segunda-feira, 18 de julho de 2016

Lambendo sabão

“Já lambi sabão de graça. Em alguns restaurantes tive o desprazer de comer coisa bem pior e pagar caríssimo.” (Limão)

Debaixo dos panos

“Estive por anos num convento e afirmo: Por debaixo do hábito tínhamos pererecas desfalecidas e outras em chamas.” (Josefina Prestes)

Beleza oculta

“Sou linda por dentro, mas ninguém vê.” (Josefina Prestes)

A MOSCA

A MOSCA


Lá fora, o sol. A mosca entrou na casa faceira, pousando sobre tudo, livre e feliz, ninguém para persegui-la. Passeou pelos quartos, sala, cozinha, varanda e despensa. Andou até pela casinha do Felpudo. Soltou vivas quando encontrou um prato descoberto com restos de comida. Sentiu-se uma rainha do lar, dona única do campinho, uma Cleópatra com asas. Abusada ,tirou até uma soneca na cama do casal. E assim foi passeando sem preocupação até que vapt! Foi engolida. Ela nunca imaginou que naquela casa tão hospitaleira havia um sapinho de estimação.

Nono Ambrósio

“A terceira idade acontece quando você passa mais tempo lendo bula de remédios do que dormindo.” (Nono Ambrósio)

Comendo o nosso futuro

“O PT e sua trupe com certeza já comeram a metade do Brasil do futuro.” (Mim)

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- sexta-feira, setembro 24, 2004 MEMÓRIAS DE UM EX-ESCRITOR (XXXII)

affaire Balaustre 


Memória puxa memória e não está fácil sair de Porto Alegre e partir rumo a outros nortes. No dia 20 de outubro de 1971, a Folha da Tarde publicava um 

CONVITE PARA ENTERRO

A Ivanhoé Produções, a Ivanhotur, a Ivanhocred, a Ivanhoplan, a Ivanhoinvest, cumprem o doloroso dever de participar a seus clientes, amigos, acionistas e fornecedores, o falecimento de seu mais antigo sócio, presidente e fundador

PEDRO LOUZADA BALAUSTRE

ontem falecido e convidam as pessoas de suas relações para assistirem as cerimônias de seu sepultamento. O féretro, hoje às 14 horas, sairá da Igreja Matriz da cidade de Muçum para o cemitério local.

Muçum, 20 de outubro de 1971 
Pedro Louzada Balaustre - fruto da imaginação desocupada de jornalistas não muito sóbrios - surgiu inicialmente ao final de uma crônica esportiva. Ao retornar de uma excursão vitoriosa de seu time ao interior do Estado, envolto na bandeira colorada, o velho Balaustre abraçara-se ao monumento ao Laçador, a voz enrouquecida pelos vivas e vaias. Surgiu mais tarde numa seção de Cartas à Redação, congratulando-se com a ação purificadora da Revolução de 64. Era um conservador, o velho Balaustre. Onde houvesse brecha em algum jornal, lá estava o homem: nos documentos perdidos, aniversários, crônica esportiva e colunas assinadas. Sua morte foi recebida com incredulidade e indignação pelos jornalistas que o haviam criado. Hipóteses e investigações não muito rigorosas não levaram a conclusão alguma, e o assassino continua até hoje impune. Enfim, morto o personagem, só restava criar-lhe uma imagem póstuma. Dois dias após seu passamento, na mesma Folha da Tarde, lia-se:


COMUNICAÇÃO À PRAÇA 

Os homens passam, mas as instituições ficam. As empresas ligadas ao holding Ivanhoé, sob o impacto, ainda, do doloroso passamento de seu fundador e diretor presidente PEDRO LOUZADA BALAUSTRE, cumprem o dever de comunicar aos seus acionistas, amigos e clientes que as atividades do grupo terão prosseguimento normal e desenvolvimento crescente. Com sucursais e agências nas principais praças do país, o complexo Ivanhoé não precisa encostar-se a ninguém para ser grande no Rio Grande do
Sul e no Brasil. Vale pela eficiência instrumental das empresas que o integram, pelo seu know-how, pela incomum qualidade de seu staff e pela austeridade dos que o dirigem. Assume a direção de nossos negócios, seu filho PEDRO LOUZADA BALAUSTRE JÚNIOR, assessorado pelo comendador ASPECYR UMBRELLA.

São Paulo, 21 de outubro de 1971.

IVANHOÉ PRODUÇÕES - Ivanhodata - Ivanhotum - Ivanhobral - Ivanhotur - Ivanhopress - Ivanhovest - Ivanhocred - Ivanhoplan
Na época, eu mantinha coluna assinada no Diário de NotíciasObviamente, registrei o fato com gosto, não sem acrescentar mais algumas virtudes ao homem.

