terça-feira, 4 de outubro de 2016

O KIT CADEIA DE LULA

PLEBISCITO O SUL É MEU PAÍS-95% dos que votaram no plebiscito querem independência do Sul

O plebiscito feito no PR, SC e RS no sábado, revelou que 95% dos eleitores que votaram cravaram no "sim" pela independência do Sul.


VOTANTES-  616.916
 SIM- 590.694
 NÃO- 26.253

O ANTAGONISTA- Por que a PGR não quis a delação de Danielle

A delação de Danielle Fonteles, da Pepper, foi feita pela Polícia Federal. A PGR fez de tudo para evitar sua homologação, porque não queria perder o monopólio das negociações de acordos de colaboração. A decisão de Herman Benjamin, do STJ, coloca o debate em outro patamar. E o STF está muito interessado no caso.

O ANTAGONISTA- DANIELLE ENTREGOU DILMA

Danielle Fonteles confirmou, em delação à PF, que a Andrade Gutierrez pagou por serviços para a campanha de Dilma Rousseff. Os famosos R$ 6 milhões delatados por ex-executivos da empreiteira na Lava Jato. Ela também admitiu repasses da Queiroz Galvão para uma conta na Suíça.

SERVENTIA


Labutar num escritório
Nem pensar pelo tédio
Trabalho braçal
Achava pesado
Tentou ser cantou
Mas não tinha voz
Tentou ser ator
Porém não tinha talento
Então resolveu ser chupim de político
Trabalho que serve para qualquer jumento.

ZÉ BOCHECHA


Zé Bochecha fazia jus ao nome. Antes de completar a maioridade já conseguia carregar nelas uma maçã, dois pêssegos, três bananas, três picolés no palito e um quilo de açúcar. Merreca , o grande traficante da Vila Uru viu futuro no menino e colocou-o para fazer entregas de pó no centro da cidade. Ninguém imaginava que por dentro daquelas bochechas transitavam drogas em grande quantidade. Deu certo e tudo andou nos conformes.  Depois Merreca o usou para trazer quilos de farinha da Bolívia. Zé melhorou de vida, comprou carro, casa e conseguiu inúmeras namoradas.  Estava num vidão que só.  Aí outros traficantes souberam do Bochecha e passaram a fazer proposta para ele mudar de lado. Muito dinheiro, muito mesmo. O olho cresceu uma enormidade e não demorou  para pular da barca. Mas ele sabia das consequências, Merreca não iria deixar barato, e não deixou.  Dentro de um mês foram três tentativas de assassinato. Escapou por pouco.  Bochecha apavorou , vendeu tudo e se mandou para Manaus. Hoje é pescador no Rio Negro, e usa as enormes bochechas para carregar iscas e peixes menores de dois quilos.

DO BAÚ DO JANER CRISTALDO- NOBEL: MAIS UM EMBUSTE

Na França, Itália e Espanha há muitos bares e restaurantes que se gabam de ter acolhido Ernest Hemingway em suas mesas. Os bares são muitos, me recordo agora de dois: La Closerie de Lilás, em Paris, e o Harry's Bar, em Veneza. Não vou negar que tenha freqüentado tais casas. Mas o título que ostentavam sempre me incomodou. No Arco de Cuchilleros, junto à Plaza Mayor, em Madri, encontrei um restaurante que gostei de cara. Em sua entrada está escrito: 

Hemingway jamás estuvo acá

Gostei, mas não tive muita chance de freqüentá-lo. Ocorre que fica ao lado do Sobrino de Botín, considerado o mais antigo restaurante do mundo e que tem em seu cardápio pelo menos dois pratos que valem uma visita a Madri: o cordero lechal e o cochinillo. E quem um dia comeu estas iguarias no Botín, nunca deixa de bater ponto quando passa em Madri. Mesmo que o Hemingway tenha estado lá.

