um dos interrogadores e três outros guardas entraram em sua cela. Agrilhoaram-lhe os tornozelos, amarraram uma corda e um gancho no teto e dependuraram-no de cabeça para baixo. Depois saíram e trancaram a porta - sem dizer uma palavra.
Os pés de Shin quase tocavam o teto. A cabeça estava suspensa acima do chão. Estendendo as mãos, que os guardas tinham amarrado, ele não conseguia tocar o chão. Contorceu-se e balançou-se, tentando endireitar-se, mas não teve sucesso. Ficou com câimbra no pescoço e os tornozelos doíam. Por fim suas pernas ficaram dormentes. A cabeça, por onde o sangue fluíra, doía mais a cada hora.

...O interrogador principal fez mais perguntas aos berros. Pelo que se lembra,  Shin não deu nenhuma resposta coerente. O chefe disse a um dos seus homens para pegar alguma coisa.
Uma tina cheia de carvão em brasas foi arrastada para debaixo do menino. Um dos interrogadores usou um fole para atiçar as brasas. O sarilho abaixou Shin em direção as chamas. Enlouquecido pela dor,cheirando a carne queimada, Shin contorcia-se para escapar do calor. Um dos guardas passou a mão num gancho de arpão na parede e perfurou-lhe o baixo-ventre até que ele perdeu a consciência.

FUGA DO CAMPO 14- A dramática jornada de um prisioneiro da Correia do Norte rumo à liberdade no ocidente.
Blaine Harden- Editora Intrínseca



Isaac Asimov: "Se o conhecimento traz problemas, não é a ignorância que os resolve"

A GAZETA DO AVESSO- Dilma assume publicamente seus erros e se refugia no Tibete.

“Quem não pensa carrega os arreios.” (Filosofeno)

Os venezuelanos já sabem disso: Nunca é tarde pra ser infeliz!