O falecimento de Pedro Louzada Balaustre sensibilizou gregos e troianos. Empresário de grande visão e humanidade, excepcionalmente aberto a idéias novas, tinha livre trânsito tanto nos círculos culturais como empresariais do país. Homem de humildes origens, possuía uma visão saudavelmente civilizada do mundo. Suas dimensões são apenas comparáveis ao personagem de Khazam, em The Arragement. Era conhecido como o Lincoln do Oeste Catarinense, região onde implantou a Ivanhopin, empresa que originaria mais tarde o poderoso grupo Ivanhoé. Pedro Louzada Balaustre morreu em sua fazenda no município de Muçum, a 19 do corrente, vítima de insidiosa moléstia. 
Uma certa comoção perpassou os porto-alegrenses. O empresário era pouco conhecido no Rio Grande do Sul, mas não passa despercebida a morte de um homem que cria todo um império econômico. A Comunicação à Praça - nota de leitura obrigatória para todo industrial ou comerciante - foi publicada para dar fim aos insistentes boatos de que o complexo Ivanhoé seria assumido por grupos estrangeiros. Redatores de assuntos financeiros registravam a queda das ações de algumas empresas e uma subida compensatória de outras. O comendador Aspecyr Umbrella negou-se a quaisquer declarações ao descer no aeroporto Salgado Filho, o que só aumentou os rumores em toro ao caso. Para seu dissabor, perdeu bengala e passaporte na chegada. Nos meios editoriais negociava-se a publicação das memórias póstumas do capitão-de-indústria, possibilidade que preocupava muitos cidadãos acima de qualquer suspeita. NoCorreio do Povo, alguém colocou discretamente uma página na caixinha de necrológios. Gaúcho algum poria em dúvida uma afirmação impressa nas austeras páginas do Róseo. Dia seguinte, graças à autoridade do jornal, o capitão de indústria passava a existir de fato.

PEDRO LOUZADA BALAUSTRE

Em sua fazenda, no município de Muçum, faleceu a 19 do corrente o pecuarista e industrial Pedro Louzada Balaustre, diretor e fundador do grupo Ivanhoé, com uma dezena de organizações associadas e subsidiárias, principalmente nos Estados de São Paulo e Paraná. O empresário faleceu aos 65 anos de idade.
Pedro Louzada Balaustre era casado com a sra. Carmelita Umbrella Balaustre, deixando desse matrimônio três filhos: Pedro Louzada Balaustre Júnior, Jandira Louzada Balaustre e Nataniel Louzada Balaustre.
Fontes próximas ao governo falavam de estudo para manter no Estado o controle acionário do holding Ivanhoé. A um vereador ocorreu a idéia de homenagear o extinto dando seu nome a uma rua. Um deputado, que recebera um cartão com tarja negra agradecendo, em nome das empresas, sua presença às exéquias, pediu ao plenário um voto de pêsames pelo passamento do industrial, que foi concedido por unanimidade. Em sua alocução, dizia-se amigo de longa data do comendador Aspecyr Umbrella, tendo pois a certeza de Pedro Louzada Balaustre, o dinâmico Pedrinho, estava bem assessorado.
Leitor algum notou que em Porto Alegre havia uma empresa de seguros de razão social Aspecyr, com outdoors em todo o centro da cidade, cujo logotipo era um guarda-chuva. Editor algum se preocupou em checar se no Brasil - ou no sul do Brasil, que mais não fosse - existia algum holding Ivanhoé. Em Brasília, um outro deputado gaúcho, que também recebera o cartão de agradecimento, também solicitava a seus pares um voto de pêsames. O personagem que fora criação de uma noite de porre de jornalistas exercitando o senso de humor, graças à irresponsabilidade da mídia, passara a ter existência concreta.

Neste ponto, ocorre a morte definitiva de Pedro Louzada Balaustre. Ao final de uma sessão plenária da assembléia gaúcha, um jornalista chapa branca, amedrontado com as dimensões que a affaire estava tomando, comunicou ao solidário deputado a verdade sobre o caso. O deputado voou até a estenografia para evitar a inclusão do voto nos Anais e manteve contatos pessoais e desesperados com os proprietários das empresas jornalísticas. Pedro Louzada Balaustre desapareceu da memória dos homens. Exatamente quando se providenciava sua missa de trigésimo dia. Para celebrá-la, pensamos em nada menos que Sua Eminência o cardeal Don Vicente Scherer. A cerimônia seria na Catedral Metropolitana, bem entendido. Estava também sendo preparado um espólio do defunto, que seria enviado à Receita Federal. Infelizmente, Balaustre teve vida curta.