Nunca tive maior apreço pela sua literatura. Gostei de O Velho e o Mar, quando jovem. Suponho que não sentiria o mesmo hoje. Outras obras, como Adeus às ArmasPor Quem os Sinos DobramParis é uma Festa, jamais me tocaram. Nunca me agradou o modo de narrar do autor, particularmente seus diálogos artificiais. Tampouco consegui entender os leitores que viam nele um grande escritor. Em seu livro sobre Paris, publicado postumamente, nunca consegui ver a Paris onde vivi quatro anos.

Quanto ao homem, meu apreço era ainda menor. Voluntário da Cruz Vermelha na Guerra Civil espanhola, Hemingway tomou o partido dos comunistas. Escritor que toma partido do totalitarismo deveria ser banido da espécie humana. Tampouco escreverá obra que convença. Apesar de ter sido chofer de ambulância, Hemingway tomava ares de vieux combattant. Um seu contemporâneo, o francês André Malraux, foi mais longe. Dizia ter sido chefe de esquadrilha da aviação republicana, quando se sabe que jamais combateu na Espanha.

Uma carta de Hemingway, data de 27 de agosto de 1947 e enviada a seu editor Charles Scribner, nos revela melhor o homem. Divulgada pelo jornalista alemão Rainer Schmitz, da revista Focus, o documento revela um vulgar e covarde criminoso de guerra. Na carta, Hemingway afirma ter matado um prisioneiro alemão que ousou desafiá-lo. "Você não vai me matar, porque tem medo e pertence a uma raça de degenerados", teria dito o alemão. "Você está errado, disse, e atirei três vezes, primeiro no estômago e depois na cabeça, fazendo cuspir seus miolos pela boca", diz em sua cara o futuro prêmio Nobel.

Em uma outra carta, escrita três anos depois e dirigia ao professor Arthur Mizener, da Universidade de Cornell, Hemingway descreve outras proezas de guerra. "Fiz alguns cálculos e posso afirmar com precisão ter matado 122 alemães." Um deles, segundo o escritor, foi um jovem de 16 anos, baleado ao tentar fugir de bicicleta.

Bravata ou fato? Se matou 122 alemães, em combate é que não foi. Qualquer das duas hipóteses é pouco recomendável a um escritor que recebeu a láurea maior do Ocidente conferida aos humanistas que a Svenska Akademie reconhece como tais. Mais um embuste se junta à lista de grandes vigaristas laureados com os Nobéis da Paz e da Literatura: Mikahil Cholokhov, Martin Luther King, Pablo Neruda, Ribogerta Menchú, Tenzin Gyatso, Saramago, Arafat, Madre Teresa de Calcutá, Wangari Maathai e Günter Grass.

Seria interessante ver se, nos próximos anos, os restaurantes europeus se orgulharão de contar entre seus comensais um assassino frio, que diz ter matado mais que muito nazista de alto coturno.
sexta-feira, setembro 29, 2006

“Existe o tempo certo para tudo, inclusive para jogar fora o relógio.” (Mim)

“Não, não sigo pelo caminho dos bois. Os pássaros que libertos navegam pelos céus, são esses os meus irmãos.” (Mim)

“A realidade é que sou um anônimo dentro da multidão. E será que alguém mais precisa saber da minha força além de mim?”

“Lula pode até voltar. Mas agora todos já sabem que ele é um grande mentiroso. Fora o resto.” (Mim)

"Sempre achei que o Brasil jamais seria salvo pelo silogismo, mas talvez seja salvo pela anedota."- Roberto Campos

“Os que crêem que a culpa de nossos males está em nossas estrelas e não em nós mesmos ficam perdidos quando as nuvens encobrem o céu.” — Roberto Campos

“No Brasil, o marxismo adquiriu uma forma difusa, volatizada, atmosférica. É-se marxista sem estudar, sem pensar, sem ler, sem escrever, apenas respirando.” (Nelson Rodrigues)

Marx, por Nelson Rodrigues

“As cartas de Marx mostram que ele era imperialista, colonialista, racista, genocida, que queria a destruição dos povos miseráveis e "sem história", os quais chama de "piolhentos", de "anões", de "suínos" e que não mereciam existir. Esse é o Marx de verdade, não o da nossa fantasia, não o do nosso delírio, mas o sem retoque, o Marx tragicamente autêntico.” (Nelson Rodrigues)

Mural de sangue

“A Rússia, a China e Cuba são nações que assassinaram todas as liberdades, todos os direitos humanos, que desumanizaram o homem e o transformaram no anti-homem, na antipessoa. A história socialista é um gigantesco mural de sangue e excremento.” (Nelson Rodrigues)

“Tão parecidos, Stalin e Hitler, tão gêmeos, tão construídos de ódio. Ninguém mais Stalin do que Hitler, ninguém mais Hitler do que Stalin.” (Nelson Rodrigues)

De Bastiat para Cacá Diegues Por João Luiz Mauad

Domingo é sempre um dia terrível para os liberais lerem a página de opinião do Globo.  Dois colunistas fixos transbordam esquerdismo naquela página aos domingos: Luiz Fernando Veríssimo e Cacá Diegues.  Normalmente, não leio esses autores, mas no último domingo chuvoso resolvi arriscar.  E me dei mal! Deparei-me com um artigo do Cacá Diegues de provocar enjoo em copo de bicarbonato.  Depois de discorrer sobre o debate entre Hillary e Trump, além das eleições nos EUA, Diegues finalmente, nos últimos parágrafos, diz a que veio:
“Desde Bretton Woods que a economia é um assunto de esquerda, uma tentativa de organizar o mundo de uma maneira aparentemente mais justa, com maior controle da riqueza. A direita pode até fingir se importar, mas na verdade está pouco se lixando para a economia, não é isso que mobiliza sua ideia de poder. Ao contrário da sofisticação dos que pensam o mundo, a direita quer apenas organizá-lo na base da lei e da ordem, como disse o próprio Trump. Esse é o modo de resolver todos os problemas sem se preocupar em resolver nenhum, a paz imposta como aparência de felicidade coletiva.
(…) Se não conseguirmos substituir a histeria mística e personalista da esquerda populista por algo mais democrático, efetivo e eficiente, jamais seremos capazes de enfrentar a direita desprovida de sentimentos.”
Não pretendo discorrer sobre a sua (dele) ideia de reformar a esquerda.  Isso não é assunto meu.  Minha preocupação aqui é a imagem que o valente pinta da direita (e acredito que os liberais estejam incluídos na concepção dele de direita), que ele afirma estar se lixando para a economia e de ser desprovida de sentimentos.  Em outras palavras, só a esquerda entende de economia e só ela é capaz de melhorar o mundo, pois possui o monopólio das virtudes e dos bons sentimentos.
Trata-se, evidentemente, de uma coleção de disparates.  Primeiro porque a esquerda é que sempre foi muito fraquinha em economia.  Não raro, confunde intenções com resultados, além de ser incapaz de enxergar consequências de longo prazo de suas políticas, as quais, ademais, na maioria das vezes se chocam com a natureza humana.  Peguemos alguns exemplos de políticas econômicas absolutamente antagônicas, defendidas por liberais e esquerdistas:
Protecionismo: enquanto a esquerda é francamente favorável a políticas protecionistas, os liberais favorecem radicalmente o livre comércio entre indivíduos e empresas, o que inclui as transações internacionais.  Tal postura vai de encontro a muitos interesses empresariais, já que prejudicam os lucros de empresas nacionais estabelecidas, as quais, não por acaso, vivem pedindo tarifas e proteções aos seus negócios, sempre em detrimento dos consumidores e dos pagadores de impostos.  Os efeitos das  Políticas protecionistas, de forma geral, são: a transferência de renda dos consumidores para determinados produtores; a proteção de empresas ineficientes; a manutenção de alguns empregos em detrimento de outros tantos; o desestímulo a novos investimentos; a insatisfação dos consumidores e o empobrecimento geral da nação, graças à redução da oferta de produtos e serviços, bem como do respectivo aumento geral de preços.