Do blog do Políbio Braga- Grupo terrorista brasileiro vinculado ao EI diz que fará atentado no Rio

Grupo terrorista brasileiro vinculado ao EI diz que fará atentado no Rio

CLIQUE AQUI para ver um dos inúmeros videos que ridicularizam preparativos brasileiros contra o terror.

A revista Veja informa no seu site, esta tarde, que um grupo extremista no Brasil declarou lealdade ao Estado Islâmico (EI) e criou um canal chamado Ansar al-Khilafah Brazil no aplicativo Telegram, que se assemelha ao popular WhatsApp. Antes de Veja, a informação foi divulgada pela especialista americana em monitoramento de atividades terroristas na web Rita Katz, do SITE Intelligence Group, nesta segunda-feira. De acordo com Katz, esta é a primeira vez que uma organização anuncia aliança com o Estado Islâmico na América do Sul. Dentro do grupo no Telegram, o Ansar al-Khilafah Brazil comentou que, “se a polícia francesa não consegue deter ataques dentro do seu território, o treinamento dado à polícia brasileira não servirá em nada”, referindo-se ao apoio que agências internacionais de inteligência têm oferecido ao governo brasileiro na prevenção de ataques terroristas durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. 

Leia tudo que consta da reportagem do site de Veja:

Abin minimiza terrorismo no Rio. Preocupação, porém, é altíssima Em um post no Twitter, Katz ressaltou que o grupo está aproveitando o momento para espalhar a ideologia extremista antes da competição esportiva. No fim de maio, o EI criou o primeiro canal em português da organização, também dentro do Telegram. A página, para propaganda do califado, é uma versão em português do já existente Nashir Channel.

CLIQUE AQUI para ler tudo.

OLIMPÍADAS DA LATRINA

O biólogo Mário Moscatelli circulou pelas lagoas que margeiam o Parque Olímpico na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e chegou à conclusão de que, pelo menos uma delas, a Lagoa de Jacarepaguá, está morta. "Isso tudo virou uma grande latrina. Em locais lindos, em que poderia haver ecoturismo, produção pesqueira, prática de esportes aquáticos e até a frequência de banhistas, o que se vê hoje é um grande valão pútrido", disse ao portal Terra. "Vivemos no Rio um estado de terrorismo ambiental. Isso é o legado dos Jogos!" Moscatelli sentiu "náuseas" ao percorrer o local. A política brasileira é nauseabunda.

O Antagonista

Exclusivo: Seis meses de gaveta

O inquérito sobre as gráficas de fachada da campanha de Dilma Rousseff está parado na PGR desde fevereiro. Uma delegada da PF identificou outras cinco empresas que atuaram exatamente da mesma maneira que a VTPB e a Focal. Rodrigo Janot, porém, ainda não encaminhou as investigações. Ninguém sabe o motivo.

O Antagonista

O “complexo de bebês” dos brasileiros

Por Mario Sabino
Eu me pergunto por que brasileiros adoram chorar, fenômeno francamente observável entre atletas.
Em 2008, em Pequim, eu estava na entrevista coletiva de César Cielo, que havia acabado de conquistar a medalha de ouro olímpica nos 50 metros livres. Ladeado por dois nadadores franceses, prata e bronze, o sujeito desatou a chorar para a surpresa dos rivais e dos jornalistas estrangeiros. “Por que ele está chorando se acabou de ganhar o ouro?”, me indagaram.
Eu poderia ter dito que as lágrimas eram por causa do esforço de uma vida, das dificuldades que Cielo teve de enfrentar para chegar à vitória suprema, mas respondi que ele chorava porque era brasileiro -- e brasileiros choram copiosamente na alegria e na tristeza. Apesar de estranha, era a resposta mais honesta a ser dada naquele momento.
É claro que estrangeiros vertem lágrimas quando ganham ou perdem, mas a frequência do choro entre nós é bem mais alta do que o admissível ou suportável. Ontem, por exemplo, a seleção de vôlei masculina foi derrotada pela Sérvia na disputa pelo título da Liga Mundial -- e teve marmanjo em quadra chorando para chuchu, apesar de o time ser vencedor em inúmeros campeonatos e torneios.
De tanto me perguntar sobre o assunto, criei a teoria de que os brasileiros choram muito porque sofrem do que chamaria de “complexo de bebês”. Na falta de linguagem, bebês desatam a chorar por ser a única maneira de chamar a atenção para algum desconforto. Em nossa afasia nacional, temos um enorme déficit de linguagem para tudo, inclusive para explicar e expressar objetivamente perdas e conquistas.
O “complexo de bebês” comporta igualmente um permanente estado de desamparo. Quando perdemos, queremos voltar para o colo da mamãe distante ou imaginária. Pior: quando ganhamos, também. É como se nos fosse vedado andar com as nossas próprias pernas, ser independentes. Afinal de contas, quem cresce não tem mais o colo materno para aninhar-se. O choro demonstra, dessa forma, a necessidade de continuarmos infantis.
Brasileiros adoram chorar e gostam de ver outros brasileiros debulhando-se em lágrimas. A televisão é prova disso: quando há gente chorando em noticiários ou programas de auditório, a audiência dispara. Eu cheguei a pensar que se tratava de sadomasoquismo, mas hoje acho que gostamos de ver refletido no outro a incapacidade de julgarmos racionalmente e a vontade de chafurdarmos no retardamento psicológico.
Eu duvido de que amealharemos dez medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, mas tenho certeza de que vamos chorar bastante.