Subsídios: Ao contrário da esquerda, os liberais são contra a concessão, pelos governos, de subsídios a empresas estabelecidas, seja através de transferências diretas ou créditos subsidiados, via bancos de fomento e assemelhados (BNDES).  Entendemos que tais procedimentos prejudicam a concorrência e fomentam a ineficiência, além de punir os pagadores de impostos.  Distribuir benesses a certos setores da economia costuma frear a competitividade, alimentar incompetência e corrupção, além de distorcer os preços relativos, com efeitos nefastos sobre toda a cadeia produtiva e, conseqüentemente, sobre a eficiência mesma dos mercados.
Incentivos fiscais: aqui está mais um ponto em que nossas visões são absolutamente antagônicas.  Embora sejamos radicalmente favoráveis à redução da carga tributária, não apenas sobre aquela que incide sobre a renda, o trabalho e o consumo, mas também sobre a renda das empresas, somos contrários à concessão de incentivos fiscais que não sejam amplos e irrestritos, ou seja, que não se apliquem à totalidade da economia.  Assim, combatemos incentivos pontuais, como aqueles concedidos amiúde à indústria automobilística brasileira, por entendermos que esses recursos acabam saindo dos bolsos dos pagadores de impostos.
Desregulamentação: Enquanto a esquerda trabalha diuturnamente para regulamentar cada vez mais a economia, sempre com a desculpa de proteger os consumidores, os liberais defendem exatamente o contrário.  Ademais, é equivocado acreditar que a defesa da desregulamentação beneficia as empresas.  Considere os setores tipicamente regulados em qualquer país do mundo, onde um pequeno número de grandes empresas é regulado e vigiado para (supostamente) defender um grande número de usuários. Os liberais sabem que, dependendo do poder concedido à autoridade responsável, a lucratividade de cada uma dessas empresas será fortemente influenciada pelas decisões daquela autoridade, e parece óbvio que irão operar com grande empenho e altas doses de recursos para influenciá-la – ou capturá-la, como ensinam os teóricos da Escolha Pública.  Por outro lado, embora as agências reguladoras sejam criadas justamente para incitar a competição, na maioria dos casos elas acabam atuando em sentido diametralmente oposto.  Por exemplo, estabelecendo requisitos mínimos de capital, licenças para operar e um sem número de rigorosas barreiras de entrada, supostamente com o intuito de proteger os consumidores, acabam tornando aquele setor altamente cartelizado.
Flexibilidade do mercado de trabalho: Se os liberais se colocam frontalmente contra as políticas trabalhistas que engessam o mercado, como salário mínimo, por exemplo, não é porque isso beneficie os empresários, mas porque acreditamos que essas políticas prejudicam sobremaneira os mais pobres, impedidos muitas vezes de vender o seu trabalho, se assim desejarem.  Conforme explico neste artigo, o salário mínimo legal muitas vezes prejudica justamente aqueles a quem deveria beneficiar.
Sobre a direita ser desprovida de sentimentos, cujo monopólio estaria com os esquerdistas como Cacá, nada melhor do que recorrermos ao grande Bastiat e deixarmos que ele dê as respostas apropriadas:
Antes de mais nada, é necessário dizer que, malgrado não façamos uso dessas palavras rotineiramente, nós liberais também saudamos com emoção as virtudes da caridade, da solidariedade e da justiça. Conseqüentemente, desejamos ver os indivíduos, as famílias e as nações associarem-se e cada vez mais ajudarem-se mutuamente. Comovem-nos, tanto quanto a qualquer mortal de bom coração, os relatos de ações generosas e a sublime abnegação de algumas belas almas em prol dos mais necessitados.
Além disso, a maioria de nós quer muito acreditar nas boas intenções desses que pretendem extinguir dos corações humanos o sentimento de interesse, que se mostram tão impiedosos com aqueles que apelam ao individualismo e cujas bocas se enchem incessantemente das palavras abnegação, sacrifício, solidariedade e fraternidade. Queremos sinceramente admitir que eles obedecem exclusivamente a essas sublimes causas que aconselham aos outros; que eles dão exemplos tão bem quanto conselhos; que colocam as suas próprias condutas em harmonia com as doutrinas que defendem; queremos muito crer que suas palavras são plenas de desinteresse e isentas de hipocrisia, arrogância, inveja, mentira ou maldade.
Sim, pois cada um desses senhores tem um plano para realizar a felicidade humana, sempre apoiados na máxima de que é possível construir e planificar estruturas e relações sociais até alcançar o ideal da sociedade perfeita, da solidariedade, da caridade e da justiça social, ainda que para isso seja necessário o uso dos meios mais obscenos. Por conta desses ideais supostamente altruístas, se dão o direito de acusar aqueles que os combatem de egoístas, mesquinhos, interesseiros, etc. Essa, porém, é uma acusação injusta, pois se nos fosse demonstrado que é viável fazer descer para sempre a felicidade sobre a terra, através de uma organização social fictícia ou simplesmente decretando-se a fraternidade entre os homens, nós os acompanharíamos com imenso prazer.
Quem não gostaria de jogar sobre as costas do Estado a subsistência, o bem-estar e a educação de todos? De transformar o Estado nesse ser generoso, criativo, presente em tudo, abnegado em tudo, capaz de amamentar a infância, instruir a juventude, assegurar trabalho aos fortes, dar retiro aos débeis, que pudesse intervir diretamente para aliviar todos os sofrimentos, satisfazer e prevenir todas as necessidades, abastecer de capitais a todas as empresas, de luzes a todas as inteligências, de bálsamo a todas as feridas, de asilo a todos os infortunados?
Quem não gostaria de ver todos esses benefícios fluir da lei como uma fonte inesgotável? Quem não estaria feliz de ver o Estado assumir sobre si toda a pena, toda previsão, toda responsabilidade, todo dever, tudo isto que a providência, cujos desígnios são impenetráveis, colocou de laborioso e pesado a cargo da humanidade, e reservar aos indivíduos de que ela se compõe o lado atrativo e fácil; as satisfações, as certezas, a calma, o repouso; um presente sempre seguro, um futuro sempre sorridente, a fortuna sem cuidados, a família sem cargas, o crédito sem garantias, a existência sem esforços?
Certamente quereríamos tudo isso, se fosse possível. Mas, será possível? Eis a questão. Cremos que existe nesta personificação do Estado a mais estranha e a mais humilhante das mistificações. Que seria então este Ente que toma a seu cargo todas as virtudes, todos os deveres, todas as liberalidades? De onde sacaria seus recursos para derramá-los em benefícios sobre os indivíduos? Não seria dos próprios indivíduos? Como poderiam estes recursos multiplicarem-se passando pelas mãos de um intermediário parasitário e voraz? Não é claro que esse mecanismo é de natureza que absorve muito das forças úteis e reduz muito a parte dos trabalhadores?
Eis então a síntese de toda a nossa controvérsia. Enquanto eles buscam o ideal utópico da sociedade perfeita nos inúmeros planos e esquemas artificiais, nós, por outro lado, encontramos a harmonia na natureza do homem e das coisas. Simplesmente, não concordamos que se coloque a arbitrariedade, o imposto e a coação acima da liberdade individual. Não podemos admitir que se tire, de cada trabalhador, o direito universal e inalienável de utilizar os frutos do próprio trabalho da forma que melhor lhe convier.