Ressacas

“Se você nunca bebeu nada sabe das maravilhosas ressacas que perdeu.” (Mim)

Hostiólogo

“Fui católico por muitos anos só para comer hóstias.” (Mim)

Loucos

“Há loucos de todos os tipos, inclusive os loucos de ocasião.” (Mim)

Virtudes

“Eu tinha muitas virtudes. Perdi todas no jogo.” ( Mim)

PODER SEM PUDOR

TROCANDO AS BOLAS
A então ministra Dilma (Minas e Energia) foi uma das pessoas, no governo Lula, que mais tiveram visibilidade em 2004. Ao contrário de outros colegas. Ela própria parecia reconhecer isso. Em solenidade no Palácio do Planalto, chamou de “Eduardo Costa” o colega Humberto Costa (Saúde) e tascou um “Humberto Campos”, ao se referir ao então ministro Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia). Após reconhecer a gafe, ela se desculpou assim:
- Vocês têm que convir que trabalhei demais este ano...
Outra gafe: parecia insinuar que as vítimas não trabalharam como ela.
Cláudio Humberto

SPONHOLZ

ENXADAS VAGABUNDAS NEWS- SEM-TERRA INVADEM ÁREA DE PESQUISAS QUE GOVERNO DE SP PRETENDE VENDER

DIÁRIO DA MÃE JOANA- PETROBRAS: R$2,6 BLHÕES COM PUBLICIDADE EM UMA DÉCADA

Vudu

"Tenho um amigo haitiano. Estamos negociando fazer um vudu pra Dilma sumir." (Climério)

Cuidado com os 'çábios'

“Desconfie daqueles que te prometem o paraíso. Na maioria das vezes eles não sabem nem quando é noite ou dia.” (Filosofeno)

CLÁUSULA DE BARREIRA PODE REDUZIR PARTIDOS A DOZE

 O projeto que reestabeleceria a cláusula de barreira no Brasil pode reduzir o número de partidos políticos a doze. Apenas os grandes, como PMDB, PT e PSDB, teriam sobrevida garantida, já que os pré-requisitos para a manutenção da legenda são obter 2% dos votos válidos em, no mínimo, 14 estados, e 2% do total de votos no Brasil. PP, PR, PSD, PTB, PDT, DEM, SD, PSB e PRB também se salvariam.

 MENOS FATIAS

Hoje existem 35 partidos políticos registrados na Justiça Eleitoral do Brasil. Eles dividem o cobiçado “fundo partidário” de quase R$ 1 bilhão.

 NA TRAVE

PROS e PSC conseguiram o mínimo imposto pelo projeto (de 2% dos votos válidos) em 13 estados, nas últimas eleições. Seriam barrados.

 TRADICIONAIS E FRÁGEIS

Partidos tradicionais como o PCdoB e o PPS, que existem desde 1987, também não atingem pré-requisitos impostos pela cláusula de barreira.

 VAI PIORAR

A cláusula prevê atualização, a partir de 2022, elevando o mínimo de votos válidos exigido dos partidos para 3%, em ao menos 14 estados.

Cláudio Humberto

Ave vinho

“Tenho um primo religioso que sempre foi alcoólatra. Tornou-se padre na verdade para beber vinho de graça.” (Climério)

Fuja

Coisa ruim deprime. Tente fugir dos noticiários de sangue.

Pernilongos

Frio de rachar. Péssima temporada para os pernilongos.

Boletos

Segunda-feira não é dia de olhar para os boletos. Irá estragar a semana. Comece chorar amanhã.