João Luiz Mauad

João Luiz Mauad é administrador de empresas formado pela FGV-RJ, profissional liberal (consultor de empresas) e diretor do Instituto Liberal. Escreve para vários periódicos como os jornais O Globo, Zero Hora e Gazeta do Povo.

“Alguns amores acabam quando o saldo bancário é zero.” (Mim)

“Meu maior desejo era ser homem, preto, pianista e bêbado. Como vocês sabem, não consegui ser homem, negro, nem pianista.” (Maysa)

Falhou




A mulher de tanto ser maltratada e espancada arrumou outro companheiro para lhe dar carinho. O antigo não engoliu a desfeita. Então um dia o esquisitóide violento entrou no quarto de madeira de arma em punho. Na cama viu o bípede peludo dançando em bom ritmo sobre sua outrora fêmea que suspirava alto. Tentou por seis vezes disparar os projéteis e nada. Falhas repetidas.  Irado, tentou contra sua própria cabeça e aí então o mecanismo funcionou. Caiu morto. Os amantes ainda na cama marcaram a data do casamento.

Desesperados



Uma multidão corria pelas ruas em pranto. O desespero era visível nos olhos e expressões dos angustiados. Mulheres e homens se jogavam no chão asfáltico raspando os rostos no solo íngreme que causava ferimentos dolorosos. Meninotas e meninotes também faziam parte da turba de tresloucados. Muitos choravam de joelhos. Homens brigavam pelas ruas, cassetetes em punhos, armas brancas e soquetes. Bombas caseiras explodiam. Seria um povo fugindo da guerra? Não! Apenas sofrendo por uma derrota futebolística.

“Minha caixa de certezas está vazia. Em compensação meu baú de dúvidas está cheio.” (Filosofeno)

“Antes ser um burro anônimo que uma cavalgadura famosa.” (Pócrates)

SALVADOR




Quando um povo delega
Para um ser salvador os seus problemas
A história nos mostra que
É justamente nesse momento que os grandes problemas começam.


A decadência que Dilma legou - EDITORIAL ESTADÃO ESTADÃO - 30/09

Os relatórios dos últimos cinco anos sobre a competitividade global preparados pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) mostram de maneira evidente a rápida decadência do Brasil no cenário internacional. São, por isso, um retrato em números da desgraça que, de maneira sistemática e eficaz, a gestão Dilma Rousseff impôs à economia brasileira com suas irresponsáveis políticas fiscais e supostamente desenvolvimentistas. Embora tradicionalmente pouco competitivo em razão de problemas estruturais há muito conhecidos, o Brasil vinha recuperando posições na classificação mundial até o primeiro ano do governo Dilma. Desde então, porém, vem despencando. Perdeu 33 posições entre 2012 e 2016, ano em que ficou em 81.º lugar entre 138 países. É o pior desempenho do País desde 2007, quando a pesquisa foi iniciada.

Ao desastre que a gestão dilmista foi para a economia brasileira e para as finanças públicas somou-se, nos últimos anos, a revelação do imenso esquema de pilhagem de recursos que o governo do PT instalou na Petrobrás e em outras empresas controladas pelo Estado, para financiar o projeto do partido de manter-se indefinidamente no poder. O bilionário desvio de dinheiro beneficiou o principal partido do governo e seus aliados, além de dirigentes partidários, funcionários públicos e empresas que prestaram serviços ao governo federal.

Desse modo, aos problemas tradicionalmente enfrentados pelos investidores para atuar na economia brasileira a gestão lulopetista, sobretudo durante o governo Dilma, acrescentou outros, citados com destaque no relatório de competitividade de 2016 entre os fatores negativos que fizeram cair a classificação do Brasil, como a deterioração da qualidade da administração do setor público. Obviamente, quanto mais corrupto o governo, menos confiança ele inspira nas pessoas que precisam tomar decisões sobre projetos de longo prazo. Assim, no quesito instituições, um dos utilizados na pesquisa do WEF, o Brasil ocupa apenas a 120.ª posição entre os países relacionados.

O fracasso da política econômica do governo Dilma, expresso de maneira óbvia na longa e intensa recessão em que o País continua mergulhado, igualmente afetou, e muito, a classificação brasileira no ranking mundial de competitividade. A retração dos mercados de trabalho (com o desemprego atingindo atualmente mais de 11 milhões de trabalhadores), de bens e serviços e financeiro tornou pior a avaliação do Brasil em vários itens utilizados pelo WEF. Quanto ao ambiente de negócios, um dos principais itens para se avaliar a competitividade de uma economia, o Brasil é apenas o 128.º colocado. Em eficiência do mercado de trabalho, ocupa o 117.º lugar. Esta última classificação é mais um fator a demonstrar a urgência da reforma da legislação trabalhista, para torná-la mais adequada às profundas transformações por que passou e vem passando o mercado de trabalho em todo o mundo.

Problemas antigos, como excesso de burocracia, precariedade da infraestrutura, altos encargos trabalhistas, estrutura tributária complexa e baixa capacidade de inovação, também tiveram alguma influência na péssima classificação do Brasil no ranking de competitividade. Agora, o País é o pior entre os Brics (grupo que inclui Rússia, Índia, China e África do Sul). Na América Latina, o Brasil está à frente apenas da Argentina (104.º colocado) e da Venezuela (130.º).

Se há um lado positivo no relatório de 2016 do WEF é o fato de que os recentes e poderosos fatores que fizeram despencar a classificação do Brasil tendem a perder força com o afastamento definitivo do PT do poder e a posse de Michel Temer na Presidência da República. Eliminou-se de imediato um forte elemento de instabilidade institucional e criou-se a expectativa de que, com a nova gestão, os graves erros do passado recente serão corrigidos e mudanças para melhorar o ambiente para a atividade econômica serão feitas.

Original do blog do Murilo

PF NAS RUAS: O ESQUEMA DO MINISTÉRIO DAS CIDADES

A PF está nas ruas. A Operação Hidra de Lerna, informa Bárbara Lobato, mira em fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades. "A ação deriva de 3 colaborações de investigados na Operação Acrônimo, já homologadas".

O Antagonista

O pior de uma doença

“O pior de uma doença é afetar a capacidade de comunicação do individuo com o mundo que o cerca. Ninguém merece sentir dor ou alegria e não poder dizer o que sente.” (Filosofeno)

SPONHOLZ


Apoio

Sabe-se agora que o apoio de Lula e Dilma é  apoio à derrota. Quer levar ferro nas eleições? É só chamar Lula e Dilma para o palanque. É rasteira na certa!

CELA 13 - DENIS LERRER ROSENFIELD- ESTADÃO - 03/10

Como o partido que se anunciou como o da redenção nacional pôde cair tão baixo?

Qualquer cidadão, por mais desatento que seja, fica estarrecido com o destino do PT. Um destino político que se tornou policial. Não há dificuldade em fazer uma reunião da cúpula petista no xilindró! Lá já estão ex-ministros, tesoureiros, líderes partidários, e assim por diante. Outros estão na fila, o que vai completar esse quadro da derrisão.

A verborragia da “perseguição política” e do “golpe” nada mais é que uma tentativa desesperada dos que não foram ainda condenados ou presos, procurando, assim, escapar do encarceramento iminente. Os que acreditam em tal palavreado mais parecem religiosos que se apegam a dogmas. Seriam dignos representantes da religiosidade petista e comunista. O partido da “ética na política” tornou-se o símbolo mesmo da imoralidade e da corrupção.

Cabe, então, uma pergunta: como pôde esse partido, que se anunciou como o da redenção nacional, cair tão baixo?

Talvez seja um equívoco conceitual considerar o PT como social-democrata, do gênero dos partidos europeus que, tendo começado com o marxismo, enveredaram para uma óptica de transformação social do capitalismo, no amplo reconhecimento da economia de mercado e do Estado Democrático de Direito. Embora algumas mentes mais lúcidas do partido tenham tentado impor essa nova visão, ela terminou não prevalecendo, dada a animosidade partidária contra a propriedade privada, a economia de mercado, a liberdade de imprensa e dos meios de comunicação em geral e a democracia.

Não é suficiente considerar as medidas sociais tomadas pelo PT quando no exercício do poder como essencialmente social-democratas, dado que a própria experiência europeia mostra que os partidos democrata-cristãos na Itália e na Alemanha, além da direita francesa com De Gaulle, seguiram política semelhante. Aliás, muitas medidas sociais, por exemplo, na Inglaterra, nasceram das consequências sociais da 1.ª Guerra, no cuidado de órfãos, viúvas e idosos.

Há uma tentativa ainda em curso no País de salvar a concepção de esquerda das consequências dos governos petistas. É curioso, pois é como se a ideia de esquerda fosse imaculada, desde sempre válida, o problema consistindo, então, em sua má realização. Ora, trata-se de uma ideia fundamentalmente religiosa, dogmática, pois a experiência histórica mostra que a realização das ideias de esquerda culmina sempre no totalitarismo, no desastre econômico-social, em políticas liberticidas, quando não no assassinato coletivo de milhões de cidadãos.

No Brasil, ela está acabando na prisão. Dos males, o menor, pois o País tem uma chance de revigorar sua mentalidade, sua concepção, e empreender um novo caminho. O que não pode – nem deve – é permanecer em mera repetição histórica.

Analisemos alguns dos fatores do malogro petista, tendo presente que não estamos diante de nenhum acidente de percurso, mas de algo inerente a esta lógica esquerdista. A corrupção seria um elemento central.

Primeiro – O intervencionismo dos governos Dilma e Lula em seu segundo mandato origina-se de profunda desconfiança quanto à economia de mercado, à propriedade privada e à livre-iniciativa. Tudo foi feito para limitar a vida dos empreendedores, salvo os grandes grupos empresariais e financeiros que se aliaram ao assalto ao Estado e aos seus “benefícios”. As bases da corrupção já se faziam presentes tanto na alocação de recursos quanto na necessidade de os empresários comparecerem aos balcões da propina. As delações bem mostram o compadrio entre eles.

Segundo – O PT considerou o lucro como algo moralmente negativo, algo a ser evitado, devendo os membros partidários se apresentar como as encarnações do bem, por mais falsa que fosse essa representação. O lucro deveria ser controlado por uma elite burocrática partidária, imbuída do esquerdismo de suas concepções.

Terceiro – Ora, se o lucro era desprezível, qualquer medida para combatê-lo seria justificável, até mesmo extorquir empresários para dele compartilharem. Ou seja, se o lucro não era legítimo, a propina e a corrupção enquanto formas de partilha seriam justificáveis, sobretudo se feitas em nome do partido. Note-se que até hoje o partido considera como válida a distinção entre corrupção privada e partidária, a segunda tendo valor moral.

Quarto – De acordo com essa perspectiva, os fins (partidários) justificariam os meios (a corrupção, a propina, saquear estatais), de tal maneira que a imoralidade e a ilegalidade nada mais seriam do que meios de atuação partidária. A imoralidade partidária foi, assim, erigida em princípio.

Quinto – A corrupção petista, no entanto, não se restringiu a enriquecer os cofres partidários, mas se alastrou também para os bolsos de seus membros. Os milhões de enriquecimento individual saltam aos olhos e assombram qualquer um. Foi, digamos, um meio perverso de conversão ao capitalismo, tudo passando a valer.

Sexto – Essa conversão perversa é, assim, o fruto de uma concepção do mercado como não tendo nenhuma regra, onde tudo valeria. Na verdade, essa concepção termina por identificar o mercado ao contrabando, não imperando nenhuma lei. E se a lei não vigora numa economia de mercado, por que os membros do partido deveriam segui-la?

Sétimo – Para que tal política fosse bem-sucedida seria necessário que a imprensa e os meios de comunicação em geral fossem controlados e supervisionados, de tal modo que a verdade não fosse revelada. Foram inúmeras as tentativas do governo Lula de exercer esse controle, aquilo que foi eufemisticamente qualificado como “controle social dos meios de comunicação”. O “social” era o acobertamento da corrupção. Isto é, a corrupção e a imoralidade partidária não poderiam tornar-se públicas, pois o projeto partidário terminaria inviabilizado. E é isso que, de fato, está acontecendo.

*Professor de filosofia na UFRGS. 

“A nossa vida é repleta de contratempos. Só quem está morto não tem incômodos.” (Filosofeno)

Chineses

“A observação diária nos mostra que nem todos os chineses são sábios. Podemos até mesmo afirmar que há milhões de burros entre eles.” (Pócrates, o filósofo dos pés sujos)

“A maquiagem existe para ajudar a natureza.” (Climério)

“A melhor maneira de se começar uma conversa ainda é abrindo a boca.” (Pócrates, o filósofo dos pés sujos)

Missão?

Rio quando entro em algumas empresas é lá está um quadro na parede nele escrito NOSSA MISSÃO e uma enormidade de clichês. Ora, ninguém monta uma empresa para cumprir uma missão, mas sim para ganhar dinheiro e realizar sonhos. O que por sinal é justo para quem investe e trabalha honestamente. O melhor é deixar esse negócio de missão para religiosos. (Eriatlov)